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Observatório Sergipano de Politicas Culturais. Espaço de mobilização, articulação e (in)formação em politicas culturais
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Show da banda Sepultura em Havana
Imagens filmadas em Havana farão parte de um documentário que preparam para celebrar no próximo ano
Fonte:www.brasildefato.com.br
29/07/2008
Tamara Roselló Reina,
de Havana (Cuba)
Do grupo brasileiro Sepultura ainda se fala em Havana, depois de sua apresentação em 19 de julho na Tribuna Antiimperialista José Martí. A notícia chegou como quase tudo em Cuba, primeiro foram os rumores. Alguns acharam que a atuação do conhecido Sepultura seria em dezembro passado, mas a viagem não fora possível .
O diário oficial Granma confirmou as suspeitas em 15 de julho. Então, os mais incrédulos começaram a crer que esta vez, sim, seria um feito. O sábado, 19 de julho, marcaria uma data memorável para os seguidores do rock and roll na ilha.
Em declarações à imprensa nacional e estrangeira, Andreas Kisser, guitarrista e diretor da legendária banda, disse que esta apresentação era “um sonho convertido em realidade” e prometeu que as imagens filmadas em Havana farão parte de um documentário que preparam para celebrar no próximo ano, o primeiro quarto de século do grupo, fundado pelos irmãos Cavalera em 1984.
Pouco conheciam Andreas, Paulo Jr., Derrick e Jean da produção de rock and roll em Cuba e da aceitação ou não de sua proposta metaleira pelo público, mas vir era um desafio. Traziam referências da sociedade cubana, da Buena Vista Social Club e do mestre em guitarra Leo Brouwer. Em seu retorno levaram uma imagem mais ampla do que é esta ilha e de sua música alternativa.
O programa da visita inclui um intercâmbio com grupos da Agência Cubana de Rock, que organizou um conceito exclusivo para o Sepultura, de um dos cenários habituais do gênero na capital, o Salón Rosado de la Tropical. Hipnosis, Clover, Zeus e Escape foram os grupos locais convocados para a ocasião.
Em Cuba, há milhares de seguidores como no resto do mundo que conhecem de memória suas canções, as pedem a gritos. Apesar disso, os temas do Sepultura só se transmitirem pelos poucos espaços midiáticos dedicados ao rock, fundamentalmente em emissoras de rádio territoriais. Tampouco há um acesso estendido às produções discográficas. No entanto, por vias alternativas os mais interessados se mantêm a par das novidades e, pouco a pouco, contemplam seus arquivos pessoais.
A mobilização que gerou Sepultura não se limitou à Havana. De outras províncias vieram jovens com mochila ao ombro, dispostos a passar a noite seguinte em um parque entre conhecidos, até retornar a seus lugares de origem. A ocasião valia o sacrifício.
A apresentação
O concerto se anunciou para as 10 da noite, mas desde horas da tarde o muro do dique, a uma lateral da Tribuna onde atuariam, encheu-se de cubanos e latino-americanos, sobretudo os que realizam estudos universitários, que carregaram cartazes, bandeiras, camisetas negras...
Poucos minutos antes do início, ao fazer provas de som, um amplo aplauso parecia anunciar aos músicos. Os mais distantes olhavam por cima das cabeças - evitando as luzes – para confirmar que já quase começava o concerto.
Aos que conseguiram ficar em uma zona privilegiada, mais perto do palco, o olhar se perdia no distante horizonte. A multidão parecia infinita, transbordava a praça, ocupava as ruas laterais, o muro do dique... Algumas previsões calcularam cerca de 100 mil pessoas, muito acima do que habitualmente a freqüenta.
Saudações e abraços, mãos apertadas e sorrisos de um lado para outro, velhos conhecidos, novos amigos, fanáticos e curiosos, todos impacientes, na espera por ver e ouvir a banda brasileira. Bandeiras ondulando por uma brisa fresca que vinha do mar, puxando nuvens.
Ante o microfone, Juan Camacho, popular condutor do programa radial Disco Ciudad. Suas palavas prendem a chama final, deixam efervescente o público. Anuncia o que todos já sabem. Começam os sons. Soa “Dark wood of error”. Só meia música e se escuta um de seus clássicos “Refuse/Resist” e o segue “Convicted in life” e “False”, antes que o cantor Derrick Greene cumprimentasse em inglês a multidão.
Ao meu lado uma garota não pode conter-se em lágrimas. Um menino pede a seu pai que o suba sobre seus ombros para ver melhor. Um cordão policial freia a euforia da primeira linha. Um pouco mais além se abre um círculo que atravessam garotos a puro salto. A chuva se desata. Os cinegrafistas da televisão nacional que gravam a atuação, protegem as câmeras da água. Os demais agradecem as gotas frias em meio a tanto calor. Ninguém se move em busca de refúgio.
Agora os acordes são de “D.E.C”, que dão lugar a “Ostia”, “Desperate cry”, “Attitude”, “Boycott” e “Treatment”. O tempo parece parado, em meio a um sonho, ninguém quer despertar, porque se haverá acabado o encanto.
Andreas Kisser, com uma pulseira em sua mão direita da bandeira cubana, se dirigiu ao público em seu quase perfeito espanhol para agradecer nossa presença enquanto Derrick aguçava a vista tratando de ver até onde chegava o público.
"Troops of doom", e "Territory" foram dos temas mais solicitados e desfrutados pelo público. "Roots bloody roots" foi sua última interpretação. As pessoas ficaram imóveis. Esperando a próxima, repetindo Sepultura, uma e outra vez. Depois começaria a cida social, como o chamamos ao intercâmbio, ao encontro que segue.
A multidão se diluiu paulatinamente. Alguns ficaram sentados no piso, contando uns aos outros como haviam vivido o concerto, perguntando-se em que lugar se ouvia melhor, querendo saber cada detalhe.
Ainda se fala daquela noite de sábado, que deixou pelas ruas havaneras múltiplos grupos de adolescentes e jovens, sem querer dormir para não esquecer nada do que aconteceu. Os que não puderam estar, esperam ansiosos a transmissão televisiva do concerto, ainda que certamente, não só eles a verão.
Talvez agora se dê mais crédito aos rumores que já andam profetizando o retorno do Sepultura ou o interesse de alguma outra banda a sua altura pela cena do rock and roll cubano. O próprio Andreas disse: “Esperamos que possam vir outras bandas depois que vejam o que gravamos aqui com o público cubano”.
Rock n' Roll .. Enviado por Bruna em 01/08/2008 12:39
Sepultura é a tradução para os cubanos de que o Rock n´Roll e música brasileira apóiam a integridade de Cuba.
Revolução, Soberania e Rock 'n Roll Enviado por Daniel em 04/08/2008 14:57
Essa é a prova de que o Metal não tem fronteiras.
Filhos da classe média paulista. Enviado por Velho Ranzinza em 05/08/2008 21:18
Bando de alienados promovendo o circo...
Heavylução Enviado por MetalGirl em 07/08/2008 08:46
Eh isso aeeee
Metal e Revolução!!!!!!!!!!!!
The sensibility of a fallen desire. Enviado por Francesco Sinibaldi em 23/08/2008 16:45
The long vigils of the night fall on the ground with a fine sensibility, and even that sunshine invites me to cry near the sound of a finger: I dream you my dear, I remember your fate.
Francesco Sinibaldi
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IMBUAÇA DE GRAÇA NO ATHENEU. RE-ESTRÉIA DO ESPETÁCULO "SENHOR DOS LABIRINTOS"
O Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura tem a honra de convidar Vossa Senhoria para participar da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para reforma do Teatro Atheneu e da celebração dos 30 anos do Grupo Imbuaça, com a seguinte programação:
Local: Teatro Atheneu dia 28 de agosto de 2008
20 horas: Assinatura da Ordem de Serviço - entrada franca
Lançamento do livro "A construção da memória" R$20.00
Re-estréia do espetáculo "Senhor dos Labirintos" entrada franca
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Professores se mobilizam por todo país para defender lei que criou piso nacional
Fonte:www.pt.org.br
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está mobilizando professores de todo o país em defesa da lei que criou do piso nacional da categoria. Elaborada pelo governo Lula e aprovada no Congresso, a lei vem sofrendo ataques do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação), que ameaça entrar na Justiça para que Estados e municípios não sejam obrigados a cumpri-la.
Além do piso de R$ 950, a nova legislação prevê que 33% do tempo de trabalho do professor sejam reservados à chamada hora-atividade (para preparação de aulas, correção de provas, desenvolvimento de projetos etc.).
Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, a campanha de mobilização já tem uma série de atividades programadas, entre elas um Dia Nacional de Paralisação previsto para 16 de setembro, todas com o apoio e o engajamento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
A Confederação também está estimulando os professores a promover encontros nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas, nas prefeituras e junto aos candidatos a prefeito nas eleições deste ano. “Vamos fazer um esforço para que todos assinem uma carta-compromisso pela implantação da lei”, adiantou Leão.
Ele acredita num forte engajamento da categoria na mobilização, que deve se estender pelos próximos meses. “Existe um sentimento muito grande de repulsa em relação à campanha que o Consed vem fazendo”, avalia.
Leão identifica os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul como principais articuladores dos ataques à lei. Todos são governados pelo PSDB, o que, segundo ele, “não é coincidência”.
“Na verdade, o posicionamento deles (dos tucanos) reflete uma opção política pela educação de baixo custo, e, portanto, de baixa qualidade, para a população mais pobre, que depende da escola pública. Eles atacam porque querem continuar praticando essa política nefasta para a educação”, acusa o dirigente.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está mobilizando professores de todo o país em defesa da lei que criou do piso nacional da categoria. Elaborada pelo governo Lula e aprovada no Congresso, a lei vem sofrendo ataques do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação), que ameaça entrar na Justiça para que Estados e municípios não sejam obrigados a cumpri-la.
Além do piso de R$ 950, a nova legislação prevê que 33% do tempo de trabalho do professor sejam reservados à chamada hora-atividade (para preparação de aulas, correção de provas, desenvolvimento de projetos etc.).
Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, a campanha de mobilização já tem uma série de atividades programadas, entre elas um Dia Nacional de Paralisação previsto para 16 de setembro, todas com o apoio e o engajamento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
A Confederação também está estimulando os professores a promover encontros nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas, nas prefeituras e junto aos candidatos a prefeito nas eleições deste ano. “Vamos fazer um esforço para que todos assinem uma carta-compromisso pela implantação da lei”, adiantou Leão.
Ele acredita num forte engajamento da categoria na mobilização, que deve se estender pelos próximos meses. “Existe um sentimento muito grande de repulsa em relação à campanha que o Consed vem fazendo”, avalia.
Leão identifica os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul como principais articuladores dos ataques à lei. Todos são governados pelo PSDB, o que, segundo ele, “não é coincidência”.
“Na verdade, o posicionamento deles (dos tucanos) reflete uma opção política pela educação de baixo custo, e, portanto, de baixa qualidade, para a população mais pobre, que depende da escola pública. Eles atacam porque querem continuar praticando essa política nefasta para a educação”, acusa o dirigente.
Exposição: Caminhos do Folclore
A exposição visa difundir a cultura popular sergipana, partindo de nossos costumes, indumentárias, personagens, folclore, brinquedos e artesanato.
Período da exposição: 22/08/08 à 12/09/08
Horário de visitação: 10h às 20h
Abertura da exposição: 22/08/08
Horário da abertura: 11h30.
Local: Sesc-Centro (SE)
Apareçam!!!
Período da exposição: 22/08/08 à 12/09/08
Horário de visitação: 10h às 20h
Abertura da exposição: 22/08/08
Horário da abertura: 11h30.
Local: Sesc-Centro (SE)
Apareçam!!!
Cultura por aí(SP) Cultura Cidadã
O Movimento Nossa São Paulo tem grande satisfação em convidá-lo(a) para participar do Encontro com candidatos(as) à Câmara Municipal - “ A Cidade e a Cultura Cidadã: A Palavra do Eleitor”.
Na oportunidade, as organizações da sociedade civil que integram o Movimento Nossa São Paulo (www.nossasaopaulo.org.br) apresentarão aos(às) candidatos(as) de todos os partidos, uma carta-compromisso. O objetivo é que a próxima Legislatura Municipal seja pautada por elementos éticos e programáticos necessários para atingirmos metas de qualidade de vida e de serviços públicos compatíveis com as prioridades e potenciais da cidade.
No encontro haverá a leitura de 10 propostas do Movimento Nossa São Paulo e uma exposição sobre o tema: A Palavra do Eleitor por Isis de Palma (Instituto Ágora); A Cidade e a Cultura Cidadã: por Hamilton Faria (Instituto Pólis). A seguir será formada a mesa de convidados com a participação de Danilo Miranda (Sesc São Paulo), Luiz Roberto Alves (Universidade Metodista e Universidade São Paulo), Tião Soares (Fundação Tide Setúbal) e Cida Bento (CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade), com a mediação da jornalista Mona Dorf.
Por favor, confirme presença até o dia 21 de agosto, com Zuleica Goulart, pelo e-mail zuleica@isps.org.br.
Devido ao número elevado de candidatos(as), os mesmos não terão oportunidade de se pronunciar no evento e deverão ficar acomodados na platéia. Os(as) candidatos(as) presentes serão anunciados no início do evento.
Data: 25 de agosto, segunda-feira
Horário: 10h às 13h
Local: Teatro Anchieta - Sesc Consolação - rua Dr. Vila Nova, 245.
Realização: Movimento Nossa São Paulo
Organização: Grupo de Trabalho de Cultura do Movimento Nossa São Paulo, Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, Instituto Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia
Apoio: SESC SP
Na oportunidade, as organizações da sociedade civil que integram o Movimento Nossa São Paulo (www.nossasaopaulo.org.br) apresentarão aos(às) candidatos(as) de todos os partidos, uma carta-compromisso. O objetivo é que a próxima Legislatura Municipal seja pautada por elementos éticos e programáticos necessários para atingirmos metas de qualidade de vida e de serviços públicos compatíveis com as prioridades e potenciais da cidade.
No encontro haverá a leitura de 10 propostas do Movimento Nossa São Paulo e uma exposição sobre o tema: A Palavra do Eleitor por Isis de Palma (Instituto Ágora); A Cidade e a Cultura Cidadã: por Hamilton Faria (Instituto Pólis). A seguir será formada a mesa de convidados com a participação de Danilo Miranda (Sesc São Paulo), Luiz Roberto Alves (Universidade Metodista e Universidade São Paulo), Tião Soares (Fundação Tide Setúbal) e Cida Bento (CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade), com a mediação da jornalista Mona Dorf.
Por favor, confirme presença até o dia 21 de agosto, com Zuleica Goulart, pelo e-mail zuleica@isps.org.br.
Devido ao número elevado de candidatos(as), os mesmos não terão oportunidade de se pronunciar no evento e deverão ficar acomodados na platéia. Os(as) candidatos(as) presentes serão anunciados no início do evento.
Data: 25 de agosto, segunda-feira
Horário: 10h às 13h
Local: Teatro Anchieta - Sesc Consolação - rua Dr. Vila Nova, 245.
Realização: Movimento Nossa São Paulo
Organização: Grupo de Trabalho de Cultura do Movimento Nossa São Paulo, Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, Instituto Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia
Apoio: SESC SP
MAIS EDITAIS
Funarte dá R$ 5 milhões para músicos
Estado de São Paulo -
A Funarte publicou ontem no Diário Oficial edital que convoca para o Prêmio Pixinguinha de estímulo à produção musical. Obras inéditas de compositores, intérpretes e grupos de música popular terão R$ 90 mil para o desenvolvimento de um trabalho, além da prensagem de mil CDs e um circuito de turnê de pelo menos três cidades. Serão distribuídos 54 prêmios, dois por Estado, o que soma cerca de R$ 5 milhões. Cada artista só pode inscrever um trabalho. Cinco comissões (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste, Centro-Oeste) analisarão os projetos nos próximos 45 dias. Os termos do edital podem ser encontrados no site www.in.gov.br.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080820/not_imp227105,0.php
20/08/2008
Troféu-Prêmio José Aparecido de Oliveira
Ministério da Cultura -
Lançado pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal um concurso público para selecionar o projeto de criação do troféu que será entregue aos vencedores do Prêmio José Aparecido de Oliveira. Podem participar, individualmente ou em equipe, profissionais e estudantes de artes plásticas, desenho industrial, arquitetura, publicidade e áreas afins.
As inscrições estão abertas até 29 de setembro. O trabalho escolhido receberá R$ 3 mil, mas outras propostas concorrentes poderão ser destacadas com menção honrosa. O edital com o regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no link
www.sc.df.gov.br/jao e outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (61) 3325-6206.
Prêmio José Aparecido de Oliveira - A iniciativa objetiva distinguir trabalhos ou ações que contribuam para a preservação de Brasília - cidade reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A premiação também é uma homenagem ao ex-governador do Distrito Federal, falecido no ano passado, pelo seu empenho para que a capital federal recebesse o título da Unesco. Instituído por meio do Decreto nº 28.379/2007 do GDF, o prêmio contempla o vencedor com certificado, troféu e R$ 15 mil.
http://www.cultura.gov.br/site/2008/08/18/trofeu-premio-jose-aparecido-de-oliveira/
20/08/2008
Ação Griô Nacional
Ministério da Cultura - SPPC/MinC
Prorrogado o prazo de inscrição de projetos pedagógicos para o 2º Edital da iniciativa
A Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (SPPC/MinC) prorrogou até 8 de setembro as inscrições para as Bolsas de Incentivo Griô, projeto desenvolvido no âmbito do Programa Cultura Viva para a concessão de custeio mensal durante o período de um ano.
Lançada em julho deste ano, por meio do Edital de Divulgação nº 2, a iniciativa objetiva a seleção de cem projetos pedagógicos que desenvolvam trabalhos com a tradição oral em comunidades e escolas, sendo 75 de Pontos de Cultura e 25 de organizações que atuem com propostas socioculturais e educacionais relacionadas com os saberes e fazeres de Griôs e/ou Mestres, em parceria com o sistema público de
Estado de São Paulo -
A Funarte publicou ontem no Diário Oficial edital que convoca para o Prêmio Pixinguinha de estímulo à produção musical. Obras inéditas de compositores, intérpretes e grupos de música popular terão R$ 90 mil para o desenvolvimento de um trabalho, além da prensagem de mil CDs e um circuito de turnê de pelo menos três cidades. Serão distribuídos 54 prêmios, dois por Estado, o que soma cerca de R$ 5 milhões. Cada artista só pode inscrever um trabalho. Cinco comissões (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste, Centro-Oeste) analisarão os projetos nos próximos 45 dias. Os termos do edital podem ser encontrados no site www.in.gov.br.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080820/not_imp227105,0.php
20/08/2008
Troféu-Prêmio José Aparecido de Oliveira
Ministério da Cultura -
Lançado pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal um concurso público para selecionar o projeto de criação do troféu que será entregue aos vencedores do Prêmio José Aparecido de Oliveira. Podem participar, individualmente ou em equipe, profissionais e estudantes de artes plásticas, desenho industrial, arquitetura, publicidade e áreas afins.
