quarta-feira, 26 de maio de 2010

Biblioteca em Escolas Públicas

http://blog.planalto.gov.br/sancionada-lei-que-preve-bibliotecas-em-todas-as-escolas-brasileiras/trackback/

domingo, 23 de maio de 2010

Pesquisa com mais de mil crianças mostra que

ISSO A GENTE JÁ ATÉ SABIA, MAS VALE CONFIRMAR...

Publicada em 03-05-2010

O Globo com agências internacionais

RIO - Uma polêmica que está sempre indo e vindo, virou hit com os
Titãs ("a televisão me deixou
burro muito burro demais") e é alvo de inúmeros
estudos científicos volta à tona a partir de uma nova e enorme pesquisa da
Universidade de Montreal, no Canadá: assistir
à televisão emburrece as crianças, como mostra reportagem
do The Independent . Os cientistas acompanharam 1.314 crianças nascidas em
Quebec entre 1997 e 1998, com idades entre 29 meses (2 anos e meio) e 53 meses
(4 anos e meio) até chegarem aos 10 anos. Seus pais precisavam relatar quantas
horas os filhos assistiam à TV e os professores avaliavam a evolução acadêmica
delas, suas relações psicosociais e seus hábitos de saúde. Em média, as
crianças de 2 anos assistiam a 8,8 horas por semana à TV e as de 4 anos, uma
média de 15 horas por semana. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira no
Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.

Os pesquisadores descobriram que os pequenos que passavam mais tempo em frente
à telinha eram piores em matemática, comiam mais junk food e sofriam mais
bullying ( como saber se seu filho é vítima de bullying - e como ajudá-lo ) de
outras crianças.

As descobertas mostram que há evidências científicas de que a TV prejudica o desenvolvimento cognitivo
e que o governo canadense deveria limitar o número de horas das crianças em frente à TV. Os
pediatras americanos já recoemdnam que aquelas
com menos de 2 anos não deveriam assistir à TV alguma e as mais velhas deveriam
ter um limite diário de 2 horas por dia no máximo. A França
já proíbe programas para crianças com menos de 3 anos e a Austrália recomenda
que as entre 3 e 5 anos não assistiam a mais de uma hora por dia.

Os cientistas que conduziram o estudo afirmaram que a fase pré-escolar é
importantíssima para o desenvolvimento do cérebro e que o tempo em frente à TV é um
desperdício e pode levar à aquisição de hábitos ruins. A autora do estudo, Linda Pagani, da Universidade de Montreal, disse que o
impacto negativo de se assistir à TV nesta idade permanece por toda a vida.

- Nossa descoberta mostra que este é um problema de saúde pública e que deveria
existir um guia com diretrizes da Academia America de Pediatria sobre o número
de horas recomendado em
frente à TV.

O psicólogo Aric Sigman, que fez a revisão de 30 estudos científicos sobre TV e
computadores, disse que os programas mostrados nos aparelhos modernos têm uma
velocidade de edição mais rápida, sons mais altos e cores mais intensas do que
nos anos 60 e 70, e que isso afetaria
"dramaticamente as nossas mentes".

http://oglobo. globo.com/ vivermelhor/ mat/2010/ 05/03/pesquisa- com-mais- de-mil-criancas- mostra-que- assistir- televisao- emburrece- 916482250. asp

Heloisa Buarque de Hollanda – novas visões sobre periferia

Fonte: Blog Acesso

Todos os dias, novos projetos culturais invadem as favelas do Rio de Janeiro. Ideias assistencialistas, de desenvolvimento da comunidade, diminuição do tráfico, ajuda à saúde, à educação e, claro, à cultura. Porém, são poucos os que olham para a realidade da favela e enxergam entre seus moradores artistas e, quiçá, intelectuais que necessitam de uma educação formal na área de cultura, já que experiência e sensibilidade sobram.

Foi debruçada sobre os estudos das periferias e trabalhando em projetos socioculturais que a lingüista e coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea – PACC da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Heloisa Buarque de Hollanda, descobriu ainda mais sobre a cultura nas comunidades. Se pouco era feito, era porque menos ainda se conhecia, dentro do espaço acadêmico, sobre esses saberes da favela. A fim de promover a produção de conhecimento e criações artísticas em literatura, artes visuais, teatro, dança e música, Heloisa Buarque de Hollanda propôs a seus colegas da UFRJ A criação da Universidade das Quebradas, projeto que leva os moradores das periferias para dentro da universidade, por meio de um curso de extensão.

