sábado, 30 de abril de 2011

Seminário e Mostra Cultural discutem a(s) Estética(s) da Periferia



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Observar a produção artística da periferia, buscando a estética da expressão é um dos objetivos do evento. Encontro será transmitido pela Internet.

Entre os dias 2 e 8 de maio acontece em São Paulo, o Seminário e Mostra Cultural Estética da Periferia: arte e cultura nas bordas da Metrópole. O seminário e a mostra reúnem artistas, pesquisadores, acadêmicos, gestores, pensadores da cultura, jornalistas, promotores culturais e ativistas que atuam direta ou indiretamente com a cultura da periferia. O objetivo é fazer uma profunda reflexão sobre a arte produzida no entorno das metrópoles brasileiras.

A ideia do Seminário e Mostra Cultural Estética da Periferia surgiu após uma reflexão realizada pela Ação Educativa, a partir de seu programa de Cultura, de que as iniciativas de difusão da arte periférica eram pertinentes, especialmente a Agenda Cultural da Periferia, porém eram necessárias “ações de apoio aos grupos culturais para acesso a políticas voltadas para o segmento e um investimento institucional no sentido de se refletir sobre a arte que se produz nos arrabaldes das metrópoles”, explica Eleilson Leite, historiador e coordenador da área de Cultura da Ação Educativa.

Além disso, o Seminário e Mostra Cultural Estética da Periferia, marca a existência de uma proposta estética, cuja fundamentação está na forma de vida nas periferias. “Creio que a periferia produz uma estética distinta e muito interessante em todas as linguagens artísticas: cinema, teatro, música, dança, literatura e artes visuais. E não existe apenas uma. Existem estéticas”, afirma Eleilson.

Segundo o coordenador, o Jardim Miriam Arte Clube (JAMAC) nas artes plásticas; o Grupo Clariô, no Teatro; as Capulanas e o Umojá, na dança; o Cine Becos e Vielas, no vídeo; e os poetas Sergio Vaz e Ferréz na literatura, além dos sambas das rodas de samba de comunidade, na música, são exemplos disso. Assim, conclui ele, “queremos observar toda a produção artística da periferia buscando a estética da expressão, livre de qualquer viés social que condiciona o olhar sobre a arte da periferia apenas como uma forma de inclusão”.

Concebido desde 2008, esta primeira edição do Seminário Estética da Periferia conta com a realização da Ação Educativa, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, SESC São Paulo, e Centro Cultural da Espanha. Além disso, conta com a parceria do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) da USP, do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ, coordenados, respectivamente, pelos professores José Guilherme Magnani e Heloisa Buarque de Hollanda e da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC).

O Seminário será realizado no Pavilhão das Culturas Brasileiras, um novo espaço cultural da cidade instalado no antigo Prédio da Prodam no Parque do Ibirapuera, ao lado do Museu Afro, nos dia 2, 3 e 4, e a Mostra nos dias 5, 6, 7 e 8 no SESC Belenzinho. O evento é gratuito, porém o espaço presencial será restrito aos convidados.

Para os que desejarem acompanhar os debates, haverá uma transmissão simultânea via Internet. A transmissão acontecerá para as mesas de debate do dia 3 e 4 (mesas 1 a 4), mas não para a mesa de abertura, que acontece dia 2. Será garantido espaço para os internautas apresentarem perguntas aos expositores e participarem do debate via twitter. Para isso, eles devem utilizar a hashtag #esteticadaperiferia. E haverá um link na home do site do seminário que irá remeter ao site em que a transmissão ira acontecer.



Conhecimento da periferia


Historicamente, as ações e os programas desenvolvidos pela Ação Educativa têm como uma de suas bases – além da atuação junto a grupos e da intervenção nas políticas públicas – a produção de conhecimento. Isso não poderia ser diferente no caso da cultura produzida na periferia. É assim, com a premissa de garantir o acesso à produção de conhecimento e também de produzi-lo, que se criou o Blog do Seminário e Mostra Cultural Estética da Periferia. Lá estão disponibilizadas 293 dissertações e teses sobre cultura de periferia, além de textos produzid

Plano Setorial de Culturas Populares,

Segue abaixo cópia da carta enviada pelos membros do Colegiado Setorial de Culturas Populares à Ministra de Estado da Cultura Ana de Hollanda e à Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural Marta Porto solicitando pauta emergencial para tratarmos dos encaminhamentos ao Plano Setorial das Culturas Populares e de outros assuntos relacionados ao campo das culturas populares.

O Plano Setorial de Culturas Populares, aprovado no ano passado pelo Ministério da Cultura, pode ser acessado no link abaixo:

www.cultura.gov.br/site/wp-content/.../Culturas-Populares-DOWN2.pdf

Acreditamos que este seja um momento oportuno para que todos se mobilizem no sentido de garantir sua implementação.

Ao Ministério da Cultura

Exma. Sra. Ministra de Estado da Cultura Ana de Hollanda

Ilma. Sra. Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural Marta Porto

Prezadas Sras.,

Na condição de membros do Colegiado Setorial de Culturas Populares, eleitos em 2010 no âmbito do processo de realização da II Conferência Nacional de Cultura, solicitamos uma pauta emergencial para que possamos tratar dos encaminhamentos ao Plano Setorial das Culturas Populares e de outros assuntos relacionados ao campo das culturas populares.

Seguem alguns pontos fundamentais a serem discutidos:

- Debater mecanismos diversificados e elaborar um cronograma de prioridades de implementação do Plano Setorial de Culturas Populares, englobando todos programas e ações estabelecidos no âmbito dos Macroprogramas "Memórias e Identidades das Culturas Populares", "Economia Criativa e Sustentabilidade das Culturas Populares" e "Gestão das Políticas Públicas para as Culturas Populares";

- Definir um calendário regular de encontros do Colegiado Setorial de Culturas Populares, com vistas a apoiar a implementação do Plano Setorial das Culturas Populares;

- Debater a continuidade do Prêmio Culturas Populares e assegurar o pagamento aos mestres contemplados na última edição;

- Debater a continuidade e a criação de novos Pontos e Pontões de Cultura, em especial aqueles dedicados ao fomento e à difusão do campo das culturas populares.

Uma vez que estamos em um importante momento de transição de governo solicitamos que o Ministério da Cultura viabilize nesta primeira reunião a participação de todos os 30 membros eleitos para o Colegiado Setorial de Culturas Populares de forma a assegurar um diálogo mais representativo da diversidade de contextos e realidades do campo das culturas populares no Brasil.

Aproveitamos para desejar boas vindas, aguardando breve retorno e posicionamento.

Cordialmente,

Colegiado Setorial de Culturas Populares

Membros eleitos na plenária da Pré-Conferência Setorial de Culturas Populares realizada em 09/03/2010

Adelcimar dos Santos Silva / AC

Adeli Divino de Melo / GO

Aelson Ferreira da Hora / PE

Aldair N. Carvalho / SC

Alessandro Cezar Araújo Azevedo / SP

Antonio Alves Pereira / MS

Aracinaldo Monteiro Costa / AP

Célio Augusto Souza Pereira (Gelinho Guiga)/ MG

Clementina Correia Pereira / AL

Eliomar Carlos Mazoco / ES

Gilberto Augusto da Silva (Gil do Jongo) / SP

Giordanna Laura da Silva Santos / MT

Graziela de Castro Saraiva / RS

Hulda de Souza Prado / MT

Isaac Williams Farias Loureiro / PA

Ivo Benfatto / RS

Jacildo Bezerra/RR

Joana Ramalho Ortigão Correa / RJ

José Ronaldo de Menezes (Mestre Zé Rolinha) / SE

Júlio César Ferreira Gomes / ES

Lenilton de Souza Lima / RN

Leonardo Costa Bueno / GO

Mafalda Crisóstomo / TO

Maria dos Anjos Mendes Gomes / PB

Maria José Silva / AP

Oilson Antonio Alves (Will Capa Preta) / PR

Rejane Nóbrega / PR

Renato Paulo Carvalho Silva (Perré) / PR

Ricardo Calaça Manoel / GO

Rosildo Moreira do Rosário / BA

.
__,_._,

Ao Ministério da Cultura

Exma. Sra. Ministra de Estado da Cultura Ana de Hollanda

Ilma. Sra. Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural Marta Porto


sexta-feira, 29 de abril de 2011

A CLASSE C VAI AO PARAISO


Será que o produtor cultural brasileiro já entende as demandas dessa nova classe média?

Cristiana Giustino

“Trabalho há 10 anos por aqui e nunca vi isso assim”, dizia o segurança do centro cultural ao lado, sobre a fila que dava a volta no quarteirão do CCBB. Era o penúltimo dia da exposição de Escher. Duas semanas antes, quando pude vê-la, constatei que estava intransitável, tamanha a quantidade de gente que se amontoava diante das gravuras do artista holandês. Nas duas ocasiões, as conversas aos corredores demonstravam que ali havia gente de todas as partes da cidade e de diversas classes sociais.

Um pouco longe dali, o CineCarioca Nova Brasília, sala de cinema inaugurada em novembro de 2010 no Complexo do Alemão, preparava-se para mais um dia de sessões cheias. Em pouco mais de dois meses de funcionamento, o cinema com ingresso à R$ 4,00 teve média de 85% de ocupação, enquanto a brasileira é de 40%. Entre os filmes já exibidos estão os considerados blockbusters “Enrolados”, “De pernas pro ar”, “Desenrola” e “VIPs”. O cinema também já exibiu “Tron – O legado” (blockbuster sim, porém, menos fácil) e irá exibir “Rio”.

Naquela mesma semana, os organizadores da Bienal do Livro do Rio já anunciavam seus planos para a edição 2011: ampliar isso, ampliar aquilo. Tanto a Bienal do Rio quanto a de São Paulo bateram recordes de público nos últimos anos. Em 2009, foram 640 mil no Rio e em 2010, mais de 700 mil em São Paulo. As pesquisas de opinião demonstraram que o que mais satisfaz o público é a variedade de títulos oferecidos.

Os principais responsáveis pela produção e crescimento destes números são os integrantes da classe C. Os exemplos acima são apenas alguns dos que demonstram a crescente demanda desta que é denominada nova classe média por produtos culturais. Após a investida em computadores, TVs de plasma, cursos de idiomas, produtos de beleza, chegou a hora de consumir cultura. O governo, as grandes empresas, os economistas, quase todo mundo já percebeu o poder e o potencial de consumo da classe C, composta por pessoas cuja renda média é de R$ 1.338 e que correspondem a mais de 50% da população brasileira, segundo a mais recente pesquisa sobre o tema, divulgada em março. O crescimento da classe C, ocorrido nos últimos 10 anos, é tão evidente que transformou em um losango a famosa pirâmide das classes sociais que estudávamos no colégio!

Mas afinal, o que querem consumir as 101 milhões de pessoas que compõem atualmente a classe C no Brasil? A ascensão a esta classe não se deve somente ao maior crédito ou ao controle da inflação. Ela se deve também ao aumento da escolaridade que, por sua vez, gera maior demanda por produtos culturais diversificados. Além disso, a história demonstra que o acesso ao produto cultural mais, por assim dizer, refinado, legitima, aos olhos de muitos, a mobilidade social. Achar que a classe C só consome o que é popular e tosco é ingenuidade. Este consumidor quer qualidade e opta pela marca conhecida a um preço que considera justo. “Os produtos vagabundos e baratinhos perdem espaço com esses consumidores”, diz o publicitário Renato Meirelles, diretor do Data Popular. Esta mesma lógica não valeria para o consumo cultural?

Não é de se estranhar, portanto, uma sessão de “Tron – O legado” à R$ 4,00 cheia, o Theatro Municipal a R$ 10,00 lotado, uma bienal do livro intransitável ou a fila gigante para uma mostra gratuita de artes plásticas. Por outro lado, a questão parece não ser determinada, simplesmente, pelo valor acessível do ingresso. Nos próximos dez anos, segundo pesquisa da Fecomércio-SP, o consumo dessa nova classe média será cada vez mais sofisticado. Diante disto, refaz-se a pergunta: Será que os produtores brasileiros já entendem e já sabem responder às demandas da classe C?

Dentre todas as áreas da cultura, a do audiovisual é a que aparentemente mais tem se beneficiado desta mudança conjuntural, ainda que as possibilidades não tenham sido todas preenchidas. A classe C vai ao cinema. Os recentes recordes de público do cinema brasileiro são importantes sintomas. A famosa barreira psicológica dos 10 milhões de espectadores foi quebrada por “Tropa de Elite 2” e outros filmes nacionais têm tido boas bilheterias.

Variedade, qualidade, “marca conhecida” e “preço justo” parecem ser, portanto, as principais características que a classe C busca não só no cinema brasileiro, como também nos demais setores da cultura. Alguns diriam que são características de produtos com apelo comercial. Mas se a tendência, como diz a Fecomércio, é “sofisticar”, só o tempo ajudará a compreendermos o que quer a classe C.

* Texto publicado originalmente no blog da produtora Inffinito, em 05/04/11.

Dia Mundial da Dança

Para celebrar o dia mundial da dança.