As inscrições estão abertas até 29 de setembro. O trabalho escolhido receberá R$ 3 mil, mas outras propostas concorrentes poderão ser destacadas com menção honrosa. O edital com o regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no link
www.sc.df.gov.br/jao e outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (61) 3325-6206.
Prêmio José Aparecido de Oliveira - A iniciativa objetiva distinguir trabalhos ou ações que contribuam para a preservação de Brasília - cidade reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A premiação também é uma homenagem ao ex-governador do Distrito Federal, falecido no ano passado, pelo seu empenho para que a capital federal recebesse o título da Unesco. Instituído por meio do Decreto nº 28.379/2007 do GDF, o prêmio contempla o vencedor com certificado, troféu e R$ 15 mil.
http://www.cultura.gov.br/site/2008/08/18/trofeu-premio-jose-aparecido-de-oliveira/
20/08/2008
Ação Griô Nacional
Ministério da Cultura - SPPC/MinC
Prorrogado o prazo de inscrição de projetos pedagógicos para o 2º Edital da iniciativa
A Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (SPPC/MinC) prorrogou até 8 de setembro as inscrições para as Bolsas de Incentivo Griô, projeto desenvolvido no âmbito do Programa Cultura Viva para a concessão de custeio mensal durante o período de um ano.
Lançada em julho deste ano, por meio do Edital de Divulgação nº 2, a iniciativa objetiva a seleção de cem projetos pedagógicos que desenvolvam trabalhos com a tradição oral em comunidades e escolas, sendo 75 de Pontos de Cultura e 25 de organizações que atuem com propostas socioculturais e educacionais relacionadas com os saberes e fazeres de Griôs e/ou Mestres, em parceria com o sistema público de
Cultura por aí (SP) Propostas para Campanhas Municipais
Enviado por: "Marcelo Manzatti" marcelo.manzatti@terra.com.br
Qui, 21 de Ago de 2008 1:29 pm
Colegas, neste ano eleitoral que começa a esquentar, precisamos aproveitar o momento e colocar nossas propostas para o campo das culturas populares em debate pelos diferentes candidatos às câmaras de vereadores e às prefeituras e, mais importante ainda, pelo conjunto da população.
No próximo dia 08 de setembro o Fórum Permanente para as Culturas Populares de São Paulo realizará um debate sobre as políticas públicas para as culturas populares na Sala Crisantempo, Rua Fidalga, 521, Vila Madalena, São Paulo, às 19h30, com as presenças da candidata à prefeitura Soninha (PPS) e dos candidatos à câmara Nabil Bonduli (PT) e Gustavo Petta (PCdoB). Todos eles têm um passado de reconhecida militância no campo da cultura e podem contribuir para a difusão e a efetivação de um conjunto de propostas que elaboramos especialmente para o âmbito dos municípios a partir dos documentos do I Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares. Gostaríamos imensamente de contar com a colaboração crítica do pessoal da Rede para melhorar as propostas e ampliá-las. Quem puder fazer o debate no seu município, na sua comunidade ou região também contribuirá muito para qualificar o processo e colocar a questão das culturas populares na pauta das campanhas.
Um abraço,
Marcelo Manzatti
presidente
Diretrizes de uma política pública para as culturas populares na cidade de São Paulo
1. Equiparar o volume de recursos orçamentários destinados às culturas populares, especialmente o VAI, com aqueles destinados às outras áreas de expressão;
2. Publicar regularmente editais de fomento às expressões das culturas populares tradicionais ou contemporâneas, bem como as atividades criadoras modernas que se baseiam nas expressões tradicionais como fonte inspiradora;
3. Simplificar os mecanismos de contratação de serviços artísticos de natureza cultural, especialmente os dos artistas populares, desburocratizando os processos e reconhecendo as organizações tradicionais (comunidades, grupos, conselhos etc.) e suas lideranças como se entidades juridicamente constituídas fossem a fim de incluí-las no campo de ação da gestão pública;
4. Criar um Fundo Garantidor para projetos de cultura popular aprovados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei Mendonça) que não consigam captar recursos junto aos pagadores de impostos, além de permitir àqueles dispostos a reverter seus tributos devidos em ações para este segmento um patamar de restituição maior;
5. Criar linhas de financiamento à produção artesanal com recursos do Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais (FEPAC);
6. Criar um fundo para a manutenção das festas populares mais importantes da cidade - Carnaval, Festa do Divino da Freguesia do Ó, Festas do Rosário e São Benedito do Paissandu, Penha e Bixiga, dentre outras -, a partir de contribuições oriundas das atividades culturais orientadas pela ação do mercado;
7. Intensificar a divulgação dos mecanismos de acesso aos recursos orçamentários para os agentes envolvidos com as expressões das culturas populares, capacitando intensivamente estes agentes para a formulação de projetos e a gestão de suas ações.
8. Criar o Museu das Culturas Populares no Parque do Ibirapuera integrando as coleções do Museu do Folclore Rossini Tavares de Lima, do Centro Cultural São Paulo e de outras instituições afins do município, além de coleções particulares recebidas em doação;
9. Criar o Inventário Municipal de Referências e Bens Culturais de Natureza Imaterial e o Programa Municipal de Salvaguarda do Patrimônio da Cultura Imaterial Paulistana a exemplo do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
10. Recriar a Missão de Pesquisas Folclóricas concebida por Mário de Andrade à época da constituição do Departamento de Cultura, institucionalizando -a com a articulação, em um único departamento, de todas as instituições, órgãos e programas da administração municipal que estruturavam a ampla gama de atividades relativas ao universo das culturas populares como a Discoteca Oneyda Alvarenga, o Núcleo de Cultura Popular da Biblioteca Belmonte, dentre outros;
11. Realizar o inventário da cadeia produtiva das culturas populares na cidade de São Paulo para dar a conhecer a verdadeira dimensão do papel que o artesanato, as feiras populares, as festas e os espetáculos de rua, bem como todas as demais expressões culturais deste segmento têm no cenário cultural e econômico da cidade;
12. Formalizar parcerias com as universidades paulistas e institutos privados de pesquisa para o financiamento, a capacitação de profissionais e gestores públicos para a realização de pesquisas permanentes sobre as expressões culturais populares;
13. Reformar a Lei 11.287/92 criando a Comissão Permanente para a Proteção e o Fomento das Expressões das Culturas Populares no interior do Conselho Municipal de Cultura envolvendo agentes das secretarias de Cultura; Educação; Comunicação; Participação e Parcerias; Assistência e Desenvolvimento Social; Esportes Lazer e Recreação; Verde e Meio Ambiente; dentre outros órgãos responsáveis, e representantes da sociedade civil;
14. Garantir assento permanente para gestores públicos e representantes da sociedade civil envolvidos com as expressões das culturas populares no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (COMPRESP), na Comissão de Avaliação de Propostas do Programa Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) e na Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais (CAAPC) da Lei Mendonça;
15. Criar um grupo de trabalho para a pesquisa e a elaboração de um plano de ação que atenda às especificidades dos artistas populares no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, de forma transversal, envolvendo todos os departamentos, com participação dos segmentos sociais representativos;
16. Criar o Consórcio Intermunicipal para a Proteção e a Promoção das Culturas Populares envolvendo os gestores dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo convidando representantes da sociedade civil a integrar esta frente de trabalho;
17. Criar um grupo de trabalho envolvendo as secretarias municipais e estaduais de Cultura e Educação para a construção de novas diretrizes e bases para a inserção das expressões culturais populares nos currículos e nas demais atividades desenvolvidas nos espaços escolares;
18. Realizar atividades permanentes de capacitação de professores da Rede Pública de ensino para o desenvolvimento das ações contidas no capítulo Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais e para o cumprimento da Lei 11.645/2008, substituta da Lei 10.639/2003, que obriga a inclusão da temática da História e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares;
19. Realizar um curso intensivo de capacitação dos professores da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), da Escola Municipal de Música e da Escola Municipal de Bailado para o trabalho com as expressões das culturas populares;
20. Reconhecer com o título de notório saber os mestres das expressões culturais populares, as lideranças étnicas, religiosas e comunitárias, através de parcerias com Universidades, franqueando a utilização do espaço e da infra-estrutura escolar, especialmente aos mestres residentes no seu entorno, para que estes desenvolvam e a transmitam seus saberes, segundo suas tradições e procedimentos consagrados pela oralidade;
21. Construir um amplo programa de valorização e difusão das expressões da literatura oral e da poesia tradicional (contação de histórias, cordel, repentes etc.) no interior do Sistema Municipal de Bibliotecas que envolva também a aquisição de livros e material áudio-visual de referência para todos os equipamentos, além da contratação de poetas e escritores populares para atividades diversas nestes espaços;
22. Replicar por toda a rede municipal de ensino a exitosa experiência da Oficina de Cultura Brasileira desenvolvida na EMEF Desembargador Amorim Lima (Butantã) trazendo para o interior da escola os saberes tradicionais dos inúmeros povos que formam a população paulistana;
23. Garantir a participação dos artistas populares e seus grupos no Projeto Recreio nas Férias;
24. Aperfeiçoar a Lei 13.540/2003 e o decreto 43.823/2003 que instituem e regulamentam o Programa Municipal de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) aproximando- os das bases conceituais e administrativas do Programa Cultura Viva (Ministério da Cultura) e das leis de Fomento ao Teatro, à Dança e ao Cinema, focando as expressões das culturas populares;
25. Criar um programa interno de desburocratizaçã o dos procedimentos de contratação de serviços artísticos na Secretaria Municipal de Cultura;
26. Regulamentar os artigos 191 a 199 da Lei Orgânica do Município de São Paulo que tratam da cultura e do patrimônio histórico, reforçando o conceito de proteção e fomento às expressões das culturas populares presentes na citada lei;
27. Criar, no âmbito municipal, uma Lei dos Mestres, aos moldes do que já ocorre nos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo;
28. Garantir a implementação da Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais no âmbito do município de São Paulo;
29. Criar um grupo de trabalho integrando representantes da Assessoria de Defesa da Cidadania, do Centro de Integração da Cidadania (CIC), da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (ITESP) e da Ouvidoria da Secretaria de Estado da Justiça, bem como, da Procuradoria de Interesses Difusos e Coletivos e do Centro de Apoio Operacional da Cidadania do Ministério Público do Estado de São Paulo para conhecer e divulgar amplamente os direitos associados às comunidades, grupos e artistas detentores dos saberes tradicionais junto ao público-alvo;
30. Regular e fiscalizar a relação dos artistas populares com os produtores e gestores culturais a fim de evitar sua expropriação e a espetacularizaçã o de seus saberes e fazeres;
31. Neutralizar e reverter o quadro de fragilidade social que afeta a produção simbólica dos artistas populares instituindo uma Política Municipal de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais a exemplo do decreto 6.040/2007 do governo federal;
32. Construir espaços adaptados à comercializaçã o de produtos culturais populares e a realizar eventos que possam aumentar as oportunidades de fruição desta produção cultural;
33. Estimular a participação dos artistas populares paulistanos em eventos culturais em todo Brasil e no mundo, divulgando esta vasta produção cultural;
34. Criar programas de capacitação e formação dos artistas populares nas mais diferentes linguagens e especialidades artísticas;
35. Apoiar a produção cultural que ocorre em espaços alternativos como Escolas de Samba, parques, praças, feiras, posses, ocupações sociais, a exemplo do Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura);
36. Reestruturar todos os espaços culturais públicos com tradição na programação de atividades ligadas às expressões das culturas populares, a saber: Vitrine da Dança (Galeria Olido), Casas de Cultura do M'Boi Mirim, Santo Amaro e Penha, Biblioteca Belmonte, Discoteca Oneyda Alvarenga (Centro Cultural São Paulo), dentre outras;
37. Apoiar financeiramente os espaços culturais privados que tradicionalmente desenvolvem atividades ligadas ao universo das culturas populares, tais como: Museu AfroBrasil, Centro de Documentação e Memória do Samba, Revelando São Paulo, Escolas de Samba, Museu do Folclore, Associação Cultural Cachuera!, Orquestra Paulistana de Viola Caipira, Instituto Nzinga de Capoeira Angola, Morro do Querosene, Fórum Permanente para as Culturas Populares etc.
38. Apoiar a estruturação de associações, cooperativas e outras formas de organização voltadas para as expressões das culturas populares;
39. Incentivar a formação de redes culturais de troca e de circulação de idéias e projetos relativos ao universo das culturas populares.
40. Criar políticas de democratização do acesso aos meios de comunicação de massa que garantam espaços para difusão e valorização das expressões das culturas populares, tais como o incentivo á criação de rádios comunitárias;
41. Formar lideranças nos grupos e comunidades tradicionais para o diálogo com o poder publico;
42. Promover campanhas de esclarecimento sobre a diversidade das manifestações culturais e religiosas;
43. Lutar pela ampliação dos mecanismos de proteção legal dos direitos de propriedade intelectual dos artistas populares.
Qui, 21 de Ago de 2008 1:29 pm
Colegas, neste ano eleitoral que começa a esquentar, precisamos aproveitar o momento e colocar nossas propostas para o campo das culturas populares em debate pelos diferentes candidatos às câmaras de vereadores e às prefeituras e, mais importante ainda, pelo conjunto da população.
No próximo dia 08 de setembro o Fórum Permanente para as Culturas Populares de São Paulo realizará um debate sobre as políticas públicas para as culturas populares na Sala Crisantempo, Rua Fidalga, 521, Vila Madalena, São Paulo, às 19h30, com as presenças da candidata à prefeitura Soninha (PPS) e dos candidatos à câmara Nabil Bonduli (PT) e Gustavo Petta (PCdoB). Todos eles têm um passado de reconhecida militância no campo da cultura e podem contribuir para a difusão e a efetivação de um conjunto de propostas que elaboramos especialmente para o âmbito dos municípios a partir dos documentos do I Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares. Gostaríamos imensamente de contar com a colaboração crítica do pessoal da Rede para melhorar as propostas e ampliá-las. Quem puder fazer o debate no seu município, na sua comunidade ou região também contribuirá muito para qualificar o processo e colocar a questão das culturas populares na pauta das campanhas.
Um abraço,
Marcelo Manzatti
presidente
Diretrizes de uma política pública para as culturas populares na cidade de São Paulo
1. Equiparar o volume de recursos orçamentários destinados às culturas populares, especialmente o VAI, com aqueles destinados às outras áreas de expressão;
2. Publicar regularmente editais de fomento às expressões das culturas populares tradicionais ou contemporâneas, bem como as atividades criadoras modernas que se baseiam nas expressões tradicionais como fonte inspiradora;
3. Simplificar os mecanismos de contratação de serviços artísticos de natureza cultural, especialmente os dos artistas populares, desburocratizando os processos e reconhecendo as organizações tradicionais (comunidades, grupos, conselhos etc.) e suas lideranças como se entidades juridicamente constituídas fossem a fim de incluí-las no campo de ação da gestão pública;
4. Criar um Fundo Garantidor para projetos de cultura popular aprovados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei Mendonça) que não consigam captar recursos junto aos pagadores de impostos, além de permitir àqueles dispostos a reverter seus tributos devidos em ações para este segmento um patamar de restituição maior;
5. Criar linhas de financiamento à produção artesanal com recursos do Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais (FEPAC);
6. Criar um fundo para a manutenção das festas populares mais importantes da cidade - Carnaval, Festa do Divino da Freguesia do Ó, Festas do Rosário e São Benedito do Paissandu, Penha e Bixiga, dentre outras -, a partir de contribuições oriundas das atividades culturais orientadas pela ação do mercado;
7. Intensificar a divulgação dos mecanismos de acesso aos recursos orçamentários para os agentes envolvidos com as expressões das culturas populares, capacitando intensivamente estes agentes para a formulação de projetos e a gestão de suas ações.