Em entrevista ao Acesso, Hollanda vai além da criação, desenvolvimento e expectativas sobre o projeto, e conta que, após quase meio século de vida acadêmica, tem compartilhado com os moradores das favelas um conhecimento que a muito não adquiria.

ACESSO – Como se deu esse salto de trabalhos acadêmicos na área de cultura desenvolvidos dentro da universidade pelo PACC para a criação de uma ação social?
Heloisa Buarque de Hollanda – Eu estava trabalhando há muito tempo com a periferia, desenvolvendo pesquisas, e percebia que a academia tinha completo desconhecimento do que era a favela, do que pensavam as pessoas que ali viviam. Mesmo eu, que frenquentava bastante esse ambiente, não conhecia muito, sabia que existiam intelectuais maravilhosos, mas não tinha conhecimento sobre o que eles pensavam. Foi então que propus uma troca de experiências, ao invés de continuarmos com os trabalhos já existentes.

ACESSO – E qual é o objetivo dessa troca?
H.B.H. – A principal ideia da Universidade das Quebradas é que haja uma troca de saberes e práticas de criação e produção de conhecimento entre membros da academia e dessa “elite”, possuidora de conhecimento informal, para que se articulem experiências culturais e intelectuais produzidas dentro e fora da academia.

Para acompanhar a matéria completa: http://www.blogacesso.com.br/?p=268

Estudantes da rede pública do Rio terão aulas de história da MPB

Fonte: Portal UOL
Paulo Virgílio
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

A partir de junho, a história da Música Popular Brasileira será ensinada nas escolas da rede estadual fluminense. A iniciativa da Secretaria Estadual de Educação atende à Lei 11.769, que prevê o ensino de música na educação básica a partir de 2011.

Em parceria com o Instituto Ricardo Cravo Albin será levado para as salas de aula o projeto MPB nas Escolas, com a proposta de ensinar a origem da música popular, seus compositores e como eles influenciaram na formação da identidade cultural dos brasileiros.

De acordo com a secretária de Educação, Tereza Porto, o projeto surgiu de uma sugestão do vice-governador Luiz Fernando Pezão, que quando era prefeito de Piraí, no sul do estado, implantou o ensino da música popular brasileira nas escolas do município.

“A proposta de ensinar a história da MPB nas unidades da rede estadual irá enriquecer a cultura musical dos nossos jovens, além de relacionar o que é dito nas letras com conteúdos de disciplinas como história, língua portuguesa e literatura”, afirma a secretária.

As aulas se destinam aos alunos do ensino médio, mas não farão parte do currículo obrigatório. No primeiro momento, os estudantes vão receber aulas de história da MPB 16 unidades da rede que contam com o programa Ensino Médio Inovador, num total de 6.500 alunos.

Cada uma das unidades receberá um kit com seis DVDs, cartazes e livretos, material didático elaborado pelo Instituto Ricardo Cravo Albin. Caberá ainda à instituição criada pelo pesquisador e historiador da MPB Ricardo Cravo Albin orientar os professores para que o conteúdo da nova disciplina seja explorado da melhor maneira possível nas salas de aula.

Os estudantes terão a oportunidade de descobrir artistas de papel fundamental na MPB, dos mais diferentes gêneros. As aulas também vão resgatar as manifestações folclóricas, com suas músicas, coreografias e danças, destacando sua importância na preservação de valores e tradições.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/05/22/estudantes-da-rede-publica-do-rio-terao-aulas-de-historia-da-mpb.jhtm

terça-feira, 11 de maio de 2010

Editais Caixa

A CAIXA anunciou no dia19/04, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, o lançamento de 04 editais para investimentos em cultura, que totalizam R$33 milhões, por meio dos seguintes programas:

Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural: seleção de projetos para montagem de pauta do ano de 2011 dos espaços localizados em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Máximo de R$ 300 mil por projeto. O resultado será publicado até o dia 29 de outubro de 2010 .

Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro: seleções de projetos a serem realizados ao longo de 2011 que visem ao desenvolvimento de comunidades artesãs e à valorização do artesanato tradicional e da cultura brasileira, contemplando várias etapas do processo produtivo. Máximo de R$ 50 mil por projeto. O resultado será publicado até o dia 20 de agosto de 2010.

