domingo, 27 de fevereiro de 2011

O CARANGUEJO DE CHICO SCIENCE ANDAVA PRA FRENTE

Caros

Em Pernambuco estamos andando pra trás, com o Programa Cultura Viva, tivemos um sopro de esperança, estamos novamente dependentes do jogo de interesses da política que torna as pessoas coisas, vemos nossos artistas se desvalorizando, nossos companheiros com medo de retaliação, sem entender que se andar pra trás agora toda nossa riquza cultural será objeto de memória e de estudos de pesquisadores, e vão dizer que pena como tinhamos riqueza e jogamos fora, no momento de enorme crescimento econômico do nosso estado, transformamos o mote Pernambuco Nação Cultural em uma farsa, nos entregamos a gana dos predadores.

Temos o Melhor e mais democrático carnaval do Planeta, a verdadeira Música Pernambucana é há muito referência mundial de diversidade e qualidade, pesquisadores do mundo inteiro consideram Pernambuco como locomotiva de inovação e criatividade, nossos artistas vivem pelo mundo afora como convidados mostrando a qualidade da nossa produção musical, em todos os lugares que viajamos vários entusiastas nos procuram para elogiar o vigor da nossa Cultura, e vinham elogiando o perfil do governo do Estado, e aí no início do novo mandato, passam a borracha no edital da Fundarpe, nomeam um presidente da Empetur que não sabe pra onde vai a Cultura, sem noção, que não identifica o que é Cultura Popular e Cultura de Massa, ou identifica e tem outros interesses e damos um enorme passo para trás, Carnaval de Pernambuco com brega, Axé e Pagode tenha paciência, isto a Brahma paga, dinheiro público pra pagar bagaceira, já tinhamos superado isto, e os empresários predadores já invadiram as Virgens de Olinda com suas porno-bandas e pagam uma nota, temos que denunciar todos os dias no mundo inteiro.



CADÊ OS PONTOS DE CULTURA NO CARNAVAL DE PERNAMBUCO


Lula Gonzaga

Fonte: Lista de discussão Culturas Populares



Grande Lula,


começo a sentir saudades do teu chará da locomotiva nacional. Ao mesmo tempo, sou muito otimista com a capacidade de resistência do movimento. Todos os dias chovem denuncias, questionamentos e reflexões nas redes sociais e cxs de email.

Em todas as correntes de opinião sobre cultura, política pública e seus possíveis rumos no âmbito nacional ou local, estão lá os Pontos de Cultura. Divergindo ou convergindo, protestando, denunciando, ponderando ou tentando compreender o que está acontecendo.

Eu me considero duplamente previligiado neste processo. Primeiro por ter sido convidado a contribuir com a equipe de implementação do programa Cultura Viva, ter assistido e colaborado com articulação dessa rede nacional, desde a primeira TEIA e primeiro encontro Nacional do Pontos de Cultura, em 2006.

Segunto por tido a oportunidade de conhecer de perto e conviver com Célio Turino, o sujeito que tornou esse história realidade, logicamente com o apoio de Gil, Juca e tantos outros, incluindo aí gestores estaduais e municipais entusiastas e parceiro de primeira ordem.

Quantas organizações deram salto de qualidade e conquistaram maior autonomia e sustentabiidade nestes APENAS SEIS ANOS do programa?

AUTONOMIA
PROTAGONISMO
EMPODERAMENTO

Isso era uma viagem ou era o fundamento de um plano estratégico. As falas de Célio Turino estão mais do que registradas em vídeo, audio, livros, revistas, internet, etc.
Célio desde o primeiro momento dizia que não bastava repassar recurso financeiro para que o Ponto pudesse melhorar a qualidade de seus projetos, acima disso era necessário articular as redes locais e nacional, a TEIA.

Falava ainda do DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, ou seja, a aproximação dos Pontos tornaria possível a troca de saberes, permitindo que os menos informados ou politizados pudessem se informar melhor e se politizar no processo, aprender a defender seus direitos, cobrar dos gestores públicos não apenas apoio, mas dignidade, respeito, direito...

Na semana passada alguns Pontos de Cultura tiveram mais uma vez a oportunidade de um encontro com Célio Turino, em um encontro promovido pelo Laboratório Cultura Viva, no Rio de Janeiro.

De noite, numa mesa de bar na Cinelândia, o assunto POLÍTICA não poderia deixar de dominar a discussão. Célio, agora mais tranquilo e ao mesmo tempo mais reservado, depois de ser provocado a opinar sobre os rumos do MinC e do programa Cultura Viva, optou por uma reflexão mais ampla e provocativa. Ao invés de falar do MinC, optou por falar da burocracia estatal que é sempre tão utilizada pelas pessoas de governo para justificar os entraves na liberação de pagamentos. Suas perguntas devolvidas à Mesa foram muito simples:

"Quais são as dificuldades e impeditivos burocráticos que o governo brasileiro encontra para honrar com o pagamento da dívida pública?"

Quanto representa a dívida com os Pontos de Cultura em relação ao pagamento de juros que o Brasil tem desembolsado com a dívida pública? e por fim:

"Neste corte arçamentário de 50 bilhões, quanto vai recair sobre a Dívida Pública?"

Ao ouvir essas perguntas, me lembrei de quado Gil perguntava, se referindo a rede dos Pontos de Cultura, "o que pode acontecer quando liberamos as comportas de uma represa?" e Célio Turino, mais como militante da causa do que um representante do governo, completava "poderemos dizer que o programa deu certo quando o estado perder o controle sobre o movimento".

Talvez seja hora do movimento requalificar seus argumentos perante o estado brasileiro.

AUTONOMIA
PROTAGONISMO
EMPODERAMENTO

Que tal ampliarmos um pouco mais o foco?

Abraços a td@s.

BigNel

Nenhum comentário: