Zezito de Oliveira · Aracaju (SE)
http://www.overmundo.com.br/banco/o-natal-e-a-e-terna-crianca-que-nos-habita-1Leia o texto através do link acima para ter acesso as fotos e aos links correspondentes.
No ano de 2007. conheci um excelente texto sobre o natal, do teólogo Faustino Teixeira, e resolvi divulgá-lo para os amigos (as) como mensagem de natal, acompanhado de um comentário da minha autoria.
Já em 2008, elaborei um outro texto e em todos eles a combinação da espiritualidade do natal, a qual é marcada pela esperança, com a defesa da arte como canal para transmitir e fixar essa esoerança em todo o nosso ser, através dos sentidos e da emoção, sem deixar de lado a razão, é claro!
Neste ano de 2009 a história se repete. Porque todo os anos, o menino Jesus renasce para nos lembrar aquilo que a gente nunca deve se esquecer. É para o amor que fomos criados e a nossa humanindade ainda não é obra pronta, e somente completando a nossa humanidade, obra do criador, é que chegaremos mais perto Dele.
Inicio
Nos finais dos anos 70 e início dos 80, ainda adolescente e morando no Rio de Janeiro, me recordo com muita satisfação do hábito de comprar o jornal de domingo, inicialmente O Globo, depois o Jornal do Brasil (JB). Após a leitura, guardava alguns recortes. O tempo passou e poucos restaram. Isso em razão de algumas mudanças de endereço, inclusive aquela realizada do Rio para Aracaju, no ano de 1982.
Mas, dos poucos recortes que ficaram guardados em minha memória, um deles era uma reportagem de natal (no JB), com destaque para a reprodução de um bilhete do pintor das marinhas, José Pancetti, endereçado à sua filha.
O bilhete, reproduzido com a letra do pintor e com o desenho que o acompanhava, falava da preocupação de Pancetti com a questão da injustiça social que distanciava algumas crianças de outras.
Dizia Pancetti à sua filha que era necessário que ela não se esquecesse de que na noite de natal, enquanto estaria participando de uma ceia farta de comidas e guloseimas e recebendo brinquedos caros, muitas crianças estariam comendo muito pouco ou quase nada e seus brinquedos estariam reduzidos àqueles que a sua imaginação poderia fazer com os restos do material que seus pais ou elas catavam no lixo.
Com isso, o pintor estava começando a querer ver sua filha envolvida pelo cuidado com aqueles que não dispunha de tantas oportunidades como ela.
Naqueles fins de 70 e início dos 80, o grupo musical Secos e Molhados irrompia na cena musical com um jeito de cantar e de se apresentar que marcou a vida de quem os viu nascer.
Das músicas do grupo, Rosa de Hiroshima já faz parte do nosso imaginário musical brasileiro. Como no bilhete de Pancetti, a letra de Rosa de Hiroshima, da autoria de Vinicius de Morais, nos convida a lembrar das crianças vítimas do sofrimento. No caso dessa composição, o sofrimento gerado pelas guerras.
Agora, a partir do segundo semestre de 2009, além do meu trabalho como produtor cultural, voltei para o convívio com adolescentes em uma escola da região metropolitana de Aracaju, conjunto Jardim, e várias cenas me fazem recordar o bilhete de Pancetti e a música Rosa de Hiroshima.
Numa dessas cenas, por mais de uma vez me deparei com um menino cego, guiado por sua jovem e bela mãe dentro do ônibus, vindo de uma escola para crianças especiais em Aracaju.
Em outras cenas, dentro da escola, vejo crianças e adolescentes com muita necessidade de atenção, tanto no campo dos conhecimentos próprios de cada matéria, como nos aspectos emocionais, afetivos e éticos.
Vejo e sinto também que elas respondem de forma positiva quando a gente mostra que pensa neles(as) considerando todos as suas necessidades e, quando enxerga e valoriza suas potencialidades .
Um exemplo disso foi a comemoração do meu aniversário em novembro, quando quatro turmas de alunos(as) se organizaram para celebrá-lo, com direito a fila de uma das turmas na porta da entrada da escola, para nos cumprimentar, com abraços e beijos.
E aí me lembrei de um aniversariante muito especial que poderia ter nascido em um lugar cheio de luxo e brilhos e preferiu nascer em um lugar bem simples para nos lembrar da necessidade de olharmos com muita atenção para quem ainda não dispõe dos meios necessários para uma vida de plenitude.
Ao mesmo tempo em que nasceu em um local adverso, Jesus de Nazaré nos quer mostrar que isso não significa que ele e todos nós, inclusive as crianças e adolescentes residentes nas periferias de nossas cidades, não tenhamos guardado dentro de nós um potencial grande de carinho, criatividade, beleza, alegria, gratidão e solidariedade.
Depende de nós, cultivarmos estes valores em nós e utilizarmos todos os meios possíveis para que sejam semeados nos corações e nas mentes de todas as nossas crianças e jovens, para que possam se materializar em atitudes e ações de bem estar e felicidade geral.
E sei que por meio das linguagens artísticas, do esporte e das novas tecnologias podemos fazer isso do modo mais eficaz e com a urgência que os sofrimentos do nosso tempo requerem.
Para concluir, reafirmando tudo isso, lembro do trecho de uma música que marcou a minha adolescência, tornando-se uma das minhas preferidas: “Sim é como a flor: De água e ar, luz e calor, o amor precisa para viver, de emoção e de alegria e tem que regar todo dia(...) No jardim da vida, já plantei um pé de esperança, fruto da vivência, é a consciência”.
Pensem nisso, pensem em Jesus de Nazaré, pensem nas crianças que estão próximas e distantes de vocês, pensem na criança que habita dentro de vocês, pensem nas crianças que vocês foram. Vez em quando.
P.S: O ano de 2010 é ano de eleições, por isso peço a vocês que irão participar que não deixem de pensar na hora de votar nos compromissos dos candidatos com atitudes, muito além das palavras e promessas de campanha, com a ampliação e qualificação dos investimentos necessários em favor da educação integral de nossas crianças e jovens.
A despeito dos avanços que estamos obtendo, faz-se necessário ainda muito mais esforços para tornar realidade o sonho e a luta de diversas gerações de brasileiros que colocaram suas vidas a serviço de uma nova escola, lugar por excelência para a construção de um futuro melhor. Para isso, precisamos dispor de professores bem renumerados e preparados para lidar com as transformações do tempo presente, as quais para o bem e para o mal, repercutem na vida de todos nós.
Além de equipamentos e prédios adequados para as necessidades que “rugem”, destacamos dentre estes: construção de auditórios e salas arejadas, bem iluminadas e com cadeiras e mesas que não deformem o corpo; quadras cobertas, com banheiros e vestiários; laboratórios; espaços de convivência; áreas verdes, piscinas e salas multiusos para práticas artísticas, equipamentos de som, imagem e informática.
Faz-se necessário também investimento maciço em formação continuada para os professores e funcionários saberem lidar com os novos saberes e práticas necessárias para a educação do futuro, que é agora!
Dedico esse texto à minha mãe e a meu pai, que me alimentaram com muito afeto, carinho e consciência ética, sem os quais teria sucumbido, aquilo que diz o texto de uma música muito tocada nas rádios ultimamente. “O mundo quer lhe ver chorando, ouso dizer e apenas clamando”.
Dedico também aos mestres: Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Frei Betto, Rubem Alves, Leonardo Boff , Marcelo Barros, Eduardo Galeano, Alberto Ruz, e Reginaldo Veloso, que me ensinaram a certeza de que nós somos os braços, as pernas, enfim, o corpo do Deus-Amor que quer vida em abundância para todos.
Esses mestres também me ensinaram/ensinam a escrever da forma como o faço.
Observatório Sergipano de Politicas Culturais. Espaço de mobilização, articulação e (in)formação em politicas culturais
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Despedida de Verônica, Carol, Sofia e Bruno da Caravana Arcoiris por La Paz -Rumo ao Equador e a Pernambuco
Querid@s Amig@s:
Durante 4 anos temos percorrido este Brasil mestiço, junto com a Caravana Arcoiris por la Paz, é chegado o momento de fechar este ciclo e com muita gratidão pelo momentos compartilhados com cada um@ de vocês convidá-los a participar de nossa roda de despedida que acontecerá em Aracaju no dia 12(sábado) de dezembro a partir das 19 horas, no Centro de Criatividade. Onde estaremos realizando uma Roda pela Paz com chocalhos e tambores. Teremos também, danças circulares e apresentações artísticas.
O nosso circulo estará aberto para quem quiser colaborar com suas expressões artisticas e ou culturais. Venham fazer parte deste movimento de cura e transformação planetária !!!
Para os Amig@s, que não posamos ver pessoalmente enviamos um forte, forte, forte abraço desde nosso coração.
Todos juntos no tecido Arcoiris da Mãe Terra.
Verônica, Carol, Sofia e Bruno
Caravana Arcoiris por la Paz
PS:Tragam chocalhos e tambores e algo para compartilhar durante nosso lanche ( frutas, pães, doces, bolos e/ou sucos)
Veronica Sacta Campos
Caravana Arcoiris por la Paz
79-88486848
http://www.caravanaarcoiris.blogspot.com
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
ACOMPANHE A HISTÓRIA DO CONSÓRCIO CULTURAL ATRAVÉS DOS LINKS ABAIXO.
O que é o consórcio cultural e o lançamento público.
Palestra sobre empreendendorismo cultural 1
Palestra sobre empreendendorismo cultural 2
Curso de Empreendedorismo Cultural
Curso de elaboração de projetos para a captação de recursos
Formação continuada em Produção e Gestão Cultural 1
Formação continuada em produção e gestão cultural
Palestra sobre empreendendorismo cultural 1
Palestra sobre empreendendorismo cultural 2
Curso de Empreendedorismo Cultural
Curso de elaboração de projetos para a captação de recursos
Formação continuada em Produção e Gestão Cultural 1
Formação continuada em produção e gestão cultural
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
PATRICIA POLAYNE NA UFS(27/11) E EM LARANJEIRAS(28/11), ÀS 21 HORAS
Patrícia Polayne apresenta ‘Circo Singular’ -
assista Patricia aqui
Cantora lança seu primerio CD, trabalho 100% autoral, e a partir de agora pretende se lançar nacionalmente. Confira a entrevista!
FONTE:WWW.INFONET.COM.BR
CD foi resultado do Prêmio Pixinguinha da Funarte
Depois de quase um ano de dedicação, a cantora e compositora Patrícia Polayne apresenta para o público sergipano o seu ‘Circo Singular’. Resultado do Prêmio Pixinguinha, promovido pela Funarte, este trabalho é 100% autoral e traz 11 músicas que traduzem o espírito maduro da artista. O disco foi produzido por Junior Areia, baixista da banda Mundo Livre SA, e gravado em Recife no estúdio ‘Fábrica’, onde já gravaram grandes nomes como Nana Vasconcelos, Cordel de Fogo Encantado, entre outros. Polayne acredita que com este trabalho em mãos está pronta para ir além das fronteiras de Sergipe. Nesta quarta-feira, 25, Polayne irá lançar o seu ‘Circo Singular’ no palco do Circo Estoril (em frente ao Shopping Riomar), na ocasião será gravado um DVD com apoio da Aperipê TV e o resultado será exibido no especial de final de ano da emissora. Nos próximos dias 27 e 28 a cantora apresenta seu novo trabalho na concha acústica da UFS e em Laranjeiras, respectivamente. Em entrevista ao Portal Infonet, Polayne fala sobre o ‘Circo Singular’ e a nova fase de sua carreira. Confira!
Portal Infonet - Por que a escolha do circo para lançar o CD?
Patrícia Polayne - Foi uma coincidência feliz. Não tinha mais pauta nos teatros. Eu tinha marcado pauta para outubro, mas houve um atraso na prensagem do CD e eu perdi essa pauta e não tinha mais vaga para novembro. Eu tinha solicitado o Parque da Sementeira, mas no último instante me negaram o espaço. Quando eu já estava sem esperança de conseguir local eu vi o circo ser montado ali e mais perfeito impossível já que o nome do projeto é ‘Circo Singular’. A adversidade me empurrou pro circo e ele me acolheu.
Infonet - O que promete o show?
PP – Acredito que as pessoas vão se surpreender com minha nova postura. O Junior Areia deu uma cara muito pop para as canções, um encaminhamento muito mais contemporâneo, mais moderno. Muita gente ainda tem uma visão sobre mim que vem de ‘Camará’ [música vencedora do Canta Nordeste em 1996]. Me vêem como uma artista intimista e vai se surpreender porque eu vou mostrar um show bem pop. São estilos bem diferente. É um show dançante com formação de banda de rock, com baixo, guitarra bateria.
Infonet - E essa é a proposta do CD?
PP – O CD é uma mistura, é bem verão. Mas além de músicas dançantes traz momentos de ciranda, de reflexão. No apanhado geral é um disco pra cima.
Infonet – Como foi o processo de gravação deste seu primeiro CD?
PP – Eu tive que me desvincular totalmente da minha vida em Aracaju. Morei em Recife durante dois meses e já cheguei para gravar direto. Foi concebido tudo dentro do estúdio, o processo criativo, processo de produção do disco em si foi tudo feito lá.
Cantora afirma que agora pretende se lançar para um grande mercado
Infonet – Por que ‘Circo Singular’?
PP – É o nome de uma canção, mas é também o nome de todo um conceito. Quando fui embora de Aracaju em 2002 vivi uma vida mambembe durante quatro anos, fiquei viajando pelo Brasil fazendo performances, me batizei como palhaça, aprendi a fazer malabares, foi essa trajetória que me trouxe essa atmosfera. Quando parei pra pensar num conceito geral para esse disco só me veio esse da vida mambembe. E o disco traz um subtítulo – ‘As canções de exílio’ – porque percebi que grande parte das canções fala desse sentimento. Apesar de falarem de coisas diferentes as músicas têm essa atmosfera do auto-exílio.
Infonet – Por que depois de tantos anos de carreira só decidiu gravar um CD agora?
PP – Eu queria me lançar como compositora e não para o mercado sergipano. Queriam me lançar para um grande mercado. Eu sempre fui muito exigente com a questão da maturidade artística. Eu agora me sinto pronta e casou com essa oportunidade de gravar com qualidade. É caro gravar um disco independente da maneira que a gente quer gravar, então quando eu ganhei esse prêmio decidi colocar o dinheiro nas mãos e quis fazer um produto não para dar uma satisfação local, mas para me lançar num mercado grande.
Infonet – Quais os próximos passos?
PP - Estou levando o disco pra Feira de Musica Brasil em dezembro, onde vou fazer uma participação com a banda Naurêa. Lá também será anunciado os vencedores do Festival de Música da Arpub, que estou entre as finalistas e também recebi uma proposta da fábrica onde prensei meu disco, a ‘CD Mix’ para fazer um pocket show no estande que eles vão montar lá. A feira vai coroar na verdade a produção do disco, a participação com a Naurêa e o Festival. O legal é que Recife abre e fecha um ciclo. Abre quando vou para gravar e fecha com o retorno para mostrar o resultado.
Infonet – Depois da feira o que pretende fazer?
PP – Quando você grava um disco o mais complicado é como distribuir. A batalha agora, depois do disco gravado, é pela distribuição. Como a Feira é de negócios da música, talvez alguma coisa esteja me aguardando, ou talvez não. Aí vou ter que assumir a postura independente, colocar o disco debaixo do braço e ir para as grandes cidades, como o Rio e São Paulo. Mas não tenho o deslumbramento de retirante, daí a minha preocupação de gravar um disco de qualidade. Eu sei que estou competindo num mercado cada vez mais exigente.
Infonet – Depois de mais de 10 anos de carreira, por que só agora lançar um CD?
PP - Quando você começa, mesmo que um pouco mais tarde, mas começa bem, já sabendo o que quer você tem menos chance de errar e queimar seu filme. Esse foi um dos grandes argumentos que usei na proposta do Prêmio Pixinguinha, que apesar da minha idade não tinha cometido erros de lançar discos equivocados. Apesar dos 34 anos tenho o mesmo vigor que aos vinte e poucos, mas sem os equívocos. É algo que acho que está totalmente ao meu favor. Hoje sou madura, feliz, e não tive tempo de ser decadente.
Infonet – Como está sendo essa sua nova fase?
PP – Estou feliz da vida. É uma fase de realizações. Esse primeiro disco era muito cobrado e ele chega num momento que pode surpreender para o bem o para o mal. Muita gente pode não gostar da nova ‘Polayne’. Mas uma coisa é certa, ele é muito verdadeiro. Estou vivendo meu momento.
Por Carla Sousa
Patrícia Polayne é sergipana, mas passou grande parte da vida no Rio de Janeiro, onde estudou artes cênicas e dança. Mudou-se para Aracaju em 1995, iniciando carreira como cantora em bares e casas noturnas da cidade. Em 1996, vence o Festival Canta Nordeste da Rede Globo Recife, nas categorias de melhor canção (com "Camará", de sua autoria) e de melhor intérprete. Participa ainda de diversos festivais de música pelo Brasil entre os anos de 1997 e 2002. Produziu diversas trilhas sonoras para teatro como: Baal, de Bertolt Brecht e O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna. E também trilhas para cinema, como os curtas: “Acorda!”, de Igor Barradas e “Avenca”, de Raphael Borges e Alessandra Sampaio. Em 2002, experiencia a vida mambembe, quando passa a viajar pelo Brasil com uma trupe de palhaços, durante quatro anos. Aprende a arte da pirofagia e da palhaçaria, e técnicas de malabares. De volta à Aracaju, em 2005, vence o Prêmio Banese de Música, nas categorias de melhor canção (com “O Circo Singular”) e de melhor intérprete. Em 2006, participa, como atriz e figurinista do curta ficcional, de inspiração surrealista “Epiphanie”, da diretora Gabriela Caldas. O filme vence todos os prêmios no Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens, Curta-SE. Em agosto de 2007, o clipe da canção ‘Para o Infinito’, de sua autoria é classificado para o Festival de Cinema de Santos. Comunidade no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13222024
assista Patricia aqui
Cantora lança seu primerio CD, trabalho 100% autoral, e a partir de agora pretende se lançar nacionalmente. Confira a entrevista!
FONTE:WWW.INFONET.COM.BR
CD foi resultado do Prêmio Pixinguinha da Funarte
Depois de quase um ano de dedicação, a cantora e compositora Patrícia Polayne apresenta para o público sergipano o seu ‘Circo Singular’. Resultado do Prêmio Pixinguinha, promovido pela Funarte, este trabalho é 100% autoral e traz 11 músicas que traduzem o espírito maduro da artista. O disco foi produzido por Junior Areia, baixista da banda Mundo Livre SA, e gravado em Recife no estúdio ‘Fábrica’, onde já gravaram grandes nomes como Nana Vasconcelos, Cordel de Fogo Encantado, entre outros. Polayne acredita que com este trabalho em mãos está pronta para ir além das fronteiras de Sergipe. Nesta quarta-feira, 25, Polayne irá lançar o seu ‘Circo Singular’ no palco do Circo Estoril (em frente ao Shopping Riomar), na ocasião será gravado um DVD com apoio da Aperipê TV e o resultado será exibido no especial de final de ano da emissora. Nos próximos dias 27 e 28 a cantora apresenta seu novo trabalho na concha acústica da UFS e em Laranjeiras, respectivamente. Em entrevista ao Portal Infonet, Polayne fala sobre o ‘Circo Singular’ e a nova fase de sua carreira. Confira!
Portal Infonet - Por que a escolha do circo para lançar o CD?
Patrícia Polayne - Foi uma coincidência feliz. Não tinha mais pauta nos teatros. Eu tinha marcado pauta para outubro, mas houve um atraso na prensagem do CD e eu perdi essa pauta e não tinha mais vaga para novembro. Eu tinha solicitado o Parque da Sementeira, mas no último instante me negaram o espaço. Quando eu já estava sem esperança de conseguir local eu vi o circo ser montado ali e mais perfeito impossível já que o nome do projeto é ‘Circo Singular’. A adversidade me empurrou pro circo e ele me acolheu.
Infonet - O que promete o show?
PP – Acredito que as pessoas vão se surpreender com minha nova postura. O Junior Areia deu uma cara muito pop para as canções, um encaminhamento muito mais contemporâneo, mais moderno. Muita gente ainda tem uma visão sobre mim que vem de ‘Camará’ [música vencedora do Canta Nordeste em 1996]. Me vêem como uma artista intimista e vai se surpreender porque eu vou mostrar um show bem pop. São estilos bem diferente. É um show dançante com formação de banda de rock, com baixo, guitarra bateria.
Infonet - E essa é a proposta do CD?
PP – O CD é uma mistura, é bem verão. Mas além de músicas dançantes traz momentos de ciranda, de reflexão. No apanhado geral é um disco pra cima.
Infonet – Como foi o processo de gravação deste seu primeiro CD?