1. Yo-Yo Ma e Lil Bruck, na abertura de um evento em Los Angeles
2. Tango Ilusion - Inga Sawicka, no Mundial de Tango em Moscou
3. Debaa - o canto/a dança das mulheres de Mayotte

Debaa - les femmes de Mayotte: Apresentação

http://www.zamanproduction.com/en/artist/deba-singing-sufi-women-mayotte

Debaa au Festival Les Orientales, St. Florin Le Viel, France 2008

http://www.dailymotion.com/playlist/xtm5t_ZamanArts_deba-les-femmes-de-mayotte#videoId=x8yhbp

4. Ivaldo Bertazzo (São Paulo-SP)

- Mar de Gente – fragmento 1

http://www.youtube.com/watch?v=Md_UGzfpCOg

- Mar de Gente – fragmento 2

http://www.youtube.com/watch?v=bXoCeUaWGA0

- Cidadão Dançante – parte 1

http://www.youtube.com/watch?v=l-DONu8kR04&NR=1

- Cidadão Dançante – parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=COIhpwo83G8


Enviado por Àlvaro Pantoja - cidade do Porto -Portugal


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Museu Histórico de Sergipe convida:

A vida é oca - Te quero - Não tens! - A vida é pouca - Te espero

Não vens?

Venha!

Museu Histórico de Sergipe convida:



INTROSPECÇÃO, POESIA!

Recital com Maria Gloria e Thiago Fragata

Direção: Kassem

Produção: Guilherme Gonçalves e Vânia Dias

Quinta, 28/4, 19 hs.

Um poeta só é muito pouco!


Att.
Thiago Fragata
www.thiagofragata.blogspot.com
thiagofragata@gmail.com

1º DE MAIO DOS TRABALHADORES

1º DE MAIO DOS TRABALHADORES

Data: 1º de Maio

Horário: 09 horas

Concentração: Na praça do Farol Próximo a UNIT – Farolandia

Teatro: Hoje o Reisado não Sai – Uma História de Reivindicações e Muita Assembléia

Encerramento: 12:00

Companheiros e Companheiras,

CUT - Central Única dos Trabalhadores estará promovendo mais uma manifestação alusiva ao dia 1º de Maio e conta com o apoio dos sindicatos filiados. A proposta é que cada entidade leve a sua pauta para as ruas em forma de faixas e banners, para incorporar a outras que a CUT levará como:

1. Redução da jornada de trabalho sem redução de salário;

2. Fim do fator previdenciário;

3. Transparência no sistema de fiscalização eletrônica de veículos em Aracaju (pardais e lombadas);

4. Transporte coletivo de qualidade

5. Erradicação do trabalho escravo

6. Fim da terceirização;

7. Reforma agrária

8. Contra a instalação da usina nuclear em Sergipe;

9. Pelo fechamento do comércio aos domingos e feriados;

10. Contra as demissões imotivadas;

11. Isonomia para os aposentados etc.

Estarão juntos na manifestação o MOTU, MST e a Consulta Popular. O encerramento do ato será com a apresentação de uma peça teatral sobre a luta dos trabalhadores em frente aos arcos da Praia de Atalaia. Solicitamos que você vá vestido com a camisa da combativa CUT e boné.

Rubens Marques de Sousa (Dudu)

Presidente

quarta-feira, 27 de abril de 2011

V SEMANA SERGIPANA DE DANÇA

CLIQUE EM CIMA DA IMAGEM PARA AMPLIAR
Em comemoração ao Dia Internacional da Dança, a Secretaria de Estado da Cultura convida todos os agentes e gestores culturais a participarem do lançamento da programação da V Semana Sergipana de Dança, nesta sexta-feira, 29, às 8h da manhã no auditório do Banese, na avenida Augusto Maynard.

A V Semana Sergipana de Dança acontecerá de 18 a 22 de maio no Teatro Tobias Barreto e contará com a apresentação de mais de 20 grupos e bailarinos sergipanos. É uma realização da Secult e do Banese com o apoio do Fórum Unificado de Circo, Dança e Teatro, Sated-SE, CBDD-SE, Banco do Nordeste, Fundação Aperipê, Sesc, Sebrae e Universidade Federal de Sergipe.

CULTURA ROCK SERGIPE


CRENÇA & FÚRIA ( RJ)
http://www.myspace.com/crencaefuria
DYNAMUS (BA)
www.myspace.com/dynamusxxx
KODESH (BA)
http://www.myspace.com/kodesh.ba
ICONOCLASTIA (SE)
www.myspace.com/iconoclastiahc

terça-feira, 26 de abril de 2011

O longo outono de Roberto Carlos


Há mais de 20 anos cantor está em crise criativa

Flávio Herculano · Palmas, TO
22/7/2009
Dizem que ele tem 50 anos de carreira e dizem também que é Rei. Eu tenho cá minhas dúvidas.