8. Criar o Museu das Culturas Populares no Parque do Ibirapuera integrando as coleções do Museu do Folclore Rossini Tavares de Lima, do Centro Cultural São Paulo e de outras instituições afins do município, além de coleções particulares recebidas em doação;
9. Criar o Inventário Municipal de Referências e Bens Culturais de Natureza Imaterial e o Programa Municipal de Salvaguarda do Patrimônio da Cultura Imaterial Paulistana a exemplo do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
10. Recriar a Missão de Pesquisas Folclóricas concebida por Mário de Andrade à época da constituição do Departamento de Cultura, institucionalizando -a com a articulação, em um único departamento, de todas as instituições, órgãos e programas da administração municipal que estruturavam a ampla gama de atividades relativas ao universo das culturas populares como a Discoteca Oneyda Alvarenga, o Núcleo de Cultura Popular da Biblioteca Belmonte, dentre outros;
11. Realizar o inventário da cadeia produtiva das culturas populares na cidade de São Paulo para dar a conhecer a verdadeira dimensão do papel que o artesanato, as feiras populares, as festas e os espetáculos de rua, bem como todas as demais expressões culturais deste segmento têm no cenário cultural e econômico da cidade;
12. Formalizar parcerias com as universidades paulistas e institutos privados de pesquisa para o financiamento, a capacitação de profissionais e gestores públicos para a realização de pesquisas permanentes sobre as expressões culturais populares;
13. Reformar a Lei 11.287/92 criando a Comissão Permanente para a Proteção e o Fomento das Expressões das Culturas Populares no interior do Conselho Municipal de Cultura envolvendo agentes das secretarias de Cultura; Educação; Comunicação; Participação e Parcerias; Assistência e Desenvolvimento Social; Esportes Lazer e Recreação; Verde e Meio Ambiente; dentre outros órgãos responsáveis, e representantes da sociedade civil;
14. Garantir assento permanente para gestores públicos e representantes da sociedade civil envolvidos com as expressões das culturas populares no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (COMPRESP), na Comissão de Avaliação de Propostas do Programa Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) e na Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais (CAAPC) da Lei Mendonça;
15. Criar um grupo de trabalho para a pesquisa e a elaboração de um plano de ação que atenda às especificidades dos artistas populares no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, de forma transversal, envolvendo todos os departamentos, com participação dos segmentos sociais representativos;
16. Criar o Consórcio Intermunicipal para a Proteção e a Promoção das Culturas Populares envolvendo os gestores dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo convidando representantes da sociedade civil a integrar esta frente de trabalho;
17. Criar um grupo de trabalho envolvendo as secretarias municipais e estaduais de Cultura e Educação para a construção de novas diretrizes e bases para a inserção das expressões culturais populares nos currículos e nas demais atividades desenvolvidas nos espaços escolares;
18. Realizar atividades permanentes de capacitação de professores da Rede Pública de ensino para o desenvolvimento das ações contidas no capítulo Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais e para o cumprimento da Lei 11.645/2008, substituta da Lei 10.639/2003, que obriga a inclusão da temática da História e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares;
19. Realizar um curso intensivo de capacitação dos professores da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), da Escola Municipal de Música e da Escola Municipal de Bailado para o trabalho com as expressões das culturas populares;
20. Reconhecer com o título de notório saber os mestres das expressões culturais populares, as lideranças étnicas, religiosas e comunitárias, através de parcerias com Universidades, franqueando a utilização do espaço e da infra-estrutura escolar, especialmente aos mestres residentes no seu entorno, para que estes desenvolvam e a transmitam seus saberes, segundo suas tradições e procedimentos consagrados pela oralidade;
21. Construir um amplo programa de valorização e difusão das expressões da literatura oral e da poesia tradicional (contação de histórias, cordel, repentes etc.) no interior do Sistema Municipal de Bibliotecas que envolva também a aquisição de livros e material áudio-visual de referência para todos os equipamentos, além da contratação de poetas e escritores populares para atividades diversas nestes espaços;
22. Replicar por toda a rede municipal de ensino a exitosa experiência da Oficina de Cultura Brasileira desenvolvida na EMEF Desembargador Amorim Lima (Butantã) trazendo para o interior da escola os saberes tradicionais dos inúmeros povos que formam a população paulistana;
23. Garantir a participação dos artistas populares e seus grupos no Projeto Recreio nas Férias;
24. Aperfeiçoar a Lei 13.540/2003 e o decreto 43.823/2003 que instituem e regulamentam o Programa Municipal de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) aproximando- os das bases conceituais e administrativas do Programa Cultura Viva (Ministério da Cultura) e das leis de Fomento ao Teatro, à Dança e ao Cinema, focando as expressões das culturas populares;
25. Criar um programa interno de desburocratizaçã o dos procedimentos de contratação de serviços artísticos na Secretaria Municipal de Cultura;
26. Regulamentar os artigos 191 a 199 da Lei Orgânica do Município de São Paulo que tratam da cultura e do patrimônio histórico, reforçando o conceito de proteção e fomento às expressões das culturas populares presentes na citada lei;
27. Criar, no âmbito municipal, uma Lei dos Mestres, aos moldes do que já ocorre nos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo;
28. Garantir a implementação da Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais no âmbito do município de São Paulo;
29. Criar um grupo de trabalho integrando representantes da Assessoria de Defesa da Cidadania, do Centro de Integração da Cidadania (CIC), da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (ITESP) e da Ouvidoria da Secretaria de Estado da Justiça, bem como, da Procuradoria de Interesses Difusos e Coletivos e do Centro de Apoio Operacional da Cidadania do Ministério Público do Estado de São Paulo para conhecer e divulgar amplamente os direitos associados às comunidades, grupos e artistas detentores dos saberes tradicionais junto ao público-alvo;
30. Regular e fiscalizar a relação dos artistas populares com os produtores e gestores culturais a fim de evitar sua expropriação e a espetacularizaçã o de seus saberes e fazeres;
31. Neutralizar e reverter o quadro de fragilidade social que afeta a produção simbólica dos artistas populares instituindo uma Política Municipal de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais a exemplo do decreto 6.040/2007 do governo federal;
32. Construir espaços adaptados à comercializaçã o de produtos culturais populares e a realizar eventos que possam aumentar as oportunidades de fruição desta produção cultural;
33. Estimular a participação dos artistas populares paulistanos em eventos culturais em todo Brasil e no mundo, divulgando esta vasta produção cultural;
34. Criar programas de capacitação e formação dos artistas populares nas mais diferentes linguagens e especialidades artísticas;
35. Apoiar a produção cultural que ocorre em espaços alternativos como Escolas de Samba, parques, praças, feiras, posses, ocupações sociais, a exemplo do Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura);
36. Reestruturar todos os espaços culturais públicos com tradição na programação de atividades ligadas às expressões das culturas populares, a saber: Vitrine da Dança (Galeria Olido), Casas de Cultura do M'Boi Mirim, Santo Amaro e Penha, Biblioteca Belmonte, Discoteca Oneyda Alvarenga (Centro Cultural São Paulo), dentre outras;
37. Apoiar financeiramente os espaços culturais privados que tradicionalmente desenvolvem atividades ligadas ao universo das culturas populares, tais como: Museu AfroBrasil, Centro de Documentação e Memória do Samba, Revelando São Paulo, Escolas de Samba, Museu do Folclore, Associação Cultural Cachuera!, Orquestra Paulistana de Viola Caipira, Instituto Nzinga de Capoeira Angola, Morro do Querosene, Fórum Permanente para as Culturas Populares etc.
38. Apoiar a estruturação de associações, cooperativas e outras formas de organização voltadas para as expressões das culturas populares;
39. Incentivar a formação de redes culturais de troca e de circulação de idéias e projetos relativos ao universo das culturas populares.
40. Criar políticas de democratização do acesso aos meios de comunicação de massa que garantam espaços para difusão e valorização das expressões das culturas populares, tais como o incentivo á criação de rádios comunitárias;
41. Formar lideranças nos grupos e comunidades tradicionais para o diálogo com o poder publico;
42. Promover campanhas de esclarecimento sobre a diversidade das manifestações culturais e religiosas;
43. Lutar pela ampliação dos mecanismos de proteção legal dos direitos de propriedade intelectual dos artistas populares.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
A IV NOITE MULTICULTURAL ESTÁ CHEGANDO
06 DE NOVEMBRO DE 2008
FICHA DE INSCRIÇÃO PARA ARTISTAS E GRUPOS CULTURAIS
1. Nome do Artista ou Grupo:
2. Informações para contato
Endereço:
E-mail:
Telefone:
3. Histórico do grupo( em 10 linhas) :
4. Sinopse, estilo, lista de músicas ou de poesias, descrição do material e da apresentação cultural.
5.Tempo de apresentação.
6. Material necessário para a apresentação.
7. Nome do artista ou dos componentes do grupo e suas respectivas funções.
AVALIAÇÃO ESCRITA REALIZADA PELO PÚBLICO PRESENTE
A III NOITE CULTURAL 2007
Que bom!
O grupo Samba Inocente;
Adorei esse movimento;
Adorei o grupo Cultural Asa Branca
O povo tem que aprender a valorizar as nossas riquezas;
Tudo ótimo;
Adorei, vocês são geniais;
Que foi no sábado;
Parabéns a todos;
O artesanato;
Maravilhoso;
Adorei pela criatividade e pela cultura;
Achei bom;
A Cida Biju, por causa dos preços;
O evento foi 10(dez) e nota 1000(mil);
As danças foram lindas;
Houve um espaço para a exposição de bijuterias; ·.
As peças de teatro e tudo que é cultural;
Gostei de todas as apresentações; ·.
A proposta é boa mais só o tempo dirá; ·.
Que bom que resolveram aproveitar esse espaço para dar diversão a esse conjunto; ·.
Que este espaço esta aberto para mostrar a cultura sergipana;
O grupo de Hip-Hop;
Liberado para todas as idades, assim vem à família toda;
Gostei de tudo bandas legais e animadas;
O teatro de bonecos foi ótimo;
Ter a iniciativa de colocar eventos novamente no Gonzagão;
Este momento festivo com a população.
Que pena? ( o que pode ser melhorado)
O grupo Samba Inocente tocar só meia hora
Senti saudades dos shwos que eram realizados aqui no Gonzagão era lotado;
Que o grupo cultural Asa Branca só foi uma vez;
Ser mais divulgado com antecedência para ter mais gente na platéia;
Ter mais danças;
Mais divulgação nas emissoras de televisão;
Mais barracas de artesanato;
A divulgação que quase não teve;
A comida (rango);
As pessoas deveriam valorizar mais eventos como este;
Que pena que não houve uma programação mais elaborada;
Que não tem ninguém para nos ajudar (governos);
A segurança;
Mais grupos artísticos, isso atrai a galera;
Que tal? (Sugestões)
O grupo Samba Inocente tocar sempre;
Trazer de volta os shwos que Joe Feitosa realizava com Lairton e outros artistas, eu vinha com minha mãe e irmãs, faz muito tempo que não venho aqui, gostei muito do que assisti, mas sinto saudade do passado aqui, com Diego dos Pholhas as bandas de forró...;
Bandas de Pagode, Samba e Seresta;
Todas as escolas trazerem apresentações artísticas;
Voltem sempre;
Tem muita criança com muita energia e talentos têm que aproveitar mais vezes;
Deveria ter todos os meses, permanente;
Ser mais divulgado nas rádios e TVs;
Nunca deixe de ter eventos como este;
Que sempre haja movimento como este na comunidade;
Divulgar não só no bairro mais em todo o Estado;
Os porteiros serem mais educados;
Acho que faltou mais divulgação, até mesmo por parte do Estado;
Mais organização;
Dar oportunidades para bandas novas de rock, reage e rep;
Teatro e dança em quantidade maior;
Ajudar os negros;
Trazer uma atração de peso para divulgar mais o evento;
Uma casa de festa para todos os sergipanos mostrar o que nós temos de melhor;
Voltar à peça Opera do Milho;
A semana da criança;
Fazer parcerias com alguns hotéis, para atrair turistas;
FICHA DE INSCRIÇÃO PARA ARTISTAS E GRUPOS CULTURAIS
1. Nome do Artista ou Grupo:
2. Informações para contato
Endereço:
E-mail:
Telefone:
3. Histórico do grupo( em 10 linhas) :
4. Sinopse, estilo, lista de músicas ou de poesias, descrição do material e da apresentação cultural.
5.Tempo de apresentação.
6. Material necessário para a apresentação.
7. Nome do artista ou dos componentes do grupo e suas respectivas funções.
AVALIAÇÃO ESCRITA REALIZADA PELO PÚBLICO PRESENTE
A III NOITE CULTURAL 2007
Que bom!
O grupo Samba Inocente;
Adorei esse movimento;
Adorei o grupo Cultural Asa Branca
O povo tem que aprender a valorizar as nossas riquezas;
Tudo ótimo;
Adorei, vocês são geniais;
Que foi no sábado;
Parabéns a todos;
O artesanato;
Maravilhoso;
Adorei pela criatividade e pela cultura;
Achei bom;
A Cida Biju, por causa dos preços;
O evento foi 10(dez) e nota 1000(mil);
As danças foram lindas;
Houve um espaço para a exposição de bijuterias; ·.
As peças de teatro e tudo que é cultural;
Gostei de todas as apresentações; ·.
A proposta é boa mais só o tempo dirá; ·.
Que bom que resolveram aproveitar esse espaço para dar diversão a esse conjunto; ·.
Que este espaço esta aberto para mostrar a cultura sergipana;
O grupo de Hip-Hop;
Liberado para todas as idades, assim vem à família toda;
Gostei de tudo bandas legais e animadas;
O teatro de bonecos foi ótimo;
Ter a iniciativa de colocar eventos novamente no Gonzagão;
Este momento festivo com a população.
Que pena? ( o que pode ser melhorado)
O grupo Samba Inocente tocar só meia hora
Senti saudades dos shwos que eram realizados aqui no Gonzagão era lotado;
Que o grupo cultural Asa Branca só foi uma vez;
Ser mais divulgado com antecedência para ter mais gente na platéia;
Ter mais danças;
Mais divulgação nas emissoras de televisão;
Mais barracas de artesanato;
A divulgação que quase não teve;
A comida (rango);
As pessoas deveriam valorizar mais eventos como este;
Que pena que não houve uma programação mais elaborada;
Que não tem ninguém para nos ajudar (governos);
A segurança;
Mais grupos artísticos, isso atrai a galera;
Que tal? (Sugestões)
O grupo Samba Inocente tocar sempre;
Trazer de volta os shwos que Joe Feitosa realizava com Lairton e outros artistas, eu vinha com minha mãe e irmãs, faz muito tempo que não venho aqui, gostei muito do que assisti, mas sinto saudade do passado aqui, com Diego dos Pholhas as bandas de forró...;
Bandas de Pagode, Samba e Seresta;
Todas as escolas trazerem apresentações artísticas;
Voltem sempre;
Tem muita criança com muita energia e talentos têm que aproveitar mais vezes;
Deveria ter todos os meses, permanente;
Ser mais divulgado nas rádios e TVs;
Nunca deixe de ter eventos como este;
Que sempre haja movimento como este na comunidade;
Divulgar não só no bairro mais em todo o Estado;
Os porteiros serem mais educados;
Acho que faltou mais divulgação, até mesmo por parte do Estado;
Mais organização;
Dar oportunidades para bandas novas de rock, reage e rep;
Teatro e dança em quantidade maior;
Ajudar os negros;
Trazer uma atração de peso para divulgar mais o evento;
Uma casa de festa para todos os sergipanos mostrar o que nós temos de melhor;
Voltar à peça Opera do Milho;
A semana da criança;
Fazer parcerias com alguns hotéis, para atrair turistas;
Bahia quer democratização da mídia e conferência nacional
Fonte: www.cartamaior.com.br
Primeira conferência de comunicação social realizada em um estado brasileiro elabora a Carta da Bahia, que será entregue ao presidente Lula. Documento pede a realização de conferências em todo o Brasil e o combate aos “impérios oligárquicos regionais” que controlam a comunicação no país.
Maurício Thuswohl
SALVADOR – Encerrada no sábado (16), a 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia já faz parte da história da luta pela democratização da comunicação no Brasil. Após três dias de debates que reuniram em Salvador cerca de 400 pessoas, entre delegados e observadores vindos de todas as regiões do estado, foram reafirmadas importantes bandeiras de luta locais e nacionais, como, entre outras, a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social, a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação e a reformulação da legislação referente ao funcionamento das rádios comunitárias.
Os participantes da conferência elaboraram um documento final, a Carta da Bahia, que traz propostas para a comunicação social no Brasil e será entregue ainda esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A importância da parceria entre os movimentos sociais e a esfera governamental para o avanço da democratização do setor foi citada no documento: “Há entre nós baianos, realizadores desta 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia, a consciência de que o diálogo entre o governo e os movimentos sociais e, noutra dimensão, entre o Estado e a sociedade como um todo, é condição social necessária para que as práticas da democracia sejam consensuais nas redes de transmissão de informações, nas trocas culturais e nos processos de reprodução dos discursos que modelam a vida política, social e cultural nas comunidades, no estado e no país”.
A Carta da Bahia pede que o direito à comunicação democrática seja levado a todos os brasileiros: “Sem a prática da livre produção social de conteúdo nas escolas, portais da internet, salas virtuais, jornais, revistas, cinemas, rádios e televisões, isto é, sem a democracia na comunicação, não nos produziremos como seres sociais políticos _ cidadãos e cidadãs _ capazes de pensar coletivamente e dialogar com os nossos representantes nas esferas e instâncias do Estado Brasileiro”, diz o documento.
O monopólio da mídia no Brasil também é citado na Carta da Bahia: “Se nos for garantido o direito à comunicação, iremos assim quebrando paulatinamente os monopólios das minorias privilegiadas sobre os meios de comunicação social de massa e combatendo os impérios oligárquicos regionais vinculados à propriedade privada sobre a terra e os meios de produção”.
Os representantes dos movimentos sociais saudaram a realização da conferência estadual na Bahia: “Às vezes achamos que a luta é tão difícil e os adversários são tão poderosos, mas, quando a gente vê um processo como esse acontecendo, percebe que está no caminho certo, que não podemos fugir da luta pela democratização da comunicação no Brasil, pois ela é central para todos aqueles que defendem uma sociedade justa e igualitária, com respeito à diversidade e respeito às pessoas”, disse Bráulio Ribeiro, representante do coletivo Intervozes na conferência.
Para Gislene Moreira, representante da ONG Cipó e integrante do Grupo de Trabalho que coordenou a realização da conferência estadual e de suas oito etapas prévias regionais, a união dos diversos atores envolvidos em torno de um objetivo comum foi o maior trunfo do evento: “Esse GT, mesmo com suas idiossincrasias, vestiu a camisa da conferência. As instituições envolvidas emprestaram credibilidade, cederam tempo, cederam horas de trabalho de seus profissionais e voluntários para que construíssemos esse processo durante os três meses que percorremos a Bahia inteira para construir uma proposta coletiva de política de comunicação para o estado”, disse.
Avançar mais
Gislene diz acreditar na continuidade do processo: “Apesar das discordâncias, entendemos que este é um momento de co-responsabilização e de parceria, e que é preciso caminhar juntos e respeitar nossas diferenças. Essa conferência foi movida pela utopia, que foi nos alimentando e nos dizendo que era possível transformar a vida das pessoas, a vida das nossas comunidades e as relações políticas na medida em que a gente se apropria das câmeras, dos microfones, dos satélites, das empresas de tevê. Precisamos avançar mais, é claro, mas essa conferência não seria possível sem o entendimento de que era preciso repensar as nossas posturas”.
Avançar mais, no entendimento dos participantes da conferência baiana, significa construir a 1ª Conferência Nacional de Comunicação Social, com etapas prévias realizadas em todos os estados brasileiros: “Levaremos ao governo Lula o apelo pela convocação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Estamos levando os resultados das plenárias aqui de Salvador para refletirmos. Que esse evento sirva como exemplo para o Brasil de como se é capaz de construir um episódio estadual da conferência e conseguir produzir coisas com a qualidade que aqui foi produzida”, disse Rosely Goffman, integrante do Conselho Federal de Psicologia e da Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação.
Rosely espera que o governo federal siga o exemplo do governo baiano: “Saudamos o protagonismo do Governo da Bahia, que se colocou junto aos movimentos populares para que a conferência acontecesse. Mas, se não houver uma organização e uma continuidade desse trabalho, e sem se pensar os desdobramentos de tudo isso que vocês propuseram aqui, nós não vamos conseguir chegar lá. Precisamos demonstrar que a gente pode participar da governabilidade desse país, que a gente tem maturidade para tocar as ações e que estamos muito bem preparados para isso”, disse.
Desdobramentos
Gislene Moreira lembra que o movimento “ainda está muito longe” de seus objetivos, mas saúda os avanços da conferência realizada em Salvador: “A gente quer a implantação do Conselho Estadual de Comunicação, a gente quer a Conferência Nacional, mas entendemos que hoje estamos dando um passo muito importante para a história da Bahia, para a história do Brasil e para a redefinição da política de comunicação, em busca de uma comunicação efetivamente democrática e transformadora da vida e do desenvolvimento das pessoas”.
Para o secretário de Comunicação do Governo da Bahia, Robinson Almeida, “os historiadores, no futuro, irão registrar o que aconteceu no estado em agosto de 2008”. Segundo ele, a sociedade baiana quebrou um antigo tabu: “Essa esfera da comunicação precisava ser tocada. Ninguém faz o debate sobre a comunicação, enfrentando os tabus estabelecidos pela grande mídia, e fica impune nesse processo. Aqui saímos com o compromisso de que a nossa luta está apenas no começo e que nós vamos nos desdobrar nas nossas comunidades, regiões e atividades do dia-a-dia e renovar o esforço para que possamos construir uma Bahia e um Brasil onde todos possam ter acesso aos direitos mais básicos, incluindo o direito à comunicação e à informação”.