PP – Eu tive que me desvincular totalmente da minha vida em Aracaju. Morei em Recife durante dois meses e já cheguei para gravar direto. Foi concebido tudo dentro do estúdio, o processo criativo, processo de produção do disco em si foi tudo feito lá.
Cantora afirma que agora pretende se lançar para um grande mercado
Infonet – Por que ‘Circo Singular’?
PP – É o nome de uma canção, mas é também o nome de todo um conceito. Quando fui embora de Aracaju em 2002 vivi uma vida mambembe durante quatro anos, fiquei viajando pelo Brasil fazendo performances, me batizei como palhaça, aprendi a fazer malabares, foi essa trajetória que me trouxe essa atmosfera. Quando parei pra pensar num conceito geral para esse disco só me veio esse da vida mambembe. E o disco traz um subtítulo – ‘As canções de exílio’ – porque percebi que grande parte das canções fala desse sentimento. Apesar de falarem de coisas diferentes as músicas têm essa atmosfera do auto-exílio.
Infonet – Por que depois de tantos anos de carreira só decidiu gravar um CD agora?
PP – Eu queria me lançar como compositora e não para o mercado sergipano. Queriam me lançar para um grande mercado. Eu sempre fui muito exigente com a questão da maturidade artística. Eu agora me sinto pronta e casou com essa oportunidade de gravar com qualidade. É caro gravar um disco independente da maneira que a gente quer gravar, então quando eu ganhei esse prêmio decidi colocar o dinheiro nas mãos e quis fazer um produto não para dar uma satisfação local, mas para me lançar num mercado grande.
Infonet – Quais os próximos passos?
PP - Estou levando o disco pra Feira de Musica Brasil em dezembro, onde vou fazer uma participação com a banda Naurêa. Lá também será anunciado os vencedores do Festival de Música da Arpub, que estou entre as finalistas e também recebi uma proposta da fábrica onde prensei meu disco, a ‘CD Mix’ para fazer um pocket show no estande que eles vão montar lá. A feira vai coroar na verdade a produção do disco, a participação com a Naurêa e o Festival. O legal é que Recife abre e fecha um ciclo. Abre quando vou para gravar e fecha com o retorno para mostrar o resultado.
Infonet – Depois da feira o que pretende fazer?
PP – Quando você grava um disco o mais complicado é como distribuir. A batalha agora, depois do disco gravado, é pela distribuição. Como a Feira é de negócios da música, talvez alguma coisa esteja me aguardando, ou talvez não. Aí vou ter que assumir a postura independente, colocar o disco debaixo do braço e ir para as grandes cidades, como o Rio e São Paulo. Mas não tenho o deslumbramento de retirante, daí a minha preocupação de gravar um disco de qualidade. Eu sei que estou competindo num mercado cada vez mais exigente.
Infonet – Depois de mais de 10 anos de carreira, por que só agora lançar um CD?
PP - Quando você começa, mesmo que um pouco mais tarde, mas começa bem, já sabendo o que quer você tem menos chance de errar e queimar seu filme. Esse foi um dos grandes argumentos que usei na proposta do Prêmio Pixinguinha, que apesar da minha idade não tinha cometido erros de lançar discos equivocados. Apesar dos 34 anos tenho o mesmo vigor que aos vinte e poucos, mas sem os equívocos. É algo que acho que está totalmente ao meu favor. Hoje sou madura, feliz, e não tive tempo de ser decadente.
Infonet – Como está sendo essa sua nova fase?
PP – Estou feliz da vida. É uma fase de realizações. Esse primeiro disco era muito cobrado e ele chega num momento que pode surpreender para o bem o para o mal. Muita gente pode não gostar da nova ‘Polayne’. Mas uma coisa é certa, ele é muito verdadeiro. Estou vivendo meu momento.
Por Carla Sousa
Patrícia Polayne é sergipana, mas passou grande parte da vida no Rio de Janeiro, onde estudou artes cênicas e dança. Mudou-se para Aracaju em 1995, iniciando carreira como cantora em bares e casas noturnas da cidade. Em 1996, vence o Festival Canta Nordeste da Rede Globo Recife, nas categorias de melhor canção (com "Camará", de sua autoria) e de melhor intérprete. Participa ainda de diversos festivais de música pelo Brasil entre os anos de 1997 e 2002. Produziu diversas trilhas sonoras para teatro como: Baal, de Bertolt Brecht e O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna. E também trilhas para cinema, como os curtas: “Acorda!”, de Igor Barradas e “Avenca”, de Raphael Borges e Alessandra Sampaio. Em 2002, experiencia a vida mambembe, quando passa a viajar pelo Brasil com uma trupe de palhaços, durante quatro anos. Aprende a arte da pirofagia e da palhaçaria, e técnicas de malabares. De volta à Aracaju, em 2005, vence o Prêmio Banese de Música, nas categorias de melhor canção (com “O Circo Singular”) e de melhor intérprete. Em 2006, participa, como atriz e figurinista do curta ficcional, de inspiração surrealista “Epiphanie”, da diretora Gabriela Caldas. O filme vence todos os prêmios no Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens, Curta-SE. Em agosto de 2007, o clipe da canção ‘Para o Infinito’, de sua autoria é classificado para o Festival de Cinema de Santos. Comunidade no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13222024
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Itaú Cultural convida
Seja repórter da Continuum
A revista Continuum Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br/continuum) amplia sua interação com o público e lança uma nova seção, que começará a fazer parte da publicação na edição de janeiro-fevereiro, cujo tema é Samba.
Público alvo: universitários graduandos de todos os cursos. Inscrições gratuitas.
Trata-se da seção Deadline, um espaço reservado para que graduandos de todo o país possam realizar uma reportagem. A cada edição, a revista vai publicar uma Convocatória com explicações para que o candidato envie seu projeto de reportagem para a análise da Comissão de Seleção. Apenas um projeto será selecionado por edição, e a redação vai acompanhar a realização da reportagem. Vale ressaltar que a seção é aberta a alunos de todos os cursos e de todas as universidades do país.
Prêmios de incentivo: além de ver seu texto publicado na revista Continuum (distribuição nacional), o repórter aprendiz receberá 300 reais pelo trabalho.
Prazo limite para envio do projeto: até 19 de novembro de 2009. Apenas 1400 caracteres (01 lauda).
Período de seleção: até 24 de novembro de 2009.
Divulgação do projeto selecionado: 24 de novembro de 2009.
Período de envio de documentos (somente para reportagem selecionada): até 30 de novembro de 2009.
Data-limite de envio da matéria jornalística concluída: até 10 de dezembro de 2009.
Acesse www.itaucultural.org.br/continuum, confira as características do projeto de reportagem na convovatória, leia atentamente o regulamento, veja e preencha a ficha de inscrição. Dúvidas? envie para participecontinuum@itaucultural.org.br .
informações básicas e preliminares:
- O descritivo do projeto da reportagem deverá ter no máximo 1.400 caracteres (01 lauda).
- O descritivo do projeto deverá ser enviado para o e-mail participecontinuum@itaucultural.org.br. No mesmo e-mail o candidado deverá anexar a ficha de inscrição em arquivo separado no formato word. No campo assunto do e-mail deverá constar: Regulamento Ação Deadline – Pauta: Samba
contato: itaucultural@comunicacaodirigida.com.br | Tel 11 8405-4664
A revista Continuum Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br/continuum) amplia sua interação com o público e lança uma nova seção, que começará a fazer parte da publicação na edição de janeiro-fevereiro, cujo tema é Samba.
Público alvo: universitários graduandos de todos os cursos. Inscrições gratuitas.
Trata-se da seção Deadline, um espaço reservado para que graduandos de todo o país possam realizar uma reportagem. A cada edição, a revista vai publicar uma Convocatória com explicações para que o candidato envie seu projeto de reportagem para a análise da Comissão de Seleção. Apenas um projeto será selecionado por edição, e a redação vai acompanhar a realização da reportagem. Vale ressaltar que a seção é aberta a alunos de todos os cursos e de todas as universidades do país.
Prêmios de incentivo: além de ver seu texto publicado na revista Continuum (distribuição nacional), o repórter aprendiz receberá 300 reais pelo trabalho.
Prazo limite para envio do projeto: até 19 de novembro de 2009. Apenas 1400 caracteres (01 lauda).
Período de seleção: até 24 de novembro de 2009.
Divulgação do projeto selecionado: 24 de novembro de 2009.
Período de envio de documentos (somente para reportagem selecionada): até 30 de novembro de 2009.
Data-limite de envio da matéria jornalística concluída: até 10 de dezembro de 2009.
Acesse www.itaucultural.org.br/continuum, confira as características do projeto de reportagem na convovatória, leia atentamente o regulamento, veja e preencha a ficha de inscrição. Dúvidas? envie para participecontinuum@itaucultural.org.br .
informações básicas e preliminares:
- O descritivo do projeto da reportagem deverá ter no máximo 1.400 caracteres (01 lauda).
- O descritivo do projeto deverá ser enviado para o e-mail participecontinuum@itaucultural.org.br. No mesmo e-mail o candidado deverá anexar a ficha de inscrição em arquivo separado no formato word. No campo assunto do e-mail deverá constar: Regulamento Ação Deadline – Pauta: Samba
contato: itaucultural@comunicacaodirigida.com.br | Tel 11 8405-4664
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Buemba! Simão dá dicas de roupa para frequentar a Unitaleban!
09/11/2009 - 21h45
Da Redação - fonte: www.uol.com.br
Em São Paulo
http://noticias.uol.com.br/monkeynews/ultnot/2009/11/09/ult2529u539.jhtm
Da Redação - fonte: www.uol.com.br
Em São Paulo
http://noticias.uol.com.br/monkeynews/ultnot/2009/11/09/ult2529u539.jhtm
domingo, 8 de novembro de 2009
Nosso corpo nos pertence! Repúdio a violência na UNIBAN!
Nosso corpo nos pertence!
Desde os anos 70 a bandeira “Nosso corpo nos pertence” tem sido eixo central do movimento feminista. É uma bandeira direta: queremos ter autonomia para exercer nossos desejos! Questionamos a imposição de padrões de beleza, o controle exercido pela família, pelo Estado ou instituições religiosas sobre nossos corpos.
Somos constantemente representadas nos meios de comunicação, e na publicidade em particular, num padrão perfeito. Jovens, loiras, magras, altas, cabelos longos, etc. A consequência disso é um país em segundo lugar no ranking de cirurgias plásticas, aumento de jovens sofrendo com transtornos alimentares, aumento no número de cirurgias de redução do estômago.
Somos ensinadas a buscar um padrão de beleza, a seguir a moda do momento e a estar preparadas para qualquer “situação de emergência” que aparecer. O estilo de vida da super-mulher, aquela que é mãe, profissional, mulher gostosa 24 horas por dia é vendido como se fosse a conquista da independência da mulher na nossa sociedade.
Essa visão liberal de nossa bandeira encobre, na realidade, uma ideologia que naturaliza as relações sociais de poder em tudo que envolve reprodução e maternidade.
E a hipocrisia é uma das coisas que vem junto a tudo isso.
O ocorrido na UNIBAN do ABC, em São Paulo, na semana passada é um exemplo explícito disto tudo. Na mídia nos dizem todos os dias que a mulher ideal é a mulher gostosa. A moda dita que a grande tendência do verão serão os vestidos, em sua maioria, curtos. Atrizes, modelos são vistas todos os dias em comercias, novelas usando a tendência da estação. Mas, quando a jovem tenta seguir a ditadura da moda a qual é submetida sofre pressão violenta da sociedade e é taxada de vagabunda.
O pior de toda a situação é que o espaço no qual a jovem sofreu violência foi numa universidade! A Universidade que deveria ser um espaço privilegiado do diálogo, do exercício democrático e da civilidade.
Para combater estas atitudes e contribuir para a organização das mulheres na sociedade é preciso muito mais que uma nota de repúdio ao ocorrido na UNIBAN.
É preciso uma política permanente das entidades estudantis nas universidades na luta contra o machismo! A organização de núcleos, grupos de mulheres nas universidades que façam debates com o conjuntos dos estudantes, organizem campanhas contra a violência e exposição das mulheres nos trotes, que façam a luta pela participação das mulheres nos espaços de poder e que também defendam núcleos e fomento de pesquisas das relações de gênero é uma ação necessária e que se mostra urgente.
As bandeiras da participação e do protagonismo das mulheres e da defesa da autonomia sobre os nossos corpos devem ser eixo central dessa organização.
A luta contra o machismo e pela emancipação das mulheres deve ser feita todos os dias e em todos os lugares.
Contra a hipocrisia e a violência: Nosso corpo nos pertence!
Coletivo ParaTodos – Construindo um Novo Brasil
www.uneparatodos.blogspot.com
--
Juliana Borges
(11) 95058408
Diretora de Comunicação da UEE-SP
coord. municipal de organização da JPT-SP
ParaTodos - Por um Movimento Estudantil do tamanho do Brasil!
Desde os anos 70 a bandeira “Nosso corpo nos pertence” tem sido eixo central do movimento feminista. É uma bandeira direta: queremos ter autonomia para exercer nossos desejos! Questionamos a imposição de padrões de beleza, o controle exercido pela família, pelo Estado ou instituições religiosas sobre nossos corpos.
Somos constantemente representadas nos meios de comunicação, e na publicidade em particular, num padrão perfeito. Jovens, loiras, magras, altas, cabelos longos, etc. A consequência disso é um país em segundo lugar no ranking de cirurgias plásticas, aumento de jovens sofrendo com transtornos alimentares, aumento no número de cirurgias de redução do estômago.
Somos ensinadas a buscar um padrão de beleza, a seguir a moda do momento e a estar preparadas para qualquer “situação de emergência” que aparecer. O estilo de vida da super-mulher, aquela que é mãe, profissional, mulher gostosa 24 horas por dia é vendido como se fosse a conquista da independência da mulher na nossa sociedade.
Essa visão liberal de nossa bandeira encobre, na realidade, uma ideologia que naturaliza as relações sociais de poder em tudo que envolve reprodução e maternidade.
E a hipocrisia é uma das coisas que vem junto a tudo isso.
O ocorrido na UNIBAN do ABC, em São Paulo, na semana passada é um exemplo explícito disto tudo. Na mídia nos dizem todos os dias que a mulher ideal é a mulher gostosa. A moda dita que a grande tendência do verão serão os vestidos, em sua maioria, curtos. Atrizes, modelos são vistas todos os dias em comercias, novelas usando a tendência da estação. Mas, quando a jovem tenta seguir a ditadura da moda a qual é submetida sofre pressão violenta da sociedade e é taxada de vagabunda.
O pior de toda a situação é que o espaço no qual a jovem sofreu violência foi numa universidade! A Universidade que deveria ser um espaço privilegiado do diálogo, do exercício democrático e da civilidade.
Para combater estas atitudes e contribuir para a organização das mulheres na sociedade é preciso muito mais que uma nota de repúdio ao ocorrido na UNIBAN.
É preciso uma política permanente das entidades estudantis nas universidades na luta contra o machismo! A organização de núcleos, grupos de mulheres nas universidades que façam debates com o conjuntos dos estudantes, organizem campanhas contra a violência e exposição das mulheres nos trotes, que façam a luta pela participação das mulheres nos espaços de poder e que também defendam núcleos e fomento de pesquisas das relações de gênero é uma ação necessária e que se mostra urgente.
As bandeiras da participação e do protagonismo das mulheres e da defesa da autonomia sobre os nossos corpos devem ser eixo central dessa organização.
A luta contra o machismo e pela emancipação das mulheres deve ser feita todos os dias e em todos os lugares.
Contra a hipocrisia e a violência: Nosso corpo nos pertence!
Coletivo ParaTodos – Construindo um Novo Brasil
www.uneparatodos.blogspot.com
--
Juliana Borges
(11) 95058408
Diretora de Comunicação da UEE-SP
coord. municipal de organização da JPT-SP
ParaTodos - Por um Movimento Estudantil do tamanho do Brasil!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
O CHAMADO CULTURAL
CLICK EM CIMA PARA AMPLIAR A IMAGEM
Os sinais estão lançados. Antes da tenebrosa sexta-feira 13, um chamado irá balançar um dos centros pensantes de Sergipe. O CHAMADO CULTURAL, nesta quinta- feira, 12 de novembro, acontecerá no Resun – Restaurante Universitário da UFS (Universidade Federal de Sergipe). Oficinas, dança, teatro, cinema e apresentações musicais.
A idéia surgiu através da reunião de um núcleo formado por alunos do curso de Produção Cultural, promovido pelo Sesc. Essas cabeças pensantes decidiram colocar “a mão na massa” e fazer um bolo cheio de ingredientes artísticos da produção sergipana. O CHAMADO CULTURAL acontece também em momento de efervescência cultural da V Mostra Experimental de Artes Visuais que movimentará a produção artística acadêmica durante a semana na universidade. O evento recebe apoio do Sesc, IRZ Design e parecerias com o Cenart (Centro Acadêmico de Artes) e Proest (Proreitoria de Assuntos Estudantis) da UFS.
Confira a programação:
16h – Oficinas Culturais:
Dança Contemporânea
Teatro
17h30 – Performances de Dança e Teatro
Homens e Caranguejos
Brincando
Uma vez, O Amor
18h – Roda de Danças Circulares
18h30 – Exibição de Curtas
Herdeiros do Forró
U -507
Aboio e Toada – Poesia de Vaqueiro
19h – Shows
Mulungada
Laboratório Mental
Contatos:
9988 9599 (Nuccia) / 9976 4189 (Gabriela) /8801 -7868 (Thiago Paulino)
ochamadocultural@gmail.com
Os sinais estão lançados. Antes da tenebrosa sexta-feira 13, um chamado irá balançar um dos centros pensantes de Sergipe. O CHAMADO CULTURAL, nesta quinta- feira, 12 de novembro, acontecerá no Resun – Restaurante Universitário da UFS (Universidade Federal de Sergipe). Oficinas, dança, teatro, cinema e apresentações musicais.
A idéia surgiu através da reunião de um núcleo formado por alunos do curso de Produção Cultural, promovido pelo Sesc. Essas cabeças pensantes decidiram colocar “a mão na massa” e fazer um bolo cheio de ingredientes artísticos da produção sergipana. O CHAMADO CULTURAL acontece também em momento de efervescência cultural da V Mostra Experimental de Artes Visuais que movimentará a produção artística acadêmica durante a semana na universidade. O evento recebe apoio do Sesc, IRZ Design e parecerias com o Cenart (Centro Acadêmico de Artes) e Proest (Proreitoria de Assuntos Estudantis) da UFS.
Confira a programação:
16h – Oficinas Culturais:
Dança Contemporânea
Teatro
17h30 – Performances de Dança e Teatro
Homens e Caranguejos
Brincando
Uma vez, O Amor
18h – Roda de Danças Circulares
18h30 – Exibição de Curtas
Herdeiros do Forró
U -507
Aboio e Toada – Poesia de Vaqueiro
19h – Shows
Mulungada
Laboratório Mental
Contatos:
9988 9599 (Nuccia) / 9976 4189 (Gabriela) /8801 -7868 (Thiago Paulino)
ochamadocultural@gmail.com
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
RACISMO EM ARACAJU!!!
Escândalo de médica vira caso de polícia
Publicada: 03/11/2009 às 17:03:55
JornaldaCidade.Net
Aracaju (3 nov) - Membro do Movimento Negro Unificado, da Sociedade Omolàiyé e o Coordenador de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial do Governo de Sergipe, Pedro Neto, estiveram reunidos hoje pela manhã com a coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), Georlize Teles, para falar sobre o caso de Diego José Gonzaga dos Santos, funcionário de uma empresa área que foi agredido verbalmente pela médica Ana Flávia Pinto, no aeroporto de Aracaju, no último dia 26.
O fato aconteceu por volta das 4h30, após a médica e o marido terem sido impedidos de embarcarem no voo por estarem atrasados. A equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE conversou ontem com Diego por telefone e ele disse que quando o casal chegou ao aeroporto o avião ainda estava no pátio, mas já com as portas fechadas para a decolagem. “Expliquei que eles seriam encaixados para embarcar no voo da tarde, mas ela queria embarcar naquele voo”, disse Diego.
Revoltada por ter que atrasar a lua-de-mel com destino a Argentina, a médica invadiu o balcão do check-in e chamou os funcionários de 'bando de analfabetos', 'morto de fome que não tem dinheiro nem para comprar feijão' e arrematou com um preconceituoso 'nego'. Segundo Diego, a polícia já tinha sido acionada pela Infraero por conta de uma confusão anterior, também com um casal que não pôde embarcar porque a mulher informou estar grávida de sete meses, mas não tinha a autorização médica para viajar, conforme as regras aeroportuárias.
