terça-feira, 27 de outubro de 2009

OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES DOS POVOS – Celebrando a Renovação

no Ritmo da Vida!
Amigos (as),Estamos na contagem regressiva para a realização de mais uma Oficina de Danças Circulares! A sua participação é muito importante!
Trata-se da vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura de ciclos vitais.

“As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR, melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e da MEDITAÇÃO."

Focalizadora : Vera Martha Meneses (Aracaju-SE)


QUANDO? – Dias 05 e 06 de DEZEMBRO de 2009, das 09 às 17 horas.ONDE? – Comunidade Bom Pastor -- Rua Efrem Fernandes Fontes, 65- Bairro Santos Dumont (Próximo ao Terminal Rodoviário Maracaju), Aracaju-SE.QUANTO? – Para inscrições efetuadas até o dia 30 de novembro, o investimento será de apenas R$ 50,00. Após essa data: RS 60,00.Para participar, siga as instruções abaixo: 1- Efetue o pagamento de sua inscrição no Banco do Brasil - Ag.: 1224-6 C/C 26.192-0 - Ação cultural;2- Preencha a ficha abaixo com todos os dados solicitados (incluindo a data e o número do depósito);3- Envie-a para o seguinte e-mail: ongacaocultural@yahoo.com.br

Data do Depósito:Número de documento/depósito: Nome.:.............................................................................................................End.:................................................................................. Bairro.:........................................Cidade.:.........................................Tel.:................................ E-mail.:....................................................................Instituição/Organização/Entidade:...................................................................
OBS.: Pedimos que sua confirmação de inscrição e depósito seja efetuada o quanto antes para que possamos nos organizar com antecedência para o Encontro!!! Agradecemos desde já a compreensão, colaboração e participação de todos!
PROMOÇÃO: Ong AÇÃO CULTURAL
APOIO: Comunidade Bom Pastor

MAIS INFORMAÇÕES: (79) 8815-1116 / 3241-7925 - Maxivel; (79) 9993-4483/ 3044-8186 – Zezito


Ong Ação Cultural
http://acaoculturalse.blogspot.com
http://www.youtube.com/watch?v=n3l5aGVmCzI

Agradecemos o repasse desse e-mail para outros amigos interessadas!
"Quanto mais você glorifica e celebra sua vida, mais você tem na vida para celebrar."
-- Oprah Winfrey
"A melhor maneira de ser feliz é contribuir
para a felicidade dos outros."
-- Confúcio

A dança da vida.
Segundo Alcino Ferreira e Clemente Lizana(in memorian), no texto “A questão do corpo nos movimentos populares”, educadores populares da Equipe Habeas Corpus de Recife: “Os nossos corpos são portadores, por assim dizer, de feridas e de cicatrizes imprimidas pela organização do universo político e pela repressão social.” Já Frei Betto, em artigo de sua autoria intitulado corpo cósmico, afirma: “Esse corpo que somos dorme e sonha, sofre e goza, sabe-se feliz ou contrai-se em tristeza, esbanja saúde ou fragiliza-se na doença. Sobretudo, é capaz de algo inacessível a todos os outros animais: sorrir . E, no entanto, ainda vivemos num mundo submerso em lágrimas. Porque esse corpo, provido de sentimentos e emoções, guarda rancores, iras e ódios, embora tão capaz de compaixão, ternura e amor.”Toda esta reflexão, se colocada durante as décadas de 60 e 70 como ponto de partida, para discussão de um projeto coletivo junto a pessoas e grupos que atuam junto a movimentos populares, ONGs e grupos religiosos, seria no mínimo estranho, ou acusada de estar querendo desviar o potencial de mobilização das massas. Como a maioria das lideranças daquela época não percebeu a importância de valorização dos aspectos ligados a cultura, ao corpo, a espiritualidade e a subjetividade, algumas reações vieram a tona, como: o cansaço, a perda do sentido do projeto político, o martírio do corpo no exercício da militância que traria, no amanhecer, a revolução. Já no momento atual, constata-se a partir da contribuição de pensadores engajados , principalmente aqueles ligados aos estudos da filosofia, das tradições religiosas e da psicologia que um dos principais problemas que impedem a construção de homens e mulheres novos e uma efetiva mudança das estruturas sociais é exatamente esta visão fragmentada, dividida e separada das questões que nos dizem respeito, tanto em termos do ser individual, como do ser coletivo.Urge, parafraseando Proust: buscarmos a unidade perdida, afinal dividimos o mundo em territórios. Quebramos a unidade do conhecimento e do ser. Para os cientistas, damos a natureza; aos filósofos, a mente; para os artistas o belo; aos teólogos, a alma. A própria ciência foi fragmentada de tal forma que, por falta de aproximação e entendimento de profissionais dos ramos diversos, muitos projetos fracassam(ram) com possibilidade inclusive de comprometer a sobrevivência das espécies e do próprio planeta. Com o objetivo de possibilitar a colagem das partes, diversos filósofos, cientistas, teólogos, psicólogos, artistas e educadores estão buscando no resgate da tradição em diálogo com as descobertas e insights atuais, algumas saídas para a crise individual, social e planetária que aflige a todos nós no inicio deste novo século.Um destes nomes é o de Bernhard Wosien, bailarino e coreógrafo alemão que, inspirado pelo imenso potencial das danças folclóricas, e após intensa pesquisa baseada principalmente na tradição alemã, criou em 1976 um movimento intitulado “Danças Circulares Sagradas”, que nasceu na comunidade espiritualista de Findhorn, no norte da Escócia.O resgate dessas danças representa uma retomada de antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas, acrescidas de novas criações, coreografias, ritmos e significações próprias do homem inserido na realidade atual.Aqui em nossa região, no ano de 1999, o Cenap (Centro Nordestino de Animação Popular) inicia uma série de oficinas com William Walle, em Recife (após esse momento, outras cidades da região foram incluídas), e através de outros focalizadores, como Álvaro Pantoja.Através das danças circulares, algumas questões tratadas no texto: “A questão do corpo nos movimentos populares”, escrito no final da década de 80, por Clemente Lizana (in memoriam) e Alcino Ferreira podem ser trabalhadas, são problemas de comportamento que freiam o avanço dos processos coletivos decorrentes do:· Individualismo, · Da concorrência, · Da vontade de dominar os outros ou da subserviência, · Da intolerância perante as colocações alheias,· Da falta de confiança nas capacidades próprias, · Da desconfiança nos outros, · Do acanhamento, · Da falta de vitalidade e da passividade, · Da incapacidade de se concentrar.Como já sabemos, estas condutas são provocadas e incentivadas, de mil maneiras, para garantir a reprodução do atual modelo sócio–político-econômico-cultural injusto e excludente.
José de Oliveira Santos “Zezito” – Professor de Historia, sócio da ONG Ação Cultural. zezito2002@ig.com.br