Não sei quando exatamente teve início a história de Roberto. Para mim, não foi em 59, com o lançamento do seu primeiro compacto, sob as bênçãos canalhas de Carlos Imperial e do iêiêiê. Tem coisas menores que não cabem na história de um verdadeiro rei, e a Jovem Guarda é uma delas.

Seu início como músico de fato foi quando começou a flertar com a black music, com boas pegadas musicais e letras mais densas, sofridas. De 69 – portanto dez anos após sua estréia oficial - “As curvas da estrada de Santos”, “Sua estupidez” e “As flores do jardim da nossa casa” são expressões máximas de um compositor e intérprete maduro, digno de ser tratado como majestade.

Leia mais em:

http://www.overmundo.com.br/overblog/o-longo-outono-de-roberto-carlos

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ana aos leões


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Escrito por Guilherme Scalzilli
20-Abr-2011

As polêmicas envolvendo o Ministério da Cultura (MinC) ajudam a entender os dilemas enfrentados pelo governo Dilma Rousseff nos seus primeiros quatro meses. Ao mesmo tempo comprometida com o legado que recebeu e dedicada a estabelecer a identidade da própria administração, a ministra Ana de Hollanda adotou uma estratégia apaziguadora, que preserva o modelo sancionado pelas urnas enquanto insinua mudanças pontuais nos rumos. Um dos vários focos dessa conciliação é resgatar interlocuções partidárias e institucionais que estiveram prejudicadas nos anos anteriores.

O MinC vem de excelentes gestões sob Gilberto Gil e Juca Ferreira, mas começa o ano em sérias dificuldades financeiras (cortes orçamentários, penúria material, dívidas imensas), que ameaçam inviabilizar a herança positiva dos antecessores. Ademais, enquanto luta para honrar seus muitos compromissos pendentes, o ministério se envolve direta ou indiretamente na elaboração de projetos complexos, audaciosos e imprescindíveis, como o Plano Nacional de Banda Larga, a regulamentação da mídia, a nova Lei de Direitos Autorais, as reformas na Lei Rouanet.

Mesmo que os importantes programas atuais (Cultura Viva, Pontos de Cultura etc.) sejam preservados e até aprimorados, parece predominar no MinC a idéia de que a transição encerra um ciclo e estabelece novos desafios e paradigmas. Mas a renovação pretendida está longe de atingir o consenso. As revisões programáticas e gerenciais ocasionadas pela substituição de quadros nos altos escalões do ministério suscitaram críticas dos preteridos e deixaram parte da militância perplexa com a possibilidade de haver um retrocesso nas conquistas recentes.

As grandes corporações midiáticas, tentando inviabilizar as plataformas democratizantes em gestação na pasta, aproveitam sua fragilidade estrutural para fomentar a desagregação dos profissionais da cultura e a alienação do público através de um noticiário sensacionalista,

boateiro e tendencioso. A "pauta negativa" que acometeu o MinC (a troca de secretários, a retirada da licença Creative Commons da página oficial, a escolha do presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, o blog de Maria Bethânia, a suposta ingerência do Ecad) supervalorizou e distorceu os episódios, transformando-os em escândalos. E, finalmente, esses factóides mexeram nas animosidades de alguns artistas, produtores, ativistas e funcionários do ministério, jogando-os em bate-bocas infrutíferos que ainda monopolizam o debate.

Mal sabem os adversários quantos defeitos os assemelham: a auto-complacência ideológica e a arrogância de quem se julga imune a questionamentos, por exemplo, sobre seus interesses políticos e financeiros nas posições que defendem; simplificações e acusações levianas que obscurecem as verdadeiras controvérsias, transformando a polêmica numa disputa de egolatrias e jargões vazios; a tendência autoritária a desqualificar contestações alheias; a pretensão de liderar messianicamente um processo decisório que envolve inúmeras demandas e carências.

As coisas ficam mais fáceis para a grande imprensa quando sua campanha contra Ana de Hollanda é assimilada como bandeira por uma facção do próprio movimento cultural. O maniqueísmo resultante cria uma guerra na qual os bondosos inovadores, libertários e progressistas da blogosfera combatem os malvados repressores, capitalistas e conservadores que defendem a ministra.