Primeira conferência de comunicação social realizada em um estado brasileiro elabora a Carta da Bahia, que será entregue ao presidente Lula. Documento pede a realização de conferências em todo o Brasil e o combate aos “impérios oligárquicos regionais” que controlam a comunicação no país.
Maurício Thuswohl
SALVADOR – Encerrada no sábado (16), a 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia já faz parte da história da luta pela democratização da comunicação no Brasil. Após três dias de debates que reuniram em Salvador cerca de 400 pessoas, entre delegados e observadores vindos de todas as regiões do estado, foram reafirmadas importantes bandeiras de luta locais e nacionais, como, entre outras, a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social, a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação e a reformulação da legislação referente ao funcionamento das rádios comunitárias.
Os participantes da conferência elaboraram um documento final, a Carta da Bahia, que traz propostas para a comunicação social no Brasil e será entregue ainda esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A importância da parceria entre os movimentos sociais e a esfera governamental para o avanço da democratização do setor foi citada no documento: “Há entre nós baianos, realizadores desta 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia, a consciência de que o diálogo entre o governo e os movimentos sociais e, noutra dimensão, entre o Estado e a sociedade como um todo, é condição social necessária para que as práticas da democracia sejam consensuais nas redes de transmissão de informações, nas trocas culturais e nos processos de reprodução dos discursos que modelam a vida política, social e cultural nas comunidades, no estado e no país”.
A Carta da Bahia pede que o direito à comunicação democrática seja levado a todos os brasileiros: “Sem a prática da livre produção social de conteúdo nas escolas, portais da internet, salas virtuais, jornais, revistas, cinemas, rádios e televisões, isto é, sem a democracia na comunicação, não nos produziremos como seres sociais políticos _ cidadãos e cidadãs _ capazes de pensar coletivamente e dialogar com os nossos representantes nas esferas e instâncias do Estado Brasileiro”, diz o documento.
O monopólio da mídia no Brasil também é citado na Carta da Bahia: “Se nos for garantido o direito à comunicação, iremos assim quebrando paulatinamente os monopólios das minorias privilegiadas sobre os meios de comunicação social de massa e combatendo os impérios oligárquicos regionais vinculados à propriedade privada sobre a terra e os meios de produção”.
Os representantes dos movimentos sociais saudaram a realização da conferência estadual na Bahia: “Às vezes achamos que a luta é tão difícil e os adversários são tão poderosos, mas, quando a gente vê um processo como esse acontecendo, percebe que está no caminho certo, que não podemos fugir da luta pela democratização da comunicação no Brasil, pois ela é central para todos aqueles que defendem uma sociedade justa e igualitária, com respeito à diversidade e respeito às pessoas”, disse Bráulio Ribeiro, representante do coletivo Intervozes na conferência.
Para Gislene Moreira, representante da ONG Cipó e integrante do Grupo de Trabalho que coordenou a realização da conferência estadual e de suas oito etapas prévias regionais, a união dos diversos atores envolvidos em torno de um objetivo comum foi o maior trunfo do evento: “Esse GT, mesmo com suas idiossincrasias, vestiu a camisa da conferência. As instituições envolvidas emprestaram credibilidade, cederam tempo, cederam horas de trabalho de seus profissionais e voluntários para que construíssemos esse processo durante os três meses que percorremos a Bahia inteira para construir uma proposta coletiva de política de comunicação para o estado”, disse.
Avançar mais
Gislene diz acreditar na continuidade do processo: “Apesar das discordâncias, entendemos que este é um momento de co-responsabilização e de parceria, e que é preciso caminhar juntos e respeitar nossas diferenças. Essa conferência foi movida pela utopia, que foi nos alimentando e nos dizendo que era possível transformar a vida das pessoas, a vida das nossas comunidades e as relações políticas na medida em que a gente se apropria das câmeras, dos microfones, dos satélites, das empresas de tevê. Precisamos avançar mais, é claro, mas essa conferência não seria possível sem o entendimento de que era preciso repensar as nossas posturas”.
Avançar mais, no entendimento dos participantes da conferência baiana, significa construir a 1ª Conferência Nacional de Comunicação Social, com etapas prévias realizadas em todos os estados brasileiros: “Levaremos ao governo Lula o apelo pela convocação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Estamos levando os resultados das plenárias aqui de Salvador para refletirmos. Que esse evento sirva como exemplo para o Brasil de como se é capaz de construir um episódio estadual da conferência e conseguir produzir coisas com a qualidade que aqui foi produzida”, disse Rosely Goffman, integrante do Conselho Federal de Psicologia e da Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação.
Rosely espera que o governo federal siga o exemplo do governo baiano: “Saudamos o protagonismo do Governo da Bahia, que se colocou junto aos movimentos populares para que a conferência acontecesse. Mas, se não houver uma organização e uma continuidade desse trabalho, e sem se pensar os desdobramentos de tudo isso que vocês propuseram aqui, nós não vamos conseguir chegar lá. Precisamos demonstrar que a gente pode participar da governabilidade desse país, que a gente tem maturidade para tocar as ações e que estamos muito bem preparados para isso”, disse.
Desdobramentos
Gislene Moreira lembra que o movimento “ainda está muito longe” de seus objetivos, mas saúda os avanços da conferência realizada em Salvador: “A gente quer a implantação do Conselho Estadual de Comunicação, a gente quer a Conferência Nacional, mas entendemos que hoje estamos dando um passo muito importante para a história da Bahia, para a história do Brasil e para a redefinição da política de comunicação, em busca de uma comunicação efetivamente democrática e transformadora da vida e do desenvolvimento das pessoas”.
Para o secretário de Comunicação do Governo da Bahia, Robinson Almeida, “os historiadores, no futuro, irão registrar o que aconteceu no estado em agosto de 2008”. Segundo ele, a sociedade baiana quebrou um antigo tabu: “Essa esfera da comunicação precisava ser tocada. Ninguém faz o debate sobre a comunicação, enfrentando os tabus estabelecidos pela grande mídia, e fica impune nesse processo. Aqui saímos com o compromisso de que a nossa luta está apenas no começo e que nós vamos nos desdobrar nas nossas comunidades, regiões e atividades do dia-a-dia e renovar o esforço para que possamos construir uma Bahia e um Brasil onde todos possam ter acesso aos direitos mais básicos, incluindo o direito à comunicação e à informação”.
ARACAJU +CULTURA
A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes - FUNCAJU, através do Programa Aracaju+Cultura - edital de apoio as artes, tem o prazer de convidá-lo para a Semana Aracaju+Cultura de Teatro, com os espetáculos contemplados pelo programa.
O evento acontecerá no teatro Tobias Barreto, no periodo de 24 a 28 de agosto, às 20h, com entrada franca.
PROGRAMAÇÃO
24/08 Espetáculo YERMA - Grupo Fábula, com direção de Rogério Feolli
25/08 Espetáculo SINGULARIDADES DE UMA CIVILIZAÇÃO - Direção de Luis Carlos Reis
26/08 Espetáculo O AUTO DA INDIA - Grupo Marionetas de Sergipe, com direção de Aglaé Fontes
27/08 Espetáculo O CHÁ DAS OITO - Texto de Lilian Rocha
28/08 Espetáculo O MÉDICO E A FORÇA - Grupo Oxente, com direção de Lindolfo Amaral
Yerma
Autor: Federico García Lorca
Num ambiente rural, Yerma é casada com João há dois anos e vinte dias. Não têm filhos, mas ela os deseja intensamente. Esse é seu drama e sua maior preocupação. É uma das raras casadas do vilarejo que não os têm. A tradição ali é esta: casar e ter filhos. Na casa, falam constantemente nisso. Tornou-se o problema do casal. Maria, a amiga, espera um bebê, para quem Yerma faz um enxoval. E Víctor, um ex-namorado, é uma presença incômoda: uma perda do passado e um presente proibido. Passa-se um ano. Yerma vai levar almoço ao marido que trabalha no campo, como fazem outras mulhesres. Encontra uma velha que teve 14 filhos, dos quais morreram 6. Falam de filhos e de casamentos com e sem amor. Encontra também duas raparigas, uma que deixou o filho em casa sozinho; outra que ainda não tem filhos, como Yerma. O diálogo gira em torno do papel das mulheres naquela sociedade. Entre confidências, Yerma revela que seu casamento com Juan resultou de uma imposição do pai; e sugere que só Victor lhe despertou sentimentos mais fortes, quando eram mais jovens Yerma encontra Víctor e fica mais evidente que ainda há um clima entre eles. Chega João que a manda para casa, dizendo que não volta para dormir em casa. Vai ficar vigiando a água, pouca nessa região, para não ser roubada. Dois anos mais tarde, lavadeiras conversam enquanto trabalham. Contam que João teve que parar de trabalhar um tempo pelas estranhas atitudes de Yerma, inclusive a de ficar sentada à soleira da porta, sem comer nem dormir. João teve que levar as irmãs, solteironas e carolas, para morar na casa dele. Deduzem que foi para vigiar a esposa e especulam se Yerma teria outro homem. Passam os rebanhos, menos o de Víctor. Passam mais cinco anos e nada de filhos. Chegada da noite. Yerma não está em casa. João interroga as irmãs. Yerma chega da fonte com cântaros de água. Ele não quer que ela saia. O povo fala. Aumentam os atritos entre o casal. Discutem sob o olhar das cunhadas. Ele sugere que ela crie um dos filhos do irmão dela. Ela não quer filhos dos outros. Yerma, num misto de tristeza e enveja, pega o filho de Maria no colo. Tem os olhos da mãe. Uma mocinha vem avisar que a mãe dela está à espera de Yerma. Víctor chega para se despedir. O pai dele quer que ele vá embora. Vendeu suas propriedades a João. Agora são de Yerma. Aludem a um tempo em que estiveram mais próximos. Despendem-se. Ela fica com a sensação da mão dele na dela. A mocinha volta. Yerma sai com ela. As cunhadas a procuram. Dolores, a rezadeira, mãe da mocinha, ensina a Yerma rezas e simpatias para conseguir um filho, feitas no cemintério. Segura de que não ama mais o João e que ele não quer, de fato, filhos, pretende que o filho seja somente dela. À casa de Dolores chegam João e suas irmãs, que a acusam de ser muito diferente das demais, não ter a atitude de uma mulher honrada. Yerma protesta, mas ele a condena por traição e desonra e se proclama vítima; diz-se homem simples, do campo, incapaz de fazer frente às suas espertezas e aos seus ardis. Acusa-a com veemência. Ela tenta uma aproximação. Ele a afasta. Dramaticamente, ela amaldiçoa o próprio sangue. No Ritual da Fertilidade, romaria pagã e religiosa, tradicional na região, pessoas comentam com cinismo sobre mulheres que oram pedindo fertilidade. Yerma é uma dessas mulheres. Um casal mascarado executa uma dança pagã e sensual àmoda medieval, símbolo da fertilidade. Uma velha diz a Yerma que ela não é seca, não faz juz ao nome: erma, inóspita, árida. João e sua casta é quesão estéreis. Recomenda que busque ser feliz com outro homem que lhe dê o filho que ela tanto deseja. A velha diz ter um filho adulto. Oferece-o a Yerma que se enfurece e proclama sagrada a sua honra. João, que chega nesse momento, convence-se da fidelidade de Yerma. Apaixonadamente, ele lhe confessa estar contente por não ter filhos: toda a atenção dela será para ele. Tenta beijá-la. Ela percebe que ele somente quer satisfazer seu desejo nascido ali, agora. Deve ter bebido também como todos. Ele enfim exterioriza não querer filhos. Desesperada, sentindo-se como mero joguete, Yerma o estrangula e declara ter matado o filho, alusão à possibilidade de nunca mais ser mãe, pois o marido, única matriz possível, de acordo com seus valores internalizados, está morto.
Yerma pode ser vista também em filme. Acima foto do cartaz do filme
homônimo.
Quem é Federico García Lorca
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na faculdade de Direito de Granada em 1914, e cinco anos depois transfere-se para Madri, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros trabalhos se baseiam em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928)
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos da América e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi estadunidense. Expressou seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas idéias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol que, sob forte influência católica, ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.
Intimidado, Lorca retornou para Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar um refúgio. Ali, porém, teve sua prisão determinada por um deputado católico, sob o argumento (que tornou-se célebre) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi jogado num ponto da Serra Nevada. A caneta se calava, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta... foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.
Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, suas obras foram consideradas clandestinas na Espanha.
Com o fim do regime, e a volta do país à democracia, finalmente sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes
Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Sua música se reflete no ritmo e sonoridade de sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.
Bibliografia
Em sua curta existência, García Lorca deixou importantes obras-primas da literatura, muitas delas publicadas postumamente, dentre as quais:
Poesia
Livro de Poemas - 1921
Ode a Salvador Dalí - 1926.
Canciones (1921-24) - 1927.
Romancero gitano (1924-27) - 1928.
Poema del cante jondo (1921-22) - 1931.
Ode a Walt Whitman - 1933.
Canto a Ignacio Sánchez Mejías - 1935.
Seis poemas galegos - 1935.
Primeiras canções (1922) - 1936.
Poeta em Nueva York (1929-30) - 1940.
Divã do Tamarit - 1940.
Sonetos del Amor Oscuro - 1936
Prosa
Impressões e Paisagens - 1918
Desenhos (publicados em Madri) - 1949
Cartas aos Amigos - 1950
Teatro
Assim que passarem cinco anos - Lenda do tempo - 1931.
Retábulo de Don Cristóvão e D.Rosita - 1931.
Amores de Dom Perlimplim e Belisa em seu jardim" - 1926.
Mariana Piñeda - 1925.
Dona Rosinha, a solteira - 1927.
Bodas de Sangue (Trilogia) - 1933.
Yerma (Trilogia) - 1934.
A Casa de Bernarda Alba (Trilogia) - 1936.
Quimera - 1930.
El Publico - 1936
O evento acontecerá no teatro Tobias Barreto, no periodo de 24 a 28 de agosto, às 20h, com entrada franca.
PROGRAMAÇÃO
24/08 Espetáculo YERMA - Grupo Fábula, com direção de Rogério Feolli
25/08 Espetáculo SINGULARIDADES DE UMA CIVILIZAÇÃO - Direção de Luis Carlos Reis
26/08 Espetáculo O AUTO DA INDIA - Grupo Marionetas de Sergipe, com direção de Aglaé Fontes
27/08 Espetáculo O CHÁ DAS OITO - Texto de Lilian Rocha
28/08 Espetáculo O MÉDICO E A FORÇA - Grupo Oxente, com direção de Lindolfo Amaral
Yerma
Autor: Federico García Lorca
Num ambiente rural, Yerma é casada com João há dois anos e vinte dias. Não têm filhos, mas ela os deseja intensamente. Esse é seu drama e sua maior preocupação. É uma das raras casadas do vilarejo que não os têm. A tradição ali é esta: casar e ter filhos. Na casa, falam constantemente nisso. Tornou-se o problema do casal. Maria, a amiga, espera um bebê, para quem Yerma faz um enxoval. E Víctor, um ex-namorado, é uma presença incômoda: uma perda do passado e um presente proibido. Passa-se um ano. Yerma vai levar almoço ao marido que trabalha no campo, como fazem outras mulhesres. Encontra uma velha que teve 14 filhos, dos quais morreram 6. Falam de filhos e de casamentos com e sem amor. Encontra também duas raparigas, uma que deixou o filho em casa sozinho; outra que ainda não tem filhos, como Yerma. O diálogo gira em torno do papel das mulheres naquela sociedade. Entre confidências, Yerma revela que seu casamento com Juan resultou de uma imposição do pai; e sugere que só Victor lhe despertou sentimentos mais fortes, quando eram mais jovens Yerma encontra Víctor e fica mais evidente que ainda há um clima entre eles. Chega João que a manda para casa, dizendo que não volta para dormir em casa. Vai ficar vigiando a água, pouca nessa região, para não ser roubada. Dois anos mais tarde, lavadeiras conversam enquanto trabalham. Contam que João teve que parar de trabalhar um tempo pelas estranhas atitudes de Yerma, inclusive a de ficar sentada à soleira da porta, sem comer nem dormir. João teve que levar as irmãs, solteironas e carolas, para morar na casa dele. Deduzem que foi para vigiar a esposa e especulam se Yerma teria outro homem. Passam os rebanhos, menos o de Víctor. Passam mais cinco anos e nada de filhos. Chegada da noite. Yerma não está em casa. João interroga as irmãs. Yerma chega da fonte com cântaros de água. Ele não quer que ela saia. O povo fala. Aumentam os atritos entre o casal. Discutem sob o olhar das cunhadas. Ele sugere que ela crie um dos filhos do irmão dela. Ela não quer filhos dos outros. Yerma, num misto de tristeza e enveja, pega o filho de Maria no colo. Tem os olhos da mãe. Uma mocinha vem avisar que a mãe dela está à espera de Yerma. Víctor chega para se despedir. O pai dele quer que ele vá embora. Vendeu suas propriedades a João. Agora são de Yerma. Aludem a um tempo em que estiveram mais próximos. Despendem-se. Ela fica com a sensação da mão dele na dela. A mocinha volta. Yerma sai com ela. As cunhadas a procuram. Dolores, a rezadeira, mãe da mocinha, ensina a Yerma rezas e simpatias para conseguir um filho, feitas no cemintério. Segura de que não ama mais o João e que ele não quer, de fato, filhos, pretende que o filho seja somente dela. À casa de Dolores chegam João e suas irmãs, que a acusam de ser muito diferente das demais, não ter a atitude de uma mulher honrada. Yerma protesta, mas ele a condena por traição e desonra e se proclama vítima; diz-se homem simples, do campo, incapaz de fazer frente às suas espertezas e aos seus ardis. Acusa-a com veemência. Ela tenta uma aproximação. Ele a afasta. Dramaticamente, ela amaldiçoa o próprio sangue. No Ritual da Fertilidade, romaria pagã e religiosa, tradicional na região, pessoas comentam com cinismo sobre mulheres que oram pedindo fertilidade. Yerma é uma dessas mulheres. Um casal mascarado executa uma dança pagã e sensual àmoda medieval, símbolo da fertilidade. Uma velha diz a Yerma que ela não é seca, não faz juz ao nome: erma, inóspita, árida. João e sua casta é quesão estéreis. Recomenda que busque ser feliz com outro homem que lhe dê o filho que ela tanto deseja. A velha diz ter um filho adulto. Oferece-o a Yerma que se enfurece e proclama sagrada a sua honra. João, que chega nesse momento, convence-se da fidelidade de Yerma. Apaixonadamente, ele lhe confessa estar contente por não ter filhos: toda a atenção dela será para ele. Tenta beijá-la. Ela percebe que ele somente quer satisfazer seu desejo nascido ali, agora. Deve ter bebido também como todos. Ele enfim exterioriza não querer filhos. Desesperada, sentindo-se como mero joguete, Yerma o estrangula e declara ter matado o filho, alusão à possibilidade de nunca mais ser mãe, pois o marido, única matriz possível, de acordo com seus valores internalizados, está morto.