Renascendo nos Mistérios Femininos



Circulo de Mulheres

“Eu só o inicio e o fim ,o nascido e não nascido , a vida e a morte ,eu sou infinita no espiral do mistério feminino, sagrada na espiritualidade das Mulheres”

Na Terra as grutas e santuários naturais são os lugares de sabedoria interior que existem no seu território, são conexões entre a morte e a vida, entre a superfície e o mundo subterrâneo, lugares da Deusa onde todo o tempo e presente.

Em nós mulheres este santuário manifesta-se nas profundezas uterinas de nosso ser, convidamos vocês a realizar juntas esta viagem e descender pelo Espiral Feminino que nos leva a nosso interior, onde estão guardados os secretos mas profundos e não tocados, ali estão nossas visões e sonhos, sensações e intuições que nos conduzem a perceber e aprofundar a verdade de nosso ser.

E através das danças, musicas, falas e rituais manifestar a espiritualidade das Mulheres, a magia, a profecia e a celebração do nascimento e renascimento na força da vida, e confirmarmos como Mulheres Sagradas.

Focalizadora: Verónica Sacta Campos, nascida no Equador, Arteducadora, Guardiã da tradição andina, tenda da lua e do Sagrado feminino. Mulher Medicina da Sauna Sagrada. Focaliza, palestras, seminários, encontros em temas holísticas, cultura de paz e Círculos de Mulheres em vários países de América, e diversos locais no Brasil. Coordenadora da ONG Caravana Arcoíris pela Paz

Data: Domingo 31 de outubro.

Hora: 9h30 as17h00

Valor: $ 80 Reais
Local: UNIPAZ Sergipe –Av. Beira Mar, s/nº Parque dos Cajueiros

Bairro Farolândia -Aracaju – SE, Brasil.

Inscrições antecipadas e informes:

Verônica: 79-88486848

Mercia: 79-88178589



Realização: Caravana Arcoiris por la Paz e UNIPAZ-SE

veronica.sacta@gmail.com

www.caravanaarcoiris.blogspot.com

Veronica Sacta Campos
Caravana Arcoiris por la Paz
79-88486848
http://www.caravanaarcoiris.blogspot.com

Abertas as inscrições de propostas de apresentações para o 35º Encontro Cultural de Laranjeiras

Estão abertas as inscrições de propostas para a seleção de atividades artísticas de culturais para o 35º Encontro Cultural de Laranjeiras, que será realizado entre os dias 07 e 10 de janeiro de 2010.

Os interessados devem preencher o "Modelo de propostas" (em anexo), que está disponível no site da prefeitura (http://www.laranjeiras.se.gov.br) e na Secretaria Municipal de Cultura, e entregar (pessoalmente ou via correio) até as 18h00 do dia 13 de novembro de 2009 no endereço abaixo:

Secretaria Municipal de Cultura
XXXV Encontro Cultural de Laranjeiras
Comissão de seleção de atividades artísticas e culturais
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe.

O envio de currículo ou portifólio (CD, DVD, cartazes, folders, recortes de jornais, etc.) é opcional, porém colaborará para o entendimento da atividade por parte dos membros da Comissão de Seleção de Atividades Artísticas e Culturais.

O resultado final será divulgado no dia 30 de novembro de 2009 no mural da Prefeitura Municipal de Laranjeiras e na internet (http://www.laranjeiras.se.gov.br). Somente os proponentes selecionados serão contatados a fim de que estes enviem a documentação necessária para a formalização dos contratos com a Prefeitura.

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Prefeitura Municipal de Laranjeiras - Secretaria de Cultura (SECULT)
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe
Fone/Fax: (79) 3281-1332 - E-mail: cultura@laranjeiras.se.gov.br
Site: http://www.laranjeiras.se.gov.br/

Le Monde: No Rio de Janeiro, uma polícia de comportamento criminoso

27/10/2009
Jean-Pierre Langellier
Jornal Le Monde (França)


Muitas vezes corrupta e brutal, a polícia militar do Estado do Rio de Janeiro tem uma má reputação. Dois de seus membros acabam de cometer um vergonhoso ato criminal, que está causando revolta geral. O escândalo data de 18 de outubro.

Nessa noite, em uma rua do centro do Rio, o educador social Evandro João da Silva, 42, coordenador da AfroReggae, uma ONG que busca conter a violência nas favelas, foi morto por dois indivíduos. Seus agressores roubaram sua jaqueta e um par de tênis. Atingido no abdômen, a vítima agonizou na calçada.

As câmeras de segurança, que registraram a cena, revelaram o que aconteceu na sequência, ainda mais grave. Trinta segundos após o assassinato, uma viatura de polícia que fazia uma ronda, com o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles a bordo, passou diante do ferido sem prestar socorro.

Pouco depois, os policiais capturaram os dois agressores, e em seguida os liberaram após terem "recuperado" a jaqueta e os sapatos. Eles não informaram ninguém sobre o assassinato, e continuaram com a patrulha noturna. Quando uma ambulância chegou, quase uma hora e meia depois do crime, a vítima já estava morta há muito tempo.

Gangrena
O caso é ainda mais comovente uma vez que o falecido, nascido em uma favela do norte do Rio, e respeitado por sua coragem e determinação, havia se tornado um "mediador de conflitos", especialmente entre os bandos de traficantes de drogas. À frente da AfroReggae, ele tentava converter os mais jovens a uma cultura da paz, e tinha boas relações com o estado-maior da Polícia Militar.