Acontece que não há apenas duas posições em jogo. No meio dessa ilusão bipolar, encontram-se pessoas desprovidas de filiação partidária e de outros vínculos grupais, que não vislumbram as benesses estatais ou os investimentos privados e que estão interessadas apenas em contribuir para o desenvolvimento da cultura nacional. Esta maioria exige e merece que as discussões sejam realizadas com mais transparência e maturidade.

Aracaju, Maceió, Grande São Luís, Fortaleza, Salvador e Recife se destacam; PIB de Recife deve saltar para US$ 74 bi.



Gráfico de crescimento proporcional na América do Sul. Fonte: Mckinsey Global Institute
A consultoria Mckinsey Global Institute realizou uma pesquisa de alcance global e identificou as 600 capitais que terão o maior crescimento do mundo em 2025. Além do previsível crescimento das cidades chinesas, destacam-se as seis capitais nordestinas dentre as 18 brasileiras.
Segundo a consultoria, Aracaju, Maceió e a Grande São Luís terão crescimentos moderados, enquanto que Fortaleza, Salvador e Recife terão as maiores mudanças do Nordeste, até o ano de 2025.
Comparado dados de 2007 com projeções de 2025, espera-se que São Luís eleve seu PIB de 7 para 24 bilhões de dólares, enquanto a renda per capita deva saltar de 7 para 18 mil dólares por habitante.
Em Maceió, o PIB deve saltar de 6 para 20 bilhões de dólares, e a renda per capita de 5 para 13 mil. Já Aracaju deve ter as riquezas de sua produção saltando de 6 para 21 bilhões, com uma riqueza individual de 8 para 23 mil dólares.
Entre as cidades que mais devem crescer, segundo levantamento, destaca-se Recife. Em 2025, a capital de Pernambuco deverá ser a cidade mais rica do Nordeste, com o PIB saltando de 25 para 74 bilhões de dólares e uma renda per capita de 17 mil por habitante.
Já Fortaleza deve ter um salto de 18 para 52 bilhões de dólares no PIB e de 5 mil para 13 mil a renda per capita. Finalmente, Salvador, terá um ganho no PIB de 17 área 49 bilhões, com cada habitante aumentando sua receita, de 5 mil para 12 mil dólares.


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domingo, 24 de abril de 2011

VAMOS DANÇAR QUADRILHA !


Zezito de Oliveira · Aracaju, SE

"Não me convidem para certas festas pobres". Essa frase, baseado no primeiro verso da música Brasil do Cazuza, foi citada por mim em um dos momentos em que estive realizando o trabalho de divulgação da oficina de quadrilha junina em uma emissora de rádio em Aracaju.

Este tipo de “pobreza” a que me referi, não diz respeito as condições econômicas, porque em alguns casos, alguma festas juninas “pobres” até dispõem de uma boa estrutura material, fartura de comes e bebes e grandes atrações artísticas.

LEIA MAIS:

http://www.overmundo.com.br/overblog/vamos-dancar-quadrilha

PROJETO ECARTE NA TV

Programa gravado e exibido em 2004. no extino programa Sergipe Comunidade da TV Sergipe, na fase inical do projeto Ecarte. A qual teve inicio em 2002 e se estendeu até 2005. A segunda fase aconteceu durante o ano de 2006. Desde 2007 o projeto deixou de ser realizado, embora as necessidades que provocaram a sua criação ainda continuem a existir.

A Ação Cultural agradece a equpe do programa pelo carinho e atenção que sempre tiveram para com as iniciativas culturais realizadas ou apoiadas pela entidade.

Para assistir, clique em cima das palavras grifadas (azul).

sexta-feira, 22 de abril de 2011

PÁSCOA À VISTA

Páscoa à vista!

Passadas as efervescentes brincadeiras do Carnaval,

nossos olhos se voltam para o Oriente,

porque daqui a uns 40 dias,

vai renascer o Sol da Justiça.

É a festa das festas que vem aí:

a Festa da PÁSCOA!

A palavra “páscoa”,

de origem hebraica,

é irmã da portuguesa “passagem”.

E páscoa quer dizer “a passagem de Deus”!

Sim, porque Deus passa, está sempre passando na história da Humanidade,

na vida da gente...

Mas a gente não se dá conta.

Foi preciso, então, que Deus passasse de maneira espetacular, escandalosa até,

para que, pelo menos uma porção de gente se tocasse.

E foi assim:

JESUS DE NAZARÉ, um carpinteiro,

que, mais de 2000 anos atrás, nascera de um casal pobre

e vivera num lugarejo do interior da Palestina,

aos 30 anos de idade,

começou a anunciar o Reino de Deus!