O vídeo da confusão, que foi postado no site Youtube no dia seguinte, já tem mais de 100 mil acessos e, segundo a delegada Georlize Teles, será utilizado como prova. “Todas as provas são fundamentais, mas o vídeo é uma boa prova. Acredito que a perícia não será necessária”, informou Georlize. A previsão é que o inquérito policial seja concluído em um prazo mínimo de 30 dias. Enquanto isso, os internautas aumentam a fila de comentários abaixo do vídeo que comprova toda a confusão, dando opiniões sobre o ocorrido e até detalhes sobre a vida da médica. Ontem à tarde a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE entrou em contato com Ana Flávia. A médica atendeu a ligação, mas falou que não vai prestar nenhum tipo de depoimento, pois fora orientada por seus advogados a não se pronunciar sobre o caso. Ela nem mesmo disse se foi ou não para a lua-de-mel.
Reportagem completa no Jornal da Cidade desta quarta-feira, dia 04/11/2009.
Publicada: 03/11/2009 às 17:03:55
JornaldaCidade.Net
Aracaju (3 nov) - Membro do Movimento Negro Unificado, da Sociedade Omolàiyé e o Coordenador de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial do Governo de Sergipe, Pedro Neto, estiveram reunidos hoje pela manhã com a coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), Georlize Teles, para falar sobre o caso de Diego José Gonzaga dos Santos, funcionário de uma empresa área que foi agredido verbalmente pela médica Ana Flávia Pinto, no aeroporto de Aracaju, no último dia 26.
O fato aconteceu por volta das 4h30, após a médica e o marido terem sido impedidos de embarcarem no voo por estarem atrasados. A equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE conversou ontem com Diego por telefone e ele disse que quando o casal chegou ao aeroporto o avião ainda estava no pátio, mas já com as portas fechadas para a decolagem. “Expliquei que eles seriam encaixados para embarcar no voo da tarde, mas ela queria embarcar naquele voo”, disse Diego.
Revoltada por ter que atrasar a lua-de-mel com destino a Argentina, a médica invadiu o balcão do check-in e chamou os funcionários de 'bando de analfabetos', 'morto de fome que não tem dinheiro nem para comprar feijão' e arrematou com um preconceituoso 'nego'. Segundo Diego, a polícia já tinha sido acionada pela Infraero por conta de uma confusão anterior, também com um casal que não pôde embarcar porque a mulher informou estar grávida de sete meses, mas não tinha a autorização médica para viajar, conforme as regras aeroportuárias.
O vídeo da confusão, que foi postado no site Youtube no dia seguinte, já tem mais de 100 mil acessos e, segundo a delegada Georlize Teles, será utilizado como prova. “Todas as provas são fundamentais, mas o vídeo é uma boa prova. Acredito que a perícia não será necessária”, informou Georlize. A previsão é que o inquérito policial seja concluído em um prazo mínimo de 30 dias. Enquanto isso, os internautas aumentam a fila de comentários abaixo do vídeo que comprova toda a confusão, dando opiniões sobre o ocorrido e até detalhes sobre a vida da médica. Ontem à tarde a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE entrou em contato com Ana Flávia. A médica atendeu a ligação, mas falou que não vai prestar nenhum tipo de depoimento, pois fora orientada por seus advogados a não se pronunciar sobre o caso. Ela nem mesmo disse se foi ou não para a lua-de-mel.
Reportagem completa no Jornal da Cidade desta quarta-feira, dia 04/11/2009.
O buraco da democracia cultural
Leonardo Brant
fonte: http://www.culturaemercado.com.br/ideias/o-buraco-da-democracia/
30 outubro 2009 11 Comentários
As Conferências de Cultura expõem de maneira impiedosa a fragilidade das metodologias de participação cultural, denunciando nossa precária democracia. Por outro lado, exercita nossa capacidade de organizar, participar, mobilizar, articular e definir os rumos da política cultural nacional. Novos métodos e tecnologias de diálogo precisam ser criados, pois os que existem são de tempos (ultra)passados.
Participar democraticamente da construção da agenda política nacional é algo tão distante da vida dos brasileiros, que se formaram e se desenvolveram como seres humanos, políticos, culturais, à sombra da ditadura, das elites, oligarquias e do Jardim Botânico, que simplesmente ficamos perplexos diante das novas possibilidades criadas a partir da presença indelével de um líder como Lula no poder.
Algumas reflexões sobre esse processo precisam ser feitas. A primeira delas é a construção da pauta. Esse processo precisa ser construído a partir de fóruns, redes, articulações e precisa ser descentralizado. Não dá para trabalharmos com pautas, por melhores que sejam (e o conteúdo da proposta do MinC é realmente bom), para não corrermos o risco constante do dirigismo.
As metodologias de eleição e validação de delegados e participantes dos processos decisórios é outro assunto de extrema importância. Ainda guardamos vícios do sindicalismo, necessário e importante, mas que não pode ser aplicado às lutas culturais, sobretudo por não termos um tipo de organização que legitime uma representação por grupos de poder, ou mesmo de resistência. Não quero minimizar a importância desses grupos, mas também não posso deixar de alertar para o risco que corremos de sobrepor o interesse de minorias organizadas, que se ocupam de brechas do nosso frágil sistema representativo.
Por último, quero apontar o risco da subordinação à agenda eleitoral. Sinto falta de uma contrução e um diálogo permanente entre as instâncias de construção das políticas culturais. O Conselho Nacional de Política Cultural deve manter contato permanente com os delegados, por meio de instrumentos de conversação e rede. Há uma inversão completa nesse processo. O CNPC está subordinado ao gabinete do MinC quando deveria ser um conselho superior, escolhido e atuante a partir das demandas dos delegados, que por sua vez, deveriam surgir dos conselhos municipais e estaduais de cultura.
Este abandono e descaso com o alinhavar das instâncias de participação e construção democrática formam buracos enormes, que se tornam intransponíveis à medida que o poder executivo trabalha para criá-los e ocupá-los. E todo o processo de construção das conferências corre o risco de tornar-se mero instrumento de manobra político-eleitoral.
. Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br
Pesquisador e consultor de políticas culturais. Presidente da Brant Associados, autor do livro "O Poder da Cultura", entre outros. Documentarista, diretor de "Te Están Grabando". mais
11 Comentários »
Carlos Henrique Machado Freitas disse:
Leonardo
Hoje, por acaso, Volta Redonda fará essa conferência. Li o documento e confesso-me aflito. Concordo com grande parte do que você escreveu. A questão do sindicalismo e a cultura, creio ser uma questão que pode, através de um pensamento mais abrangente, quebrar dois pactos de uma só vez e, daí nascer uma fusão bem mais ampla. Nesse caso a cultura passaria a ser menos elitista e, por conseguinte, mais vigorosa, e o sindicalismo construir um pensamento mais extenso de país. Os dois teriam que se despir de alguns vícios. A cultura com a sua elaboração de castas, de dinastias, de colonialismo; e o sindicalismo, da sua organização estrutural que normalmente se une por uma pauta mais imediata.
Vejo com bons olhos e até como necessidade fundamental a ampliação crítica que esses dois universos podem gerar para a democracia cultural brasileira.
Não tenho essa preocupação quanto ao dirigismo político, mas sim com o dirigismo social. Os termos do estatuto do SNC estão carregados de neologismos contemporâneos e, em alguns momentos, precisamos recorrer aos espíritos de luz desencarnados para dar sentido a certos conceitos. Mas estaremos hoje lá tentando entender melhor antes de formular um pensamento. Não sei se serei capaz de compreender toda essa complexa questão.
Observando a sua citação sobre Lula, acho que o que assusta ceertos setores da sociedade, principalmente a imprensa, é a capacidade que Lula tem de formular um discurso direto e extremamente funcional para elevarmos a nossa autoestima e carregar para o futuro essa gigante expectativa que vivemos hoje de um país próspero, sobretudo com outra lógica social.
Abraços.
.# 30 outubro 2009 as 13:40
Nany Semicek disse:
O que pude conferir ao vivo e a cores na Conferencia Municipal de Cultura de São Paulo realmente foi assustador. Não me assustei com metodologias ultrapassadas e ineficientes propostas, mas sim com o comportamento da “sociedade civil” presente. Aclamamos tanto por espaço para sermos ouvidos e quando esta oportunidade nos é dada, vejo representantes da “cultura nacional” se transformarem em bichos.
É muito cômodo falar mal dos governantes, das tentativas, dos métodos (normalmente com ranço de 20 anos atrás) e ao invés de discutir políticas públicas (que era o objetivo) emperram a simples votação de regimento por 1 dia e meio – entre outras barbaridades.
Estou chocada com a falta de informação, educação e ética daqueles que cobram da outra ponta que as decisões sejam feitas com seriedade. Como disse Hamilton Faria no encerramento: eu não gostaria de ser governados por estas pessoas, são mais autoritárias do que aqueles que criticam.
.# 30 outubro 2009 as 17:17
ricardo disse:
O filósofo alemão Schelling, entende como o fundamento da tragédia o conflito existente entre a liberdade e a necessidade. É na liberdade que ele vê o sentido humano, a própria essência do eu, enquanto na necessidade objetiva encontra a passividade do ser. Saber que há um poder que ameaça aniquilar nossa identidade e ainda assim lutar contra ele é o que gera a amplidão trágica, a permanência desse conflito, o sentido da vida. O jeito como as pessoas se locomovem, o modo como se alimentam, se vestem, o tipo de moradia, a aptidão para o trabalho, tudo é cultura. Tudo deve ser organizado para que a sociedade possa progredir, isto é uma necessidade. Entre os mais variados setores que estruturam a vida em comum, cabe a arte o exercício da liberdade plena, pois, sua matéria prima, brota das vísceras do imaginário. Suas margens são limitadas pelo real, mas seu campo de atuação é o ilimitado, o nunca visto. Esse sentido de ampliação deve ser preservado pela sociedade, para não correr o risco de sermos aniquilados por aquilo que deveria ter sido a nossa salvação.
Esta semana aconteceu em Porto Alegre um Seminário sobre o Sistema Nacional de Cultura, determinante para que possa ser entendido do que se trata este desejo de estabelecer um plano nacional de cultura. Na semana que vêm, ocorrerá uma série de pré-conferências, que prepararão a Conferência Municipal de Cultura, que fará parte da Conferência Estadual Cultura. O artista deverá se transformar em um delegado para ter voz. São diferentes os mecanismos da arte. Ela não busca respostas, a arte problematiza. Esta enorme mobilização teria um efeito muito mais concreto se invés de inventar um sistema, fossem criados meios que levassem a percepção do que já existente e aí sim, proporcionar condições de fomento. Organizar é, sem dúvida, uma necessidade. A necessidade da arte, no entanto, é a liberdade.
(publicado no jornal Correio do Povo, dia 17/10/09)
.# 31 outubro 2009 as 9:43
André Luiz Mazzaropi disse:
A Cultura Brasileira e as conferencias municipais
Completo neste sabado de sol, no vale do paraiba, interior do Estado de São Paulo, mais precisamente na cidade de PARAIBUNA - SP, 1.564 isto (Um mil, quinhentos e secenta e quatro) apresentações do meu show TEM UM JECA NA CIDADE com André Luiz Mazzaropi - O Filho do Jeca; que é um monologo comico musical escrito e apresentado pelo meu pai Amácio Mazzaropi, por mais de 51 anos, alem da Mostra de Cinema Mazzaropi que precede meus espetaculos, não por ser filho de quem sou, mais pela experiencia com a atividade cultural brasileira; iniciada em 10 de Setembro de 1.983; dois anos após a perda do meu pai Mazzaropi.
As Conferencias Municipais que tenho acompanhado, algumas visto e outras participados, inicia com certesa uma nova era na cultura publica brasileira, pois a cultura do Brasil, não nasce em Brasilia e sim no inteior do pais; tenho eu certesa que a discução municipal se tornará estadual e nos proximos anos tomara das mãos incapazes de promover cultura de Brasilia; se este pais tiver juizo, as conferencias municipais se tornarão nos proximos anos obrigatoriamente a formação do conselho nacional de cultura e dai pra frente termos uma definição do que é cultura e de como se faz cultura publica, coisa que Brasilia, não sabe até hoje.
Com uma nova formação do Conselho Nacional de Cultura, formado por dirigentes municipais de cultura; ai sim poderemos acabar de vez com esta famigerada Lei Rouanet, que desde que instituida até os dias de hoje vem previgeliando artistas de televisão de ambito nacional em detrimento de artistas populares da cultura do interior do Brasil.
Com nova formação do CNC será possivel termos uma PEC como a PEC 150 APROVADA para que o pais possa ter um orçamento obrigatorio nacional, estadual e municipal de cultura.
Parabens ao Ministro da Cultura Juca Ferreira, que depois de anos de vacilo da cultura nacional, colocou em discução a Lei Rouanet, tenho eu a certesa que esta discução vai leva-lá a extinção para o bem da cultura brasileira; pois é muito facil para as empresas que investem em cultura atravéz desta lei, fazer publicidade propria com o meu, o seu dinheiro, dinheiro publico do imposto de renda devido, dinheiro dos brasileiros, quero ver Petrobras, Itau, Eletrobras, Bradesco e tantos outras empresas fazer cultura com recurso próprio.
Meu pai levou aos cinemas brasileiros, quando eles existiam, mais de 200.000.000-(Duzentaos Milhôes) de publico pagante sem nunca precisar de um centavo do governo brasileiro. abraços a todos, como dizia aquele barbudo que conhecemos… A luta continua companheiros…
André Luiz Mazzaropi - O) Filho do Jeca
http://www.andreluizmazzaropi.com.br
(12)3022.1017 - 9714.2853.
.# 31 outubro 2009 as 13:37
Fique por dentro Cultura » Blog Archive » :: CULTURA E MERCADO :: o blog das políticas culturais. » Blog … disse:
[...] participar, mobilizar, articular e definir os rumos da política … fique por dentro clique aqui. Fonte: [...]
.# 1 novembro 2009 as 7:49
Marcos disse:
Concordo bastante.
Acontece que a mobilização permanente, na prática demanda uma profissionalização “tipo sindical”, com seus vícios e limitações corporativas, pois até mesmo para ir a reuniões em Brasília é necessário arcar com os custos. Por conta disto, têm prosperado aquelas iniciativas em que o Estado convoca e paga os gastos: as conferências, os seminários, etc. E a agenda do Estado, mesmo ressalvando as boas intenções e ações esporádicas, segue a lógica de um projeto político-partidário; portanto acentuou-se em tempos pré eleitorais e arrefeceu em tempos pós eleitorais. Trouxe agendas de interesse deste projeto e deu pouca ou nenhuma importância às agendas alheias a este projeto. Por outro lado a parte da sociedade que está mobilizada têm sido tendenciosa e cúmplice de práticas de cunho mais clientelista, em meio a outros avanços que também ha que reconhecer. Portanto é fundamental aprofundarmos o olhar crítico a este processo ao mesmo tempo que é preciso defendê-lo, pelo que representou de conquista da sociedade brasileira no esboço de uma possível Política de Estado a ser estabelecida no marco das leis e instituições.
.# 2 novembro 2009 as 12:18
Leonardo Brant (autor) disse:
A selva está cada vez mais perigosa. E esses mecanismos de participação exarcebam isso pq são frágeis, insuficientes, preguiçosos. Todos já sabemos que a Conferência não pode ser organizada dessa maneira, às pressas, para atender interesses e demandas eleitoreiras. E que o tempo destinado às discussões será sempre insuficiente. Precisamos qualificar a participação e criar processos mais maduros de participação, permanentes, articulados. E que e Conferência sirva apenas para consolidar pautas previamente levantadas, com metodologias discutidas, incorporadas, azeitadas pelo uso. Eu participei como palestrante de algumas conferências pelo Brasil. Estou chocado com a falta de compromisso com a coisa pública. Concordo com você, Nany. A responsabilidade é toda nossa. Se assistirmos a isso tudo impassíveis continuaremos a colher os frutos eternos da ditadura encrustrada em nossa maneira sub-cidadania.
.# 2 novembro 2009 as 13:00
Sergio Sobreira disse:
Fui convidado para atuar como debatedor na Conferência Municipal de Salvador. O convite veio às pressas (quase na véspera). Apesar de estar em cima da hora, aceitei acreditando que a causa era justa e o espaço nobre. Decepção!
O que vi foi um democratismo de quinta. Após as falas da mesa (o palestrante central, eu e outro debatedor), o que se seguiu foi uma festival de asneiras e barbáries, gente tomando microfone da mão de outro, gritos, empurrões, discursos gritados e datados, palavras de ordem promovendo a desordem, enfim, nada que efetivamente pudesse ser lido, considerado, apropriado como debate.
Estava claro que muitas das pessoas não sabiam o que estavam fazendo ali. Uns tinha ido na esperança de ver-ouvir anúncios de verbas e mudanças, outros só queriam se promover, alguns erguiam palanques para tirar proveito eleitoreiro sórdido, outros tantos choravam as pitangas de sempre.
Por mais que a dimensão apolínea - da forma, do trabalho, da organizaçao - tenha dificuldade de entendimento e interseção com a dimensão dionísiaca - da arte, da criação, da expressão, portanto livre, irreverente, apaixonada - ainda assim quero crer que estes mundos são possíveis de conviver e dialogar. Antes, temos de aprender uns e outros os valores, os ritos, as pulsões de cada um. Só assim se construirá diálogos entre forma e conteúdo, entre impulso criativo e materialização de sonhos. Por enquanto, o que temos é apenas o simulacro, a enganação de que estamos todos (quem, cara pálida?) construindo juntos (quem mesmo?) a tal política pública de cultura.
.# 3 novembro 2009 as 0:45
Sumário disse:
Coincidência ou não - porque salta aos nossos olhos os equívocos ou pressa em fazer as conferências de acordo “a cartilha” - mas neste final de semana a Rede cultural Bahia ao extremo, uma rede de entidades culturais do extremo sul da bahia que existe há tempos, estava reunida e constatou a mesma situação expressa no artigo de Brant, em relação às conferências municipais e territoriais na Bahia. São diversas situações: uma ânsia de participar e processar mudanças por parte de muitos grupos/entidades culturais; muita gente que ainda não entendeu nada e fica de mão estendida pedindo o seu quinhão; os representantes do governo tentando acertar, atropelam processos e fica impossível compreender as realidades; Não existe metodologia e até os conteúdos são copiados de forma mal feita. Além disso, existem programas e editais na Secult que estão em atrasos e todos querem saber o que há, enquanto se espera uma discussão real sobre as possibilidades de construção de políticas de culturais dessa maneira. Por isso assinamos o artigo.
.# 3 novembro 2009 as 16:13
Renata Seixas disse:
A PEC da Música, que teve sua votação adiada duas vezes, irá, novamente, a Plenário AMANHÃ, DIA 04/11, A PARTIR DAS 16H, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS!
Ainda há tempo de pedir aos deputados de seu Estado que votem a favor da Proposta. A lista de e-mail de todos os parlamentares está disponível aqui: http://www2.camara.gov.br/deputados/arquivo
A PEC, de autoria do Deputado Federal Otavio Leite, elimina os impostos sobre a música brasileira em qualquer suporte e qualquer formato: CDs, DVDs, MP3, downloads para celulares etc. O objetivo é reduzir impostos, valorizando a cultura nacional e ajudando no combate à pirataria.
Informe seus leitores, divulgue, mande e-mails aos deputados e pressione!
A direta participação de músicos, artistas, produtores e outros interessados no tema tem sido fundamental!
Maiores informações: http://www.otavioleite.com.br/pesquisa.asp?q=pec+da+musica
Twitter da PEC: http://twitter.com/pecdamusica
Twitter do Deputado Otavio Leite: http://twitter.com/otavioleite
.# 3 novembro 2009 as 16:24
clarissa disse:
Esse post me veio a calhar, uma vez que invoquei de fazer minha tese de mestrado justamente sobre Conferências Municipais de Cultura, e agora me encontro praticamente sem publicações sobre o assunto. Sem dúvida esse post, juntamente com seus comentários vão colaborar de alguma forma.
Que as Conferências Municipais são um ótimo instrumento, tanto de captação das demandas culturais como de participação social na elaboração de políticas públicas, não há dúvida. E atribuo o mérito da democratização das Políticas Culturais ao Governo Lula. Porém, é arriscado se pensar que as Conferências são um mar de rosas onde tudo fuciona como manda a cartilha, quando em minha cidade por exemplo, o cidadão comum tem qualquer conhecimento do que tenha sido a tal conferência. E os que por ventura participaram, não sabem o que foi feito dos resultados (e aqui acrescento: nada).
O instrumento existe, mas ele não faz política por si só. E fica a cargo de quem usufrui dele da “melhor” (e mais egoísta) maneira possível: elites locais e/ou grupos de interesse, que são incapazes de (ao menos tentar) apontar demandas e deliberações em prol da sociedade como um todo. Vemos agora um belo instrumento utilizado para legitimar (mal e porcamente) uma Política Cultural cheia de interesses e politicagens.
