PONTOS DE LEITURA
Estão abertas as inscrições para o I Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis. O concurso visa selecionar até 600 iniciativas culturais que mantenham ações de fortalecimento, estímulo e fomento a leitura. As iniciativas selecionadas devem, prioritariamente, estar presentes nos municípios atendidos pelo Programa Territórios da Cidadania, Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania e municípios prioritários do Mais Cultura. As inscrições devem ser realizadas até o dia 10 de novembro. Não podem candidatar-se bibliotecas, escolas e universidades mantidas pelo poder público. Edital e outras informações: www.cultura.gov.br/.
PONTINHOS DE CULTURA
Estão abertas até 8 de novembro, as inscrições para o Prêmio Ludicidade/Pontinhos de Cultura, que tem o objetivo de premiar e mapear entidades sem fins lucrativos e instituições governamentais que desenvolvam atividades sócio-cultural-artístico-educacionais que assegurem os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e que desenvolvam atividades relacionadas com os saberes e fazeres da Cultura da Infância. Serão contempladas 200 iniciativas que receberão R$ 18 mil cada. O número total de premiações será distribuído regionalmente. Edital e outras informações: www.cultura.gov.br/.
Observatório Sergipano de Politicas Culturais. Espaço de mobilização, articulação e (in)formação em politicas culturais
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Pesquisa revela baixo índice de conteúdos educativos, informativos e culturais
fonte: Direito à Comunicação - Jonas Valente – Observatório do Direito à Comunicação
www.duo.inf.br
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 221 que “a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão preferencialmente a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”, além de indicar como princípios a promoção da produção regional e independente. Entretanto, segundo pesquisa sobre o perfil sócio-econômico das rádios comerciais brasileiras divulgada nesta terça-feira (23) pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), o cumprimento desta diretriz constitucional pelas emissoras é baixo.
Segundo o estudo, nas estações FM os conteúdos jornalísticos e de utilidade pública ocupam, respectivamente, 9,3% e 4,8% do tempo. Do total de tempo gasto com utilidade pública, 60% é de mensagens de origem governamental de veiculação obrigatória. Em termos comparativos, os programas de variedades ocupam mais tempo do que os dois gêneros citados somados, representando 20% da grade. No levantamento, conteúdos educativos sequer são tratados como um gênero, dada sua baixíssima ocorrência nas grades das emissoras.
A música nacional tem participação de 37,5% no total de horas transmitidas, enquanto a estrangeira é veiculada em 17,8% da programação semanal. Se considerada a música como conteúdo artístico, o índice de atendimento das preferências previstas na Constituição subiria para 69,4%. No entanto, embora este estudo não traga os dados detalhados por gêneros musicais, pesquisas mais antigas mostram que a programação musical foca-se nas obras que freqüentam "as paradas de sucessos", apresentando pouca variedade.
No caso do AM, a presença do jornalismo e de mensagens de utilidade pública aumentam, respectivamente, para 17,5% e 7,8%. Mas a soma total dos conteúdos artísticos, culturais, informativos e educativos, considerando as horas ocupadas com música nacional e estrangeira - 21% e 3,3% -, chegam apenas a 49,6% das horas transmitidas. Destacam-se entre os itens fora das preferências constitucionais no AM os gêneros variedades (24,2%), religioso (14,4%) e esporte (9,3%). Também nesta faixa de freqüência não aparece qualquer menção ao gênero educativo.
Questionado pelo Observatório do Direito à Comunicação sobre o fato, o presidente da Abert, Daniel Slaviero, considerou o patamar de conteúdos de utilidade pública e jornalismo “razoável”. Ele anunciou que a pesquisa servirá como subsídio para combater no Congresso Nacional projetos de lei que prevêem a obrigatoriedade de veiculação de determinados tipos de conteúdos, como programas de caráter ambiental ou informações sobre repasses dos governos federal e estadual aos municípios.