Yerma pode ser vista também em filme. Acima foto do cartaz do filme
homônimo.
Quem é Federico García Lorca
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na faculdade de Direito de Granada em 1914, e cinco anos depois transfere-se para Madri, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros trabalhos se baseiam em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928)
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos da América e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi estadunidense. Expressou seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas idéias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol que, sob forte influência católica, ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.
Intimidado, Lorca retornou para Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar um refúgio. Ali, porém, teve sua prisão determinada por um deputado católico, sob o argumento (que tornou-se célebre) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi jogado num ponto da Serra Nevada. A caneta se calava, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta... foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.
Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, suas obras foram consideradas clandestinas na Espanha.
Com o fim do regime, e a volta do país à democracia, finalmente sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes
Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Sua música se reflete no ritmo e sonoridade de sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.
Bibliografia
Em sua curta existência, García Lorca deixou importantes obras-primas da literatura, muitas delas publicadas postumamente, dentre as quais:
Poesia
Livro de Poemas - 1921
Ode a Salvador Dalí - 1926.
Canciones (1921-24) - 1927.
Romancero gitano (1924-27) - 1928.
Poema del cante jondo (1921-22) - 1931.
Ode a Walt Whitman - 1933.
Canto a Ignacio Sánchez Mejías - 1935.
Seis poemas galegos - 1935.
Primeiras canções (1922) - 1936.
Poeta em Nueva York (1929-30) - 1940.
Divã do Tamarit - 1940.
Sonetos del Amor Oscuro - 1936
Prosa
Impressões e Paisagens - 1918
Desenhos (publicados em Madri) - 1949
Cartas aos Amigos - 1950
Teatro
Assim que passarem cinco anos - Lenda do tempo - 1931.
Retábulo de Don Cristóvão e D.Rosita - 1931.
Amores de Dom Perlimplim e Belisa em seu jardim" - 1926.
Mariana Piñeda - 1925.
Dona Rosinha, a solteira - 1927.
Bodas de Sangue (Trilogia) - 1933.
Yerma (Trilogia) - 1934.
A Casa de Bernarda Alba (Trilogia) - 1936.
Quimera - 1930.
El Publico - 1936
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
PROGRAMAÇÃO DO GONZAGÃO -SETEMBRO DE 2009
Todos os dias das 8 às 10h e das 10h às 12h.
Telecentro Gonzagão
Curso de informática básica com utilização de software livre, preferencialmente, para jovens estudantes de escolas públicas.
Todos os Sábados, das 14 às 17:30h
Circo Gonzagão
Um encontro das artes circenses aberto ao público.Parceria com a Cia. “O mínimO” (Robert Colores).
Dias 13, 20, 27 (Sábados),
Atividades e Reuniões do Grupo Peneirou Xerém.
Dia 01, segunda-feira, das 19 às 22h
Reunião do Consórcio Cultural do Conjunto Augusto Franco e Adjacências.
Tema: Planejamento da IV Noite Multicultural - Edição 2008
Dias 01,segunda-feira, Vivência de Dança Contato-Improvisação - 14 às 18h e 02, terça-feira, - Vivência de Dança-Yoga, das 14 às 18h
Traga frutas e roupa confortável
Parceria com a Cia. "O MinimO" (Iris Fiorelli)
Dia 05, Sexta-feira, das 19h às 23h
Aniversário da Igreja Apostólica Palavra Fiel
Dia 11, Quinta-feira, das 8h às 12h
Mostra Pedagógica Municipal do Programa Sergipe Alfabetizado.
Parceria com o Programa Sergipe Alfabetizado/SEED.
Dia 26, Sexta-feira, das 19h às 22h
Roda Aberta de Dialógo - "Bernhard Wosien e a sua importancia para o movimento das danças circulares sagradas", com Àlvaro Pantoja
Parceria com a Ong Ação Cultural
Dia 27, Sábado, das 20h às 24h
Baile de Danças Circulares Sagradas
Parceria com a Ong Ação Cultural
Telecentro Gonzagão
Curso de informática básica com utilização de software livre, preferencialmente, para jovens estudantes de escolas públicas.
Todos os Sábados, das 14 às 17:30h
Circo Gonzagão
Um encontro das artes circenses aberto ao público.Parceria com a Cia. “O mínimO” (Robert Colores).
Dias 13, 20, 27 (Sábados),
Atividades e Reuniões do Grupo Peneirou Xerém.
Dia 01, segunda-feira, das 19 às 22h
Reunião do Consórcio Cultural do Conjunto Augusto Franco e Adjacências.
Tema: Planejamento da IV Noite Multicultural - Edição 2008
Dias 01,segunda-feira, Vivência de Dança Contato-Improvisação - 14 às 18h e 02, terça-feira, - Vivência de Dança-Yoga, das 14 às 18h
Traga frutas e roupa confortável
Parceria com a Cia. "O MinimO" (Iris Fiorelli)
Dia 05, Sexta-feira, das 19h às 23h
Aniversário da Igreja Apostólica Palavra Fiel
Dia 11, Quinta-feira, das 8h às 12h
Mostra Pedagógica Municipal do Programa Sergipe Alfabetizado.
Parceria com o Programa Sergipe Alfabetizado/SEED.
Dia 26, Sexta-feira, das 19h às 22h
Roda Aberta de Dialógo - "Bernhard Wosien e a sua importancia para o movimento das danças circulares sagradas", com Àlvaro Pantoja
Parceria com a Ong Ação Cultural
Dia 27, Sábado, das 20h às 24h
Baile de Danças Circulares Sagradas
Parceria com a Ong Ação Cultural
CHAMADO da FLORESTA AMAZONICA
Para reproducir, traducir, difundir, apoyar, asistir...Un gran abrazo, siempre, Alberto
COMUNICADO DEL SUBCOYOTE ALBERTO sobre el FSM
CHAMADO da FLORESTA AMAZONICA
Belém, estado de Pará
Amazonía Brasileña.
27 enero-1 febrero 2009
Hola familia, clanes, tribus, movimientos, redes, caminantes, guerreros de paz, gente puente, curanderos y soñadores de siempre.
Aquí de nuevo el Subcoyote Alberto en un llamado planetario a movilizarnos, esta vez al Norte del Brasil, para construir y participar en la manifestación de una Aldea temporal de Paz en el marco del próximo Foro Social Mundial, que tendrá lugar en la ciudad de Belém, estado de Pará, justo en una de las desembocaduras del gran río Amazonas, del 27 de enero al 1 de febrero del año 2009.
La Floresta Amazónica es el nombre que hemos escogido para este llamado, ya que en este momento de emergencia planetaria, el proceso acelerado de explotación irracional al que esta expuesta, merece que en el próximo encuentro, Amazonas y toda su biodiversidad sea tomado como un símbolo de la necesidad de seguir luchando, local y planetariamente, por proteger a este, uno de los últimos pulmones verdes y fuentes de agua dulce de nuestra Madrecita Tierra.
Antecedentes de las Aldeas planetarias de Paz
La Caravana Arcoiris por la Paz, acaba de cumplir el 18 de Julio su 12º aniversario de viaje por las Américas, y el 1º de agosto, su tercer año de recorridos por diez estados del Brasil. Todos nuestros propósitos originales ya fueron ampliamente cumplidos. La realización de varios Consejos de Visiones biorregionales desde el 1ero. Continental en Meztitla, Morelos, México en 1996, hasta el "Chamado del Beija Flor" en Brasil en el 2005. Y ahí en el camino, de paso, quedaron sembrados, además de los Consejos de Visiones mexicanos, el 1er.Consejo Biorregional de Venezuela, en la Gran Sabana en 1997-98; el 1º. Consejo biorregional y de ecoaldeas en Titiribi-Armenia, 1999-2000 en Colombia; la Aldea de Paz de Mujeres Líderes en Paute, Ecuador en el 2002; el Llamado del Cóndor en Urubamba y Machu Picchu Perú en el 2003; el Llamado del Arcoiris en el Apu Wechuraba de Santiago de Chile en el 2004; el Llamado del Aconcahua en Viña del Mar en el 2005 y
el Consejo de Visiones brasileiro en el mes de septiembre del 2005 en la Chapada dos Veadeiros.
En el camino entre Chile y Argentina, logramos también cumplir con nuestra meta mística y geográfica de plantar la bandera arcoiris en la los hielos y glaciares de la Tierra del Fuego, y de cerrar con ello nuestro peregrinaje por las rutas sagradas del continente, y cumplir con el encargo que los abuelos y abuelas nos hicieron de contribuir al despertar de los pueblos originales y los centros de poder de las Américas.
Apoyados por el, hasta hace pocos días, Ministro de la Cultura Gilberto Gil, la Caravana Arcoiris adoptó una nueva personalidad al entrar a formar parte de un revolucionario programa de descentralización y democratización de la cultura en el Brasil, y se transformó estratégicamente en la Caravana Cultura Viva. En tan solo dos años de trabajo, realizamos centenares de actividades culturales, educativas y ceremoniales, y contribuimos a fortalecer la red de Puntos de Cultura tradicional, popular y emergente de este país. El cierre de esa labor tuvo lugar con el levantamiento de nuestra más reciente Aldea de Paz, en el centro histórico de la ciudad de Olinda, Pernambuco, el pasado mes de abril, evento que consiguió reunir a una gran cantidad de los grupos culturales de esta región y que fue motivo de un documental que esta siendo estrenado en estos días en varios foros del estado.
En este momento, mantenemos nuestras dos "personalidades", la de Caravana Arcoiris y la de Caravana Cultura Viva, y gracias a ello, estamos ahora iniciando una nueva etapa y capítulo de nuestro recorrido, para difundir, manifestar y organizar una más de nuestras experiencias eco-vivenciales y cooperativas, esta vez en el marco del mayor evento en el que hasta ahora hemos participado: nuestro primer Foro Social Mundial.
¿Qué son los FSM´s?
Los FSM´s, como la mayor parte de ustedes saben, surgieron de las movilizaciones a partir de 1999 como parte de las acciones globales que se dieron inicialmente contra el neoliberalismo y la globalización, tanto en Kolhn Alemania en un encuentro del FMI (Fondo Monetario Internacional), como en Seattle en los Estados Unidos, en el encuentro de la Organización Mundial de Comercio. La característica principal de estos eventos, es la diversidad y pluralidad de movimientos sociales, ecologistas, espirituales, anarquistas, pacifistas, indígenas, religiosos, campesinos, marxistas, de media independiente, feministas y de derechos en general, de todo el mundo y todos ellos autónomos, que participan, por primera vez en la historia reciente, en una forma organizada, luchando por los mismos objetivos.
El 1er. FSM tuvo lugar en Porto Alegre, Río Grande del Sur, Brasil, en el 2001 con el propósito de crear un espacio de encuentro, dialogo, reflexión, articulación en redes, y de crear frentes unidos para la defensa de la vida y la búsqueda de alternativas al modelo de producción y consumo imperantes. Su lema "Otro mundo es posible" condujo a la formulación del concepto "altermundista" para los actores y activistas de este nuevo movimiento mundial. Los dos siguientes, también se realizaron en Porto Alegre, y el cuarto en Bombai, India. El quinto en el 2005 fue de nuevo en Porto Alegre, y en el año 2006 se realizaron tres foros simultáneos, en Caracas, Karachi y Bamako. En el 2007 ocurrió en Nairobi, África, y en enero del 2009, tendrá lugar en el Amazonas, en Belém.
En cada uno de esos eventos, al menos en Brasil, se designa un espacio para el Campamento Intercontinental de la Juventud, en el que por tres años, una serie de grupos altermundistas de este país, se han coordinado para manifestar las "Aldeas de Paz", modeladas, entre otros, por el diseño gestado a lo largo del proceso de formación de los Consejos de Visiones biorregionales, que tuvieron su origen en México, desde principios de los años 1990´s. Varios miembros de esta red de originadores de la experiencia de las Aldeas de Paz brasileñas, entre ellos Thomas Enlazador y Claudiao Spinola, asistieron al Llamado del Cóndor y se convirtieron en los principales coordinadores, con nosotros de la Caravana Arcoris, del "Chamado do Beija Flor."
Y ahora, aprovechando la sincronía de que la Caravana lleva varios meses acampando en el Centro Ecopedagógico Bicho do Mato de Thomas y Kalinne, aquí en Recife, estado de Pernambuco, de nuevo ambos grupos y redes se están uniendo para convocar y hacer este llamado conjunto a las redes altermundistas del planeta.
¿Porqué una Aldea de Paz en los FSM´s?
La decisión de crear estos espacios surgió de la observación que en dichos eventos, que atraen docenas de millares de artivistas de todo el mundo, no se tiene la previsión de un espacio en el cual poder montar un modelo piloto, temporal, donde se puedan ofrecer experiencias prácticas, vivenciales, de lo que implica crear y sustentar una cultura alter-mundista en las condiciones que nuestro planeta se encuentra hoy en día. Los Foros traen consigo un programa abrumador, con cientos de ponencias, mesas redondas, foros, presentaciones audio-visuales, documentales, filmes, exposiciones de fotos, e incluso manifestaciones artísticas de toda índole, todas ellas hablando de lo que no funciona en el sistema dominante en que todos vivimos, y muy poco de lo que podrían ser las propuestas alternativas a ese sistema. Del como pasar de las pro-testas, a todo tipo de pro-puestas posibles.
Es cierto que en un par de ocasiones, tanto en Brasil como en el África, la Red Global de Ecoaldeas y de Permacultores, montaron sus "stands" de información, también para presentar sus, nuestras propuestas, de cómo ir creando y multiplicando estas experiencias fundamentales a lo largo y ancho del planeta, pero ya en la práctica, durante los Foros, no consiguieron montar un espacio donde eso pudiese ser vivenciado. Donde todas las mismas contradicciones que aun llevamos en nuestras propuestas, puedan ser probadas en la acción, experimentadas, corregidas, transformadas, trascendidas.
Nuestra propuesta de levantar de nuevo una Aldea de Paz en Belém, es la de contar con un sitio donde se pueda comer de una manera saludable, agradeciendo por todo lo que la naturaleza nos proporciona, acampar sin miedo a ser robados y las mujeres ser molestadas, donde poder reciclar nuestros desechos, usar el agua de una manera racional, crear ruedas de paz para compartir cantos y danzas de todo el mundo, donde tener un espacio de sanación con las plantas y terapias alternativas, donde nuestros niñ@s puedan jugar y cantar sin estar en peligro, ni estar expuestos al consumismo y los valores inducidos día y noche por los medios publicitarios y los shoppings, donde mantener un fuego encendido en el corazón de la Aldea, un sitio donde poder tener la oportunidad de expresarse, ser oído. Y que todas estas palabras, oraciones, cantos, cuestionamientos y propuestas, no sean tan solo retóricas, sino que puedan llevarse y aplicarse al cotidiano. No sabemos
cuanto de todo esto lograremos, pero ese es nuestro intento, nuestro desafío, y la aventura a la que los estamos convidando.
De alguna manera, esta será la "Graduación" de la Caravana Arcoiris por la Paz, probablemente su cierre de actividades en América del Sur, y para ello estamos convocando a los y las antiguas caravaneras, y a tod@s aquellas que hubieran querido venir y hasta ahora no lo lograron, para venir a dar una mano, para contribuir levantando fondos en sus biorregiones, para conseguir materiales, apoyos de todo tipo, y para hacerse presentes y compartir todo lo que han hecho en estos años, para juntos tener una gran celebración y Consejo de Visiones y para mirar juntos hacia los diferentes mañanas y mundos posibles que se abren ante nosotros.
IMPORTANTE: Como hasta este momento no contamos con ningún apoyo ni patrocinios “institucionales”, ni privados ni públicos, ni nacionales ni internacionales, este llamado es a que cada un@ de ustedes, ahí donde están y se mueven, contribuyan a encontrar parcerías, asociaciones con fundaciones, ONG´s, fondos de todo tipo, para ayudarnos a movilizarnos, llegar a Belem al menos un mes antes del FSM, y conseguir toda la infraestructura para recibir a varios millares de otros nosotros, que llegarán del mundo entero, para participar en este evento histórico.
Esperamos sus sugerencias, contactos, ideas y visiones, pero también su apoyo concreto para poder manifestar juntos este maravilloso proyecto.
¿Cómo saber más del FSM y de las Aldeas de Paz?
Bueno, aquí les enviamos una lista de sitios y blogs donde pueden acceder a más informes, pero en lo que se refiere a nuestra iniciativa, les recomendamos iniciar una conversa por este medio, para ir sabiendo quien si, quien cómo, quien a lo mejor y quien de plano no puede ni llegar, ni apoyar a la realización de esta trascendental experiencia.
Sitio del FSM: www.forumsocialmundial.org.br Blog del FSM: http://www.fsm2009amazonia.org.brBlog actualizado del FSM: http://belemjaneiro2008.blogspot.com
Portal de Aldeia de Paz: http://aldeiadapaz.blospot.com
Con videos de la última aldea de paz en el FSM de Porto Alegre
Email de Thomas Enlazador: ecopedagogia@gmail.comBlog de Ecopedagogia: http://ecopedagogia.blogspot.com
Email del Subcoyote Alberto: subcoyotealberto@yahoo.com
Blog de la Caravana: http://caravanaarcoiris.blogspod.comSitio (en re-construcción) www.lacaravana.org
Sitio del Hummingbird Call: www.humingbirdcall.com (Recomendado para acceder y saber del documental del "Chamado do Beija Flor" de Brasil y la propuesta del Eco-Manifesto de su directora Alice Klein)
Email de Nicolas Dyszel: fckallthis@hotmail.com (Recomendado para acceder y saber del documental “Gente de la Tierra”, (en español) sobre el “Chamado del Beija Flor” de Brasil), dirigido por el mismo Nicolás.
http://www.youtube.com/watch?V=cOnSAAmEZ14
Email de Jason y Penélope (laranarcoiris@yahoo.com)Para documentales: "World Bridgers": 10 años de viaje con la Caravana Arcoris por la Paz y " El Llamado del Cóndor"
Emails de Gabo Zapata y Erica Tomas, Para los documentales: "El Llamado del Cóndor" y "Tzajalá-Consejo de Visiones de Chiapas en 2002"
Subcoyote Alberto Ruz Buenfil
subcoyotealberto@yahoo.com
http://caravanaarcoiris.blogspot.com/
www.lacaravana.org
Tel:(55) 81-8641-6734
COMUNICADO DEL SUBCOYOTE ALBERTO sobre el FSM
CHAMADO da FLORESTA AMAZONICA
Belém, estado de Pará
Amazonía Brasileña.
27 enero-1 febrero 2009
Hola familia, clanes, tribus, movimientos, redes, caminantes, guerreros de paz, gente puente, curanderos y soñadores de siempre.