Programa CAIXA de Apoio a Festivais de Teatro e Dança: seleção de festivais de teatro e dança que acontecerão em todo o território nacional no período de janeiro a dezembro de 2011. Máximo de R$ 200 mil por projeto. O resultado será publicado até o dia 13 de agosto de 2010.

Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro: seleção de projetos de preservação, acessibilidade e divulgação do patrimônio cultural nacional em 2011 e 2012. Máximo de R$ 400 mil por projeto. O resultado será publicado até o dia 29 de novembro de 2010

Gostaríamos de convidá-lo a participar das seleções com os projetos desenvolvidos por essa entidade cultural aderentes aos programas, como também pedimos seu importante apoio na divulgação desses editais.

Mais informações no site www.caixacultural.com.br.

OUTROS EDITAIS
CLICK AQUI

EDITAL PETROBRÁS

terça-feira, 4 de maio de 2010

Novo secretário é neófito na cultura

03/05/2010
Folha de S. Paulo - fernanda Mena

Andrea Matarazzo, 53, carrega sobrenome de peso no meio artístico e não tem nenhuma experiência em gestão da área

O novo secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, não é especialista no assunto, mas costuma se identificar, em relação à cultura, como um "apreciador".
Apesar de a mudança ainda não ter sido anunciada pelo governador Alberto Goldman (PSDB-SP), Matarazzo deve assumir a pasta ainda neste mês.

Neófito na área, o empresário e ex-ministro disfarça a falta de experiência em gestão cultural com um sobrenome de peso no meio artístico.

Nesse métier, ele é conhecido como sobrinho de Ciccillo Matarazzo, que foi criador da Bienal Internacional de São Paulo, do Museu de Arte Moderna (MAM) e da companhia cinematrográfica Vera Cruz.
Nos tempos de escola, Matarazzo e a irmã Claudia saíam do Colégio Dante Alighieri para almoçar na casa de Ciccillo, no Conjunto Nacional.
"Os almoços reuniam gente diversa e interessante da vida cultural paulistana. Eram conversas malucas de artista que só muitos anos depois eu fui entender", lembra Claudia Matarazzo, chefe do cerimonial do governo do Estado, para quem o irmão "é um esteta".

Vaidoso, Matarazzo gosta de ternos bem cortados. Manda fazê-los no mesmo alfaiate que atende ao apresentador Silvio Santos. Gosta de flores e cuida com preciosismo das gardênias e de um pé de limoeiro que tem no jardim de sua casa no Morumbi, construída ao estilo de uma vila italiana pelo arquiteto Gian Carlo Gasperini.
Do convívio com o tio, ele herdou o gosto pelas artes plásticas e os quadros que decoram a casa. É lá -entre obras de Lasar Segall, Luiz Paulo Baravelli e Paulo von Poser- que Matarazzo reúne amigos, políticos, artistas e ao menos dois membros da família para longos almoços de domingo.

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP), um dos melhores amigos de Matarazzo, é habitué dos almoços, quando vai da mesa direto para a frente da televisão. Ali, acompanha os jogos de futebol do dia, entre colheradas do suflê de chocolate com calda de baunilha que sempre faz sucesso com os convidados e o dono da casa, um chocólatra convicto.

Mais rara nesses encontros é a presença do também ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). O trânsito fácil entre esses dois polos do tucanato paulistano, representados por Serra e Alckmin, é característica da atuação de Matarazzo.

A própria dança das cadeiras entre ele e o secretário da Cultura João Sayad tem sido interpretada como mais um episódio dessa costura.

"É surpreendente [a indicação de Andrea Matarazzo], por um lado, porque não sei o que esperar. Por outro, confirma que a cultura é uma área de negociação política, onde se acomodam determinados interesses numa determinada conjuntura", diz Ismail Xavier, crítico e professor de cinema na USP.
"Pior do que o Sayad é impossível", dispara o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. "Tenho esperança de que Matarazzo descubra a cultura e seu potencial produtivo."Para Emílio Kalil, diretor de produção da Bienal, Matarazzo "é um homem muito preparado para a coisa pública" e deve fazer uma boa gestão.