Faturamento maior
Outra disputa para a qual os radiodifusores usarão os subsídios da pesquisa será a da regulação da publicidade. “Os dados vão subsidiar trabalho da Abert no Legislativo e no Executivo com relação aos projetos que restringem a publicidade”, disse Slaviero. O estudo confirmou que esta é a principal fonte de receitas das emissoras, representando 89,2% das verbas arrecadadas, sendo 58,2% de anúncios vendidos via agência e 31% comercializados diretamente.
Reiterando informação conhecida no setor, a pesquisa revelou que o faturamento das rádios é maior do que se estimava: atingiu R$ 1,67 bilhão em 2007. A fonte com maior referência na área, o Projeto Intermeios, havia registrado um total de rendimentos de R$ 767 milhões no mesmo ano. “É a primeira vez que vemos o real tamanho do faturamento, surpreendeu pelo volume e pelo crescimento em relação à base do Intermeios.”
O principal anunciante é o comércio varejista, responsável por 45% das receitas das emissoras. O Estado é o segundo maior financiador das estações, originando 17,8% das verbas arrecadadas, sendo 6,7% de governos estaduais, 6,2% de governos municipais e 4,9% do governo federal. Em seguida vêm setores como telecomunicações (8,2%), bancos (6,6%), perfumaria e farmácia (7%) e educação (4,4%).
Os dados foram obtidos a partir da consolidação de questionários respondidos por 917 das 1.556 emissoras contatadas pela equipe da Fundação Getúlio Vargas, que executou a pesquisa. Embora haja 3 mil rádios cadastradas no Sistema de Controle de Radiodifusão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o coordenador do estudo, Márcio Lago Couto considerou a amostra representativa do setor.
www.duo.inf.br
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 221 que “a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão preferencialmente a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”, além de indicar como princípios a promoção da produção regional e independente. Entretanto, segundo pesquisa sobre o perfil sócio-econômico das rádios comerciais brasileiras divulgada nesta terça-feira (23) pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), o cumprimento desta diretriz constitucional pelas emissoras é baixo.
Segundo o estudo, nas estações FM os conteúdos jornalísticos e de utilidade pública ocupam, respectivamente, 9,3% e 4,8% do tempo. Do total de tempo gasto com utilidade pública, 60% é de mensagens de origem governamental de veiculação obrigatória. Em termos comparativos, os programas de variedades ocupam mais tempo do que os dois gêneros citados somados, representando 20% da grade. No levantamento, conteúdos educativos sequer são tratados como um gênero, dada sua baixíssima ocorrência nas grades das emissoras.
A música nacional tem participação de 37,5% no total de horas transmitidas, enquanto a estrangeira é veiculada em 17,8% da programação semanal. Se considerada a música como conteúdo artístico, o índice de atendimento das preferências previstas na Constituição subiria para 69,4%. No entanto, embora este estudo não traga os dados detalhados por gêneros musicais, pesquisas mais antigas mostram que a programação musical foca-se nas obras que freqüentam "as paradas de sucessos", apresentando pouca variedade.
No caso do AM, a presença do jornalismo e de mensagens de utilidade pública aumentam, respectivamente, para 17,5% e 7,8%. Mas a soma total dos conteúdos artísticos, culturais, informativos e educativos, considerando as horas ocupadas com música nacional e estrangeira - 21% e 3,3% -, chegam apenas a 49,6% das horas transmitidas. Destacam-se entre os itens fora das preferências constitucionais no AM os gêneros variedades (24,2%), religioso (14,4%) e esporte (9,3%). Também nesta faixa de freqüência não aparece qualquer menção ao gênero educativo.
Questionado pelo Observatório do Direito à Comunicação sobre o fato, o presidente da Abert, Daniel Slaviero, considerou o patamar de conteúdos de utilidade pública e jornalismo “razoável”. Ele anunciou que a pesquisa servirá como subsídio para combater no Congresso Nacional projetos de lei que prevêem a obrigatoriedade de veiculação de determinados tipos de conteúdos, como programas de caráter ambiental ou informações sobre repasses dos governos federal e estadual aos municípios.