Para pertencer a este Reino,

as pessoas precisavam mudar de vida:

Ø quem tinha conhecimentos, devia partilhar com os desinformados...

Ø quem tinha dinheiro, devia repartir com os necessitados...

Ø quem tinha poder, devia colocar-se a serviço dos excluídos...

Era como se o mundo tivesse que virar de cabeça para baixo!

Uma revolução, sim, mas que deveria começar no coração de cada um, de cada uma.

Para os pobres, era uma BOA NOTÍCIA,

aquilo que eles mais gostariam de ver acontecer.

E é isso que quer dizer “evangelho”,

palavra grega, sinônimo de “boa nova”, boa novidade.

Mas para os ricos era subversão, perturbação da ordem,

ou, como muita gente hoje em dia ainda diz,

isso era “comunismo”!

Até os pobres, iludidos pela conversa mole dos ricos e poderosos,

foram na onda deles e ficaram contra Jesus.

Só sei que, por conta dessa história,

Jesus terminou preso, foi condenado e morreu crucificado entre dois marginais.

Mas, quando os poderosos menos imaginavam,

os poucos seguidores de Jesus de Nazaré foram perdendo o medo

e fizeram o maior reboliço na cidade:

saíram anunciando que Deus havia ressuscitado seu Mestre!

Jesus vivia, isto é, Deus deu razão a ele!

Ele morreu pela causa do povo, sobretudo dos pobres,

seu sangue foi derramado para que uma nova Humanidade começasse a se organizar,

os entendidos se colocassem a serviço dos sem instrução,

os ricos se colocassem a serviço dos empobrecidos,

os poderosos se colocassem a serviço do povo,

e todos se juntassem numa grande irmandade,

uma família de irmãos e irmãs, simples como as crianças.

E como a causa pela qual Jesus morrera

era justamente a causa de Deus, o que Deus mais queria que acontecesse,

por esse motivo, Deus passou no túmulo onde Jesus foi sepultado,

e o arrancou do poder da morte.

Deus aprovou a vida e a mensagem de Jesus!

Portanto, pregavam seus discípulos,

está na hora de aceitar sua mensagem libertadora,

de fazer parte do Reino por ele anunciado...

Chegou o momento de cada um, de cada uma, deixar Deus passar na sua vida.

PÁSCOA é isso: Deus passando na história de Jesus de Nazaré,

e o reconhecendo como seu Filho!

Deus querendo passar na vida de cada um da gente,

na medida em que a gente entrar na jogada de Jesus,

e se tornar assim um filho, uma filha de Deus.

Só sei que, quem ia acreditando em Jesus, através da mensagem dos discípulos,

tomava um banho, para mostrar que estava começando uma vida nova,

limpa de todas as maldades e sujeiras.

E esse banho passou a chamar-se de Batismo.

Os discípulos (seguidores), agora chamados “apóstolos”, quer dizer “enviados”,

colocavam as mãos sobre a cabeça dos que se “batizavam”

e eles e elas recebiam uma nova energia, um espírito novo,

que chamavam de ESPÍRITO SANTO!

Na força dessa nova energia,

é que o pessoal continuava se reunindo,

escutando a mensagem dos Apóstolos sobre Jesus,

repartindo, entre todos, os seus bens,

de tal forma que ninguém passava necessidade entre eles e elas.

E esse ajuntamento de gente, convocada pela Palavra de Deus,

chamou-se de IGREJA.

O que mais chamava a atenção do povo era a alegria

com que eles comiam a Ceia do Pão e do Vinho, em memória de Jesus:

era o jeito de eles se sentirem em comunhão de vida com seu Mestre.

Era como se o corpo de Jesus passasse a se manifestar na carne deles e delas...

Era como se o sangue de Jesus passasse a correr nas veias deles e delas...

Era Jesus que passava a viver neles e nelas..

Era o Reino de Deus que começava a acontecer “assim na terra como céu!”

E essa Igreja era, assim, o ensaio, a amostra de um MUNDO NOVO!

É por causa dessa história, que os cristãos e cristãs de todos os tempos,

todo ano, a certa altura do mês de abril,

celebram a Festa da Páscoa.

Valeria a pena a gente pensar numa “Festa da Páscoa”

entre os Grupos Culturais do PROAC?...

Que sentido teria?...

Apenas recordar o que aconteceu há mais de 2000 anos atrás?...

Será que a Páscoa, de alguma maneira,

estará acontecendo na vida da gente, hoje, aqui e agora,

e, por isso, vale a pena celebrá-la?...