O caso torna a chamar atenção para a gangrena que corrói a instituição: em dez anos, mais de 1.700 policiais foram expulsos da corporação. Os dois assassinos continuam soltos.

Tradução: Lana Lim

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju

Uma grande mobilização nacional está acontecendo e Aracaju está presente neste processo. Sob a orientação do regimento interno da Conferência Nacional de Cultura, todos os municípios brasileiros devem realizar suas conferencias até o dia 31 deste ano, onde serão eleitos os delegados para as Conferências Estadual e Nacional.
Com o tema "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento", a II Conferência Municipal de Cultura será realizada nos dias 30 e 31 de outubro no Parque da Sementeira.
A Conferência é um espaço para a participação social onde ocorre a articulação entre o município e a sociedade civil para analisar a conjuntura da área cultural e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de cultura, que conformarão o Plano Municipal de Cultura.


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Programação
Confira abaixo a programação da II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju:

Dia 30 de outubro
8h às 10h - Credenciamento

9h - Solenidade de abertura

9:30h - Aprovação do Regimento

10h - Palestra: Cultura, Cidadania, Diversidade e Desenvolvimento
Palestrante: Elder Vieira (MinC)

Apresentação dos Objetivos e Metodologia da II Conferência Municipal de Cultura
Palestrante: Fabiana Peixoto (MinC)

Explanação dos Eixos Temáticos
Palestrante: Facilitadores dos grupos

12h - Almoço

13h- Início das atividades dos grupos de trabalho

15h- Coffe Break

15:15h - Retorno das atividades dos grupos de trabalho

17:00h - Encerramento das atividades dos grupos no 1º dia

Dia 31 de outubro

8h - Plenária final

12h - Encerramento

Inscrições e Credenciamento
Para se inscrever é necessário baixar a ficha de inscrição que está disponivel no site da prefeitura de Aracaju http://www.aracaju.se.gov.br/ ou ir na Funcaju, que fica situada na rua de estância nº 39, bairro Centro.

Credenciamento

O credenciamento permite que você possa ter direito a voto e a candidatar-se na plenária final, onde serão eleitos os delegados para a Conferência Estadual de Cultura.

O credenciamento será realizado no dia 30, das 08 às 10h da manhã.

Eixos Temáticos
EIXOS TEMÁTICOS

I - PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

Foco: Produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação
– Produção de Arte e Bens Simbólicos
– Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais
– Cultura, Educação e Criatividade
– Cultura, Comunicação e Democracia

II - CULTURA, CIDADE E CIDADANIA

Foco: Cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais
– Cidade como Fenômeno Cultural
– Memória e Transformação Social
– Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais

III - CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Foco: A importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento
– Centralidade e Transversalidade da Cultura
– Cultura, Território e Desenvolvimento Local
– Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo

IV - CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA

Foco: Economia criativa como estratégia de desenvolvimento
– Financiamento da Cultura
– Sustentabilidade das Cadeias Produtivas da Cultura
– Geração de Trabalho e Renda

V - GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA

Foco: Fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura
– Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura
– Planos Nacional, Estaduais, Municipais, Regionais e Setoriais de Cultura
– Sistemas de Informações e Indicadores Culturais

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Economia da Cultura

Um dos focos da política cultural sergipana
Por Eloísa Galdino*

Há algo novo na política cultural sergipana, uma forma nova de olhar e tratar a cultura. Não, não deixamos de entendê-la como o conjunto de referências simbólicas que caracterizam as sociedades, formam identidades e influenciam os nossos fazeres nas mais diferentes áreas. Também não deixamos de acreditar e trabalhar pela preservação dos nossos acervos material e imaterial, por nossa memória e por nossa história. Mas resolvemos - de olho no que já acontece internacionalmente - tratar a cultura para além das suas dimensões estética , moral e sociológica; e passamos a trabalhar a cultura também em sua dimensão econômica e produtiva. Em outros termos, incorporamos o conceito de Economia da Cultura às ações da Secretaria de Estado da Cultura – Secult. E o que isso significa?


Primeiro, aqui cabe uma contextualização a partir de um dos temas mais debatidos no século XX: a indústria cultural. E lá se vão 45 anos desde que Umberto Eco azeitou esse debate com o clássico “Apocalípticos e Integrados”, no qual o pensador italiano, com propriedade, evidenciou os equívocos do que se convencionou chamar de “duas alas” da Escola de Frankfurt. O ponto crucial dessa discussão sempre foi os efeitos da indústria cultural sobre a cultura popular, a erudita, e o constante anseio pela preservação dos valores culturais mais legítimos das sociedades. Era, em verdade, um debate sobre o que aconteceria com as sociedades a partir da “mercantilização” da cultura.


O tempo passou e essa discussão foi mais ou menos superada, abrindo espaço para outros debates sobre o tema. Nesse ínterim, ela, a cultura, mostrou sua capacidade de superar as visões apocalípticas, adaptando-se aos novos tempos, linguagens e formatos da sociedade da informação. A cultura se mostrou capaz de fazer-se e refazer-se sem nunca perder a sua força; e foi capaz de incorporar novos fazeres para se dizer digital, dialogando com a aldeia global para divulgar práticas e manifestações das mais variadas tribos. Esse percurso trouxe, também, o entendimento da cultura como um dos setores economicamente dinâmicos e ativos da nossa sociedade.


É disso que trata a Economia da Cultura, conceito novo e com uma relação direta com outros conceitos (igualmente novos) , como é o caso da Economia Criativa e/ou do Conhecimento. Trata do entendimento de que a cultura também produz negócios, movimenta a economia, gera emprego e renda e pode, portanto, ser encarada como um vetor do desenvolvimento sustentável das mais variadas sociedades. E isso com um traço que faz toda a diferença: por “alimentar” a alma, o pensamento e a reflexão diante do mundo, a cultura é um setor da economia que pode e deve contribuir para a inclusão social e para o avanço da sociedade da informação.