Lamentável…
obs.: se alguém porventura souber de alguma publicação sobre o assunto, por favor, entre em contato através do meu email.
fonte: http://www.culturaemercado.com.br/ideias/o-buraco-da-democracia/
30 outubro 2009 11 Comentários
As Conferências de Cultura expõem de maneira impiedosa a fragilidade das metodologias de participação cultural, denunciando nossa precária democracia. Por outro lado, exercita nossa capacidade de organizar, participar, mobilizar, articular e definir os rumos da política cultural nacional. Novos métodos e tecnologias de diálogo precisam ser criados, pois os que existem são de tempos (ultra)passados.
Participar democraticamente da construção da agenda política nacional é algo tão distante da vida dos brasileiros, que se formaram e se desenvolveram como seres humanos, políticos, culturais, à sombra da ditadura, das elites, oligarquias e do Jardim Botânico, que simplesmente ficamos perplexos diante das novas possibilidades criadas a partir da presença indelével de um líder como Lula no poder.
Algumas reflexões sobre esse processo precisam ser feitas. A primeira delas é a construção da pauta. Esse processo precisa ser construído a partir de fóruns, redes, articulações e precisa ser descentralizado. Não dá para trabalharmos com pautas, por melhores que sejam (e o conteúdo da proposta do MinC é realmente bom), para não corrermos o risco constante do dirigismo.
As metodologias de eleição e validação de delegados e participantes dos processos decisórios é outro assunto de extrema importância. Ainda guardamos vícios do sindicalismo, necessário e importante, mas que não pode ser aplicado às lutas culturais, sobretudo por não termos um tipo de organização que legitime uma representação por grupos de poder, ou mesmo de resistência. Não quero minimizar a importância desses grupos, mas também não posso deixar de alertar para o risco que corremos de sobrepor o interesse de minorias organizadas, que se ocupam de brechas do nosso frágil sistema representativo.
Por último, quero apontar o risco da subordinação à agenda eleitoral. Sinto falta de uma contrução e um diálogo permanente entre as instâncias de construção das políticas culturais. O Conselho Nacional de Política Cultural deve manter contato permanente com os delegados, por meio de instrumentos de conversação e rede. Há uma inversão completa nesse processo. O CNPC está subordinado ao gabinete do MinC quando deveria ser um conselho superior, escolhido e atuante a partir das demandas dos delegados, que por sua vez, deveriam surgir dos conselhos municipais e estaduais de cultura.
Este abandono e descaso com o alinhavar das instâncias de participação e construção democrática formam buracos enormes, que se tornam intransponíveis à medida que o poder executivo trabalha para criá-los e ocupá-los. E todo o processo de construção das conferências corre o risco de tornar-se mero instrumento de manobra político-eleitoral.
. Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br
Pesquisador e consultor de políticas culturais. Presidente da Brant Associados, autor do livro "O Poder da Cultura", entre outros. Documentarista, diretor de "Te Están Grabando". mais
11 Comentários »
Carlos Henrique Machado Freitas disse:
Leonardo
Hoje, por acaso, Volta Redonda fará essa conferência. Li o documento e confesso-me aflito. Concordo com grande parte do que você escreveu. A questão do sindicalismo e a cultura, creio ser uma questão que pode, através de um pensamento mais abrangente, quebrar dois pactos de uma só vez e, daí nascer uma fusão bem mais ampla. Nesse caso a cultura passaria a ser menos elitista e, por conseguinte, mais vigorosa, e o sindicalismo construir um pensamento mais extenso de país. Os dois teriam que se despir de alguns vícios. A cultura com a sua elaboração de castas, de dinastias, de colonialismo; e o sindicalismo, da sua organização estrutural que normalmente se une por uma pauta mais imediata.
Vejo com bons olhos e até como necessidade fundamental a ampliação crítica que esses dois universos podem gerar para a democracia cultural brasileira.
Não tenho essa preocupação quanto ao dirigismo político, mas sim com o dirigismo social. Os termos do estatuto do SNC estão carregados de neologismos contemporâneos e, em alguns momentos, precisamos recorrer aos espíritos de luz desencarnados para dar sentido a certos conceitos. Mas estaremos hoje lá tentando entender melhor antes de formular um pensamento. Não sei se serei capaz de compreender toda essa complexa questão.
Observando a sua citação sobre Lula, acho que o que assusta ceertos setores da sociedade, principalmente a imprensa, é a capacidade que Lula tem de formular um discurso direto e extremamente funcional para elevarmos a nossa autoestima e carregar para o futuro essa gigante expectativa que vivemos hoje de um país próspero, sobretudo com outra lógica social.
Abraços.
.# 30 outubro 2009 as 13:40
Nany Semicek disse:
O que pude conferir ao vivo e a cores na Conferencia Municipal de Cultura de São Paulo realmente foi assustador. Não me assustei com metodologias ultrapassadas e ineficientes propostas, mas sim com o comportamento da “sociedade civil” presente. Aclamamos tanto por espaço para sermos ouvidos e quando esta oportunidade nos é dada, vejo representantes da “cultura nacional” se transformarem em bichos.
É muito cômodo falar mal dos governantes, das tentativas, dos métodos (normalmente com ranço de 20 anos atrás) e ao invés de discutir políticas públicas (que era o objetivo) emperram a simples votação de regimento por 1 dia e meio – entre outras barbaridades.
Estou chocada com a falta de informação, educação e ética daqueles que cobram da outra ponta que as decisões sejam feitas com seriedade. Como disse Hamilton Faria no encerramento: eu não gostaria de ser governados por estas pessoas, são mais autoritárias do que aqueles que criticam.
.# 30 outubro 2009 as 17:17
ricardo disse:
O filósofo alemão Schelling, entende como o fundamento da tragédia o conflito existente entre a liberdade e a necessidade. É na liberdade que ele vê o sentido humano, a própria essência do eu, enquanto na necessidade objetiva encontra a passividade do ser. Saber que há um poder que ameaça aniquilar nossa identidade e ainda assim lutar contra ele é o que gera a amplidão trágica, a permanência desse conflito, o sentido da vida. O jeito como as pessoas se locomovem, o modo como se alimentam, se vestem, o tipo de moradia, a aptidão para o trabalho, tudo é cultura. Tudo deve ser organizado para que a sociedade possa progredir, isto é uma necessidade. Entre os mais variados setores que estruturam a vida em comum, cabe a arte o exercício da liberdade plena, pois, sua matéria prima, brota das vísceras do imaginário. Suas margens são limitadas pelo real, mas seu campo de atuação é o ilimitado, o nunca visto. Esse sentido de ampliação deve ser preservado pela sociedade, para não correr o risco de sermos aniquilados por aquilo que deveria ter sido a nossa salvação.
Esta semana aconteceu em Porto Alegre um Seminário sobre o Sistema Nacional de Cultura, determinante para que possa ser entendido do que se trata este desejo de estabelecer um plano nacional de cultura. Na semana que vêm, ocorrerá uma série de pré-conferências, que prepararão a Conferência Municipal de Cultura, que fará parte da Conferência Estadual Cultura. O artista deverá se transformar em um delegado para ter voz. São diferentes os mecanismos da arte. Ela não busca respostas, a arte problematiza. Esta enorme mobilização teria um efeito muito mais concreto se invés de inventar um sistema, fossem criados meios que levassem a percepção do que já existente e aí sim, proporcionar condições de fomento. Organizar é, sem dúvida, uma necessidade. A necessidade da arte, no entanto, é a liberdade.
(publicado no jornal Correio do Povo, dia 17/10/09)
.# 31 outubro 2009 as 9:43
André Luiz Mazzaropi disse:
A Cultura Brasileira e as conferencias municipais
Completo neste sabado de sol, no vale do paraiba, interior do Estado de São Paulo, mais precisamente na cidade de PARAIBUNA - SP, 1.564 isto (Um mil, quinhentos e secenta e quatro) apresentações do meu show TEM UM JECA NA CIDADE com André Luiz Mazzaropi - O Filho do Jeca; que é um monologo comico musical escrito e apresentado pelo meu pai Amácio Mazzaropi, por mais de 51 anos, alem da Mostra de Cinema Mazzaropi que precede meus espetaculos, não por ser filho de quem sou, mais pela experiencia com a atividade cultural brasileira; iniciada em 10 de Setembro de 1.983; dois anos após a perda do meu pai Mazzaropi.
As Conferencias Municipais que tenho acompanhado, algumas visto e outras participados, inicia com certesa uma nova era na cultura publica brasileira, pois a cultura do Brasil, não nasce em Brasilia e sim no inteior do pais; tenho eu certesa que a discução municipal se tornará estadual e nos proximos anos tomara das mãos incapazes de promover cultura de Brasilia; se este pais tiver juizo, as conferencias municipais se tornarão nos proximos anos obrigatoriamente a formação do conselho nacional de cultura e dai pra frente termos uma definição do que é cultura e de como se faz cultura publica, coisa que Brasilia, não sabe até hoje.
Com uma nova formação do Conselho Nacional de Cultura, formado por dirigentes municipais de cultura; ai sim poderemos acabar de vez com esta famigerada Lei Rouanet, que desde que instituida até os dias de hoje vem previgeliando artistas de televisão de ambito nacional em detrimento de artistas populares da cultura do interior do Brasil.
Com nova formação do CNC será possivel termos uma PEC como a PEC 150 APROVADA para que o pais possa ter um orçamento obrigatorio nacional, estadual e municipal de cultura.
Parabens ao Ministro da Cultura Juca Ferreira, que depois de anos de vacilo da cultura nacional, colocou em discução a Lei Rouanet, tenho eu a certesa que esta discução vai leva-lá a extinção para o bem da cultura brasileira; pois é muito facil para as empresas que investem em cultura atravéz desta lei, fazer publicidade propria com o meu, o seu dinheiro, dinheiro publico do imposto de renda devido, dinheiro dos brasileiros, quero ver Petrobras, Itau, Eletrobras, Bradesco e tantos outras empresas fazer cultura com recurso próprio.
Meu pai levou aos cinemas brasileiros, quando eles existiam, mais de 200.000.000-(Duzentaos Milhôes) de publico pagante sem nunca precisar de um centavo do governo brasileiro. abraços a todos, como dizia aquele barbudo que conhecemos… A luta continua companheiros…
André Luiz Mazzaropi - O) Filho do Jeca
http://www.andreluizmazzaropi.com.br
(12)3022.1017 - 9714.2853.
.# 31 outubro 2009 as 13:37
Fique por dentro Cultura » Blog Archive » :: CULTURA E MERCADO :: o blog das políticas culturais. » Blog … disse:
[...] participar, mobilizar, articular e definir os rumos da política … fique por dentro clique aqui. Fonte: [...]
.# 1 novembro 2009 as 7:49
Marcos disse:
Concordo bastante.
Acontece que a mobilização permanente, na prática demanda uma profissionalização “tipo sindical”, com seus vícios e limitações corporativas, pois até mesmo para ir a reuniões em Brasília é necessário arcar com os custos. Por conta disto, têm prosperado aquelas iniciativas em que o Estado convoca e paga os gastos: as conferências, os seminários, etc. E a agenda do Estado, mesmo ressalvando as boas intenções e ações esporádicas, segue a lógica de um projeto político-partidário; portanto acentuou-se em tempos pré eleitorais e arrefeceu em tempos pós eleitorais. Trouxe agendas de interesse deste projeto e deu pouca ou nenhuma importância às agendas alheias a este projeto. Por outro lado a parte da sociedade que está mobilizada têm sido tendenciosa e cúmplice de práticas de cunho mais clientelista, em meio a outros avanços que também ha que reconhecer. Portanto é fundamental aprofundarmos o olhar crítico a este processo ao mesmo tempo que é preciso defendê-lo, pelo que representou de conquista da sociedade brasileira no esboço de uma possível Política de Estado a ser estabelecida no marco das leis e instituições.
.# 2 novembro 2009 as 12:18
Leonardo Brant (autor) disse:
A selva está cada vez mais perigosa. E esses mecanismos de participação exarcebam isso pq são frágeis, insuficientes, preguiçosos. Todos já sabemos que a Conferência não pode ser organizada dessa maneira, às pressas, para atender interesses e demandas eleitoreiras. E que o tempo destinado às discussões será sempre insuficiente. Precisamos qualificar a participação e criar processos mais maduros de participação, permanentes, articulados. E que e Conferência sirva apenas para consolidar pautas previamente levantadas, com metodologias discutidas, incorporadas, azeitadas pelo uso. Eu participei como palestrante de algumas conferências pelo Brasil. Estou chocado com a falta de compromisso com a coisa pública. Concordo com você, Nany. A responsabilidade é toda nossa. Se assistirmos a isso tudo impassíveis continuaremos a colher os frutos eternos da ditadura encrustrada em nossa maneira sub-cidadania.
.# 2 novembro 2009 as 13:00
Sergio Sobreira disse:
Fui convidado para atuar como debatedor na Conferência Municipal de Salvador. O convite veio às pressas (quase na véspera). Apesar de estar em cima da hora, aceitei acreditando que a causa era justa e o espaço nobre. Decepção!
O que vi foi um democratismo de quinta. Após as falas da mesa (o palestrante central, eu e outro debatedor), o que se seguiu foi uma festival de asneiras e barbáries, gente tomando microfone da mão de outro, gritos, empurrões, discursos gritados e datados, palavras de ordem promovendo a desordem, enfim, nada que efetivamente pudesse ser lido, considerado, apropriado como debate.
Estava claro que muitas das pessoas não sabiam o que estavam fazendo ali. Uns tinha ido na esperança de ver-ouvir anúncios de verbas e mudanças, outros só queriam se promover, alguns erguiam palanques para tirar proveito eleitoreiro sórdido, outros tantos choravam as pitangas de sempre.
Por mais que a dimensão apolínea - da forma, do trabalho, da organizaçao - tenha dificuldade de entendimento e interseção com a dimensão dionísiaca - da arte, da criação, da expressão, portanto livre, irreverente, apaixonada - ainda assim quero crer que estes mundos são possíveis de conviver e dialogar. Antes, temos de aprender uns e outros os valores, os ritos, as pulsões de cada um. Só assim se construirá diálogos entre forma e conteúdo, entre impulso criativo e materialização de sonhos. Por enquanto, o que temos é apenas o simulacro, a enganação de que estamos todos (quem, cara pálida?) construindo juntos (quem mesmo?) a tal política pública de cultura.
.# 3 novembro 2009 as 0:45
Sumário disse:
Coincidência ou não - porque salta aos nossos olhos os equívocos ou pressa em fazer as conferências de acordo “a cartilha” - mas neste final de semana a Rede cultural Bahia ao extremo, uma rede de entidades culturais do extremo sul da bahia que existe há tempos, estava reunida e constatou a mesma situação expressa no artigo de Brant, em relação às conferências municipais e territoriais na Bahia. São diversas situações: uma ânsia de participar e processar mudanças por parte de muitos grupos/entidades culturais; muita gente que ainda não entendeu nada e fica de mão estendida pedindo o seu quinhão; os representantes do governo tentando acertar, atropelam processos e fica impossível compreender as realidades; Não existe metodologia e até os conteúdos são copiados de forma mal feita. Além disso, existem programas e editais na Secult que estão em atrasos e todos querem saber o que há, enquanto se espera uma discussão real sobre as possibilidades de construção de políticas de culturais dessa maneira. Por isso assinamos o artigo.
.# 3 novembro 2009 as 16:13
Renata Seixas disse:
A PEC da Música, que teve sua votação adiada duas vezes, irá, novamente, a Plenário AMANHÃ, DIA 04/11, A PARTIR DAS 16H, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS!
Ainda há tempo de pedir aos deputados de seu Estado que votem a favor da Proposta. A lista de e-mail de todos os parlamentares está disponível aqui: http://www2.camara.gov.br/deputados/arquivo
A PEC, de autoria do Deputado Federal Otavio Leite, elimina os impostos sobre a música brasileira em qualquer suporte e qualquer formato: CDs, DVDs, MP3, downloads para celulares etc. O objetivo é reduzir impostos, valorizando a cultura nacional e ajudando no combate à pirataria.
Informe seus leitores, divulgue, mande e-mails aos deputados e pressione!
A direta participação de músicos, artistas, produtores e outros interessados no tema tem sido fundamental!
Maiores informações: http://www.otavioleite.com.br/pesquisa.asp?q=pec+da+musica
Twitter da PEC: http://twitter.com/pecdamusica
Twitter do Deputado Otavio Leite: http://twitter.com/otavioleite
.# 3 novembro 2009 as 16:24
clarissa disse:
Esse post me veio a calhar, uma vez que invoquei de fazer minha tese de mestrado justamente sobre Conferências Municipais de Cultura, e agora me encontro praticamente sem publicações sobre o assunto. Sem dúvida esse post, juntamente com seus comentários vão colaborar de alguma forma.
Que as Conferências Municipais são um ótimo instrumento, tanto de captação das demandas culturais como de participação social na elaboração de políticas públicas, não há dúvida. E atribuo o mérito da democratização das Políticas Culturais ao Governo Lula. Porém, é arriscado se pensar que as Conferências são um mar de rosas onde tudo fuciona como manda a cartilha, quando em minha cidade por exemplo, o cidadão comum tem qualquer conhecimento do que tenha sido a tal conferência. E os que por ventura participaram, não sabem o que foi feito dos resultados (e aqui acrescento: nada).
O instrumento existe, mas ele não faz política por si só. E fica a cargo de quem usufrui dele da “melhor” (e mais egoísta) maneira possível: elites locais e/ou grupos de interesse, que são incapazes de (ao menos tentar) apontar demandas e deliberações em prol da sociedade como um todo. Vemos agora um belo instrumento utilizado para legitimar (mal e porcamente) uma Política Cultural cheia de interesses e politicagens.
Lamentável…
obs.: se alguém porventura souber de alguma publicação sobre o assunto, por favor, entre em contato através do meu email.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES DOS POVOS – Celebrando a Renovação
no Ritmo da Vida!
Amigos (as),Estamos na contagem regressiva para a realização de mais uma Oficina de Danças Circulares! A sua participação é muito importante!
Trata-se da vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura de ciclos vitais.
“As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR, melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e da MEDITAÇÃO."
Focalizadora : Vera Martha Meneses (Aracaju-SE)
QUANDO? – Dias 05 e 06 de DEZEMBRO de 2009, das 09 às 17 horas.ONDE? – Comunidade Bom Pastor -- Rua Efrem Fernandes Fontes, 65- Bairro Santos Dumont (Próximo ao Terminal Rodoviário Maracaju), Aracaju-SE.QUANTO? – Para inscrições efetuadas até o dia 30 de novembro, o investimento será de apenas R$ 50,00. Após essa data: RS 60,00.Para participar, siga as instruções abaixo: 1- Efetue o pagamento de sua inscrição no Banco do Brasil - Ag.: 1224-6 C/C 26.192-0 - Ação cultural;2- Preencha a ficha abaixo com todos os dados solicitados (incluindo a data e o número do depósito);3- Envie-a para o seguinte e-mail: ongacaocultural@yahoo.com.br
Data do Depósito:Número de documento/depósito: Nome.:.............................................................................................................End.:................................................................................. Bairro.:........................................Cidade.:.........................................Tel.:................................ E-mail.:....................................................................Instituição/Organização/Entidade:...................................................................
OBS.: Pedimos que sua confirmação de inscrição e depósito seja efetuada o quanto antes para que possamos nos organizar com antecedência para o Encontro!!! Agradecemos desde já a compreensão, colaboração e participação de todos!
PROMOÇÃO: Ong AÇÃO CULTURAL
APOIO: Comunidade Bom Pastor
MAIS INFORMAÇÕES: (79) 8815-1116 / 3241-7925 - Maxivel; (79) 9993-4483/ 3044-8186 – Zezito
Ong Ação Cultural
http://acaoculturalse.blogspot.com
http://www.youtube.com/watch?v=n3l5aGVmCzI
Agradecemos o repasse desse e-mail para outros amigos interessadas!
"Quanto mais você glorifica e celebra sua vida, mais você tem na vida para celebrar."
-- Oprah Winfrey
"A melhor maneira de ser feliz é contribuir
para a felicidade dos outros."
-- Confúcio
A dança da vida.