Aquí de nuevo el Subcoyote Alberto en un llamado planetario a movilizarnos, esta vez al Norte del Brasil, para construir y participar en la manifestación de una Aldea temporal de Paz en el marco del próximo Foro Social Mundial, que tendrá lugar en la ciudad de Belém, estado de Pará, justo en una de las desembocaduras del gran río Amazonas, del 27 de enero al 1 de febrero del año 2009.
La Floresta Amazónica es el nombre que hemos escogido para este llamado, ya que en este momento de emergencia planetaria, el proceso acelerado de explotación irracional al que esta expuesta, merece que en el próximo encuentro, Amazonas y toda su biodiversidad sea tomado como un símbolo de la necesidad de seguir luchando, local y planetariamente, por proteger a este, uno de los últimos pulmones verdes y fuentes de agua dulce de nuestra Madrecita Tierra.
Antecedentes de las Aldeas planetarias de Paz
La Caravana Arcoiris por la Paz, acaba de cumplir el 18 de Julio su 12º aniversario de viaje por las Américas, y el 1º de agosto, su tercer año de recorridos por diez estados del Brasil. Todos nuestros propósitos originales ya fueron ampliamente cumplidos. La realización de varios Consejos de Visiones biorregionales desde el 1ero. Continental en Meztitla, Morelos, México en 1996, hasta el "Chamado del Beija Flor" en Brasil en el 2005. Y ahí en el camino, de paso, quedaron sembrados, además de los Consejos de Visiones mexicanos, el 1er.Consejo Biorregional de Venezuela, en la Gran Sabana en 1997-98; el 1º. Consejo biorregional y de ecoaldeas en Titiribi-Armenia, 1999-2000 en Colombia; la Aldea de Paz de Mujeres Líderes en Paute, Ecuador en el 2002; el Llamado del Cóndor en Urubamba y Machu Picchu Perú en el 2003; el Llamado del Arcoiris en el Apu Wechuraba de Santiago de Chile en el 2004; el Llamado del Aconcahua en Viña del Mar en el 2005 y
el Consejo de Visiones brasileiro en el mes de septiembre del 2005 en la Chapada dos Veadeiros.
En el camino entre Chile y Argentina, logramos también cumplir con nuestra meta mística y geográfica de plantar la bandera arcoiris en la los hielos y glaciares de la Tierra del Fuego, y de cerrar con ello nuestro peregrinaje por las rutas sagradas del continente, y cumplir con el encargo que los abuelos y abuelas nos hicieron de contribuir al despertar de los pueblos originales y los centros de poder de las Américas.
Apoyados por el, hasta hace pocos días, Ministro de la Cultura Gilberto Gil, la Caravana Arcoiris adoptó una nueva personalidad al entrar a formar parte de un revolucionario programa de descentralización y democratización de la cultura en el Brasil, y se transformó estratégicamente en la Caravana Cultura Viva. En tan solo dos años de trabajo, realizamos centenares de actividades culturales, educativas y ceremoniales, y contribuimos a fortalecer la red de Puntos de Cultura tradicional, popular y emergente de este país. El cierre de esa labor tuvo lugar con el levantamiento de nuestra más reciente Aldea de Paz, en el centro histórico de la ciudad de Olinda, Pernambuco, el pasado mes de abril, evento que consiguió reunir a una gran cantidad de los grupos culturales de esta región y que fue motivo de un documental que esta siendo estrenado en estos días en varios foros del estado.
En este momento, mantenemos nuestras dos "personalidades", la de Caravana Arcoiris y la de Caravana Cultura Viva, y gracias a ello, estamos ahora iniciando una nueva etapa y capítulo de nuestro recorrido, para difundir, manifestar y organizar una más de nuestras experiencias eco-vivenciales y cooperativas, esta vez en el marco del mayor evento en el que hasta ahora hemos participado: nuestro primer Foro Social Mundial.
¿Qué son los FSM´s?
Los FSM´s, como la mayor parte de ustedes saben, surgieron de las movilizaciones a partir de 1999 como parte de las acciones globales que se dieron inicialmente contra el neoliberalismo y la globalización, tanto en Kolhn Alemania en un encuentro del FMI (Fondo Monetario Internacional), como en Seattle en los Estados Unidos, en el encuentro de la Organización Mundial de Comercio. La característica principal de estos eventos, es la diversidad y pluralidad de movimientos sociales, ecologistas, espirituales, anarquistas, pacifistas, indígenas, religiosos, campesinos, marxistas, de media independiente, feministas y de derechos en general, de todo el mundo y todos ellos autónomos, que participan, por primera vez en la historia reciente, en una forma organizada, luchando por los mismos objetivos.
El 1er. FSM tuvo lugar en Porto Alegre, Río Grande del Sur, Brasil, en el 2001 con el propósito de crear un espacio de encuentro, dialogo, reflexión, articulación en redes, y de crear frentes unidos para la defensa de la vida y la búsqueda de alternativas al modelo de producción y consumo imperantes. Su lema "Otro mundo es posible" condujo a la formulación del concepto "altermundista" para los actores y activistas de este nuevo movimiento mundial. Los dos siguientes, también se realizaron en Porto Alegre, y el cuarto en Bombai, India. El quinto en el 2005 fue de nuevo en Porto Alegre, y en el año 2006 se realizaron tres foros simultáneos, en Caracas, Karachi y Bamako. En el 2007 ocurrió en Nairobi, África, y en enero del 2009, tendrá lugar en el Amazonas, en Belém.
En cada uno de esos eventos, al menos en Brasil, se designa un espacio para el Campamento Intercontinental de la Juventud, en el que por tres años, una serie de grupos altermundistas de este país, se han coordinado para manifestar las "Aldeas de Paz", modeladas, entre otros, por el diseño gestado a lo largo del proceso de formación de los Consejos de Visiones biorregionales, que tuvieron su origen en México, desde principios de los años 1990´s. Varios miembros de esta red de originadores de la experiencia de las Aldeas de Paz brasileñas, entre ellos Thomas Enlazador y Claudiao Spinola, asistieron al Llamado del Cóndor y se convirtieron en los principales coordinadores, con nosotros de la Caravana Arcoris, del "Chamado do Beija Flor."
Y ahora, aprovechando la sincronía de que la Caravana lleva varios meses acampando en el Centro Ecopedagógico Bicho do Mato de Thomas y Kalinne, aquí en Recife, estado de Pernambuco, de nuevo ambos grupos y redes se están uniendo para convocar y hacer este llamado conjunto a las redes altermundistas del planeta.
¿Porqué una Aldea de Paz en los FSM´s?
La decisión de crear estos espacios surgió de la observación que en dichos eventos, que atraen docenas de millares de artivistas de todo el mundo, no se tiene la previsión de un espacio en el cual poder montar un modelo piloto, temporal, donde se puedan ofrecer experiencias prácticas, vivenciales, de lo que implica crear y sustentar una cultura alter-mundista en las condiciones que nuestro planeta se encuentra hoy en día. Los Foros traen consigo un programa abrumador, con cientos de ponencias, mesas redondas, foros, presentaciones audio-visuales, documentales, filmes, exposiciones de fotos, e incluso manifestaciones artísticas de toda índole, todas ellas hablando de lo que no funciona en el sistema dominante en que todos vivimos, y muy poco de lo que podrían ser las propuestas alternativas a ese sistema. Del como pasar de las pro-testas, a todo tipo de pro-puestas posibles.
Es cierto que en un par de ocasiones, tanto en Brasil como en el África, la Red Global de Ecoaldeas y de Permacultores, montaron sus "stands" de información, también para presentar sus, nuestras propuestas, de cómo ir creando y multiplicando estas experiencias fundamentales a lo largo y ancho del planeta, pero ya en la práctica, durante los Foros, no consiguieron montar un espacio donde eso pudiese ser vivenciado. Donde todas las mismas contradicciones que aun llevamos en nuestras propuestas, puedan ser probadas en la acción, experimentadas, corregidas, transformadas, trascendidas.
Nuestra propuesta de levantar de nuevo una Aldea de Paz en Belém, es la de contar con un sitio donde se pueda comer de una manera saludable, agradeciendo por todo lo que la naturaleza nos proporciona, acampar sin miedo a ser robados y las mujeres ser molestadas, donde poder reciclar nuestros desechos, usar el agua de una manera racional, crear ruedas de paz para compartir cantos y danzas de todo el mundo, donde tener un espacio de sanación con las plantas y terapias alternativas, donde nuestros niñ@s puedan jugar y cantar sin estar en peligro, ni estar expuestos al consumismo y los valores inducidos día y noche por los medios publicitarios y los shoppings, donde mantener un fuego encendido en el corazón de la Aldea, un sitio donde poder tener la oportunidad de expresarse, ser oído. Y que todas estas palabras, oraciones, cantos, cuestionamientos y propuestas, no sean tan solo retóricas, sino que puedan llevarse y aplicarse al cotidiano. No sabemos
cuanto de todo esto lograremos, pero ese es nuestro intento, nuestro desafío, y la aventura a la que los estamos convidando.
De alguna manera, esta será la "Graduación" de la Caravana Arcoiris por la Paz, probablemente su cierre de actividades en América del Sur, y para ello estamos convocando a los y las antiguas caravaneras, y a tod@s aquellas que hubieran querido venir y hasta ahora no lo lograron, para venir a dar una mano, para contribuir levantando fondos en sus biorregiones, para conseguir materiales, apoyos de todo tipo, y para hacerse presentes y compartir todo lo que han hecho en estos años, para juntos tener una gran celebración y Consejo de Visiones y para mirar juntos hacia los diferentes mañanas y mundos posibles que se abren ante nosotros.
IMPORTANTE: Como hasta este momento no contamos con ningún apoyo ni patrocinios “institucionales”, ni privados ni públicos, ni nacionales ni internacionales, este llamado es a que cada un@ de ustedes, ahí donde están y se mueven, contribuyan a encontrar parcerías, asociaciones con fundaciones, ONG´s, fondos de todo tipo, para ayudarnos a movilizarnos, llegar a Belem al menos un mes antes del FSM, y conseguir toda la infraestructura para recibir a varios millares de otros nosotros, que llegarán del mundo entero, para participar en este evento histórico.
Esperamos sus sugerencias, contactos, ideas y visiones, pero también su apoyo concreto para poder manifestar juntos este maravilloso proyecto.
¿Cómo saber más del FSM y de las Aldeas de Paz?
Bueno, aquí les enviamos una lista de sitios y blogs donde pueden acceder a más informes, pero en lo que se refiere a nuestra iniciativa, les recomendamos iniciar una conversa por este medio, para ir sabiendo quien si, quien cómo, quien a lo mejor y quien de plano no puede ni llegar, ni apoyar a la realización de esta trascendental experiencia.
Sitio del FSM: www.forumsocialmundial.org.br Blog del FSM: http://www.fsm2009amazonia.org.brBlog actualizado del FSM: http://belemjaneiro2008.blogspot.com
Portal de Aldeia de Paz: http://aldeiadapaz.blospot.com
Con videos de la última aldea de paz en el FSM de Porto Alegre
Email de Thomas Enlazador: ecopedagogia@gmail.comBlog de Ecopedagogia: http://ecopedagogia.blogspot.com
Email del Subcoyote Alberto: subcoyotealberto@yahoo.com
Blog de la Caravana: http://caravanaarcoiris.blogspod.comSitio (en re-construcción) www.lacaravana.org
Sitio del Hummingbird Call: www.humingbirdcall.com (Recomendado para acceder y saber del documental del "Chamado do Beija Flor" de Brasil y la propuesta del Eco-Manifesto de su directora Alice Klein)
Email de Nicolas Dyszel: fckallthis@hotmail.com (Recomendado para acceder y saber del documental “Gente de la Tierra”, (en español) sobre el “Chamado del Beija Flor” de Brasil), dirigido por el mismo Nicolás.
http://www.youtube.com/watch?V=cOnSAAmEZ14
Email de Jason y Penélope (laranarcoiris@yahoo.com)Para documentales: "World Bridgers": 10 años de viaje con la Caravana Arcoris por la Paz y " El Llamado del Cóndor"
Emails de Gabo Zapata y Erica Tomas
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subcoyotealberto@yahoo.com
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Tel:(55) 81-8641-6734
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
A IV NOITE MULTICULTURAL ESTÁ CHEGANDO!
Apresentação do Grupo Balangodango
Platéia da III Noite Cultural
A próxima reunião do consórcio cultural 18.08.08, segunda-feira, Gonzagão, às 19 horas, versará sobre o planejamento da IV Noite Multicultural - O Encontro da Diversidade Cultural.
Na oportunidade disponibilizaremos o material, muito rico, diga-se de passagem e que foi produzido a partir das diversas reniões preparatórias à III Noite Cultural - Edição 2007.
A reunião é aberta a todos (as) interessadas. Para lembrar da edição anterior, vale a pena dar uma (re) lida AQUI.
Como na edição 2007, a versão atual destina-se a ampliar a visibilidade dos trabalhos de artstas e grupos emergentes e daqueles que mesmo com anos de estrada, encontram dificuldades para mostrar seu talento. O evento não paga cachê e a renda do ingresso (R2.00), destina-se a produção geral do evento e ao apoio ao deslocamento e alimentação dos artistas e grupos.
O evento é aberto para todas as linguagens artisticas e variados estilos e tendências.
A produção é realizada em regime colaborativo.
Todos (as) são bem vindos!
Margarida! Dom Fragoso! Alfredinho! Presentes!
Fonte: www.adital.com.br
14.08.08
Zé Vicente *
Uma Lutadora, um Peregrino, um Profeta. Num mesmo dia, 12 de agosto, festejamo s suas páscoas. Assim poderemos, os amigos e amigas, conhecidos e conhecidas e todo o povo de boa vontade, celebrar neste 12 de agosto de 2008, a memória preciosa desta Trindade de nossa Caminhada.
No dia 30 de julho, quando cantei no 1º GRITO DA TERRA-NORDESTE, em frente à Sede do DNOCS, em Fortaleza, foi emocionante, ver aquelas mulheres de preto, cantando comigo a "Canção pra Margarida", música que compus, dois anos após o assassinato da líder camponesa da Paraíba, recordando seu Grito imortal: "DA LUTA EU NÃO FUJO!".
- "Não faz muito tempo, seu moço, nas terras da Paraíba, viveu uma mulher de fibra, Margarida, se chamou! Um patrão, com uma bala, tentou calar sua fala e o sonho dela espalhou!".
Nos dias 8 e 9 de agosto, na cidade de Crateús, cerca de mil pessoas da Cidade e das Comunidades Eclesiais de Base, festejaram, em seu 9º Encontro, os 44 anos da Diocese, nascida nos dias imemoriais em que o Sopro do Espírito movia a Igreja Católica com o Concílio Vaticano II e trazia para aquela região sofrida do Ceará, seu primeiro bispo com vocação de pastor-profeta, Dom Antônio Fragoso. Por ocasião dos 20 anos,em 1984, morando na cidade, eu compus a marchinha em tom menor: "Chuva nova do Espírito fez brotar em Crateús, na alma do povo pobre, sementes de fé e luz! Um Pastor, feito Profeta, Dom Fragoso, irmão, gritou, que o tempo está chegando,que Deus de nós se lembrou!"
Foi simbólico que o dia 08-08-08 foi de chuva fora do tempo, espalhando pelo velho sertão uma brisa com cheiro de terra molhada, despertando em nossa alma, um misto de saudade e desejo de plantar novas sementes, mesmo que em tempos de muitos templos e queimadas, como cantava o poeta paraibano, Vandré, nos idos de 1968, na ditadura militar brasileira.
O lema do Encontro das CEBs, não poderia ser outro: "Do ventre da terra o grito pela Vida em nosso semi-árido!", desd obrado em oito Tendas de Convivência.
Na tenda em que fui convidado a monitorar, tratamos, com umas 80 pessoas, da Arte-Cultura nas CEBs. O local, a Igrejinha de S.Francisco, aquela onde o Pe.Alfredinho Kunz, peregrino-penitente, também da estirpe dos profetas, comoveu a região inteira, nos dias 09 a 19 de março de 1981, com um jejum e oração e moveu os primeiros passos do Projeto "Porta Aberta ao Faminto-PAF", na grande seca que se abateu sobre o semi-árido nordestino. Ao início da vivência, fizemos o gesto, tão familiar para o povo que conviveu com o Alfredinho: "BENÇA, PE.ALFREDINHO!" Com um instante de silêncio para sentir e atualizar para os novatos a resposta que ele dava para quem pedia sua benção: "DEUS TE FAÇA FELIZ!".
Foi para a primeira romaria da Irmandade do Servo Sofredor, criada por Ele, com base bíblica nos Cantos do Servo, do Profeta Isaías, que eu compus: "Bendita seja esta marcha, dos pobres, dos sofredores, romeiros de São Francisco, de Jesus os seguidores!".
Na Celebração final, Dom Jacinto, o bispo atual de Crateús, iniciou com a memória do seu antecessor, e seu convidado especial para a Festa, o Monge Marcelo Barros, nos deu uma mensagem clara para o hoje das CEBs, com seus membros, animadores(as) e agentes - "... nunca abandonar a marca original da Diocese, que é Martirial e Profética. Nunca abandonar o diálogo, com todas e todos, que pensam e agem diferentes. Nunca perder a opção radical pelo Reino, mas sem nos deixarmos levar pelo sectarismo, que muitas vezes cria impasses e feridas..." Eu vi que havia uma lágrima nos olhos de uma mulher que por todo esses 44 anos é testemunha fiel da missão em Crateús.
E o Evangelho daquela noite falava de Jesus andando sobre o mar revolto, pela tempestade e ventos contrários... (Mt 14,22-32).
Nesse dia 12 de agosto, em que lembramos a memória pascal comum, de Margarida Al ves, Pe. Alfredinho e Dom Fragoso, homenageados em eventos diversos, quero cantar com alegria a mesma Essência que os uniu por aqui - o compromisso com a Vida, a Justiça aos excluídos(as), a paz na terra do semi-árido nordestino e nas ruas das grandes cidades, onde muitos de seus moradores, os últimos companheiros de Alfredinho, moram e clamam. Uma mártir, um peregrino sofredor, um bispo-profeta, "todas as suas vidas pelo Reino da Vida", como lembra bem o bispo poeta Pedro Casaldáliga.
EU sou feliz, por ter sido contemporâneo deles e dela e poder cantar para as crianças e jovens de hoje, o SONHO BOM QUE NOS UNIU!
* Poeta e cantor.
ALI ADIANTE
Zé Vicente
Tantos caminhos andados
tantos shows realizados
tantos olhares brilhantes
tantos abraços trocados
tantos carinhos queridos
tanto passado guardado
Chegamos.
É um outro tempo,
que seja novo!
Um descanso rápido,
um momento prá deitar na varanda
e escutar o bem-te-vi,
cochilar sonhando
com o que há de vir
de belo
de bênçãos
de canções...
Desço
ao meu riacho velho,
existe aí um fio d’água na areia
e avencas singelas na s barreiras!
Acalmo a sede,
contemplo a babugem verdinha
no rastro das chuvas de janeiro.