É assim que encaramos a cultura, como um setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social. É por isso que estamos pegando régua e compasso para desenhar o nosso projeto de Economia da Cultura, assumindo, enquanto Governo, o papel de articulação, fomento e regulação da política estadual de cultura.

Queremos romper com a clássica cena dos nossos produtores e artistas com o “pires na mão” a pedir ajuda para as suas produções. Assumiremos o nosso papel de tratar a cultura como política pública, mas de uma forma que possamos estimular a formação, a capacitação e o desenvolvimento das cadeias produtivas que essa área pode engendrar. Queremos plantar a semente de um movimento cultural autônomo, com conexões claras e legitimas com o setor produtivo, seja através dos incentivos fiscais, seja através do apoio ao empreendedorismo.

É longo o caminho a trilhar em busca da consolidação de uma nova política cultural. Ela não é pra já, mas precisamos começar. Delimitamos os objetos e o espaço geográfico: preservação do patrimônio e turismo cultural, em São Cristóvão e Laranjeiras. A ideia é fazer das nossas cidades-patrimônio modelos de desenvolvimento a partir da cultura, estimulando a preservação do seu acervo pela própria comunidade que habita nessas cidades.


Em total sintonia com os princípios que norteiam a política cultural desenvolvida pelo Ministério da Cultura, queremos que as populações das nossas cidades-patrimônio possam se apropriar do seu potencial turístico. É uma visão que busca trabalhar uma ampla cadeia produtiva que vá do brincante ao empresário, todos articulados, movimentando a cidade, fazendo circular produtos, ideias e dinheiro. E o mais importante: todos juntos preservando nosso patrimônio, nossa identidade e nossos valores culturais, porque toda essa riqueza estará produzindo emprego, renda, inclusão, e, principalmente, cidadania.

*Secretária de Estado da Cultura de Sergipe

domingo, 18 de outubro de 2009

Câmara aprova vale-cultura e inclui aposentados

fonte: O Globo Online - Evandro Éboli

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira a criação do vale-cultura, programa que garantirá um vale de R$ 50 mensais ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos.

O vale servirá para incentivar a frequência a cinemas, teatros, shows e museus, além da aquisição de livros. Os funcionários públicos federais também serão contemplados: o texto prevê que estados e municípios poderão conceder esse direito a seus servidores.

A oposição conseguiu incluir no projeto um artigo que prevê a concessão do vale-cultura também para aposentados - proposta que não tem o apoio do governo.

A empresa que aderir ao Programa Cultura do Trabalhador terá benefícios fiscais. Segundo a relatora do projeto, deputada Manuela D Ávila (PCdoB-RS), estima-se que o programa injetará R$ 3 bilhões por ano no setor cultural. O trabalhador terá descontado de seu salário o máximo de 10% do valor do vale-cultura (no máximo R$ 5).

No caso dos aposentados, o benefício será de R$ 30 por mês para quem recebe até cinco salários mínimos. Manuela calcula que, com os aposentados, o programa injetaria mais de R$ 4 bilhões por ano na cultura, chegando a um total de R$ 7 bilhões. Ela disse, porém, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará esse artigo, caso seja aprovado também no Senado, onde o projeto vai tramitar agora. É que caberia ao INSS, que não pode se beneficiar da isenção fiscal, pagar esses R$ 4 bilhões.

- A chance de o Lula vetar é grande - disse Manuela.

O governo resistiu à ideia de conceder o vale-cultura aos aposentados. A emenda foi apresentada pelo líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), e contou inicialmente com apoio de DEM e PSDB. No momento de votar o recurso para a inclusão desta emenda na discussão, até deputados governistas se juntaram à oposição. O placar foi de 201 a 133 a favor dos aposentados.

Na votação da emenda, aprovada simbolicamente, o PT votou a favor dos aposentados. Em plenário, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo, também anunciou que Lula vetará o artigo.

Durante os debates, oposição e governo duelaram. O líder do PSDB, José Aníbal (SP), disse que o governo Lula não gosta de aposentados e, por isso, vetou, a princípio, a inclusão dessa categoria como beneficiária do vale-cultura. O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), reagiu e lembrou uma frase atribuída ao ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), que associou aposentados precoces a vagabundos.

Os papéis se inverteram quando foi votado, e aprovado, o destaque da relatora que incluía servidores públicos estaduais e municipais (e do Distrito Federal) como beneficiários. A oposição criticou.

- É uma medida eleitoreira e demagógica - disse Aníbal.

Num último lance, o DEM tentou aprovar uma emenda que pretendia excluir do projeto a proibição de pagar o vale-cultura em dinheiro. Mas a oposição foi derrotada.

sábado, 17 de outubro de 2009

Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte/Educação


25 a 28 de novembro de 2009

O Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte/Educação terá a participação de arte/educadores, pesquisadores de arte/educação e de ensino de Arte, professores e estudantes de Arte, educadores, arte-terapeutas, artistas, organizações governamentais e não-governamentais que trabalham na área ou em áreas afins, agentes culturais, mediadores de museus e galerias e todas as pessoas interessadas em arte/educação.

Simultaneamente ao Congresso Latino Americano e Caribenho de Arte/Educação serão realizados o 19º Congresso Nacional da Federação dos Arte/Educadores do Brasil – CONFAEB e o Encontro Nacional de Arte/Educação, Cultura e Cidadania. O Encontro é uma realização conjunta do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Cultura (MINC), sob a coordenação da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Mais informações:

http://www.eba.ufmg.br/clea/

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

COMEÇA NO RIO MAPEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS COM ARTE E CULTURA



O Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) começou, em agosto, o Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura nos 92 municípios do Rio. Doze meninos e meninas – cujas vidas foram transformadas pelo contato com a arte – vão mapear projetos que reproduzam suas próprias experiências. O objetivo é identificar e registrar informações sobre grupos e organizações que trabalham em processos educativos de formação de cidadania e transformação social, permitindo o intercâmbio e a visibilidade das iniciativas fluminenses. Patrocinado pela Light, por meio da lei de incentivo do Governo do Estado, o projeto tem como parceiros o Oi Futuro e o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj).