Segundo Alcino Ferreira e Clemente Lizana(in memorian), no texto “A questão do corpo nos movimentos populares”, educadores populares da Equipe Habeas Corpus de Recife: “Os nossos corpos são portadores, por assim dizer, de feridas e de cicatrizes imprimidas pela organização do universo político e pela repressão social.” Já Frei Betto, em artigo de sua autoria intitulado corpo cósmico, afirma: “Esse corpo que somos dorme e sonha, sofre e goza, sabe-se feliz ou contrai-se em tristeza, esbanja saúde ou fragiliza-se na doença. Sobretudo, é capaz de algo inacessível a todos os outros animais: sorrir . E, no entanto, ainda vivemos num mundo submerso em lágrimas. Porque esse corpo, provido de sentimentos e emoções, guarda rancores, iras e ódios, embora tão capaz de compaixão, ternura e amor.”Toda esta reflexão, se colocada durante as décadas de 60 e 70 como ponto de partida, para discussão de um projeto coletivo junto a pessoas e grupos que atuam junto a movimentos populares, ONGs e grupos religiosos, seria no mínimo estranho, ou acusada de estar querendo desviar o potencial de mobilização das massas. Como a maioria das lideranças daquela época não percebeu a importância de valorização dos aspectos ligados a cultura, ao corpo, a espiritualidade e a subjetividade, algumas reações vieram a tona, como: o cansaço, a perda do sentido do projeto político, o martírio do corpo no exercício da militância que traria, no amanhecer, a revolução. Já no momento atual, constata-se a partir da contribuição de pensadores engajados , principalmente aqueles ligados aos estudos da filosofia, das tradições religiosas e da psicologia que um dos principais problemas que impedem a construção de homens e mulheres novos e uma efetiva mudança das estruturas sociais é exatamente esta visão fragmentada, dividida e separada das questões que nos dizem respeito, tanto em termos do ser individual, como do ser coletivo.Urge, parafraseando Proust: buscarmos a unidade perdida, afinal dividimos o mundo em territórios. Quebramos a unidade do conhecimento e do ser. Para os cientistas, damos a natureza; aos filósofos, a mente; para os artistas o belo; aos teólogos, a alma. A própria ciência foi fragmentada de tal forma que, por falta de aproximação e entendimento de profissionais dos ramos diversos, muitos projetos fracassam(ram) com possibilidade inclusive de comprometer a sobrevivência das espécies e do próprio planeta. Com o objetivo de possibilitar a colagem das partes, diversos filósofos, cientistas, teólogos, psicólogos, artistas e educadores estão buscando no resgate da tradição em diálogo com as descobertas e insights atuais, algumas saídas para a crise individual, social e planetária que aflige a todos nós no inicio deste novo século.Um destes nomes é o de Bernhard Wosien, bailarino e coreógrafo alemão que, inspirado pelo imenso potencial das danças folclóricas, e após intensa pesquisa baseada principalmente na tradição alemã, criou em 1976 um movimento intitulado “Danças Circulares Sagradas”, que nasceu na comunidade espiritualista de Findhorn, no norte da Escócia.O resgate dessas danças representa uma retomada de antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas, acrescidas de novas criações, coreografias, ritmos e significações próprias do homem inserido na realidade atual.Aqui em nossa região, no ano de 1999, o Cenap (Centro Nordestino de Animação Popular) inicia uma série de oficinas com William Walle, em Recife (após esse momento, outras cidades da região foram incluídas), e através de outros focalizadores, como Álvaro Pantoja.Através das danças circulares, algumas questões tratadas no texto: “A questão do corpo nos movimentos populares”, escrito no final da década de 80, por Clemente Lizana (in memoriam) e Alcino Ferreira podem ser trabalhadas, são problemas de comportamento que freiam o avanço dos processos coletivos decorrentes do:· Individualismo, · Da concorrência, · Da vontade de dominar os outros ou da subserviência, · Da intolerância perante as colocações alheias,· Da falta de confiança nas capacidades próprias, · Da desconfiança nos outros, · Do acanhamento, · Da falta de vitalidade e da passividade, · Da incapacidade de se concentrar.Como já sabemos, estas condutas são provocadas e incentivadas, de mil maneiras, para garantir a reprodução do atual modelo sócio–político-econômico-cultural injusto e excludente.
José de Oliveira Santos “Zezito” – Professor de Historia, sócio da ONG Ação Cultural. zezito2002@ig.com.br
Amigos (as),Estamos na contagem regressiva para a realização de mais uma Oficina de Danças Circulares! A sua participação é muito importante!
Trata-se da vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura de ciclos vitais.
“As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR, melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e da MEDITAÇÃO."
Focalizadora : Vera Martha Meneses (Aracaju-SE)
QUANDO? – Dias 05 e 06 de DEZEMBRO de 2009, das 09 às 17 horas.ONDE? – Comunidade Bom Pastor -- Rua Efrem Fernandes Fontes, 65- Bairro Santos Dumont (Próximo ao Terminal Rodoviário Maracaju), Aracaju-SE.QUANTO? – Para inscrições efetuadas até o dia 30 de novembro, o investimento será de apenas R$ 50,00. Após essa data: RS 60,00.Para participar, siga as instruções abaixo: 1- Efetue o pagamento de sua inscrição no Banco do Brasil - Ag.: 1224-6 C/C 26.192-0 - Ação cultural;2- Preencha a ficha abaixo com todos os dados solicitados (incluindo a data e o número do depósito);3- Envie-a para o seguinte e-mail: ongacaocultural@yahoo.com.br
Data do Depósito:Número de documento/depósito: Nome.:.............................................................................................................End.:................................................................................. Bairro.:........................................Cidade.:.........................................Tel.:................................ E-mail.:....................................................................Instituição/Organização/Entidade:...................................................................
OBS.: Pedimos que sua confirmação de inscrição e depósito seja efetuada o quanto antes para que possamos nos organizar com antecedência para o Encontro!!! Agradecemos desde já a compreensão, colaboração e participação de todos!
PROMOÇÃO: Ong AÇÃO CULTURAL
APOIO: Comunidade Bom Pastor
MAIS INFORMAÇÕES: (79) 8815-1116 / 3241-7925 - Maxivel; (79) 9993-4483/ 3044-8186 – Zezito
Ong Ação Cultural
http://acaoculturalse.blogspot.com
http://www.youtube.com/watch?v=n3l5aGVmCzI
Agradecemos o repasse desse e-mail para outros amigos interessadas!
"Quanto mais você glorifica e celebra sua vida, mais você tem na vida para celebrar."
-- Oprah Winfrey
"A melhor maneira de ser feliz é contribuir
para a felicidade dos outros."
-- Confúcio
A dança da vida.
Segundo Alcino Ferreira e Clemente Lizana(in memorian), no texto “A questão do corpo nos movimentos populares”, educadores populares da Equipe Habeas Corpus de Recife: “Os nossos corpos são portadores, por assim dizer, de feridas e de cicatrizes imprimidas pela organização do universo político e pela repressão social.” Já Frei Betto, em artigo de sua autoria intitulado corpo cósmico, afirma: “Esse corpo que somos dorme e sonha, sofre e goza, sabe-se feliz ou contrai-se em tristeza, esbanja saúde ou fragiliza-se na doença. Sobretudo, é capaz de algo inacessível a todos os outros animais: sorrir . E, no entanto, ainda vivemos num mundo submerso em lágrimas. Porque esse corpo, provido de sentimentos e emoções, guarda rancores, iras e ódios, embora tão capaz de compaixão, ternura e amor.”Toda esta reflexão, se colocada durante as décadas de 60 e 70 como ponto de partida, para discussão de um projeto coletivo junto a pessoas e grupos que atuam junto a movimentos populares, ONGs e grupos religiosos, seria no mínimo estranho, ou acusada de estar querendo desviar o potencial de mobilização das massas. Como a maioria das lideranças daquela época não percebeu a importância de valorização dos aspectos ligados a cultura, ao corpo, a espiritualidade e a subjetividade, algumas reações vieram a tona, como: o cansaço, a perda do sentido do projeto político, o martírio do corpo no exercício da militância que traria, no amanhecer, a revolução. Já no momento atual, constata-se a partir da contribuição de pensadores engajados , principalmente aqueles ligados aos estudos da filosofia, das tradições religiosas e da psicologia que um dos principais problemas que impedem a construção de homens e mulheres novos e uma efetiva mudança das estruturas sociais é exatamente esta visão fragmentada, dividida e separada das questões que nos dizem respeito, tanto em termos do ser individual, como do ser coletivo.Urge, parafraseando Proust: buscarmos a unidade perdida, afinal dividimos o mundo em territórios. Quebramos a unidade do conhecimento e do ser. Para os cientistas, damos a natureza; aos filósofos, a mente; para os artistas o belo; aos teólogos, a alma. A própria ciência foi fragmentada de tal forma que, por falta de aproximação e entendimento de profissionais dos ramos diversos, muitos projetos fracassam(ram) com possibilidade inclusive de comprometer a sobrevivência das espécies e do próprio planeta. Com o objetivo de possibilitar a colagem das partes, diversos filósofos, cientistas, teólogos, psicólogos, artistas e educadores estão buscando no resgate da tradição em diálogo com as descobertas e insights atuais, algumas saídas para a crise individual, social e planetária que aflige a todos nós no inicio deste novo século.Um destes nomes é o de Bernhard Wosien, bailarino e coreógrafo alemão que, inspirado pelo imenso potencial das danças folclóricas, e após intensa pesquisa baseada principalmente na tradição alemã, criou em 1976 um movimento intitulado “Danças Circulares Sagradas”, que nasceu na comunidade espiritualista de Findhorn, no norte da Escócia.O resgate dessas danças representa uma retomada de antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas, acrescidas de novas criações, coreografias, ritmos e significações próprias do homem inserido na realidade atual.Aqui em nossa região, no ano de 1999, o Cenap (Centro Nordestino de Animação Popular) inicia uma série de oficinas com William Walle, em Recife (após esse momento, outras cidades da região foram incluídas), e através de outros focalizadores, como Álvaro Pantoja.Através das danças circulares, algumas questões tratadas no texto: “A questão do corpo nos movimentos populares”, escrito no final da década de 80, por Clemente Lizana (in memoriam) e Alcino Ferreira podem ser trabalhadas, são problemas de comportamento que freiam o avanço dos processos coletivos decorrentes do:· Individualismo, · Da concorrência, · Da vontade de dominar os outros ou da subserviência, · Da intolerância perante as colocações alheias,· Da falta de confiança nas capacidades próprias, · Da desconfiança nos outros, · Do acanhamento, · Da falta de vitalidade e da passividade, · Da incapacidade de se concentrar.Como já sabemos, estas condutas são provocadas e incentivadas, de mil maneiras, para garantir a reprodução do atual modelo sócio–político-econômico-cultural injusto e excludente.
José de Oliveira Santos “Zezito” – Professor de Historia, sócio da ONG Ação Cultural. zezito2002@ig.com.br
Renascendo nos Mistérios Femininos
Circulo de Mulheres
“Eu só o inicio e o fim ,o nascido e não nascido , a vida e a morte ,eu sou infinita no espiral do mistério feminino, sagrada na espiritualidade das Mulheres”
Na Terra as grutas e santuários naturais são os lugares de sabedoria interior que existem no seu território, são conexões entre a morte e a vida, entre a superfície e o mundo subterrâneo, lugares da Deusa onde todo o tempo e presente.
Em nós mulheres este santuário manifesta-se nas profundezas uterinas de nosso ser, convidamos vocês a realizar juntas esta viagem e descender pelo Espiral Feminino que nos leva a nosso interior, onde estão guardados os secretos mas profundos e não tocados, ali estão nossas visões e sonhos, sensações e intuições que nos conduzem a perceber e aprofundar a verdade de nosso ser.
E através das danças, musicas, falas e rituais manifestar a espiritualidade das Mulheres, a magia, a profecia e a celebração do nascimento e renascimento na força da vida, e confirmarmos como Mulheres Sagradas.
Focalizadora: Verónica Sacta Campos, nascida no Equador, Arteducadora, Guardiã da tradição andina, tenda da lua e do Sagrado feminino. Mulher Medicina da Sauna Sagrada. Focaliza, palestras, seminários, encontros em temas holísticas, cultura de paz e Círculos de Mulheres em vários países de América, e diversos locais no Brasil. Coordenadora da ONG Caravana Arcoíris pela Paz
Data: Domingo 31 de outubro.
Hora: 9h30 as17h00
Valor: $ 80 Reais Local: UNIPAZ Sergipe –Av. Beira Mar, s/nº Parque dos Cajueiros
Bairro Farolândia -Aracaju – SE, Brasil.
Inscrições antecipadas e informes:
Verônica: 79-88486848
Mercia: 79-88178589
Realização: Caravana Arcoiris por la Paz e UNIPAZ-SE
veronica.sacta@gmail.com
www.caravanaarcoiris.blogspot.com
Veronica Sacta Campos
Caravana Arcoiris por la Paz
79-88486848
http://www.caravanaarcoiris.blogspot.com
Abertas as inscrições de propostas de apresentações para o 35º Encontro Cultural de Laranjeiras
Estão abertas as inscrições de propostas para a seleção de atividades artísticas de culturais para o 35º Encontro Cultural de Laranjeiras, que será realizado entre os dias 07 e 10 de janeiro de 2010.
Os interessados devem preencher o "Modelo de propostas" (em anexo), que está disponível no site da prefeitura (http://www.laranjeiras.se.gov.br) e na Secretaria Municipal de Cultura, e entregar (pessoalmente ou via correio) até as 18h00 do dia 13 de novembro de 2009 no endereço abaixo:
Secretaria Municipal de Cultura
XXXV Encontro Cultural de Laranjeiras
Comissão de seleção de atividades artísticas e culturais
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe.
O envio de currículo ou portifólio (CD, DVD, cartazes, folders, recortes de jornais, etc.) é opcional, porém colaborará para o entendimento da atividade por parte dos membros da Comissão de Seleção de Atividades Artísticas e Culturais.
O resultado final será divulgado no dia 30 de novembro de 2009 no mural da Prefeitura Municipal de Laranjeiras e na internet (http://www.laranjeiras.se.gov.br). Somente os proponentes selecionados serão contatados a fim de que estes enviem a documentação necessária para a formalização dos contratos com a Prefeitura.
---
Prefeitura Municipal de Laranjeiras - Secretaria de Cultura (SECULT)
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe
Fone/Fax: (79) 3281-1332 - E-mail: cultura@laranjeiras.se.gov.br
Site: http://www.laranjeiras.se.gov.br/
Os interessados devem preencher o "Modelo de propostas" (em anexo), que está disponível no site da prefeitura (http://www.laranjeiras.se.gov.br) e na Secretaria Municipal de Cultura, e entregar (pessoalmente ou via correio) até as 18h00 do dia 13 de novembro de 2009 no endereço abaixo:
Secretaria Municipal de Cultura
XXXV Encontro Cultural de Laranjeiras
Comissão de seleção de atividades artísticas e culturais
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe.
O envio de currículo ou portifólio (CD, DVD, cartazes, folders, recortes de jornais, etc.) é opcional, porém colaborará para o entendimento da atividade por parte dos membros da Comissão de Seleção de Atividades Artísticas e Culturais.
O resultado final será divulgado no dia 30 de novembro de 2009 no mural da Prefeitura Municipal de Laranjeiras e na internet (http://www.laranjeiras.se.gov.br). Somente os proponentes selecionados serão contatados a fim de que estes enviem a documentação necessária para a formalização dos contratos com a Prefeitura.
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Prefeitura Municipal de Laranjeiras - Secretaria de Cultura (SECULT)
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 34 - Laranjeiras – Sergipe
Fone/Fax: (79) 3281-1332 - E-mail: cultura@laranjeiras.se.gov.br
Site: http://www.laranjeiras.se.gov.br/
Le Monde: No Rio de Janeiro, uma polícia de comportamento criminoso
27/10/2009
Jean-Pierre Langellier
Jornal Le Monde (França)
Muitas vezes corrupta e brutal, a polícia militar do Estado do Rio de Janeiro tem uma má reputação. Dois de seus membros acabam de cometer um vergonhoso ato criminal, que está causando revolta geral. O escândalo data de 18 de outubro.
Nessa noite, em uma rua do centro do Rio, o educador social Evandro João da Silva, 42, coordenador da AfroReggae, uma ONG que busca conter a violência nas favelas, foi morto por dois indivíduos. Seus agressores roubaram sua jaqueta e um par de tênis. Atingido no abdômen, a vítima agonizou na calçada.
As câmeras de segurança, que registraram a cena, revelaram o que aconteceu na sequência, ainda mais grave. Trinta segundos após o assassinato, uma viatura de polícia que fazia uma ronda, com o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles a bordo, passou diante do ferido sem prestar socorro.
Pouco depois, os policiais capturaram os dois agressores, e em seguida os liberaram após terem "recuperado" a jaqueta e os sapatos. Eles não informaram ninguém sobre o assassinato, e continuaram com a patrulha noturna. Quando uma ambulância chegou, quase uma hora e meia depois do crime, a vítima já estava morta há muito tempo.
Gangrena
O caso é ainda mais comovente uma vez que o falecido, nascido em uma favela do norte do Rio, e respeitado por sua coragem e determinação, havia se tornado um "mediador de conflitos", especialmente entre os bandos de traficantes de drogas. À frente da AfroReggae, ele tentava converter os mais jovens a uma cultura da paz, e tinha boas relações com o estado-maior da Polícia Militar.
O caso torna a chamar atenção para a gangrena que corrói a instituição: em dez anos, mais de 1.700 policiais foram expulsos da corporação. Os dois assassinos continuam soltos.
Tradução: Lana Lim
Jean-Pierre Langellier
Jornal Le Monde (França)
Muitas vezes corrupta e brutal, a polícia militar do Estado do Rio de Janeiro tem uma má reputação. Dois de seus membros acabam de cometer um vergonhoso ato criminal, que está causando revolta geral. O escândalo data de 18 de outubro.
Nessa noite, em uma rua do centro do Rio, o educador social Evandro João da Silva, 42, coordenador da AfroReggae, uma ONG que busca conter a violência nas favelas, foi morto por dois indivíduos. Seus agressores roubaram sua jaqueta e um par de tênis. Atingido no abdômen, a vítima agonizou na calçada.
As câmeras de segurança, que registraram a cena, revelaram o que aconteceu na sequência, ainda mais grave. Trinta segundos após o assassinato, uma viatura de polícia que fazia uma ronda, com o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles a bordo, passou diante do ferido sem prestar socorro.
Pouco depois, os policiais capturaram os dois agressores, e em seguida os liberaram após terem "recuperado" a jaqueta e os sapatos. Eles não informaram ninguém sobre o assassinato, e continuaram com a patrulha noturna. Quando uma ambulância chegou, quase uma hora e meia depois do crime, a vítima já estava morta há muito tempo.
Gangrena
O caso é ainda mais comovente uma vez que o falecido, nascido em uma favela do norte do Rio, e respeitado por sua coragem e determinação, havia se tornado um "mediador de conflitos", especialmente entre os bandos de traficantes de drogas. À frente da AfroReggae, ele tentava converter os mais jovens a uma cultura da paz, e tinha boas relações com o estado-maior da Polícia Militar.
O caso torna a chamar atenção para a gangrena que corrói a instituição: em dez anos, mais de 1.700 policiais foram expulsos da corporação. Os dois assassinos continuam soltos.
Tradução: Lana Lim
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju
Uma grande mobilização nacional está acontecendo e Aracaju está presente neste processo. Sob a orientação do regimento interno da Conferência Nacional de Cultura, todos os municípios brasileiros devem realizar suas conferencias até o dia 31 deste ano, onde serão eleitos os delegados para as Conferências Estadual e Nacional.
Com o tema "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento", a II Conferência Municipal de Cultura será realizada nos dias 30 e 31 de outubro no Parque da Sementeira.
A Conferência é um espaço para a participação social onde ocorre a articulação entre o município e a sociedade civil para analisar a conjuntura da área cultural e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de cultura, que conformarão o Plano Municipal de Cultura.
Postado por II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju às 12:28 0 comentários
Marcadores: geral
Assinar: Postagens (Atom)
Programação
Confira abaixo a programação da II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju:
Dia 30 de outubro
8h às 10h - Credenciamento
9h - Solenidade de abertura
9:30h - Aprovação do Regimento
10h - Palestra: Cultura, Cidadania, Diversidade e Desenvolvimento
Palestrante: Elder Vieira (MinC)
Apresentação dos Objetivos e Metodologia da II Conferência Municipal de Cultura
Palestrante: Fabiana Peixoto (MinC)
Explanação dos Eixos Temáticos
Palestrante: Facilitadores dos grupos
12h - Almoço
13h- Início das atividades dos grupos de trabalho
15h- Coffe Break
15:15h - Retorno das atividades dos grupos de trabalho
17:00h - Encerramento das atividades dos grupos no 1º dia
Dia 31 de outubro
8h - Plenária final
12h - Encerramento
Inscrições e Credenciamento
Para se inscrever é necessário baixar a ficha de inscrição que está disponivel no site da prefeitura de Aracaju http://www.aracaju.se.gov.br/ ou ir na Funcaju, que fica situada na rua de estância nº 39, bairro Centro.
Credenciamento
O credenciamento permite que você possa ter direito a voto e a candidatar-se na plenária final, onde serão eleitos os delegados para a Conferência Estadual de Cultura.