O novo secretário começou a carreira como estagiário do banco Bradesco, aos 18 anos. Atuou em negócios da família, como a Metalúrgica Matarazzo, e ingressou na carreira política.
Como ministro das Comunicações do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2000, censurou entrevista de João Pedro Stédile, dirigente do MST, à TVE. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) interviu para convencer Matarazzo, seu primo, de que a medida fora exagerada. "Temos diferenças de opinião, mas nos respeitamos mutuamente", disse.

Foi à frente da subprefeitura da Sé e da secretaria das Subprefeituras de São Paulo, entre 2005 e 2009, que Matarazzo anunciou projetos até hoje inconclusos: construção de garagens subterrâneas no centro, reforma da praça Roosevelt e revitalização do bairro da Luz.

Também nesses cargos que protagonizou suas ações mais contundentes. Primeiro, foi acusado de perseguir os desafortunados: moradores de rua e dependentes de crack foram alvos de operações policiais e da rampa "antimendigo". Depois, numa guinada, passou a mirar os bem-sucedidos: fechou bares, casas noturnas, escritórios e até um desfile de Cris Barros.

Tal atuação espelha a do protagonista do seriado de TV preferido de Matarazzo, "House": um médico se preocupa mais com doenças do que com seus próprios pacientes.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0305201007.htm

Lei Orgânica de Cultura da Bahia para consulta pública

Data: 26/04/2010
Fonte: Secult - ascom@cultura.ba.gov.br

Baixe a minuta da Lei Orgânica de Cultura

Representantes de 23 segmentos de cultura se reuniram no último dia 20 (terça-feira) para discutir a construção da Lei Orgânica de Cultura que vai favorecer o desenvolvimento da cultura em todo estado. A Lei que vem sendo construída de forma participativa e debatida desde 2007, já foi levada à discussão pública em encontros como a Conferência Estadual de Cultura, Encontros Setoriais e outros Fóruns artísticos. O Seminário da Lei Orgânica foi realizado no auditório da Fundação Luis Eduardo Magalhães que vem prestando consultoria de sucesso na elaboração da Lei. A minuta da Lei está disponível aqui para conhecimento público e para novas sugestões de modificação.

Diversos segmentos sócio-culturais também estiveram presentes no evento a exemplo de representantes indígenas e de matriz africana, Grupo Gay da Bahia, Fórum de Gestores de Cultura, Colegiado de Dança, Conselho Estadual de Cultura, produtores de cinema, comunicação (rádio, internet e televisão), representantes de bibliotecas e arquivos, designer, Sindicato dos Artistas e Técnicos, entre outros.

Cerca de 40 pessoas discutiram os principais temas que propõe a Lei, como o Conceito e as Dimensões de Cultura; os Segmentos e objetivos da Política Estadual; e o Sistema Estadual de Cultura, seus conceitos e organismos de gestão, o mecanismo da gestão cultural, as instâncias de consulta, de participação e controle social. Participaram do Seminário representantes da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Desenbahia, Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (SECTI), Secretaria de Administração do Estado (SAEB), União dos Municípios da Bahia (UPB), além de representantes das Universidades Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Estadual Santa Cruz (UESC), do Estado da Bahia (UNEB) e Federal da Bahia (UFBA).

“Nós estamos tratando de um governo que legitima a sociedade. É importante poder ajudar à Bahia a se desenvolver a partir de sua cultura. A lei terá essa função”, declarou o Secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, durante a abertura do evento.

Para o ator e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão - SATED, Fernando Marinho, o debate é de suma importância para o desenvolvimento da cultura e principalmente, uma parceria entre sociedade e poder público. “A questão essencial é a instituição de uma política pública em parceria com a socieade civil. Não é só o gestor que determina as Leis, mas a sociedade realmente representada está contribuindo com suas informações. Isso realmente é uma política pública do Estado”, afirma Marinho.

Para a Procuradora do Estado, Alzemeri Britto, a criação da Lei é um dos grandes pontos positivos desta gestão. “A criação desta Lei é uma forma de tornar possível a democracia participativa na área cultural já que prevê normas avançadas de participação popular na gestão cultural”, explica.

Diversidade – Um dos pontos positivos do evento foi o reconhecimento dos participantes na amplitude de segmentos reconhecidos pela minuta da Lei e o olhar para a cultura no interior do Estado. Para a Maria Conceição de Souza, representante do Fórum de Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia, o olhar atento para o desenvolvimento da política e ações culturais nos municípios tem uma grande importância, e somente neste governo, eles foram reconhecidos. “Esse governo já provou a democratização dessa gestão. As identidades culturais estão sendo representadas em todo o Estado”, garante Maria da Conceição.