Nos próximos quatro meses, jovens da capital, de Vassouras e de Nova Iguaçu coletarão dados que servirão de base para orientar programas e ações do setor público e fornecer um raio-X do potencial desse tipo de iniciativas. As informações farão parte do Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura, referência nacional para esse tipo de informação.

“Temos a visão de que cada vez mais a iniciativa privada deve contribuir para o fortalecimento de manifestações artísticas voltadas para crianças e jovens como forma de inserção social”, afirma o diretor do Instituto Light, Mozart Vitor Serra. Para Samara Werner, diretora de Educação do Oi Futuro, parcerias como esta fazem parte da vocação do Núcleo Avançado de Educação (Nave), idealizado para disseminar as novas tecnologias educacionais aplicadas à rede pública de ensino médio. “Além disso, o Laboratório de Interatividade Digital como espaço de intercâmbio atende ao anseio de todos nós, de estreitar os canais de comunicação com a comunidade.”

JUVENTUDE E ARTE - O Banco de Experiências faz parte do Programa Juventude Transformando com Arte, coordenado pelo CEPP, que tem ainda como ação a Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte. O evento acontece no Rio de Janeiro a cada dois anos e leva para o palco de grandes teatros algumas das experiências descobertas pelo mapeamento.

Para informar sobre grupo ou organização que desenvolva atividades regulares com arte e cultura em processos de transformação social envolvendo jovens, envie o contato (nome, telefone, e-mail) para juventudearte@juventudearte.org.br.

Veja uma reportagem sobre o trabalho do CEPP, clicando aqui

LEIA MAIS EM:

http://www.juventudearte.org.br/noticias.html

domingo, 4 de outubro de 2009

Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com Gilberto Gil

Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com Gilberto Gil sobre o evento “Cibercultura 10+10”. Para enviar sua pergunta, selecione o nome do convidado no menu de participantes. É o primeiro da lista.
Fonte: UOL