O credenciamento será realizado no dia 30, das 08 às 10h da manhã.
Eixos Temáticos
EIXOS TEMÁTICOS
I - PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL
Foco: Produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação
– Produção de Arte e Bens Simbólicos
– Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais
– Cultura, Educação e Criatividade
– Cultura, Comunicação e Democracia
II - CULTURA, CIDADE E CIDADANIA
Foco: Cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais
– Cidade como Fenômeno Cultural
– Memória e Transformação Social
– Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais
III - CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foco: A importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento
– Centralidade e Transversalidade da Cultura
– Cultura, Território e Desenvolvimento Local
– Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo
IV - CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
Foco: Economia criativa como estratégia de desenvolvimento
– Financiamento da Cultura
– Sustentabilidade das Cadeias Produtivas da Cultura
– Geração de Trabalho e Renda
V - GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA
Foco: Fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura
– Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura
– Planos Nacional, Estaduais, Municipais, Regionais e Setoriais de Cultura
– Sistemas de Informações e Indicadores Culturais
Com o tema "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento", a II Conferência Municipal de Cultura será realizada nos dias 30 e 31 de outubro no Parque da Sementeira.
A Conferência é um espaço para a participação social onde ocorre a articulação entre o município e a sociedade civil para analisar a conjuntura da área cultural e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de cultura, que conformarão o Plano Municipal de Cultura.
Postado por II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju às 12:28 0 comentários
Marcadores: geral
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Programação
Confira abaixo a programação da II Conferência Municipal de Cultura de Aracaju:
Dia 30 de outubro
8h às 10h - Credenciamento
9h - Solenidade de abertura
9:30h - Aprovação do Regimento
10h - Palestra: Cultura, Cidadania, Diversidade e Desenvolvimento
Palestrante: Elder Vieira (MinC)
Apresentação dos Objetivos e Metodologia da II Conferência Municipal de Cultura
Palestrante: Fabiana Peixoto (MinC)
Explanação dos Eixos Temáticos
Palestrante: Facilitadores dos grupos
12h - Almoço
13h- Início das atividades dos grupos de trabalho
15h- Coffe Break
15:15h - Retorno das atividades dos grupos de trabalho
17:00h - Encerramento das atividades dos grupos no 1º dia
Dia 31 de outubro
8h - Plenária final
12h - Encerramento
Inscrições e Credenciamento
Para se inscrever é necessário baixar a ficha de inscrição que está disponivel no site da prefeitura de Aracaju http://www.aracaju.se.gov.br/ ou ir na Funcaju, que fica situada na rua de estância nº 39, bairro Centro.
Credenciamento
O credenciamento permite que você possa ter direito a voto e a candidatar-se na plenária final, onde serão eleitos os delegados para a Conferência Estadual de Cultura.
O credenciamento será realizado no dia 30, das 08 às 10h da manhã.
Eixos Temáticos
EIXOS TEMÁTICOS
I - PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL
Foco: Produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação
– Produção de Arte e Bens Simbólicos
– Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais
– Cultura, Educação e Criatividade
– Cultura, Comunicação e Democracia
II - CULTURA, CIDADE E CIDADANIA
Foco: Cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais
– Cidade como Fenômeno Cultural
– Memória e Transformação Social
– Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais
III - CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foco: A importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento
– Centralidade e Transversalidade da Cultura
– Cultura, Território e Desenvolvimento Local
– Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo
IV - CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
Foco: Economia criativa como estratégia de desenvolvimento
– Financiamento da Cultura
– Sustentabilidade das Cadeias Produtivas da Cultura
– Geração de Trabalho e Renda
V - GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA
Foco: Fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura
– Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura
– Planos Nacional, Estaduais, Municipais, Regionais e Setoriais de Cultura
– Sistemas de Informações e Indicadores Culturais
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Economia da Cultura
Um dos focos da política cultural sergipana
Por Eloísa Galdino*
Há algo novo na política cultural sergipana, uma forma nova de olhar e tratar a cultura. Não, não deixamos de entendê-la como o conjunto de referências simbólicas que caracterizam as sociedades, formam identidades e influenciam os nossos fazeres nas mais diferentes áreas. Também não deixamos de acreditar e trabalhar pela preservação dos nossos acervos material e imaterial, por nossa memória e por nossa história. Mas resolvemos - de olho no que já acontece internacionalmente - tratar a cultura para além das suas dimensões estética , moral e sociológica; e passamos a trabalhar a cultura também em sua dimensão econômica e produtiva. Em outros termos, incorporamos o conceito de Economia da Cultura às ações da Secretaria de Estado da Cultura – Secult. E o que isso significa?
Primeiro, aqui cabe uma contextualização a partir de um dos temas mais debatidos no século XX: a indústria cultural. E lá se vão 45 anos desde que Umberto Eco azeitou esse debate com o clássico “Apocalípticos e Integrados”, no qual o pensador italiano, com propriedade, evidenciou os equívocos do que se convencionou chamar de “duas alas” da Escola de Frankfurt. O ponto crucial dessa discussão sempre foi os efeitos da indústria cultural sobre a cultura popular, a erudita, e o constante anseio pela preservação dos valores culturais mais legítimos das sociedades. Era, em verdade, um debate sobre o que aconteceria com as sociedades a partir da “mercantilização” da cultura.
O tempo passou e essa discussão foi mais ou menos superada, abrindo espaço para outros debates sobre o tema. Nesse ínterim, ela, a cultura, mostrou sua capacidade de superar as visões apocalípticas, adaptando-se aos novos tempos, linguagens e formatos da sociedade da informação. A cultura se mostrou capaz de fazer-se e refazer-se sem nunca perder a sua força; e foi capaz de incorporar novos fazeres para se dizer digital, dialogando com a aldeia global para divulgar práticas e manifestações das mais variadas tribos. Esse percurso trouxe, também, o entendimento da cultura como um dos setores economicamente dinâmicos e ativos da nossa sociedade.
É disso que trata a Economia da Cultura, conceito novo e com uma relação direta com outros conceitos (igualmente novos) , como é o caso da Economia Criativa e/ou do Conhecimento. Trata do entendimento de que a cultura também produz negócios, movimenta a economia, gera emprego e renda e pode, portanto, ser encarada como um vetor do desenvolvimento sustentável das mais variadas sociedades. E isso com um traço que faz toda a diferença: por “alimentar” a alma, o pensamento e a reflexão diante do mundo, a cultura é um setor da economia que pode e deve contribuir para a inclusão social e para o avanço da sociedade da informação.
É assim que encaramos a cultura, como um setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social. É por isso que estamos pegando régua e compasso para desenhar o nosso projeto de Economia da Cultura, assumindo, enquanto Governo, o papel de articulação, fomento e regulação da política estadual de cultura.
Queremos romper com a clássica cena dos nossos produtores e artistas com o “pires na mão” a pedir ajuda para as suas produções. Assumiremos o nosso papel de tratar a cultura como política pública, mas de uma forma que possamos estimular a formação, a capacitação e o desenvolvimento das cadeias produtivas que essa área pode engendrar. Queremos plantar a semente de um movimento cultural autônomo, com conexões claras e legitimas com o setor produtivo, seja através dos incentivos fiscais, seja através do apoio ao empreendedorismo.
É longo o caminho a trilhar em busca da consolidação de uma nova política cultural. Ela não é pra já, mas precisamos começar. Delimitamos os objetos e o espaço geográfico: preservação do patrimônio e turismo cultural, em São Cristóvão e Laranjeiras. A ideia é fazer das nossas cidades-patrimônio modelos de desenvolvimento a partir da cultura, estimulando a preservação do seu acervo pela própria comunidade que habita nessas cidades.
Em total sintonia com os princípios que norteiam a política cultural desenvolvida pelo Ministério da Cultura, queremos que as populações das nossas cidades-patrimônio possam se apropriar do seu potencial turístico. É uma visão que busca trabalhar uma ampla cadeia produtiva que vá do brincante ao empresário, todos articulados, movimentando a cidade, fazendo circular produtos, ideias e dinheiro. E o mais importante: todos juntos preservando nosso patrimônio, nossa identidade e nossos valores culturais, porque toda essa riqueza estará produzindo emprego, renda, inclusão, e, principalmente, cidadania.
*Secretária de Estado da Cultura de Sergipe
Por Eloísa Galdino*
Há algo novo na política cultural sergipana, uma forma nova de olhar e tratar a cultura. Não, não deixamos de entendê-la como o conjunto de referências simbólicas que caracterizam as sociedades, formam identidades e influenciam os nossos fazeres nas mais diferentes áreas. Também não deixamos de acreditar e trabalhar pela preservação dos nossos acervos material e imaterial, por nossa memória e por nossa história. Mas resolvemos - de olho no que já acontece internacionalmente - tratar a cultura para além das suas dimensões estética , moral e sociológica; e passamos a trabalhar a cultura também em sua dimensão econômica e produtiva. Em outros termos, incorporamos o conceito de Economia da Cultura às ações da Secretaria de Estado da Cultura – Secult. E o que isso significa?
Primeiro, aqui cabe uma contextualização a partir de um dos temas mais debatidos no século XX: a indústria cultural. E lá se vão 45 anos desde que Umberto Eco azeitou esse debate com o clássico “Apocalípticos e Integrados”, no qual o pensador italiano, com propriedade, evidenciou os equívocos do que se convencionou chamar de “duas alas” da Escola de Frankfurt. O ponto crucial dessa discussão sempre foi os efeitos da indústria cultural sobre a cultura popular, a erudita, e o constante anseio pela preservação dos valores culturais mais legítimos das sociedades. Era, em verdade, um debate sobre o que aconteceria com as sociedades a partir da “mercantilização” da cultura.
O tempo passou e essa discussão foi mais ou menos superada, abrindo espaço para outros debates sobre o tema. Nesse ínterim, ela, a cultura, mostrou sua capacidade de superar as visões apocalípticas, adaptando-se aos novos tempos, linguagens e formatos da sociedade da informação. A cultura se mostrou capaz de fazer-se e refazer-se sem nunca perder a sua força; e foi capaz de incorporar novos fazeres para se dizer digital, dialogando com a aldeia global para divulgar práticas e manifestações das mais variadas tribos. Esse percurso trouxe, também, o entendimento da cultura como um dos setores economicamente dinâmicos e ativos da nossa sociedade.
É disso que trata a Economia da Cultura, conceito novo e com uma relação direta com outros conceitos (igualmente novos) , como é o caso da Economia Criativa e/ou do Conhecimento. Trata do entendimento de que a cultura também produz negócios, movimenta a economia, gera emprego e renda e pode, portanto, ser encarada como um vetor do desenvolvimento sustentável das mais variadas sociedades. E isso com um traço que faz toda a diferença: por “alimentar” a alma, o pensamento e a reflexão diante do mundo, a cultura é um setor da economia que pode e deve contribuir para a inclusão social e para o avanço da sociedade da informação.
É assim que encaramos a cultura, como um setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social. É por isso que estamos pegando régua e compasso para desenhar o nosso projeto de Economia da Cultura, assumindo, enquanto Governo, o papel de articulação, fomento e regulação da política estadual de cultura.
Queremos romper com a clássica cena dos nossos produtores e artistas com o “pires na mão” a pedir ajuda para as suas produções. Assumiremos o nosso papel de tratar a cultura como política pública, mas de uma forma que possamos estimular a formação, a capacitação e o desenvolvimento das cadeias produtivas que essa área pode engendrar. Queremos plantar a semente de um movimento cultural autônomo, com conexões claras e legitimas com o setor produtivo, seja através dos incentivos fiscais, seja através do apoio ao empreendedorismo.
É longo o caminho a trilhar em busca da consolidação de uma nova política cultural. Ela não é pra já, mas precisamos começar. Delimitamos os objetos e o espaço geográfico: preservação do patrimônio e turismo cultural, em São Cristóvão e Laranjeiras. A ideia é fazer das nossas cidades-patrimônio modelos de desenvolvimento a partir da cultura, estimulando a preservação do seu acervo pela própria comunidade que habita nessas cidades.
Em total sintonia com os princípios que norteiam a política cultural desenvolvida pelo Ministério da Cultura, queremos que as populações das nossas cidades-patrimônio possam se apropriar do seu potencial turístico. É uma visão que busca trabalhar uma ampla cadeia produtiva que vá do brincante ao empresário, todos articulados, movimentando a cidade, fazendo circular produtos, ideias e dinheiro. E o mais importante: todos juntos preservando nosso patrimônio, nossa identidade e nossos valores culturais, porque toda essa riqueza estará produzindo emprego, renda, inclusão, e, principalmente, cidadania.
*Secretária de Estado da Cultura de Sergipe
domingo, 18 de outubro de 2009
Câmara aprova vale-cultura e inclui aposentados
fonte: O Globo Online - Evandro Éboli
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira a criação do vale-cultura, programa que garantirá um vale de R$ 50 mensais ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos.
O vale servirá para incentivar a frequência a cinemas, teatros, shows e museus, além da aquisição de livros. Os funcionários públicos federais também serão contemplados: o texto prevê que estados e municípios poderão conceder esse direito a seus servidores.
A oposição conseguiu incluir no projeto um artigo que prevê a concessão do vale-cultura também para aposentados - proposta que não tem o apoio do governo.
A empresa que aderir ao Programa Cultura do Trabalhador terá benefícios fiscais. Segundo a relatora do projeto, deputada Manuela D Ávila (PCdoB-RS), estima-se que o programa injetará R$ 3 bilhões por ano no setor cultural. O trabalhador terá descontado de seu salário o máximo de 10% do valor do vale-cultura (no máximo R$ 5).
No caso dos aposentados, o benefício será de R$ 30 por mês para quem recebe até cinco salários mínimos. Manuela calcula que, com os aposentados, o programa injetaria mais de R$ 4 bilhões por ano na cultura, chegando a um total de R$ 7 bilhões. Ela disse, porém, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará esse artigo, caso seja aprovado também no Senado, onde o projeto vai tramitar agora. É que caberia ao INSS, que não pode se beneficiar da isenção fiscal, pagar esses R$ 4 bilhões.
- A chance de o Lula vetar é grande - disse Manuela.
O governo resistiu à ideia de conceder o vale-cultura aos aposentados. A emenda foi apresentada pelo líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), e contou inicialmente com apoio de DEM e PSDB. No momento de votar o recurso para a inclusão desta emenda na discussão, até deputados governistas se juntaram à oposição. O placar foi de 201 a 133 a favor dos aposentados.
Na votação da emenda, aprovada simbolicamente, o PT votou a favor dos aposentados. Em plenário, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo, também anunciou que Lula vetará o artigo.
Durante os debates, oposição e governo duelaram. O líder do PSDB, José Aníbal (SP), disse que o governo Lula não gosta de aposentados e, por isso, vetou, a princípio, a inclusão dessa categoria como beneficiária do vale-cultura. O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), reagiu e lembrou uma frase atribuída ao ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), que associou aposentados precoces a vagabundos.
Os papéis se inverteram quando foi votado, e aprovado, o destaque da relatora que incluía servidores públicos estaduais e municipais (e do Distrito Federal) como beneficiários. A oposição criticou.
- É uma medida eleitoreira e demagógica - disse Aníbal.
Num último lance, o DEM tentou aprovar uma emenda que pretendia excluir do projeto a proibição de pagar o vale-cultura em dinheiro. Mas a oposição foi derrotada.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira a criação do vale-cultura, programa que garantirá um vale de R$ 50 mensais ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos.
O vale servirá para incentivar a frequência a cinemas, teatros, shows e museus, além da aquisição de livros. Os funcionários públicos federais também serão contemplados: o texto prevê que estados e municípios poderão conceder esse direito a seus servidores.
A oposição conseguiu incluir no projeto um artigo que prevê a concessão do vale-cultura também para aposentados - proposta que não tem o apoio do governo.
A empresa que aderir ao Programa Cultura do Trabalhador terá benefícios fiscais. Segundo a relatora do projeto, deputada Manuela D Ávila (PCdoB-RS), estima-se que o programa injetará R$ 3 bilhões por ano no setor cultural. O trabalhador terá descontado de seu salário o máximo de 10% do valor do vale-cultura (no máximo R$ 5).
No caso dos aposentados, o benefício será de R$ 30 por mês para quem recebe até cinco salários mínimos. Manuela calcula que, com os aposentados, o programa injetaria mais de R$ 4 bilhões por ano na cultura, chegando a um total de R$ 7 bilhões. Ela disse, porém, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará esse artigo, caso seja aprovado também no Senado, onde o projeto vai tramitar agora. É que caberia ao INSS, que não pode se beneficiar da isenção fiscal, pagar esses R$ 4 bilhões.
- A chance de o Lula vetar é grande - disse Manuela.
O governo resistiu à ideia de conceder o vale-cultura aos aposentados. A emenda foi apresentada pelo líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), e contou inicialmente com apoio de DEM e PSDB. No momento de votar o recurso para a inclusão desta emenda na discussão, até deputados governistas se juntaram à oposição. O placar foi de 201 a 133 a favor dos aposentados.
Na votação da emenda, aprovada simbolicamente, o PT votou a favor dos aposentados. Em plenário, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo, também anunciou que Lula vetará o artigo.
Durante os debates, oposição e governo duelaram. O líder do PSDB, José Aníbal (SP), disse que o governo Lula não gosta de aposentados e, por isso, vetou, a princípio, a inclusão dessa categoria como beneficiária do vale-cultura. O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), reagiu e lembrou uma frase atribuída ao ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), que associou aposentados precoces a vagabundos.
Os papéis se inverteram quando foi votado, e aprovado, o destaque da relatora que incluía servidores públicos estaduais e municipais (e do Distrito Federal) como beneficiários. A oposição criticou.
- É uma medida eleitoreira e demagógica - disse Aníbal.
Num último lance, o DEM tentou aprovar uma emenda que pretendia excluir do projeto a proibição de pagar o vale-cultura em dinheiro. Mas a oposição foi derrotada.
sábado, 17 de outubro de 2009
Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte/Educação
25 a 28 de novembro de 2009
O Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte/Educação terá a participação de arte/educadores, pesquisadores de arte/educação e de ensino de Arte, professores e estudantes de Arte, educadores, arte-terapeutas, artistas, organizações governamentais e não-governamentais que trabalham na área ou em áreas afins, agentes culturais, mediadores de museus e galerias e todas as pessoas interessadas em arte/educação.
Simultaneamente ao Congresso Latino Americano e Caribenho de Arte/Educação serão realizados o 19º Congresso Nacional da Federação dos Arte/Educadores do Brasil – CONFAEB e o Encontro Nacional de Arte/Educação, Cultura e Cidadania. O Encontro é uma realização conjunta do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Cultura (MINC), sob a coordenação da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Mais informações:
http://www.eba.ufmg.br/clea/
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
COMEÇA NO RIO MAPEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS COM ARTE E CULTURA
O Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) começou, em agosto, o Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura nos 92 municípios do Rio. Doze meninos e meninas – cujas vidas foram transformadas pelo contato com a arte – vão mapear projetos que reproduzam suas próprias experiências. O objetivo é identificar e registrar informações sobre grupos e organizações que trabalham em processos educativos de formação de cidadania e transformação social, permitindo o intercâmbio e a visibilidade das iniciativas fluminenses. Patrocinado pela Light, por meio da lei de incentivo do Governo do Estado, o projeto tem como parceiros o Oi Futuro e o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj).
Nos próximos quatro meses, jovens da capital, de Vassouras e de Nova Iguaçu coletarão dados que servirão de base para orientar programas e ações do setor público e fornecer um raio-X do potencial desse tipo de iniciativas. As informações farão parte do Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura, referência nacional para esse tipo de informação.
“Temos a visão de que cada vez mais a iniciativa privada deve contribuir para o fortalecimento de manifestações artísticas voltadas para crianças e jovens como forma de inserção social”, afirma o diretor do Instituto Light, Mozart Vitor Serra. Para Samara Werner, diretora de Educação do Oi Futuro, parcerias como esta fazem parte da vocação do Núcleo Avançado de Educação (Nave), idealizado para disseminar as novas tecnologias educacionais aplicadas à rede pública de ensino médio. “Além disso, o Laboratório de Interatividade Digital como espaço de intercâmbio atende ao anseio de todos nós, de estreitar os canais de comunicação com a comunidade.”
JUVENTUDE E ARTE - O Banco de Experiências faz parte do Programa Juventude Transformando com Arte, coordenado pelo CEPP, que tem ainda como ação a Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte. O evento acontece no Rio de Janeiro a cada dois anos e leva para o palco de grandes teatros algumas das experiências descobertas pelo mapeamento.
Para informar sobre grupo ou organização que desenvolva atividades regulares com arte e cultura em processos de transformação social envolvendo jovens, envie o contato (nome, telefone, e-mail) para juventudearte@juventudearte.org.br.