Silencio,
para sentir o cheiro da terra,
a fala da terra
o espírito da terra!
Reconheço-me
cada vez mais nativo
e todas as vibrações
das árvores, das flores, dos pássaros...
encontram eco em meu corpo.
Quando mais ando
mais retorno para as raízes
deste chão que me gerou.
Pela janela
desta hora
antevejo as bandeiras vivas,
erguidas há séculos,
nos braços teimosos do meu povo!
Vamos lá,
subamos juntos
sigamos juntos
marcando na agenda do futuro
o nosso compromisso
fiel e firme
com a felicidade
que já provamos e sabemos,
que pode estar ali... Adiante!
ZÉ VICENTE
QUEM É ESTE CANTOR?
ORIGENS
Zé Vicente, José Vicente Filho, terceiro dos dez filhos de José Vicente Sobrinho, Zezinho Paraibano, como foi conhecido, e Susana de Oliveira Barros. O pai, como já diz seu nome popular, natural do município de Catolé do Rocha, na Paraíba; a mãe, cearense, do município de Orós.
Foi nessa Família de lavradores, gente simples, festiva, religiosa, apaixonada pela poesia de Cordel e Luiz Gonzaga, que Zé Vicente foi criado, e mesmo hoje, aos 50 anos e muitas viagens a serviço da arte, mantém-se ligado ao seu lugar, sua gente, suas raízes. Nos intervalos da agenda, lá vai ele, 450 quilômetros de estrada, para a roça, no Sítio Aroeiras-Orós, onde está sua mãe, hoje com 76 anos, alguns irmãos, parentes, amigos e sua horta, adubada com cartas recebidas de amigos(as) e admiradores(as), as árvores sobreviventes, as quais chama com os nomes de quem ama.
O ESTUDO
Desde a escolinha municipal, na vizinhança do Sítio Aroeiras, das professoras: Teresinha, Geraldinha, Petrina, até o Curso de Teologia com a orientação do DEPA – Departamento de Pesquisa e Assessoria, em Recife, entre 1981 a 1986, foram muitos caminhos. Concluiu primário no distrito de Guassussê, com provas de Admissão ao Ginásio, em Orós. Todo o Ginásio e 2º Grau foi na cidade de Iguatú, onde esteve plenamente engajado ao Movimento Estudantil, na Pastoral da Juventude. Aí iniciou sua carreira artística, sendo um dos fundadores do Grupo de Teatro Amador – TAI, escreveu, dirigiu e atuou como ator, durante os anos de 1974 a 1979. Neste período, deu seus primeiros passos no contato com o violão e criou seus primeiros versos poéticos de Cordel, poesia popular na Região Nordeste.
Ainda em Iguatú, compôs uma Equipe que produzia e apresentava um programa de Rádio destinado ao público jovem, comunicando poesias, noticias gerais, músicas, cartas, entrevistas etc. O programa: “Juventude em ação”, ia ao ar nas noites de sábado, pela Rádio Iracema de Iguatú. Todo o trabalho era numa visão mais crítica, o que implicou em pressão e conseqüente corte do programa, já que estávamos em pleno regime da Ditadura Militar.
Além do Estudo Escolar, Zé Vicente fez vários Cursos: Iniciação Cinematográfica, na Fundação Pe. Ibiapina em Crato-Ce, de Radialista, através do Sindicato dos Radialistas do Ceará, Curso de Formação Bíblica pelo CEBI – Centro de Estudos Bíblicos, Curso de Verão do CESEP-Centro Ecumênico de Serviço ~Evangelização e Educação Popular, em São Paulo, Curso de Inverno em João Pessoa, na Paraíba, nesses últimos já atuando como artista, cantor e animador.
TRABALHO PROFISSIONAL
Antes de 1988, quando passou a viver profissionalmente como Poeta e Cantor, Zé Vicente, além de lavrador, trabalhou como professor municipal em Orós, como Técnico em Orientação Comunitária, compondo uma Equipe de Coordenação de um Projeto para construção de 450 casas populares em regime de mutirão em Iguatu-Ceará, após as grandes enchentes de 1974.
Trabalhou, oito anos,como Agente de Pastoral, na Diocese de Crateús, nas áreas de Comunidades Eclesiais de Base, Pastoral da Terra e Radialista, produzindo e apresentando programas nas emissoras locais, com a Equipe de Comunicação da Diocese. Nessas área de Comunicação, Zé Vicente, foi criador, juntamente com outras pessoas, de dois Boletins Populares: “CONSTRUÇÃO” em Iguatu e “O ROCEIRO” em Crateús, este, ainda em circulação.
Hoje, a música e a poesia, através de Shows e Oficinas realizadas por todo o Brasil e em alguns países do exterior como a Nicarágua (em 1989), Itália (em 1992), África do Sul(em 2001) é a ação permanente, mas nem por isso, exclusiva na vida de Zé Vicente. Cada vez que retorna das viagens , está lá, na roça onde nasceu, na sua horta, revolvendo a terra-mãe, produzindo cartões ecológicos e animando os parentes e vizinhos para se organizarem, e buscarem juntos novas relações com a natureza e com os outros. Cultivando frutos e poesia, música e novas alternativas de vida.
CARREIRA ARTÍSTICA
A poesia está presente na vida de Zé Vicente desde criança, quando a família, cultivava o costume de recitação de Romances inteiros de Cordel, nas sombras das árvores, em baixo das latadas. Alguns tios e o próprio pai, decoravam partes ou textos integrais dos livretos de Cordel que eram recitados com vibração e graça à luz de lamparinas e de fogueiras.
Na Escola, desde cedo, Zé começou a participar das datas comemorativas, recitando poesias.
Por volta de 1975 a 1979, começou a compor versos. Alguns chegaram a ser publicados:
“Carta aos Brasileiros”-1978, baseado no documento, coordenado pelo jurista Gofredo da Silva Teles, lançado em São Paulo, exigindo a volta da democracia ao país.
“Os Direitos das Crianças”- em l979, no ano internacional da criança, publicado pela Editora Vozes.
“Frei Titto e o Dragão”- em l988, a biografia de Frei Tito de Alencar morto em conseqüência das torturas sofridas ao ser preso junto com outros companheiros dominicanos; publicado pelo CEPE, Centro Frei Tito, em São Paulo.
“Recado Nordestino”- em 1990, sobre a seca e o uso da mesma por grupos políticos corruptos.
“História do 1º.de Maio”- em l982, contando em cordel o histórico referente a data.
“A Saga do vô Manuel e Mãe das Dores” em l997 e 2001 – narrando em versos as histórias de seus avós paternos, pôr ocasião do centenários de nascimento dos mesmos.
“José de Nazaré” – 2002, para comemorar os 50 anos da devoção ao santo padroeiro da família, que ainda hoje festeja na casa da mãe do Zé, todo o mês de março.
E vários outros poemas.
Na música, Zé Vicente começou a compor e divulgar a partir de 1982, quando morava em Crateús –CE. Desde então gravou:
“Canto das Comunidades”. K-7 com cantos das CEBs.
Músicas: “Baião das Comunidades”, e “Quero ver
Acontecer” gravadas em disco por Paulinas-COMEP.
“Caminhos da América”. Pela Verbo Filmes – SP.
“Festa dos Pequenos”. COMEP, Paulinas.
“Em Canto”. Em K-7. Depois reproduzido em
disco pela COMEP em 1992 – em CD
“Sempre Vida”. COMEP, Paulinas.
“Acorde América”. K-7. Trabalho em sintonia com os
500 anos de colonização da América.
“ZÉ VICENTE, PRESENTE”. Pela COMEP. Disco, CD , K-7.
“PRESENTE, en español”. COMEP.CD
“NÓS”. K-7. Por ocasião da Turnê “Excluídos e
Excludentes” do MARCA, na Itália. MD STUDIO-Ce.
“Sol e Sonho”. CD- música-popular. COMEP.
“Nas horas de Deus, amém”. CD. Benditos populares
“Zé Vicente, Nativo” CD –Paulinas-COMEP
“Tempos Urgentes”- Livro com CD, de poemas. Paulinas.
“CANTAR”- CD para UNICEF, Ceará, canta e dirige a arte.
“Guassussê, Canto da Memória”- compondo oito músicas.
“Dádivas”- CD Celebrativo- Paulinas-COMEP (solo)
Com outros artistas populares.
Além da produção e dos shows, Zé Vicente assessora Oficinas de Arte-Vida, com dinâmicas para sensibilização e capacitação de novos artistas e é um dos membros fundadores do MARCA – Movimento de Artistas da Caminhada, que reúne cerca de 200 (duzentos) artistas de várias modalidades da arte, em vários Estados do Brasil, desde l990.
Cantar com profunda convicção a fé que dá razão a esperança, a solidariedade, a liberdade, a vida, paz, a festa!
Fortaleza-CE, 2004
contato: zvi@uol.com.br
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Imperdivel!!!
Oficina de Dança Circulares em 27 e 28 de setembro, das 9 às 17 horas, sob a coordenação do Professor Àlvaro Pantoja de Olinda/PE. por apenas R$60.00 e que podem ser pagos em duas parcelas.
Haverá também roda aberta de diálogo sobre a importância das danças circulares para melhorar a nossa vitalidade e um baille de danças circulares no Gonzagão. Tanto a roda aberta de dialogo, como o baile terão entrada franca, porém é necessário confirmar presença e no caso do baile trazer frutas.
Sobre o bem que as danças circulares proporcionam leia em: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-danca-da-vida-2-movimento-1Para se inscrever ou para obter mais informações, ligue: 8815-1116 ou envie e-mail para ongacaocultural@yahoo.com.br
Haverá também roda aberta de diálogo sobre a importância das danças circulares para melhorar a nossa vitalidade e um baille de danças circulares no Gonzagão. Tanto a roda aberta de dialogo, como o baile terão entrada franca, porém é necessário confirmar presença e no caso do baile trazer frutas.
Sobre o bem que as danças circulares proporcionam leia em: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-danca-da-vida-2-movimento-1Para se inscrever ou para obter mais informações, ligue: 8815-1116 ou envie e-mail para ongacaocultural@yahoo.com.br
Sabatina de profissionais da cultura com Juca Ferreira
13/08/2008
fonte: iTeia - Da Redação - Cultura e Mercado- clippng Duo
O Jornal do Brasil convidou 19 profissionais ligados à cultura para questionarem o novo ministro, Juca Ferreira, sobre sua opinião e posicionamento de seu mandato diante dos mais diversos assuntos da área. Confira a íntegra:
Novo ministro da Cultura responde a representantes da área
Na última quarta-feira, Juca Ferreira fez um discurso em tom de posse no Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio. Cercado pela classe artística, curiosíssima sobre como vai gerir o Ministério da Cultura até 2010, Juca foi firme, respondeu a todas as perguntas sem titubear. Deu sinais de que pretende fazer mudanças na Lei Rouanet, alfinetou a iniciativa privada pedindo mais investimentos e não se furtou a tomar posições fortes, anunciando o estudo de outros mecanismos de incentivo à produção.
Da mesma forma, o novo ministro, que assume a pasta no dia 19, assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar das Olimpíadas de Pequim, recebeu os questionamentos de 19 representantes legítimos da área, convidados pelo Jornal do Brasil. Na viagem de volta à Brasília, Juca, de 59 anos, gravou as perguntas num pen drive, conectou-o em seu lap top e gastou sua uma hora de vôo que deveria ser de pleno descanso para botar pingos nos is em todas as dúvidas. Da preocupação do escritor Ruy Castro quanto à proteção do patrimônio histórico nacional (“Que atitude o senhor vai tomar?”) à curiosidade mortal de Marília Pêra (“O senhor faz meditação?”), todas ganharam respostas. Às 2h da madrugada de sábado, chegava à redação a usina de idéias do ministro. Para Juca, o maior alívio é que, no fim de semana, enfim, ele poderá descansar. Diferentemente de seu antecessor, o cantor Gilberto Gil, Juca não tem nenhum show marcado.
Confira a sabatina com Juca Ferreira:
Qual a posição do senhor sobre a participação indireta das operadoras de banda larga na pirataria digital, principalmente na música e no cinema? (Marcelo Castelo Branco, presidente da gravadora EMI)
– Em alguns países, as operadoras colaboram no combate à pirataria e em outros são obrigadas a pagar pela cópia dos usuários. O maior desafio para o exercício do direito autoral neste início de século é encontrar os meios de garanti-lo no ambiente da rede e compatibilizá-lo com as possibilidades de acesso e de uso criados pela vertiginosa revolução tecnológica.
O único setor da sociedade brasileira que não se beneficiou do crescimento econômico no governo Lula foi o setor dos bens de consumo culturais (teatro, cinema, disco, DVD, livreiros etc.), que cresceu na ponta da produção e regrediu na ponta do consumo.
O vale-cultura seria uma solução para incluir a população de baixa renda no consumo dos bens culturais? (Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema)
– O sistema de financiamento e fomento da cultura que estamos formulando terá como um dos mecanismos o vale-cultura. Pela primeira vez, teremos um instrumento permanente de financiamento do consumo cultural e não mais apenas para a produção e circulação. Este vale-cultura se parecerá com o vale-refeição: um está voltado para alimentar o estômago e o outro para alimentar o “espírito”.
Como fazer com que o Ministério da Cultura seja menos ornamental e tenha uma atuação mais eficiente? (Daniel Senise, artista plástico)
– Isso só pode ser dito por quem não sabe o que fazemos. Abra o site do MinC e depois me diga se você mantém a mesma opinião! Lá você encontra um pouco da nossa batalha por dotar o Estado brasileiro de uma política pública de cultura.
Que atitude o senhor vai tomar em relação à proteção do patrimônio histórico nacional? (Ruy Castro, escritor)
– Esta é uma área em que avançamos muito nos últimos anos. Vou citar dois aspectos de uma política de patrimônio que eu considero que precisamos discutir: Precisamos discutir o conceito de patrimônio. Precisamos ampliar esse conceito para além de material e imaterial. Na Convenção para a Proteção da Diversidade e das Expressões Culturais no âmbito da Unesco, já está esboçada a necessidade de manejarmos um conceito que permita proteger um vasto território cultural que não se enquadra no conceito de patrimônio que vem servindo como referência até hoje. A outra é que precisamos mapear nosso patrimônio e nossas expressões culturais. Não se protege o que não se conhece.
As artes visuais do Brasil vão continuar abandonadas? O senhor vai destinar mais verbas do que seu antecessor para essas instituições, que não conseguem se sustentar apenas com a bilheteria? (Jones Bergamin, presidente da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro)
– Nós multiplicamos as verbas para os museus, criamos o sistema nacional de museus, estamos dotando os museus de sistemas de seguranças, criamos vários museus novos. Petição de miséria estava quando chegamos ao Ministério. Quanto às artes visuais, assumimos que precisamos melhorar muito. Pretendo estabelecer um diálogo com o setor para definirmos as prioridades.
MMinistro, nas suas metas está incluída a desburocratização do fomento para a cultura? (Daniel Filho, diretor de TV e cineasta)
– Claro. Para nós é um vexame quando não pudemos atender com a presteza que os proponentes culturais que recorrem ao ministério precisam. Estamos em negociação com o Ministério do Planejamento para um fortalecimento institucional do MinC. Nos últimos anos, a demanda cresceu pelo menos seis vezes e estamos com a mesma estrutura e o mesmo número de pessoas trabalhando.
Em nenhuma das últimas entrevistas que você deu, depois que o Gil deixou o cargo, foi citada a palavra teatro, pelo menos no material que foi publicado. Qual a importância do teatro na sua gestão e quais são as políticas públicas, excetuando a Rouanet, para o setor teatral? (Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro do RJ)
– Barata, eu tenho dito que vou priorizar as artes e pretendo fortalecer a Funarte, modernizando-a e dotando-a de orçamento mais robusto. Claro que eu estou falando de teatro, dança, artes visuais etc…
Quando será implementado o ensino obrigatório de música nas escolas de educação básica do país? Gostaria que essa fosse uma prioridade na gestão do MinC, junto à pasta da Educação… (Isaac Karabtchevsky, maestro)
– Estamos trabalhando para superar o divórcio entre cultura e educação. O MEC tem demonstrado interesse em reincorporar o ensino de música e outras linguagens. Minha opinião é que não conseguiremos qualificar a educação no Brasil sem o aporte das artes, sem proporcionarmos a experiência estética e o contato com as artes para as novas gerações. A sala de aula e a família são os dois ambientes mais importantes.
O Estado gasta um bom dinheiro em isenção fiscal na produção de cultura, mas o acesso em geral fica restrito a quem tem dinheiro para ingressos. Gostaria de saber se há algum plano de apoio ao ‘consumo’ dos produtos culturais bancados pelo Estado? (Fernando Meirelles, cineasta)
– Na reforma que pretendemos fazer na Lei Rouanet esse é um item importantíssimo. Toda vez que o Estado investir dinheiro público, o projeto precisará apresentar um plano de acessibilidade. Ou seja, a ampliação do acesso ao produto cultural financiado.
Existe uma idéia disseminada de que a internet é território do vale-tudo, de pirataria cultural e de que tudo tangencia a ilegalidade e a gratuidade. Considerando isso, como você pretende usar a web para projetos do governo? (Luiz César Pimentel, diretor de conteúdo do MySpace)
– A internet é um fenômeno relativamente novo, certamente a grande novidade cultural das últimas décadas. Nenhuma atividade, incluindo as culturais, pode mais ser pensada sem considerar sua presença na rede. Ver apenas essa faceta negativa que você enumerou é no mínimo uma reação conservadora. Tenho um filho de 7 anos e, queira eu ou não, a rede é um dos principais meios de descoberta e relação com o mundo para ele e toda sua geração. A democratização da informação e da cultura passa por aí. E, nos próximos anos, televisão, telefone e computador (incluindo a rede) serão quase a mesma coisa. Precisamos nos preparar para isso. Como diz Gilberto Gil, é preciso bandalargar o país.
O ex-ministro Gilberto Gil reconheceu a multiplicidade da demanda audiovisual em função das novas tecnologias. De que maneira essa interpretação contemporânea da produção audiovisual pode ser desenvolvida? (Nelson Hoineff, diretor do Instituto de Estudos de Televisão (IETV))
– Nosso secretário do audiovisual sabe disso e está investindo fortemente em ampliar a oferta de conteúdos audiovisuais e possibilitar que o próprio espectador possa fazer sua programação, sem necessariamente ficar dependendo da programação dos outros. A cauda é curta, mas estamos trabalhando para que ela em breve seja longa…
Como fica o processo de reforma da lei de direitos autorais iniciado pela gestão do ministro Gil? (Ronaldo Lemos, representante do Creative Commons no Brasil)
– Manteremos a programação dos seminários e debates. Nossa meta é criar um processo de discussão e reflexão a mais aberta possível, para podermos avançar na legislação relativa ao tema e no sistema de arrecadação.