Outro representante de classe que parabenizou a criação da Lei e suas resoluções foi o historiador Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia e Secretário de Comunicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT. “Existia uma interminável discussão pública se a orientação sexual era uma questão cultural. Com a criação desta lei que reconhece a orientação sexual como uma questão cultural, agora temos mais um direito adquirido. Por esse nosso reconhecimento, nós expressamos todo nosso contentamento com esta Secretaria”, afirmou Cerqueira.

No artigo 3º, inciso XXVI, da Lei Orgânica de Cultura, as manifestações étnicos-culturais, de gênero e de orientação sexual são reconhecidos como segmentos da política Estadual de Cultura. A partir da preocupação de reconhecer esses segmentos, em 2009, a Secretaria de Cultura do Estado, através da Fundação Pedro Calmon, promoveu o edital para Cultura Negra e LGBT.

O que é Lei Orgânica da Cultura – Lei que tem por objetivo organizar instituições e funções públicas. O poder Judiciário, o Ministério Público, bem como funções de assitência, segurança e outras são orientadas por leis orgânicas que definem princípios, objetivos, estruturas organizacionais e formas de prestação dos respectivos serviços. Os municípios contam com leis orgânicas que correspondem a constituições de âmbito local.

Após longo debate e sugestões, foi finalizada uma minuta da Lei Orgânica de Cultura da Bahia (veja aqui) para conhecimento público e para novas sugestões de modificação. As sugestões de mudança devem ser encaminhadas através do e-mail leiorganicabahia@gmail.com. Após esta última consulta, a Lei será encaminhada para Casa Civil e posteriormente para a Assembléia Legislativa, onde será discutida, votada e após esse processo, homologada pelo Governador do Estado da Bahia.

sábado, 1 de maio de 2010

Minc critica "guerra às drogas" em passeata no Rio


Daniel Milazzo
Fonte: Especial para UOL Notícias (www.uol.com.br)
No Rio de Janeiro
Centenas de pessoas participam da marcha da maconha em prol da legalização da droga

O deputado estadual (PT-RJ) e ex-ministro do meio ambiente Carlos Minc criticou a "guerra às drogas, na tarde deste sábado, durante uma passeata pacífica em prol da legalização do consumo e cultivo da maconha.

A manifestação aconteceu na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, Rio de Janeiro, e contou com 3.000 pessoas, segundo a organização do evento. A Polícia Militar estima 1.500.

Liderados por um carro de som e pelos trompetes e saxofones da banda Orquestra Verde, os participantes seguiram do Jardim de Alah até o Arpoador. “Eu sou maconheiro, com muito orgulho, com muito amor” foi um dos gritos mais repetidos pelo grupo. “Ei, polícia, a maconha é uma delícia” também foi ouvido diversas vezes na avenida.

“A política de drogas atual não é democrática, não é preventiva, não é eficiente", declarou Minc durante a marcha. "As pessoas não consomem menos drogas, os traficantes não estão menos poderosos”.

“A maconha pode ser legalizada e o consumo ser descriminalizado. São essas políticas que enfraquecem os traficantes”, completa o deputado.

Para o sociólogo Renato “Cinco” Athayde, um dos organizadores da passeata, a proibição do consumo e cultivo da maconha é uma política defasada. “Nós apoiamos a legalização, e não a liberação. São coisas diferentes. Legalização pressupõe regularização. É a descriminalização, com o objetivo de restabelecer o controle. Os recursos usados nesta guerra brutal contra o tráfico podem ser melhor aplicados, como na prevenção do vício, na redução de danos, do tratamento dos viciados”, argumenta.

A maioria dos participantes da marcha era adulta, mas alguns idosos e até crianças também estavam lá. “É a luta contra a ignorância. A maconha é uma planta como qualquer outra e a gente tem que tem o direito de fazer o que quiser com ela, desde que não cause mal a ninguém”, opina Felipe Viana enquanto caminhava com seu filho carregado no ombro.

Cerca de 40 policiais garantiram a segurança do evento, que transcorreu sem maiores incidentes. O único registro de ocorrência foi o flagrante de um jovem que pichava um banco no canteiro central. Ele foi retirado da passeata pela polícia e teve seu material apreendido.