Veja uma reportagem sobre o trabalho do CEPP, clicando aqui
LEIA MAIS EM:
http://www.juventudearte.org.br/noticias.html
domingo, 4 de outubro de 2009
Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com Gilberto Gil
Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com Gilberto Gil sobre o evento “Cibercultura 10+10”. Para enviar sua pergunta, selecione o nome do convidado no menu de participantes. É o primeiro da lista.
Fonte: UOL
(06:59:57) cocota fala para Gilberto Gil: boa noite, giiiiiiiiiiiil!
(07:00:01) dani fala para Gilberto Gil: Qual o principal desafio para a cultura na era digital nos próximos 10 anos?
(07:01:07) Oaxiac Odéz fala para Gilberto Gil: Em suas músicas vc costuma falar sobre as inovações tecnológicas. Vc costuma acompanhar os lançamentos nessa área?
(07:02:17) Gilberto Gil: Boa noite a todos!
(07:02:26) aline fala para Gilberto Gil: Qual a importância de oficinas como a de remix que vocês realizarão (e como ela será)? Existem atualmente um bom número de oficinas de fácil acesso para jovens discutindo esse assunto?
(07:02:53) alfredo fala para Gilberto Gil: Como você adaptou sua produção como artista às novas ferramentas digitais, quando teve a percepção da importância disso?
(07:04:24) Gilberto Gil: Eu acho que não há um só desafio. São muitos desafios. Primeiro do ponto de vista da própria oferta de possibilidades técnicas que todo este mundo novo oferece para a cultura, na forma de criar cultura, nas artes, na educação, na ciência, nos vários modos de produção de conhecimento e etc. Então, temos de pensar em como estas possibilidades se tornam novas ferramentas para produção. Por exemplo, a questão da digitalização das várias formas culturais do passado, dos acervos antigos e mesmo da cultura tradicional que se produz hoje, mas a partir de novas possibilidades de digitalização, portanto, temos de ter essa visão crítica da cultura e das novas formas culturais.
(07:05:27) Gilberto Gil: Os impactos são muito grandes e variados, não há uma maneira de dizer quais campos serão mais impactados nos próximos dez anos. Há uma nova cultura, inclusive, uma nova cultura para qual nossos olhares precisam estar atentos e se adaptarem. É uma coisa muito grande!
(07:05:58) Minguita fala para Gilberto Gil: Como vai ser esse processo de interatividade a fim de que os internautas participem do “Cibercultura 10+10”?
(07:06:44) Ludmilla fala para Gilberto Gil: Olá, Gil. Quero fazer uma pergunta sobre sua música "Pela Internet". Você acredita que músicas com este tema podem, por exemplo, promover uma inclusão digital? Acredita que elas podem ensinar algo sobre internet para o público?
(07:09:24) Gilberto Gil: Oaxiac Odéz, eu sempre tive muito facínio pela tecnologia e pelas máquinas, que são uma forma mais concreta de expressão desta realidade tecnológica. As máquinas me impressionam desde cedo. Minha infância foi durante a Segunda Guerra Mundial, onde os tanques de guerra estavam presentes e tudo aquilo me causava muita impressão. Aquilo marcou e me deixou um lastro de interesse pelo desenvolvimento tecnológico. Criei um interesse pela tecnoclogia que acabou influenciando a minha própria criação mesmo. Na prisão eu escrevi "O Cérebro Eletrônico", "Vitrines". Eu não sou um usuário contumaz de nenhuma dessas novidades, até tenho dificuldade, não sou um bom operador. Não tenho intimidade com essas novidades, mas sou muito interessado. Defendo a liberdade de acesso e de uso amplo de softwares, defendo uma necessidade de que as pessoas não se aflijam, não tenham medo dessas coisas. Esta é a minha forma de me atualizar de me aproximar destas novas tecnologias. Eu não sou propriamente um ferramenteiro disso, mas procuro
(07:09:45) Erica pergunta para Gilberto Gil: Como você a cibercultura no Brasil?
(07:12:38) Gilberto Gil: Ludmilla, olha, claro que sim! Na medida em que elas são comentadas. Como estas canções tem sempre uma visão crítica, apologética, de apoio ou não-apoio, então as pessoas que ouvem estas canções são levadas a tomar suas próprias posições em relação aquilo. Isso às vezes origina interesses por aquela questão que talvez não existisse antes naqueles ouvintes. Muitos jovens vão passar a se interessar por aquilo através do contato com a música. Aquilo se torna um assunto na vida dessas pessoas, senão um assunto dominante, pelo menos um assunto periférico. Isso é transformador já em si. Muita gente remixa e refaz vídeos, músicas. Essas pessoas chegaram a isso a partir de alguma referência, eles se aproximaram do cinema e das novas tecnologias e hoje estão aí.
(07:12:46) william fala para Gilberto Gil: Gil, qual a sua sincera opnião sobre a dificuldade dos novos artistas tem de mostrar seu trabalho, já que hoje é a coisa mais fácil do mundo baixar um cd pela internet, na sua época os músicos não tinham o público que existe hoje, com muito acesso à internet. Pode me responder?
(07:15:51) Gilberto Gil: aline, a primeira questão importante é a familiarização que as pessoas vão ter em casa e no evento sobre como funcionam estes processos. Vão conhecer como se transmite um audiovisual e poderão participar desta obra aberta também. Sua primeira finalidade é realmente familiarizar todo mundo no modo de fazer essas coisas. Depois, existem os conteúdos que serão disponibilizados para compartilhamento. São observações e impressões que ficarão disponíveis e as pessoas poderão também visualizar isso. Fazer oficinas com grupos e redes variadas significa jogar essa bola pra frente, é isso que a oficina em Santos vai fazer na sexta-feira. Vamos entrar neste game geral! (risos)
(07:17:43) eliane fala para Gilberto Gil: Quais as principais mudanças você acha que as ferramentas digitais proporcionaram na cultura -- e especialmente na música --, observando agora, 10 anos após o lançamento do livro de Pierre Lévy?
(07:19:32) Gilberto Gil: alfredo, é uma adaptação gradativa. Eu sou egresso do mundo tradicional, do mundo analógico, da cultura pré-cibernética. Eu venho de lá e a minha formação musical, meu modo de compor e meus interesses temáticos, tudo vem deste tempo anterior a esta cultura. Como eu sou um fã muito grande e tenho um interesse muito grande por essa coisa, eu vou tentando me adaptar. Tanto usando novas ferramentas, como quando comecei a usar o computador, para escrever, para mexer em músicas. Eu sou um usuário moderado, meu interesse maior é fazer com que meus filhos, netos e todo mundo passem a se interessar por isso de forma adequada e responsável. Meus próprios usos são modestos, mas tenho interesse que isso se espalhe, aí sim não tem modéstia nenhuma. (risos)
(07:21:58) Gilberto Gil: Minguita, você tem aí o site do evento, a interface do acesso lá pra Santos. No site do evento (http://www.cpflcultura.com.br/) você tem todas as informações de como proceder para interagir. Amanhã, à partir das 10h, as pessoas podem acessar o site e os conteúdos online que forem disponibilizados. Na sexta-feira estaremos fazendo a parte prática, e estaremos amanhã e na sexta das 10 às 18h.
(07:22:39) Viviane fala para Gilberto Gil: Você pensa em um dia parar de cantar e exercer outra atividade ligada ou não a musica?
(07:24:09) TUKA_KRIKA fala para Gilberto Gil: Querido Gil..Buonissima Noite,vi que a Cantora Maria Rita participou da gravação de uma musica em teu DVD (AMOR ATE O FIM),que foi gravado por Elis Regina em 1974,qual foi a emoção de ter a cantora Maria Rita cantando ao teu lado na gravação??
(07:25:55) Gilberto Gil: Erica, eu acho que o Brasil se encantou por este mundo todo. O Brasil vem batendo recordes de interesses variados na Internet e de suas ferramentas e aplicativos. Acho que tem uma juventude brasileira que, como em outros lugares também, demonstra um interesse enorme por essas coisas. Apesar de o Brasil ainda viver situações anacrônicas em outros aspectos, o país vem avançando muito neste aspecto. O Brasil já emergiu de uma situação periférica para uma região média. O interesse que os jovens tem facilitam nossa chegada à posição central no mundo, também. Os instrumentos eletrônicos são uma ferramenta importante para isso.
(07:26:25) Marcus fala para Gilberto Gil: Em sua Opinião, a queda da popularidade de jornais e revistas impressos se deu pelo surgimento da internet em si ou pela insistencia da midia "tradicional" em padrões esgotados ? O Mesmo vale para o setor musical/artistico em geral ?
(07:30:13) Gilberto Gil: william, no meu tempo, não tínhamos essas facilidades, portanto era mais fácil para nós, detentores de talento, chegarmos. Não havia tanta competição, tantos meios. Ao mesmo tempo que isso também era uma dificuldade para quem estava chegando. Isso aconteceu e causou uma nova dificuldade que é o congestionamento da área. Antes falávamos de quatro, cinco mil pessoas no Brasil todo. Hoje, não, podemos contar aí alguns milhões de pessoas interessados em música, em arte. Pelas facilidades tecnológicas, essa dificuldade foi criada. A solução para isso vem vindo com o próprio enfrentamento dessa dificuldade. É preciso acreditar na criatividade, eu acho que esta dificuldade do atropelamento e do congestionamento que esses meios trazem serão resolvidos pelos próprios músicos, pelo acesso permanente, pela perseverança, por acreditar que alguma coisa pode mesmo sair de tudo isso. Tudo vai ser regulamentado com o próprio uso.
(07:31:28) Gilberto Gil: Nós estamos numa fase experimental, muito aberta a todas estas possibilidades.
(07:32:01) paulo pacini fala para Gilberto Gil: olá, parabéns pelo trabalho e paciência na politica. Concorda com José Miguel Wisnik que o grande público tem dificuldades par acompanhar é entender sua produção atual como tem dificuldade de entender processos mais complexos de cultura e vida? Falta para para ouvir?
(07:32:35) Gilberto Gil: Viviane, não. Enquanto eu tiver voz, pretendo continuar cantando. Com a idade vai se tornando difícil a sustentação da voz, então enquanto eu puder, continuarei cantando. Ainda não quero parar de ser jogador para virar técnico! (risos) Eu quero continuar sendo artista e provavelmente tentarei prolongar essa minha vivência até o máximo dos meus dias.
(07:34:48) Gigi fala para Gilberto Gil: Hoje em dia, tudo vai para rede, para o Youtube, assim como o caso da Vanusa e o hino, o Belchior desaparecido! Você acha que esse universo acabou com a privacidade?
(07:35:29) Gilberto Gil: eliane, eu já falei bastante disso, mas acho que foram essas questões, primeiro a ampliação extraordinária do acesso aos conteúdos, aos produtos, bens e serviços culturais. Isso teve um impacto enorme! Há uns 10, 20 anos atrás não tínhamos todo este acesso a bibliotecas e acervos do mundo todo. O que se tem hoje de possibilidade é uma enormidade. Esse acesso como consequência foi criando impactos na própria criatividade, nas próprias formas de criação. Antigamente as pessoas que faziam super-8, por exemplo, hoje os meninos vão direto para o videogame, para outras coisas. Uma forma de vídeo, de música analógica vai migrando para uma forma digital. Seria impensável uma produção como "Harry Potter" sem essa profusão de ferramentas que se tem hoje.
(07:36:33) Calunga fala para Gilberto Gil: Gil, está fazendo falta alguma composição nova em parceria com o Chico, alguma coisa prevista?
(07:37:25) Gilberto Gil: TUKA_KRIKA, eu não havia gravado essa música ainda e foi uma canção muito marcante na voz da Elis e agora, quando gravei a música, me lembrei de chamar a Maria Rita. Como o Bem, meu filho, estava participando, quis chamar a filha da Elis. (risos) Ela tem sua personalidade, seu estilo e é uma querida, resolvi chamá-la e ela gravou comigo.
(07:39:19) Gustavo fala para Gilberto Gil: Gilberto Gil, em primeiro lugar quero te dar meus parabens pelo seu trabalho que você vem desenvolvendo a muitos anos , pela sua competência como ministro.Gil minha pergunta é :quandom você era ministro da cultura você se "jogou na politica" e deixou a musica de lado ou você deu preferencia a coisa que você mais gosta que é cantar?e como foi trabalhar com o presidente Lula?Obrigado.
(07:40:34) Gilberto Gil: Marcus, os padrões esgotados são um sinal de que coisas novas estão vindo por aí. Não é por acaso que surgem coisas novas, elas não surgem no vácuo. A Internet, o hipertexto, as novas formas de livros e jornais surgem porque as formas antigas acabam cedendo espaço, elas acabam passando o bastão. É como se elas dissessem que seus modelos de negócio se esgotaram. Os novos meios, os blogs e as redes sociais criam novos espaços jornalísticos, literários e musicais. Isso mostra a emergência dos novos meios, uma coisa passa para a outra sem haver o desaparecimento dos primeiros formatos.
(07:42:26) Moderadora/UOL:
Gilberto Gil após sua saída do Ministério da Cultura, em julho de 2008 (Crédito: Alan Marques / Folha Imagem)
(07:43:00) kixaba fala para Gilberto Gil: Gil, o que você acha do vale cultura. Não seria mais proveitoso investir em produção
(07:44:18) Gilberto Gil: Gigi, a privacidade tem de se reiventar. Diante desta hiperexposição de suas vidas, essas pessoas também vão criando novas formas de privacidades. Eu não preciso mais reinventar a minha privacidade, porque não vivo da mesma forma que estes jovens. O que é privativo passa a ser público e o que era público pode se tornar privado. As pessoas pensam no que não gostariam de tornar público e também se tornam confortáveis com a hiperexposição também. Você pode ficar escondido nessa hiperexposição. Acontece uma recomposição da intimidade a partir da necessidade e do desejo de cada um.
(07:45:10) Gilberto Gil: Calunga, não, outro dia eu liguei para o Paulo Coelho sobre uma possibilidade de parceria. Ontem falei com Arnaldo Antunes, semana passada, com o Dominguinhos... Também quero propor parcerias com o Chico para este projeto que deve acontecer em meados do ano que vem.
(07:46:33) cleber - campina fala para Gilberto Gil: ola Gil, depois de ouvir vários de seus discos e do recente kaya na gandaya que eu adoro, não tenho como deixar de querer saber qual a sua opinão sobre a questão da legalização da maconha
(07:48:10) Gilberto Gil: paulo pacini, algumas pessoas tem dificuldades por não terem acesso a essas tecnologias. Muitas pessoas tem seu dia tomado por outras coisas, ocupações, trabalham oito horas e passam três ou quatro horas se locomovendo. Todas essas ferramentas demandam um tempo para que você se familiarize. Ao mesmo tempo, os meninos mesmo nas situações de baixa renda estão chegando mais rapidamente a tudo isso. Muitos meninos usam celulares, vão a lan houses... Eles próprios estão criando novas linguagens, novas formas de interpretação da velha cultura e da cultura que está surgindo. Aí também se intala um paradoxo, nesta dificuldade que as pessoas tem de entender movimentações que eu faço, que o Wisnik fácil. Ao mesmo tempo, as pessoas acessam estas tecnologias cada vez mais. Mesmo que a gente ache que eles estão defasados, eles estão suprindo esta defasagem rapidamente longe das nossas vistas. (risos)
(07:48:15) Zezito entra na sala... (07:48:39) Joe entra na sala...
(07:49:27) Cazuza ® entra na sala...
(07:49:48) LEONARDO333333333 entra na sala...
(07:50:32) Moderadora/UOL:
Gilberto Gil fala sobre cultura na era digital no bate-papo UOL (Crédito: Divulgação)
(07:50:52) Joe sai da sala...
(07:51:18) LEONARDO333333333 sai da sala...
(07:51:18) Luciana sai da sala...
(07:51:40) carlos sai da sala...
(07:51:46) Dom Quixote fala para Gilberto Gil: Gil, oque você achou da decisão do funk ser considerado movimento cultural no Rio. Existem outras manifestações que precisam desta "liberação"?
(07:52:10) UOL (reservadamente) fala para Zezito: A partir de agora você só receberá as mensagens do palco. Para voltar a receber mensagens da platéia click em VER PLATÉIA
(07:52:42) Gilberto Gil: Gustavo, eu dediquei 80, 90% do meu tempo para cumprir todos os compromissos políticos, viajei o mundo, fui para o interior, para comunidade sindígenas, ia para o congresso defender propostas, criava fóruns de cultura nessas casas. Trabalhei quase seis anos, cinco anos e sete meses, me dediquei totalmente a isso e residualmente eu fazia música, quando era possível aos finais de semana. Não senti saudade do palco porque todo ano resevei um mês, um mês e meio, para fazer shows pelo Brasil e no exterior. Sempre usei as folgas que eu tinha como ministro. Eu não pude manter meu trabalho como compositor, isso ficou hibernado até o final do ministério. Eu senti falta, mas eu sabia que era um sacrifício que eu estava fazendo em prol de trabalhar com o presidente Lula, é um prazer trabalhar com alguém que está buscando uma nova visão para o Brasil no exterior. Eu deixei de ter prazer com a música e passei a ter neste outro convívio. Conheci muita gente no Brasil todo, criamos projetos interessantes na área do cinema,
(07:52:48) Eudes sai da sala...
(07:53:31) Thi-ESTADO PARALEL sai da sala...
(07:54:07) Doce Bárbaro/31 sai da sala...
(07:54:19) Gigi fala para Gilberto Gil: Você é um querido Gil, um patrimônio musical do Brasil, que Deus te cuide sempre, um beijo imenso!
(07:54:19) Joel fala para Gilberto Gil: "O Poético e o político"...Vc escreveu isto num jornal de Salvador, creio. Serviu de "base" para muitos jovens poetas e jovens políticos. Muito bom ! Agradeço com uns 20 anos de intervalo. Abraço
(07:54:25) FLOR sai da sala...
(07:54:31) Luciana fala para Gilberto Gil: Gil sou sua fã a muito tempo , tenho 38 anos! !! Quero te ver cantando sempre com esse sorriso maravilhoso !!!
(07:55:44) neto sai da sala...
(07:56:53) Gilberto Gil: cleber - campina, a minha opinião é muito conhecida. Minha opinião há muito tempo é de que os custos da liberação são menores do que os que a proibição provoca, como a matança, a guerra entre traficantes e a polícia, os enormes recursos mobilizados para a repressão, a vitimização de setores amplos da sociedade no Brasil e na América Latina, além de outros lugares onde esta questão se faz presente. Muita gente diz que o consumo das drogas aumentaria se a legalização fosse aprovada, mas talvez isso acontecesse apenas num primeiro momento. Com o desaparecimento dos gastos com aparato policial, poderemos investir em políticas públicas, no próprio aparato médico para cuidar da sociedade. Vimos isso no caso do cigarro: as novas gerações fumam menos e as gerações antigas também tem de se acostumar com um consumo moderado. Ninguém é proibido de comprar cigarro, no entanto seu consumo é sempre desestimulado. Eu peso cada vez mais em casa as consequências da liberação da maconha e as consequências da proibição e vejo q
(07:58:10) rosiele b-girl sai da sala...
(07:59:22) Gilberto Gil: kixaba, o fato de existir o vale cultura não significa que devamos deixar de investir em cultura. Nós temos de facilitar não só a produção cultural mas também o consumo cultural. Famílias de baixíssima renda não tem condições de ter despesas com isso. O vale serve para dar uma alternativa, um uso alternativo ao seu dinheiro, ao dinheiro que já é mínimo, já é escasso. Nossa intenção é estimular o consumo de cultura.
(08:00:48) JOÃO sai da sala...
(08:01:36) Gilberto Gil: Dom Quixote, o funk já é um movimento cultural há muito tempo, desde que ele se tornou o ritmo dominante na periferia do Rio de Janeiro e também de São Paulo. Isso mobiliza milhares de pessoas, oferecem emprego e alternativas à marginalidade. Tem função social, econômica e ao mesmo tempo é uma linguagem cultural e musical importantíssima. Precisamos legitimar essas atividades tirando delas o peso da repressão policial, isso é natural, é democrático e inclusive demorou para acontecer.
(08:02:19) MODERADOR (reservadamente) fala para Zezito: Sua mensagem foi enviada para o moderador UOL. Caso seja selecionada será publicada sobre um fundo amarelo. Obrigado.
(08:02:36) esquecido sai da sala...
(08:04:03) Gilberto Gil: Gigi, obrigado, um beijo! Eu me cuido como eu posso! (risos)
(08:04:27) Gilberto Gil: Luciana, obrigado! Obrigado a todos vocês!
(08:04:53) Moderadora/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Gilberto Gil e de todos os internautas. Até o próximo!
(08:04:57) Gilberto Gil: Eu agradeço a vocês, participem do evento e espero que da próxima vez eu esteja com vocês audiovisualmente!