Há chances de haver mudança na Lei Rouanet para ampliar a isenção dada aos festivais independentes de pop-rock, a exemplo do queocorre com a música clássica e a instrumental? (Jomardo Jomas, produtor do festival Mada, de Natal)
– Estamos com uma pauta de demandas junto ao Ministério da Fazenda e um dos itens é a possibilidade de desonerar algumas atividades culturais para estimular seu crescimento. Conseguimos desonerar toda a cadeia do livro. Tenho expectativas de ampliarmos este tipo de benefício para outras áreas. Mas isso não tem diretamente a ver com a Lei Rouanet.
Um grande problema que existe no nosso país é a falta de intercâmbio entre as cidades. Gostaria de saber o que o senhor poderia anunciar para cessar a ansiedade de troca de experiências entre os artistas da classe teatral das pequenas e grandes cidades? (Rosamaria Murtinho, atriz)
– Concordo com você que é importante fortalecer esse intercâmbio, possibilitar a circulação dos espetáculos por todo o Brasil, distribuir e disponibilizar os recursos do ministério para que produções de todas as partes possam contar com o apoio e possam sair e se apresentar em outros Estados e outras regiões.
Sendo o Ministério da Cultura, não deveria ser prioridade a arte, e não a inclusão social? O que justifica, na linha que esse ministério tem tido, a arte ficar tão aquém do lado social? (Nilson Raman, produtor cultural)
– Quem disse que existe contradição entre arte e inclusão social e quem disse que essa contradição está no horizonte do Ministério da Cultura? Tenho dito, em todas as entrevistas que já dei, que pretendo dar uma atenção especial à Funarte e que darei prioridade às artes. O Ministério da Cultura tem responsabilidades com as artes e com toda a produção simbólica brasileira. Reconheço que avançamos menos nas artes do que em outras áreas e que precisamos renovar nossas políticas para as linguagens. A Funarte precisa ser reestruturada e precisa de mais recursos. Mas essa contradição entre arte e inclusão social eu não reconheço como parte da nossa realidade. É um fantasma.
Como convencer a área econômica do governo a aumentar o orçamento e a não contingenciar o Fundo Nacional de Cultura? Como dialogar com a sociedade e com o Congresso para garantir a manutenção das questões positivas da lei Rouanet e amadurecer as que precisam ser aprimoradas? Como melhorar a gestão do sistema cultural, que vai do Ministério às Secretarias Municipais de Cultura? (Eduardo Saron, superintendente de Atividades Culturais do Itaú Cultural)
– Saímos de um orçamento de 0,2% do total do orçamento federal para quase 0,6%, o que significou evoluirmos de algo em torno de R$ 300 milhões para pouco mais de R$ 1 bilhão. Essa evolução foi graças a uma luta do ministro Gil e de todos nós. Precisamos dobrar esse orçamento. É uma luta árdua e que não deve ser só nossa, do MinC. Por isso precisamos que a sociedade compreenda a importância da cultura e precisamos convencer o governo e o Congresso de que, sem orçamento não podemos satisfazer as necessidades e demandas culturais da sociedade. Antes de modificarmos a Lei Rouanet, vamos discutir com os artistas, produtores, gestores e investidores. Temos sidos cautelosos. Inclusive, temos sido criticados pela “demora”. Não acreditamos em construção de políticas públicas dentro de gabinetes. Acreditamos no diálogo e no debate para separarmos o que é bom e deve ser preservado, do que é distorção e deve ser abandonado. Em algum momento, o pacto federativo da cultura vai se tornar o principal tema. Mas essa articulação entre os entes federativos já está se dando. Por exemplo, os novos pontos de cultura sairão de editais dos governos estaduais e nós estamos repassando os recursos. Muitos dos nossos editais já são federalizados.
O senhor tem algum plano para a criação de orquestras e bandas, ou incentivo para as já existentes? (Ricardo Tacuchian, presidente da Academia Brasileira de Música)
– Eu ainda não fui nomeado e o orçamento do próximo ano ainda não está definido. Mas adianto que considero importante ajudarmos e financiarmos o crescimento do número de orquestras e bandas.
Uma das grandes reclamações do setor é sobre a eficácia da aplicação da Lei Rouanet. Por que subsidiar atividades que normalmente já teriam uma resposta satisfatória dos patrocinadores, mesmo sem os subsídios fiscais? Qual a sua posição como Ministro da Cultura? (Aloysio Fagerlande, do Quinteto Villa-Lobos)
– A mesma que você manifesta. Por isso considero urgente apresentarmos uma proposta de mudança da lei para superarmos as distorções atuais.
Estou lendo o livro do David Lynch, em que ele fala de como a meditação influencia no trabalho dele. O senhor faz meditação? (Marília Pêra, atriz)
– Durante muitos anos fiz meditação. Confesso que no Ministério eu não tenho tido tempo nem para me coçar. Sinto falta de recolhimento, de sossego e de ouvir minhas vozes interiores. Escutá-las me faz bem. Tenho medo de que depois que eu sair do MinC eu não me acostume mais a ter um ou dois problemas por dia. Aqui são tantos… para serem resolvidos todos ao mesmo tempo, aqui e agora.
http://clipmail2.interjornal.com.br/clipmail.kmf?clip=b9zrgq9v7j&grupo=235409#not7584836
fonte: iTeia - Da Redação - Cultura e Mercado- clippng Duo
O Jornal do Brasil convidou 19 profissionais ligados à cultura para questionarem o novo ministro, Juca Ferreira, sobre sua opinião e posicionamento de seu mandato diante dos mais diversos assuntos da área. Confira a íntegra:
Novo ministro da Cultura responde a representantes da área
Na última quarta-feira, Juca Ferreira fez um discurso em tom de posse no Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio. Cercado pela classe artística, curiosíssima sobre como vai gerir o Ministério da Cultura até 2010, Juca foi firme, respondeu a todas as perguntas sem titubear. Deu sinais de que pretende fazer mudanças na Lei Rouanet, alfinetou a iniciativa privada pedindo mais investimentos e não se furtou a tomar posições fortes, anunciando o estudo de outros mecanismos de incentivo à produção.
Da mesma forma, o novo ministro, que assume a pasta no dia 19, assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar das Olimpíadas de Pequim, recebeu os questionamentos de 19 representantes legítimos da área, convidados pelo Jornal do Brasil. Na viagem de volta à Brasília, Juca, de 59 anos, gravou as perguntas num pen drive, conectou-o em seu lap top e gastou sua uma hora de vôo que deveria ser de pleno descanso para botar pingos nos is em todas as dúvidas. Da preocupação do escritor Ruy Castro quanto à proteção do patrimônio histórico nacional (“Que atitude o senhor vai tomar?”) à curiosidade mortal de Marília Pêra (“O senhor faz meditação?”), todas ganharam respostas. Às 2h da madrugada de sábado, chegava à redação a usina de idéias do ministro. Para Juca, o maior alívio é que, no fim de semana, enfim, ele poderá descansar. Diferentemente de seu antecessor, o cantor Gilberto Gil, Juca não tem nenhum show marcado.
Confira a sabatina com Juca Ferreira:
Qual a posição do senhor sobre a participação indireta das operadoras de banda larga na pirataria digital, principalmente na música e no cinema? (Marcelo Castelo Branco, presidente da gravadora EMI)
– Em alguns países, as operadoras colaboram no combate à pirataria e em outros são obrigadas a pagar pela cópia dos usuários. O maior desafio para o exercício do direito autoral neste início de século é encontrar os meios de garanti-lo no ambiente da rede e compatibilizá-lo com as possibilidades de acesso e de uso criados pela vertiginosa revolução tecnológica.
O único setor da sociedade brasileira que não se beneficiou do crescimento econômico no governo Lula foi o setor dos bens de consumo culturais (teatro, cinema, disco, DVD, livreiros etc.), que cresceu na ponta da produção e regrediu na ponta do consumo.
O vale-cultura seria uma solução para incluir a população de baixa renda no consumo dos bens culturais? (Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema)
– O sistema de financiamento e fomento da cultura que estamos formulando terá como um dos mecanismos o vale-cultura. Pela primeira vez, teremos um instrumento permanente de financiamento do consumo cultural e não mais apenas para a produção e circulação. Este vale-cultura se parecerá com o vale-refeição: um está voltado para alimentar o estômago e o outro para alimentar o “espírito”.
Como fazer com que o Ministério da Cultura seja menos ornamental e tenha uma atuação mais eficiente? (Daniel Senise, artista plástico)
– Isso só pode ser dito por quem não sabe o que fazemos. Abra o site do MinC e depois me diga se você mantém a mesma opinião! Lá você encontra um pouco da nossa batalha por dotar o Estado brasileiro de uma política pública de cultura.
Que atitude o senhor vai tomar em relação à proteção do patrimônio histórico nacional? (Ruy Castro, escritor)
– Esta é uma área em que avançamos muito nos últimos anos. Vou citar dois aspectos de uma política de patrimônio que eu considero que precisamos discutir: Precisamos discutir o conceito de patrimônio. Precisamos ampliar esse conceito para além de material e imaterial. Na Convenção para a Proteção da Diversidade e das Expressões Culturais no âmbito da Unesco, já está esboçada a necessidade de manejarmos um conceito que permita proteger um vasto território cultural que não se enquadra no conceito de patrimônio que vem servindo como referência até hoje. A outra é que precisamos mapear nosso patrimônio e nossas expressões culturais. Não se protege o que não se conhece.
As artes visuais do Brasil vão continuar abandonadas? O senhor vai destinar mais verbas do que seu antecessor para essas instituições, que não conseguem se sustentar apenas com a bilheteria? (Jones Bergamin, presidente da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro)
– Nós multiplicamos as verbas para os museus, criamos o sistema nacional de museus, estamos dotando os museus de sistemas de seguranças, criamos vários museus novos. Petição de miséria estava quando chegamos ao Ministério. Quanto às artes visuais, assumimos que precisamos melhorar muito. Pretendo estabelecer um diálogo com o setor para definirmos as prioridades.
MMinistro, nas suas metas está incluída a desburocratização do fomento para a cultura? (Daniel Filho, diretor de TV e cineasta)
– Claro. Para nós é um vexame quando não pudemos atender com a presteza que os proponentes culturais que recorrem ao ministério precisam. Estamos em negociação com o Ministério do Planejamento para um fortalecimento institucional do MinC. Nos últimos anos, a demanda cresceu pelo menos seis vezes e estamos com a mesma estrutura e o mesmo número de pessoas trabalhando.
Em nenhuma das últimas entrevistas que você deu, depois que o Gil deixou o cargo, foi citada a palavra teatro, pelo menos no material que foi publicado. Qual a importância do teatro na sua gestão e quais são as políticas públicas, excetuando a Rouanet, para o setor teatral? (Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro do RJ)
– Barata, eu tenho dito que vou priorizar as artes e pretendo fortalecer a Funarte, modernizando-a e dotando-a de orçamento mais robusto. Claro que eu estou falando de teatro, dança, artes visuais etc…
Quando será implementado o ensino obrigatório de música nas escolas de educação básica do país? Gostaria que essa fosse uma prioridade na gestão do MinC, junto à pasta da Educação… (Isaac Karabtchevsky, maestro)
– Estamos trabalhando para superar o divórcio entre cultura e educação. O MEC tem demonstrado interesse em reincorporar o ensino de música e outras linguagens. Minha opinião é que não conseguiremos qualificar a educação no Brasil sem o aporte das artes, sem proporcionarmos a experiência estética e o contato com as artes para as novas gerações. A sala de aula e a família são os dois ambientes mais importantes.
O Estado gasta um bom dinheiro em isenção fiscal na produção de cultura, mas o acesso em geral fica restrito a quem tem dinheiro para ingressos. Gostaria de saber se há algum plano de apoio ao ‘consumo’ dos produtos culturais bancados pelo Estado? (Fernando Meirelles, cineasta)
– Na reforma que pretendemos fazer na Lei Rouanet esse é um item importantíssimo. Toda vez que o Estado investir dinheiro público, o projeto precisará apresentar um plano de acessibilidade. Ou seja, a ampliação do acesso ao produto cultural financiado.
Existe uma idéia disseminada de que a internet é território do vale-tudo, de pirataria cultural e de que tudo tangencia a ilegalidade e a gratuidade. Considerando isso, como você pretende usar a web para projetos do governo? (Luiz César Pimentel, diretor de conteúdo do MySpace)
– A internet é um fenômeno relativamente novo, certamente a grande novidade cultural das últimas décadas. Nenhuma atividade, incluindo as culturais, pode mais ser pensada sem considerar sua presença na rede. Ver apenas essa faceta negativa que você enumerou é no mínimo uma reação conservadora. Tenho um filho de 7 anos e, queira eu ou não, a rede é um dos principais meios de descoberta e relação com o mundo para ele e toda sua geração. A democratização da informação e da cultura passa por aí. E, nos próximos anos, televisão, telefone e computador (incluindo a rede) serão quase a mesma coisa. Precisamos nos preparar para isso. Como diz Gilberto Gil, é preciso bandalargar o país.
O ex-ministro Gilberto Gil reconheceu a multiplicidade da demanda audiovisual em função das novas tecnologias. De que maneira essa interpretação contemporânea da produção audiovisual pode ser desenvolvida? (Nelson Hoineff, diretor do Instituto de Estudos de Televisão (IETV))
– Nosso secretário do audiovisual sabe disso e está investindo fortemente em ampliar a oferta de conteúdos audiovisuais e possibilitar que o próprio espectador possa fazer sua programação, sem necessariamente ficar dependendo da programação dos outros. A cauda é curta, mas estamos trabalhando para que ela em breve seja longa…
Como fica o processo de reforma da lei de direitos autorais iniciado pela gestão do ministro Gil? (Ronaldo Lemos, representante do Creative Commons no Brasil)
– Manteremos a programação dos seminários e debates. Nossa meta é criar um processo de discussão e reflexão a mais aberta possível, para podermos avançar na legislação relativa ao tema e no sistema de arrecadação.
Há chances de haver mudança na Lei Rouanet para ampliar a isenção dada aos festivais independentes de pop-rock, a exemplo do queocorre com a música clássica e a instrumental? (Jomardo Jomas, produtor do festival Mada, de Natal)
– Estamos com uma pauta de demandas junto ao Ministério da Fazenda e um dos itens é a possibilidade de desonerar algumas atividades culturais para estimular seu crescimento. Conseguimos desonerar toda a cadeia do livro. Tenho expectativas de ampliarmos este tipo de benefício para outras áreas. Mas isso não tem diretamente a ver com a Lei Rouanet.
Um grande problema que existe no nosso país é a falta de intercâmbio entre as cidades. Gostaria de saber o que o senhor poderia anunciar para cessar a ansiedade de troca de experiências entre os artistas da classe teatral das pequenas e grandes cidades? (Rosamaria Murtinho, atriz)
– Concordo com você que é importante fortalecer esse intercâmbio, possibilitar a circulação dos espetáculos por todo o Brasil, distribuir e disponibilizar os recursos do ministério para que produções de todas as partes possam contar com o apoio e possam sair e se apresentar em outros Estados e outras regiões.
Sendo o Ministério da Cultura, não deveria ser prioridade a arte, e não a inclusão social? O que justifica, na linha que esse ministério tem tido, a arte ficar tão aquém do lado social? (Nilson Raman, produtor cultural)
– Quem disse que existe contradição entre arte e inclusão social e quem disse que essa contradição está no horizonte do Ministério da Cultura? Tenho dito, em todas as entrevistas que já dei, que pretendo dar uma atenção especial à Funarte e que darei prioridade às artes. O Ministério da Cultura tem responsabilidades com as artes e com toda a produção simbólica brasileira. Reconheço que avançamos menos nas artes do que em outras áreas e que precisamos renovar nossas políticas para as linguagens. A Funarte precisa ser reestruturada e precisa de mais recursos. Mas essa contradição entre arte e inclusão social eu não reconheço como parte da nossa realidade. É um fantasma.
Como convencer a área econômica do governo a aumentar o orçamento e a não contingenciar o Fundo Nacional de Cultura? Como dialogar com a sociedade e com o Congresso para garantir a manutenção das questões positivas da lei Rouanet e amadurecer as que precisam ser aprimoradas? Como melhorar a gestão do sistema cultural, que vai do Ministério às Secretarias Municipais de Cultura? (Eduardo Saron, superintendente de Atividades Culturais do Itaú Cultural)
– Saímos de um orçamento de 0,2% do total do orçamento federal para quase 0,6%, o que significou evoluirmos de algo em torno de R$ 300 milhões para pouco mais de R$ 1 bilhão. Essa evolução foi graças a uma luta do ministro Gil e de todos nós. Precisamos dobrar esse orçamento. É uma luta árdua e que não deve ser só nossa, do MinC. Por isso precisamos que a sociedade compreenda a importância da cultura e precisamos convencer o governo e o Congresso de que, sem orçamento não podemos satisfazer as necessidades e demandas culturais da sociedade. Antes de modificarmos a Lei Rouanet, vamos discutir com os artistas, produtores, gestores e investidores. Temos sidos cautelosos. Inclusive, temos sido criticados pela “demora”. Não acreditamos em construção de políticas públicas dentro de gabinetes. Acreditamos no diálogo e no debate para separarmos o que é bom e deve ser preservado, do que é distorção e deve ser abandonado. Em algum momento, o pacto federativo da cultura vai se tornar o principal tema. Mas essa articulação entre os entes federativos já está se dando. Por exemplo, os novos pontos de cultura sairão de editais dos governos estaduais e nós estamos repassando os recursos. Muitos dos nossos editais já são federalizados.
O senhor tem algum plano para a criação de orquestras e bandas, ou incentivo para as já existentes? (Ricardo Tacuchian, presidente da Academia Brasileira de Música)
– Eu ainda não fui nomeado e o orçamento do próximo ano ainda não está definido. Mas adianto que considero importante ajudarmos e financiarmos o crescimento do número de orquestras e bandas.
Uma das grandes reclamações do setor é sobre a eficácia da aplicação da Lei Rouanet. Por que subsidiar atividades que normalmente já teriam uma resposta satisfatória dos patrocinadores, mesmo sem os subsídios fiscais? Qual a sua posição como Ministro da Cultura? (Aloysio Fagerlande, do Quinteto Villa-Lobos)
– A mesma que você manifesta. Por isso considero urgente apresentarmos uma proposta de mudança da lei para superarmos as distorções atuais.
Estou lendo o livro do David Lynch, em que ele fala de como a meditação influencia no trabalho dele. O senhor faz meditação? (Marília Pêra, atriz)
– Durante muitos anos fiz meditação. Confesso que no Ministério eu não tenho tido tempo nem para me coçar. Sinto falta de recolhimento, de sossego e de ouvir minhas vozes interiores. Escutá-las me faz bem. Tenho medo de que depois que eu sair do MinC eu não me acostume mais a ter um ou dois problemas por dia. Aqui são tantos… para serem resolvidos todos ao mesmo tempo, aqui e agora.
http://clipmail2.interjornal.com.br/clipmail.kmf?clip=b9zrgq9v7j&grupo=235409#not7584836
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