(06:59:57) cocota fala para Gilberto Gil: boa noite, giiiiiiiiiiiil!
(07:00:01) dani fala para Gilberto Gil: Qual o principal desafio para a cultura na era digital nos próximos 10 anos?
(07:01:07) Oaxiac Odéz fala para Gilberto Gil: Em suas músicas vc costuma falar sobre as inovações tecnológicas. Vc costuma acompanhar os lançamentos nessa área?
(07:02:17) Gilberto Gil: Boa noite a todos!
(07:02:26) aline fala para Gilberto Gil: Qual a importância de oficinas como a de remix que vocês realizarão (e como ela será)? Existem atualmente um bom número de oficinas de fácil acesso para jovens discutindo esse assunto?
(07:02:53) alfredo fala para Gilberto Gil: Como você adaptou sua produção como artista às novas ferramentas digitais, quando teve a percepção da importância disso?
(07:04:24) Gilberto Gil: Eu acho que não há um só desafio. São muitos desafios. Primeiro do ponto de vista da própria oferta de possibilidades técnicas que todo este mundo novo oferece para a cultura, na forma de criar cultura, nas artes, na educação, na ciência, nos vários modos de produção de conhecimento e etc. Então, temos de pensar em como estas possibilidades se tornam novas ferramentas para produção. Por exemplo, a questão da digitalização das várias formas culturais do passado, dos acervos antigos e mesmo da cultura tradicional que se produz hoje, mas a partir de novas possibilidades de digitalização, portanto, temos de ter essa visão crítica da cultura e das novas formas culturais.
(07:05:27) Gilberto Gil: Os impactos são muito grandes e variados, não há uma maneira de dizer quais campos serão mais impactados nos próximos dez anos. Há uma nova cultura, inclusive, uma nova cultura para qual nossos olhares precisam estar atentos e se adaptarem. É uma coisa muito grande!
(07:05:58) Minguita fala para Gilberto Gil: Como vai ser esse processo de interatividade a fim de que os internautas participem do “Cibercultura 10+10”?
(07:06:44) Ludmilla fala para Gilberto Gil: Olá, Gil. Quero fazer uma pergunta sobre sua música "Pela Internet". Você acredita que músicas com este tema podem, por exemplo, promover uma inclusão digital? Acredita que elas podem ensinar algo sobre internet para o público?
(07:09:24) Gilberto Gil: Oaxiac Odéz, eu sempre tive muito facínio pela tecnologia e pelas máquinas, que são uma forma mais concreta de expressão desta realidade tecnológica. As máquinas me impressionam desde cedo. Minha infância foi durante a Segunda Guerra Mundial, onde os tanques de guerra estavam presentes e tudo aquilo me causava muita impressão. Aquilo marcou e me deixou um lastro de interesse pelo desenvolvimento tecnológico. Criei um interesse pela tecnoclogia que acabou influenciando a minha própria criação mesmo. Na prisão eu escrevi "O Cérebro Eletrônico", "Vitrines". Eu não sou um usuário contumaz de nenhuma dessas novidades, até tenho dificuldade, não sou um bom operador. Não tenho intimidade com essas novidades, mas sou muito interessado. Defendo a liberdade de acesso e de uso amplo de softwares, defendo uma necessidade de que as pessoas não se aflijam, não tenham medo dessas coisas. Esta é a minha forma de me atualizar de me aproximar destas novas tecnologias. Eu não sou propriamente um ferramenteiro disso, mas procuro
(07:09:45) Erica pergunta para Gilberto Gil: Como você a cibercultura no Brasil?
(07:12:38) Gilberto Gil: Ludmilla, olha, claro que sim! Na medida em que elas são comentadas. Como estas canções tem sempre uma visão crítica, apologética, de apoio ou não-apoio, então as pessoas que ouvem estas canções são levadas a tomar suas próprias posições em relação aquilo. Isso às vezes origina interesses por aquela questão que talvez não existisse antes naqueles ouvintes. Muitos jovens vão passar a se interessar por aquilo através do contato com a música. Aquilo se torna um assunto na vida dessas pessoas, senão um assunto dominante, pelo menos um assunto periférico. Isso é transformador já em si. Muita gente remixa e refaz vídeos, músicas. Essas pessoas chegaram a isso a partir de alguma referência, eles se aproximaram do cinema e das novas tecnologias e hoje estão aí.
(07:12:46) william fala para Gilberto Gil: Gil, qual a sua sincera opnião sobre a dificuldade dos novos artistas tem de mostrar seu trabalho, já que hoje é a coisa mais fácil do mundo baixar um cd pela internet, na sua época os músicos não tinham o público que existe hoje, com muito acesso à internet. Pode me responder?
(07:15:51) Gilberto Gil: aline, a primeira questão importante é a familiarização que as pessoas vão ter em casa e no evento sobre como funcionam estes processos. Vão conhecer como se transmite um audiovisual e poderão participar desta obra aberta também. Sua primeira finalidade é realmente familiarizar todo mundo no modo de fazer essas coisas. Depois, existem os conteúdos que serão disponibilizados para compartilhamento. São observações e impressões que ficarão disponíveis e as pessoas poderão também visualizar isso. Fazer oficinas com grupos e redes variadas significa jogar essa bola pra frente, é isso que a oficina em Santos vai fazer na sexta-feira. Vamos entrar neste game geral! (risos)
(07:17:43) eliane fala para Gilberto Gil: Quais as principais mudanças você acha que as ferramentas digitais proporcionaram na cultura -- e especialmente na música --, observando agora, 10 anos após o lançamento do livro de Pierre Lévy?
(07:19:32) Gilberto Gil: alfredo, é uma adaptação gradativa. Eu sou egresso do mundo tradicional, do mundo analógico, da cultura pré-cibernética. Eu venho de lá e a minha formação musical, meu modo de compor e meus interesses temáticos, tudo vem deste tempo anterior a esta cultura. Como eu sou um fã muito grande e tenho um interesse muito grande por essa coisa, eu vou tentando me adaptar. Tanto usando novas ferramentas, como quando comecei a usar o computador, para escrever, para mexer em músicas. Eu sou um usuário moderado, meu interesse maior é fazer com que meus filhos, netos e todo mundo passem a se interessar por isso de forma adequada e responsável. Meus próprios usos são modestos, mas tenho interesse que isso se espalhe, aí sim não tem modéstia nenhuma. (risos)
(07:21:58) Gilberto Gil: Minguita, você tem aí o site do evento, a interface do acesso lá pra Santos. No site do evento (http://www.cpflcultura.com.br/) você tem todas as informações de como proceder para interagir. Amanhã, à partir das 10h, as pessoas podem acessar o site e os conteúdos online que forem disponibilizados. Na sexta-feira estaremos fazendo a parte prática, e estaremos amanhã e na sexta das 10 às 18h.
(07:22:39) Viviane fala para Gilberto Gil: Você pensa em um dia parar de cantar e exercer outra atividade ligada ou não a musica?
(07:24:09) TUKA_KRIKA fala para Gilberto Gil: Querido Gil..Buonissima Noite,vi que a Cantora Maria Rita participou da gravação de uma musica em teu DVD (AMOR ATE O FIM),que foi gravado por Elis Regina em 1974,qual foi a emoção de ter a cantora Maria Rita cantando ao teu lado na gravação??
(07:25:55) Gilberto Gil: Erica, eu acho que o Brasil se encantou por este mundo todo. O Brasil vem batendo recordes de interesses variados na Internet e de suas ferramentas e aplicativos. Acho que tem uma juventude brasileira que, como em outros lugares também, demonstra um interesse enorme por essas coisas. Apesar de o Brasil ainda viver situações anacrônicas em outros aspectos, o país vem avançando muito neste aspecto. O Brasil já emergiu de uma situação periférica para uma região média. O interesse que os jovens tem facilitam nossa chegada à posição central no mundo, também. Os instrumentos eletrônicos são uma ferramenta importante para isso.
(07:26:25) Marcus fala para Gilberto Gil: Em sua Opinião, a queda da popularidade de jornais e revistas impressos se deu pelo surgimento da internet em si ou pela insistencia da midia "tradicional" em padrões esgotados ? O Mesmo vale para o setor musical/artistico em geral ?
(07:30:13) Gilberto Gil: william, no meu tempo, não tínhamos essas facilidades, portanto era mais fácil para nós, detentores de talento, chegarmos. Não havia tanta competição, tantos meios. Ao mesmo tempo que isso também era uma dificuldade para quem estava chegando. Isso aconteceu e causou uma nova dificuldade que é o congestionamento da área. Antes falávamos de quatro, cinco mil pessoas no Brasil todo. Hoje, não, podemos contar aí alguns milhões de pessoas interessados em música, em arte. Pelas facilidades tecnológicas, essa dificuldade foi criada. A solução para isso vem vindo com o próprio enfrentamento dessa dificuldade. É preciso acreditar na criatividade, eu acho que esta dificuldade do atropelamento e do congestionamento que esses meios trazem serão resolvidos pelos próprios músicos, pelo acesso permanente, pela perseverança, por acreditar que alguma coisa pode mesmo sair de tudo isso. Tudo vai ser regulamentado com o próprio uso.
(07:31:28) Gilberto Gil: Nós estamos numa fase experimental, muito aberta a todas estas possibilidades.
(07:32:01) paulo pacini fala para Gilberto Gil: olá, parabéns pelo trabalho e paciência na politica. Concorda com José Miguel Wisnik que o grande público tem dificuldades par acompanhar é entender sua produção atual como tem dificuldade de entender processos mais complexos de cultura e vida? Falta para para ouvir?
(07:32:35) Gilberto Gil: Viviane, não. Enquanto eu tiver voz, pretendo continuar cantando. Com a idade vai se tornando difícil a sustentação da voz, então enquanto eu puder, continuarei cantando. Ainda não quero parar de ser jogador para virar técnico! (risos) Eu quero continuar sendo artista e provavelmente tentarei prolongar essa minha vivência até o máximo dos meus dias.
(07:34:48) Gigi fala para Gilberto Gil: Hoje em dia, tudo vai para rede, para o Youtube, assim como o caso da Vanusa e o hino, o Belchior desaparecido! Você acha que esse universo acabou com a privacidade?
(07:35:29) Gilberto Gil: eliane, eu já falei bastante disso, mas acho que foram essas questões, primeiro a ampliação extraordinária do acesso aos conteúdos, aos produtos, bens e serviços culturais. Isso teve um impacto enorme! Há uns 10, 20 anos atrás não tínhamos todo este acesso a bibliotecas e acervos do mundo todo. O que se tem hoje de possibilidade é uma enormidade. Esse acesso como consequência foi criando impactos na própria criatividade, nas próprias formas de criação. Antigamente as pessoas que faziam super-8, por exemplo, hoje os meninos vão direto para o videogame, para outras coisas. Uma forma de vídeo, de música analógica vai migrando para uma forma digital. Seria impensável uma produção como "Harry Potter" sem essa profusão de ferramentas que se tem hoje.
(07:36:33) Calunga fala para Gilberto Gil: Gil, está fazendo falta alguma composição nova em parceria com o Chico, alguma coisa prevista?
(07:37:25) Gilberto Gil: TUKA_KRIKA, eu não havia gravado essa música ainda e foi uma canção muito marcante na voz da Elis e agora, quando gravei a música, me lembrei de chamar a Maria Rita. Como o Bem, meu filho, estava participando, quis chamar a filha da Elis. (risos) Ela tem sua personalidade, seu estilo e é uma querida, resolvi chamá-la e ela gravou comigo.
(07:39:19) Gustavo fala para Gilberto Gil: Gilberto Gil, em primeiro lugar quero te dar meus parabens pelo seu trabalho que você vem desenvolvendo a muitos anos , pela sua competência como ministro.Gil minha pergunta é :quandom você era ministro da cultura você se "jogou na politica" e deixou a musica de lado ou você deu preferencia a coisa que você mais gosta que é cantar?e como foi trabalhar com o presidente Lula?Obrigado.
(07:40:34) Gilberto Gil: Marcus, os padrões esgotados são um sinal de que coisas novas estão vindo por aí. Não é por acaso que surgem coisas novas, elas não surgem no vácuo. A Internet, o hipertexto, as novas formas de livros e jornais surgem porque as formas antigas acabam cedendo espaço, elas acabam passando o bastão. É como se elas dissessem que seus modelos de negócio se esgotaram. Os novos meios, os blogs e as redes sociais criam novos espaços jornalísticos, literários e musicais. Isso mostra a emergência dos novos meios, uma coisa passa para a outra sem haver o desaparecimento dos primeiros formatos.
(07:42:26) Moderadora/UOL:

Gilberto Gil após sua saída do Ministério da Cultura, em julho de 2008 (Crédito: Alan Marques / Folha Imagem)
(07:43:00) kixaba fala para Gilberto Gil: Gil, o que você acha do vale cultura. Não seria mais proveitoso investir em produção
(07:44:18) Gilberto Gil: Gigi, a privacidade tem de se reiventar. Diante desta hiperexposição de suas vidas, essas pessoas também vão criando novas formas de privacidades. Eu não preciso mais reinventar a minha privacidade, porque não vivo da mesma forma que estes jovens. O que é privativo passa a ser público e o que era público pode se tornar privado. As pessoas pensam no que não gostariam de tornar público e também se tornam confortáveis com a hiperexposição também. Você pode ficar escondido nessa hiperexposição. Acontece uma recomposição da intimidade a partir da necessidade e do desejo de cada um.
(07:45:10) Gilberto Gil: Calunga, não, outro dia eu liguei para o Paulo Coelho sobre uma possibilidade de parceria. Ontem falei com Arnaldo Antunes, semana passada, com o Dominguinhos... Também quero propor parcerias com o Chico para este projeto que deve acontecer em meados do ano que vem.
(07:46:33) cleber - campina fala para Gilberto Gil: ola Gil, depois de ouvir vários de seus discos e do recente kaya na gandaya que eu adoro, não tenho como deixar de querer saber qual a sua opinão sobre a questão da legalização da maconha
(07:48:10) Gilberto Gil: paulo pacini, algumas pessoas tem dificuldades por não terem acesso a essas tecnologias. Muitas pessoas tem seu dia tomado por outras coisas, ocupações, trabalham oito horas e passam três ou quatro horas se locomovendo. Todas essas ferramentas demandam um tempo para que você se familiarize. Ao mesmo tempo, os meninos mesmo nas situações de baixa renda estão chegando mais rapidamente a tudo isso. Muitos meninos usam celulares, vão a lan houses... Eles próprios estão criando novas linguagens, novas formas de interpretação da velha cultura e da cultura que está surgindo. Aí também se intala um paradoxo, nesta dificuldade que as pessoas tem de entender movimentações que eu faço, que o Wisnik fácil. Ao mesmo tempo, as pessoas acessam estas tecnologias cada vez mais. Mesmo que a gente ache que eles estão defasados, eles estão suprindo esta defasagem rapidamente longe das nossas vistas. (risos)
(07:48:15) Zezito entra na sala... (07:48:39) Joe entra na sala...
(07:49:27) Cazuza ® entra na sala...
(07:49:48) LEONARDO333333333 entra na sala...
(07:50:32) Moderadora/UOL:

Gilberto Gil fala sobre cultura na era digital no bate-papo UOL (Crédito: Divulgação)
(07:50:52) Joe sai da sala...
(07:51:18) LEONARDO333333333 sai da sala...
(07:51:18) Luciana sai da sala...
(07:51:40) carlos sai da sala...
(07:51:46) Dom Quixote fala para Gilberto Gil: Gil, oque você achou da decisão do funk ser considerado movimento cultural no Rio. Existem outras manifestações que precisam desta "liberação"?
(07:52:10) UOL (reservadamente) fala para Zezito: A partir de agora você só receberá as mensagens do palco. Para voltar a receber mensagens da platéia click em VER PLATÉIA
(07:52:42) Gilberto Gil: Gustavo, eu dediquei 80, 90% do meu tempo para cumprir todos os compromissos políticos, viajei o mundo, fui para o interior, para comunidade sindígenas, ia para o congresso defender propostas, criava fóruns de cultura nessas casas. Trabalhei quase seis anos, cinco anos e sete meses, me dediquei totalmente a isso e residualmente eu fazia música, quando era possível aos finais de semana. Não senti saudade do palco porque todo ano resevei um mês, um mês e meio, para fazer shows pelo Brasil e no exterior. Sempre usei as folgas que eu tinha como ministro. Eu não pude manter meu trabalho como compositor, isso ficou hibernado até o final do ministério. Eu senti falta, mas eu sabia que era um sacrifício que eu estava fazendo em prol de trabalhar com o presidente Lula, é um prazer trabalhar com alguém que está buscando uma nova visão para o Brasil no exterior. Eu deixei de ter prazer com a música e passei a ter neste outro convívio. Conheci muita gente no Brasil todo, criamos projetos interessantes na área do cinema,
(07:52:48) Eudes sai da sala...
(07:53:31) Thi-ESTADO PARALEL sai da sala...
(07:54:07) Doce Bárbaro/31 sai da sala...
(07:54:19) Gigi fala para Gilberto Gil: Você é um querido Gil, um patrimônio musical do Brasil, que Deus te cuide sempre, um beijo imenso!
(07:54:19) Joel fala para Gilberto Gil: "O Poético e o político"...Vc escreveu isto num jornal de Salvador, creio. Serviu de "base" para muitos jovens poetas e jovens políticos. Muito bom ! Agradeço com uns 20 anos de intervalo. Abraço
(07:54:25) FLOR sai da sala...
(07:54:31) Luciana fala para Gilberto Gil: Gil sou sua fã a muito tempo , tenho 38 anos! !! Quero te ver cantando sempre com esse sorriso maravilhoso !!!
(07:55:44) neto sai da sala...
(07:56:53) Gilberto Gil: cleber - campina, a minha opinião é muito conhecida. Minha opinião há muito tempo é de que os custos da liberação são menores do que os que a proibição provoca, como a matança, a guerra entre traficantes e a polícia, os enormes recursos mobilizados para a repressão, a vitimização de setores amplos da sociedade no Brasil e na América Latina, além de outros lugares onde esta questão se faz presente. Muita gente diz que o consumo das drogas aumentaria se a legalização fosse aprovada, mas talvez isso acontecesse apenas num primeiro momento. Com o desaparecimento dos gastos com aparato policial, poderemos investir em políticas públicas, no próprio aparato médico para cuidar da sociedade. Vimos isso no caso do cigarro: as novas gerações fumam menos e as gerações antigas também tem de se acostumar com um consumo moderado. Ninguém é proibido de comprar cigarro, no entanto seu consumo é sempre desestimulado. Eu peso cada vez mais em casa as consequências da liberação da maconha e as consequências da proibição e vejo q
(07:58:10) rosiele b-girl sai da sala...
(07:59:22) Gilberto Gil: kixaba, o fato de existir o vale cultura não significa que devamos deixar de investir em cultura. Nós temos de facilitar não só a produção cultural mas também o consumo cultural. Famílias de baixíssima renda não tem condições de ter despesas com isso. O vale serve para dar uma alternativa, um uso alternativo ao seu dinheiro, ao dinheiro que já é mínimo, já é escasso. Nossa intenção é estimular o consumo de cultura.
(08:00:48) JOÃO sai da sala...
(08:01:36) Gilberto Gil: Dom Quixote, o funk já é um movimento cultural há muito tempo, desde que ele se tornou o ritmo dominante na periferia do Rio de Janeiro e também de São Paulo. Isso mobiliza milhares de pessoas, oferecem emprego e alternativas à marginalidade. Tem função social, econômica e ao mesmo tempo é uma linguagem cultural e musical importantíssima. Precisamos legitimar essas atividades tirando delas o peso da repressão policial, isso é natural, é democrático e inclusive demorou para acontecer.
(08:02:19) MODERADOR (reservadamente) fala para Zezito: Sua mensagem foi enviada para o moderador UOL. Caso seja selecionada será publicada sobre um fundo amarelo. Obrigado.
(08:02:36) esquecido sai da sala...
(08:04:03) Gilberto Gil: Gigi, obrigado, um beijo! Eu me cuido como eu posso! (risos)
(08:04:27) Gilberto Gil: Luciana, obrigado! Obrigado a todos vocês!
(08:04:53) Moderadora/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Gilberto Gil e de todos os internautas. Até o próximo!
(08:04:57) Gilberto Gil: Eu agradeço a vocês, participem do evento e espero que da próxima vez eu esteja com vocês audiovisualmente!
(08:05:09) casimiro sai da sala...
(08:05:15) luan27 sai da sala...
(08:05:23) Cazuza ® sai da sala...
(08:05:49) luiz sai da sala...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ATENÇÃO MULHERES!

Sambada de Coco do Guadalupe: Viva os orixás meninos!


Neste sábado, dia 3 de outubro, a Sambada de Coco do Guadalupe homenageia mais uma vez os Ibejis, orixás crianças que são também associados aos santos Cosme e Damião. Em mais essa noite de muito coco, convidamos todos e todas a ser crianças, com a benção e proteção destes santos brincantes trazidos pela matriz africana de nossa religiosidade.

O discotecário NKCumbia abrirá a festa às 18 horas com a sonoridade caribenha, e será seguido pelo Cineclube Macaíba, que apresentará o filme "Orixás", às 19 horas. Às 20 horas o coco começa com o Coco de Umbigadinha. A partir das 21 horas os mestres e as mestras do coco ocupam a tenda da umbigada com a força da ancestralidade de nossa cultura popular.


A Sambada acontece no Largo do Guadalupe, em Olinda, Pernambuco. Esperamos todos e todas para cantar e brincar com o axé orixás meninos! Para maiores informações, use nossos canais de comunicação, disponíveis na coluna à direita de nosso blog.

Um abraço e muito axé!

Centro Cultural Coco de Umbigada
Rua do Guadalupe, 380, Guadalupe
Olinda - PE
81 3439 6475