(08:05:09) casimiro sai da sala...
(08:05:15) luan27 sai da sala...
(08:05:23) Cazuza ® sai da sala...
(08:05:49) luiz sai da sala...
Fonte: UOL
(06:59:57) cocota fala para Gilberto Gil: boa noite, giiiiiiiiiiiil!
(07:00:01) dani fala para Gilberto Gil: Qual o principal desafio para a cultura na era digital nos próximos 10 anos?
(07:01:07) Oaxiac Odéz fala para Gilberto Gil: Em suas músicas vc costuma falar sobre as inovações tecnológicas. Vc costuma acompanhar os lançamentos nessa área?
(07:02:17) Gilberto Gil: Boa noite a todos!
(07:02:26) aline fala para Gilberto Gil: Qual a importância de oficinas como a de remix que vocês realizarão (e como ela será)? Existem atualmente um bom número de oficinas de fácil acesso para jovens discutindo esse assunto?
(07:02:53) alfredo fala para Gilberto Gil: Como você adaptou sua produção como artista às novas ferramentas digitais, quando teve a percepção da importância disso?
(07:04:24) Gilberto Gil: Eu acho que não há um só desafio. São muitos desafios. Primeiro do ponto de vista da própria oferta de possibilidades técnicas que todo este mundo novo oferece para a cultura, na forma de criar cultura, nas artes, na educação, na ciência, nos vários modos de produção de conhecimento e etc. Então, temos de pensar em como estas possibilidades se tornam novas ferramentas para produção. Por exemplo, a questão da digitalização das várias formas culturais do passado, dos acervos antigos e mesmo da cultura tradicional que se produz hoje, mas a partir de novas possibilidades de digitalização, portanto, temos de ter essa visão crítica da cultura e das novas formas culturais.
(07:05:27) Gilberto Gil: Os impactos são muito grandes e variados, não há uma maneira de dizer quais campos serão mais impactados nos próximos dez anos. Há uma nova cultura, inclusive, uma nova cultura para qual nossos olhares precisam estar atentos e se adaptarem. É uma coisa muito grande!
(07:05:58) Minguita fala para Gilberto Gil: Como vai ser esse processo de interatividade a fim de que os internautas participem do “Cibercultura 10+10”?
(07:06:44) Ludmilla fala para Gilberto Gil: Olá, Gil. Quero fazer uma pergunta sobre sua música "Pela Internet". Você acredita que músicas com este tema podem, por exemplo, promover uma inclusão digital? Acredita que elas podem ensinar algo sobre internet para o público?
(07:09:24) Gilberto Gil: Oaxiac Odéz, eu sempre tive muito facínio pela tecnologia e pelas máquinas, que são uma forma mais concreta de expressão desta realidade tecnológica. As máquinas me impressionam desde cedo. Minha infância foi durante a Segunda Guerra Mundial, onde os tanques de guerra estavam presentes e tudo aquilo me causava muita impressão. Aquilo marcou e me deixou um lastro de interesse pelo desenvolvimento tecnológico. Criei um interesse pela tecnoclogia que acabou influenciando a minha própria criação mesmo. Na prisão eu escrevi "O Cérebro Eletrônico", "Vitrines". Eu não sou um usuário contumaz de nenhuma dessas novidades, até tenho dificuldade, não sou um bom operador. Não tenho intimidade com essas novidades, mas sou muito interessado. Defendo a liberdade de acesso e de uso amplo de softwares, defendo uma necessidade de que as pessoas não se aflijam, não tenham medo dessas coisas. Esta é a minha forma de me atualizar de me aproximar destas novas tecnologias. Eu não sou propriamente um ferramenteiro disso, mas procuro
(07:09:45) Erica pergunta para Gilberto Gil: Como você a cibercultura no Brasil?
(07:12:38) Gilberto Gil: Ludmilla, olha, claro que sim! Na medida em que elas são comentadas. Como estas canções tem sempre uma visão crítica, apologética, de apoio ou não-apoio, então as pessoas que ouvem estas canções são levadas a tomar suas próprias posições em relação aquilo. Isso às vezes origina interesses por aquela questão que talvez não existisse antes naqueles ouvintes. Muitos jovens vão passar a se interessar por aquilo através do contato com a música. Aquilo se torna um assunto na vida dessas pessoas, senão um assunto dominante, pelo menos um assunto periférico. Isso é transformador já em si. Muita gente remixa e refaz vídeos, músicas. Essas pessoas chegaram a isso a partir de alguma referência, eles se aproximaram do cinema e das novas tecnologias e hoje estão aí.
(07:12:46) william fala para Gilberto Gil: Gil, qual a sua sincera opnião sobre a dificuldade dos novos artistas tem de mostrar seu trabalho, já que hoje é a coisa mais fácil do mundo baixar um cd pela internet, na sua época os músicos não tinham o público que existe hoje, com muito acesso à internet. Pode me responder?
(07:15:51) Gilberto Gil: aline, a primeira questão importante é a familiarização que as pessoas vão ter em casa e no evento sobre como funcionam estes processos. Vão conhecer como se transmite um audiovisual e poderão participar desta obra aberta também. Sua primeira finalidade é realmente familiarizar todo mundo no modo de fazer essas coisas. Depois, existem os conteúdos que serão disponibilizados para compartilhamento. São observações e impressões que ficarão disponíveis e as pessoas poderão também visualizar isso. Fazer oficinas com grupos e redes variadas significa jogar essa bola pra frente, é isso que a oficina em Santos vai fazer na sexta-feira. Vamos entrar neste game geral! (risos)
(07:17:43) eliane fala para Gilberto Gil: Quais as principais mudanças você acha que as ferramentas digitais proporcionaram na cultura -- e especialmente na música --, observando agora, 10 anos após o lançamento do livro de Pierre Lévy?
(07:19:32) Gilberto Gil: alfredo, é uma adaptação gradativa. Eu sou egresso do mundo tradicional, do mundo analógico, da cultura pré-cibernética. Eu venho de lá e a minha formação musical, meu modo de compor e meus interesses temáticos, tudo vem deste tempo anterior a esta cultura. Como eu sou um fã muito grande e tenho um interesse muito grande por essa coisa, eu vou tentando me adaptar. Tanto usando novas ferramentas, como quando comecei a usar o computador, para escrever, para mexer em músicas. Eu sou um usuário moderado, meu interesse maior é fazer com que meus filhos, netos e todo mundo passem a se interessar por isso de forma adequada e responsável. Meus próprios usos são modestos, mas tenho interesse que isso se espalhe, aí sim não tem modéstia nenhuma. (risos)
(07:21:58) Gilberto Gil: Minguita, você tem aí o site do evento, a interface do acesso lá pra Santos. No site do evento (http://www.cpflcultura.com.br/) você tem todas as informações de como proceder para interagir. Amanhã, à partir das 10h, as pessoas podem acessar o site e os conteúdos online que forem disponibilizados. Na sexta-feira estaremos fazendo a parte prática, e estaremos amanhã e na sexta das 10 às 18h.
(07:22:39) Viviane fala para Gilberto Gil: Você pensa em um dia parar de cantar e exercer outra atividade ligada ou não a musica?
(07:24:09) TUKA_KRIKA fala para Gilberto Gil: Querido Gil..Buonissima Noite,vi que a Cantora Maria Rita participou da gravação de uma musica em teu DVD (AMOR ATE O FIM),que foi gravado por Elis Regina em 1974,qual foi a emoção de ter a cantora Maria Rita cantando ao teu lado na gravação??
(07:25:55) Gilberto Gil: Erica, eu acho que o Brasil se encantou por este mundo todo. O Brasil vem batendo recordes de interesses variados na Internet e de suas ferramentas e aplicativos. Acho que tem uma juventude brasileira que, como em outros lugares também, demonstra um interesse enorme por essas coisas. Apesar de o Brasil ainda viver situações anacrônicas em outros aspectos, o país vem avançando muito neste aspecto. O Brasil já emergiu de uma situação periférica para uma região média. O interesse que os jovens tem facilitam nossa chegada à posição central no mundo, também. Os instrumentos eletrônicos são uma ferramenta importante para isso.
(07:26:25) Marcus fala para Gilberto Gil: Em sua Opinião, a queda da popularidade de jornais e revistas impressos se deu pelo surgimento da internet em si ou pela insistencia da midia "tradicional" em padrões esgotados ? O Mesmo vale para o setor musical/artistico em geral ?
(07:30:13) Gilberto Gil: william, no meu tempo, não tínhamos essas facilidades, portanto era mais fácil para nós, detentores de talento, chegarmos. Não havia tanta competição, tantos meios. Ao mesmo tempo que isso também era uma dificuldade para quem estava chegando. Isso aconteceu e causou uma nova dificuldade que é o congestionamento da área. Antes falávamos de quatro, cinco mil pessoas no Brasil todo. Hoje, não, podemos contar aí alguns milhões de pessoas interessados em música, em arte. Pelas facilidades tecnológicas, essa dificuldade foi criada. A solução para isso vem vindo com o próprio enfrentamento dessa dificuldade. É preciso acreditar na criatividade, eu acho que esta dificuldade do atropelamento e do congestionamento que esses meios trazem serão resolvidos pelos próprios músicos, pelo acesso permanente, pela perseverança, por acreditar que alguma coisa pode mesmo sair de tudo isso. Tudo vai ser regulamentado com o próprio uso.
(07:31:28) Gilberto Gil: Nós estamos numa fase experimental, muito aberta a todas estas possibilidades.
(07:32:01) paulo pacini fala para Gilberto Gil: olá, parabéns pelo trabalho e paciência na politica. Concorda com José Miguel Wisnik que o grande público tem dificuldades par acompanhar é entender sua produção atual como tem dificuldade de entender processos mais complexos de cultura e vida? Falta para para ouvir?
(07:32:35) Gilberto Gil: Viviane, não. Enquanto eu tiver voz, pretendo continuar cantando. Com a idade vai se tornando difícil a sustentação da voz, então enquanto eu puder, continuarei cantando. Ainda não quero parar de ser jogador para virar técnico! (risos) Eu quero continuar sendo artista e provavelmente tentarei prolongar essa minha vivência até o máximo dos meus dias.
(07:34:48) Gigi fala para Gilberto Gil: Hoje em dia, tudo vai para rede, para o Youtube, assim como o caso da Vanusa e o hino, o Belchior desaparecido! Você acha que esse universo acabou com a privacidade?
(07:35:29) Gilberto Gil: eliane, eu já falei bastante disso, mas acho que foram essas questões, primeiro a ampliação extraordinária do acesso aos conteúdos, aos produtos, bens e serviços culturais. Isso teve um impacto enorme! Há uns 10, 20 anos atrás não tínhamos todo este acesso a bibliotecas e acervos do mundo todo. O que se tem hoje de possibilidade é uma enormidade. Esse acesso como consequência foi criando impactos na própria criatividade, nas próprias formas de criação. Antigamente as pessoas que faziam super-8, por exemplo, hoje os meninos vão direto para o videogame, para outras coisas. Uma forma de vídeo, de música analógica vai migrando para uma forma digital. Seria impensável uma produção como "Harry Potter" sem essa profusão de ferramentas que se tem hoje.
(07:36:33) Calunga fala para Gilberto Gil: Gil, está fazendo falta alguma composição nova em parceria com o Chico, alguma coisa prevista?
(07:37:25) Gilberto Gil: TUKA_KRIKA, eu não havia gravado essa música ainda e foi uma canção muito marcante na voz da Elis e agora, quando gravei a música, me lembrei de chamar a Maria Rita. Como o Bem, meu filho, estava participando, quis chamar a filha da Elis. (risos) Ela tem sua personalidade, seu estilo e é uma querida, resolvi chamá-la e ela gravou comigo.
(07:39:19) Gustavo fala para Gilberto Gil: Gilberto Gil, em primeiro lugar quero te dar meus parabens pelo seu trabalho que você vem desenvolvendo a muitos anos , pela sua competência como ministro.Gil minha pergunta é :quandom você era ministro da cultura você se "jogou na politica" e deixou a musica de lado ou você deu preferencia a coisa que você mais gosta que é cantar?e como foi trabalhar com o presidente Lula?Obrigado.
(07:40:34) Gilberto Gil: Marcus, os padrões esgotados são um sinal de que coisas novas estão vindo por aí. Não é por acaso que surgem coisas novas, elas não surgem no vácuo. A Internet, o hipertexto, as novas formas de livros e jornais surgem porque as formas antigas acabam cedendo espaço, elas acabam passando o bastão. É como se elas dissessem que seus modelos de negócio se esgotaram. Os novos meios, os blogs e as redes sociais criam novos espaços jornalísticos, literários e musicais. Isso mostra a emergência dos novos meios, uma coisa passa para a outra sem haver o desaparecimento dos primeiros formatos.
(07:42:26) Moderadora/UOL:
Gilberto Gil após sua saída do Ministério da Cultura, em julho de 2008 (Crédito: Alan Marques / Folha Imagem)
(07:43:00) kixaba fala para Gilberto Gil: Gil, o que você acha do vale cultura. Não seria mais proveitoso investir em produção
(07:44:18) Gilberto Gil: Gigi, a privacidade tem de se reiventar. Diante desta hiperexposição de suas vidas, essas pessoas também vão criando novas formas de privacidades. Eu não preciso mais reinventar a minha privacidade, porque não vivo da mesma forma que estes jovens. O que é privativo passa a ser público e o que era público pode se tornar privado. As pessoas pensam no que não gostariam de tornar público e também se tornam confortáveis com a hiperexposição também. Você pode ficar escondido nessa hiperexposição. Acontece uma recomposição da intimidade a partir da necessidade e do desejo de cada um.
(07:45:10) Gilberto Gil: Calunga, não, outro dia eu liguei para o Paulo Coelho sobre uma possibilidade de parceria. Ontem falei com Arnaldo Antunes, semana passada, com o Dominguinhos... Também quero propor parcerias com o Chico para este projeto que deve acontecer em meados do ano que vem.
(07:46:33) cleber - campina fala para Gilberto Gil: ola Gil, depois de ouvir vários de seus discos e do recente kaya na gandaya que eu adoro, não tenho como deixar de querer saber qual a sua opinão sobre a questão da legalização da maconha
(07:48:10) Gilberto Gil: paulo pacini, algumas pessoas tem dificuldades por não terem acesso a essas tecnologias. Muitas pessoas tem seu dia tomado por outras coisas, ocupações, trabalham oito horas e passam três ou quatro horas se locomovendo. Todas essas ferramentas demandam um tempo para que você se familiarize. Ao mesmo tempo, os meninos mesmo nas situações de baixa renda estão chegando mais rapidamente a tudo isso. Muitos meninos usam celulares, vão a lan houses... Eles próprios estão criando novas linguagens, novas formas de interpretação da velha cultura e da cultura que está surgindo. Aí também se intala um paradoxo, nesta dificuldade que as pessoas tem de entender movimentações que eu faço, que o Wisnik fácil. Ao mesmo tempo, as pessoas acessam estas tecnologias cada vez mais. Mesmo que a gente ache que eles estão defasados, eles estão suprindo esta defasagem rapidamente longe das nossas vistas. (risos)
(07:48:15) Zezito entra na sala... (07:48:39) Joe entra na sala...
(07:49:27) Cazuza ® entra na sala...
(07:49:48) LEONARDO333333333 entra na sala...
(07:50:32) Moderadora/UOL:
Gilberto Gil fala sobre cultura na era digital no bate-papo UOL (Crédito: Divulgação)
(07:50:52) Joe sai da sala...
(07:51:18) LEONARDO333333333 sai da sala...
(07:51:18) Luciana sai da sala...
(07:51:40) carlos sai da sala...
(07:51:46) Dom Quixote fala para Gilberto Gil: Gil, oque você achou da decisão do funk ser considerado movimento cultural no Rio. Existem outras manifestações que precisam desta "liberação"?
(07:52:10) UOL (reservadamente) fala para Zezito: A partir de agora você só receberá as mensagens do palco. Para voltar a receber mensagens da platéia click em VER PLATÉIA
(07:52:42) Gilberto Gil: Gustavo, eu dediquei 80, 90% do meu tempo para cumprir todos os compromissos políticos, viajei o mundo, fui para o interior, para comunidade sindígenas, ia para o congresso defender propostas, criava fóruns de cultura nessas casas. Trabalhei quase seis anos, cinco anos e sete meses, me dediquei totalmente a isso e residualmente eu fazia música, quando era possível aos finais de semana. Não senti saudade do palco porque todo ano resevei um mês, um mês e meio, para fazer shows pelo Brasil e no exterior. Sempre usei as folgas que eu tinha como ministro. Eu não pude manter meu trabalho como compositor, isso ficou hibernado até o final do ministério. Eu senti falta, mas eu sabia que era um sacrifício que eu estava fazendo em prol de trabalhar com o presidente Lula, é um prazer trabalhar com alguém que está buscando uma nova visão para o Brasil no exterior. Eu deixei de ter prazer com a música e passei a ter neste outro convívio. Conheci muita gente no Brasil todo, criamos projetos interessantes na área do cinema,
(07:52:48) Eudes sai da sala...
(07:53:31) Thi-ESTADO PARALEL sai da sala...
(07:54:07) Doce Bárbaro/31 sai da sala...
(07:54:19) Gigi fala para Gilberto Gil: Você é um querido Gil, um patrimônio musical do Brasil, que Deus te cuide sempre, um beijo imenso!
(07:54:19) Joel fala para Gilberto Gil: "O Poético e o político"...Vc escreveu isto num jornal de Salvador, creio. Serviu de "base" para muitos jovens poetas e jovens políticos. Muito bom ! Agradeço com uns 20 anos de intervalo. Abraço
(07:54:25) FLOR sai da sala...
(07:54:31) Luciana fala para Gilberto Gil: Gil sou sua fã a muito tempo , tenho 38 anos! !! Quero te ver cantando sempre com esse sorriso maravilhoso !!!
(07:55:44) neto sai da sala...
(07:56:53) Gilberto Gil: cleber - campina, a minha opinião é muito conhecida. Minha opinião há muito tempo é de que os custos da liberação são menores do que os que a proibição provoca, como a matança, a guerra entre traficantes e a polícia, os enormes recursos mobilizados para a repressão, a vitimização de setores amplos da sociedade no Brasil e na América Latina, além de outros lugares onde esta questão se faz presente. Muita gente diz que o consumo das drogas aumentaria se a legalização fosse aprovada, mas talvez isso acontecesse apenas num primeiro momento. Com o desaparecimento dos gastos com aparato policial, poderemos investir em políticas públicas, no próprio aparato médico para cuidar da sociedade. Vimos isso no caso do cigarro: as novas gerações fumam menos e as gerações antigas também tem de se acostumar com um consumo moderado. Ninguém é proibido de comprar cigarro, no entanto seu consumo é sempre desestimulado. Eu peso cada vez mais em casa as consequências da liberação da maconha e as consequências da proibição e vejo q
(07:58:10) rosiele b-girl sai da sala...
(07:59:22) Gilberto Gil: kixaba, o fato de existir o vale cultura não significa que devamos deixar de investir em cultura. Nós temos de facilitar não só a produção cultural mas também o consumo cultural. Famílias de baixíssima renda não tem condições de ter despesas com isso. O vale serve para dar uma alternativa, um uso alternativo ao seu dinheiro, ao dinheiro que já é mínimo, já é escasso. Nossa intenção é estimular o consumo de cultura.
(08:00:48) JOÃO sai da sala...
(08:01:36) Gilberto Gil: Dom Quixote, o funk já é um movimento cultural há muito tempo, desde que ele se tornou o ritmo dominante na periferia do Rio de Janeiro e também de São Paulo. Isso mobiliza milhares de pessoas, oferecem emprego e alternativas à marginalidade. Tem função social, econômica e ao mesmo tempo é uma linguagem cultural e musical importantíssima. Precisamos legitimar essas atividades tirando delas o peso da repressão policial, isso é natural, é democrático e inclusive demorou para acontecer.
(08:02:19) MODERADOR (reservadamente) fala para Zezito: Sua mensagem foi enviada para o moderador UOL. Caso seja selecionada será publicada sobre um fundo amarelo. Obrigado.
(08:02:36) esquecido sai da sala...
(08:04:03) Gilberto Gil: Gigi, obrigado, um beijo! Eu me cuido como eu posso! (risos)
(08:04:27) Gilberto Gil: Luciana, obrigado! Obrigado a todos vocês!
(08:04:53) Moderadora/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Gilberto Gil e de todos os internautas. Até o próximo!
(08:04:57) Gilberto Gil: Eu agradeço a vocês, participem do evento e espero que da próxima vez eu esteja com vocês audiovisualmente!
(08:05:09) casimiro sai da sala...
(08:05:15) luan27 sai da sala...
(08:05:23) Cazuza ® sai da sala...
(08:05:49) luiz sai da sala...
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