Talvez seja questão de ter olhos de ver,

olhos capazes de enxergar Deus passando na vida dessa Juventude que

Ø tendo oportunidade de se encontrar, de conversar suas coisas, de sentir-se escutada, levada em conta... de poder descobrir seus valores e suas potencialidades... começa a gostar de si mesma, a gostar da vida, a levantar a cabeça, a encantar-se com o que é belo, a querer o que é bom, a sonhar com um mundo diferente, de amor, alegria e felicidade... Não é como se nascessem de novo?...

Ø tendo oportunidade de partilhar idéias, sugestões e iniciativas entre eles e elas... de brincar e jogar juntos, de aprender coisas juntos... de cantar, tocar e dançar juntos,,, de desenhar e pintar juntos... de fazer teatro, organizar passeios e festas... vão superando a solidão e o individualismo... vão dando uma finalidade construtiva a sua agressividade, a suas energias... vão desenvolvendo um novo jeito de conviver, crescendo em amizade e companheirismo... É uma nova convivência que está desabrochando?...

Ø tendo oportunidade de conhecer a história e as tradições do seu povo, as riquezas e belezas do folclore, as coisa bonitas que o povo do seu bairro faz, o jeito característico do povo desta cidade viver e festejar... vão trocando as coisas que vêm de fora pelas coisas nossas... começam a gostar do frevo e do maracatu... passam a preferir um suco de mangaba a coca-cola, uma tapioca a um mac-burger qualquer... descobrem que a “embolada” é o jeito nosso de fazer rap, muito antes que o rap existisse e virasse onda... e por aí vão crescendo no amor a esta cidade, a começar pelo seu bairro... Não é isso uma identidade perdida que está se resgatando?...

Ø tendo oportunidade de encarar o seu ambiente de vida, com novas informações sobre higiene, limpeza pública, reciclagem de lixo, importância do verde, da mata, do mangue, da água, do ar, do silêncio, da preservação ambiental... começam a tomar cuidados e iniciativas na sua classe, na escola, em casa, quando vão pela rua... começam a preocupar-se com arborização e jardinagem... com reciclagem de plástico e papel, com coleta seletiva... com a limpeza das canaletas e canais... com a altura do som das radiolas e televisões... com tudo quanto incomoda e prejudica o ambiente em que se vive... e passam a ser multiplicadores de uma nova mentalidade a respeito dessas coisas no dia-a-dia das pessoas... Não é isso um mundo diferente que está surgindo?...

Ø tendo oportunidade de perceber que a cidade é feita por todos os que nela habitam... que todos e todas têm direitos a serem respeitados ou conquistados, para que todo mundo viva vida de gente e possa ser feliz... que ser cidadão, cidadã é querer bem a seu pedaço e se responsabilizar por ele, para que seja o melhor lugar do mundo, a cidade mais bonita e feliz... onde todos, de mãos dadas, vivem num mutirão sem fim, cuidando de tudo, para que tudo dê certo, para o bem de todos... onde o prazer maior é poder, no fim de semana, festejar com ciranda e coco, a fraternidade cidadã exercida ao longo de toda a semana... Não é isso um mundo novo que está despontando?...

Para quem tem olhos de ver,

é por aí, quem sabe, que Deus está passando,

nos arrancando da morte para a Vida...

é por aí que o Sangue de Jesus está circulando

e o Espírito de Jesus está soprando

e tudo vai se transformando nos indivíduos e na sociedade,

e a Páscoa vai acontecendo

e o mundo se salvando.

Se for assim,

se assim estiver sendo,

será que não vale a pena celebrar a Páscoa,

a passagem de Deus em nossas vidas,

na vida da juventude do PROAC?...

E agora José, e agora Maria,

como vamos fazer para que nossos Grupos Culturais

cheguem à gostosa descoberta deste “Mistério” maravilhoso

que se esconde em suas vidas,

mas que precisa se manifestar aos olhos deles e delas, aos olhos de todos?...

Como fazer para que esta descoberta

se torne motivo de festa

e desencadeie toda uma criatividade,

no sentido de todos se darem as mãos

na preparação de um evento capaz de fazer brilhar

esta vida nova, este mundo novo,

que está acontecendo no dia-a-dia dos Grupos Culturais do PROAC,

como Festa da Vida,

como um grande louvor ao Deus da Vida,

que assim como passou na história de Jesus,

está passando nas histórias bonitas da gente, hoje, aqui e agora?...

A Páscoa está à vista!

Como vamos fazer?

Reginaldo Veloso,

Assessor do PROAC