Faturamento maior
Outra disputa para a qual os radiodifusores usarão os subsídios da pesquisa será a da regulação da publicidade. “Os dados vão subsidiar trabalho da Abert no Legislativo e no Executivo com relação aos projetos que restringem a publicidade”, disse Slaviero. O estudo confirmou que esta é a principal fonte de receitas das emissoras, representando 89,2% das verbas arrecadadas, sendo 58,2% de anúncios vendidos via agência e 31% comercializados diretamente.
Reiterando informação conhecida no setor, a pesquisa revelou que o faturamento das rádios é maior do que se estimava: atingiu R$ 1,67 bilhão em 2007. A fonte com maior referência na área, o Projeto Intermeios, havia registrado um total de rendimentos de R$ 767 milhões no mesmo ano. “É a primeira vez que vemos o real tamanho do faturamento, surpreendeu pelo volume e pelo crescimento em relação à base do Intermeios.”
O principal anunciante é o comércio varejista, responsável por 45% das receitas das emissoras. O Estado é o segundo maior financiador das estações, originando 17,8% das verbas arrecadadas, sendo 6,7% de governos estaduais, 6,2% de governos municipais e 4,9% do governo federal. Em seguida vêm setores como telecomunicações (8,2%), bancos (6,6%), perfumaria e farmácia (7%) e educação (4,4%).
Os dados foram obtidos a partir da consolidação de questionários respondidos por 917 das 1.556 emissoras contatadas pela equipe da Fundação Getúlio Vargas, que executou a pesquisa. Embora haja 3 mil rádios cadastradas no Sistema de Controle de Radiodifusão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o coordenador do estudo, Márcio Lago Couto considerou a amostra representativa do setor.
PROGRAMAÇÃO GONZAGÃO – OUTUBRO 2008
Todos os dias, das 8 às 12h
Telecentro Gonzagão
Curso de informática básica com utilização de software livre.
Público alvo: estudantes de escolas públicas
Todas as terças. quintas, sábados, das 5 às 8h
Academia da Cidade no Gonzagão
Aberta a todas as faixas etárias
Parceria: PMA/Secretaria Municipal de Saúde
Dia 6, segunda, das 19 às 22h
Reunião do Consórcio Cultural do Conjunto Augusto Franco e Adajacências.
Tema: Continuando o planejamento da IV Noite Multicultural – edição 2008
Dias 10, 11 e 12, sexta, sábado e domingo, das 8 às 22h
1ª Mostra Estadual de Teatro do Oprimido
Parceria: Centro Teatro do Oprimido
Dia 10, sexta, das 13h30 às 17h
Programação especial: Dia das Crianças
Realização: Centro de Referência em Assistência Social do Santa Maria/Prefeitura Municipal de Aracaju
Parcerias: Cia. "O minimO" e Centro Teatro do Oprimido
Dia 11, sábado, das 20 às 24h
Baile de danças circulares sagradas
Parceria: Ong Ação Cultural e Centro Teatro do Oprimido
Dias 11 e 25, sábados
Atividades e reuniões do Grupo Peneirou Xerém
Dia 29, quarta, das 14 às 18 horas
Vivência de Jogos Cooperativos - Educação para a Paz
Parceria: Cia. "O MinimO"
Dia 30,quinta, das 14 às 18 horas
Vivência de Dança-yoga
Parceria: Cia. "O minimO"
Dia 31, sexta, 21h -
Seresta com Nando Cabral - Homenageando Nelson Gonçalves
Telecentro Gonzagão
Curso de informática básica com utilização de software livre.
Público alvo: estudantes de escolas públicas
Todas as terças. quintas, sábados, das 5 às 8h
Academia da Cidade no Gonzagão
Aberta a todas as faixas etárias
Parceria: PMA/Secretaria Municipal de Saúde
Dia 6, segunda, das 19 às 22h
Reunião do Consórcio Cultural do Conjunto Augusto Franco e Adajacências.
Tema: Continuando o planejamento da IV Noite Multicultural – edição 2008
Dias 10, 11 e 12, sexta, sábado e domingo, das 8 às 22h
1ª Mostra Estadual de Teatro do Oprimido
Parceria: Centro Teatro do Oprimido
Dia 10, sexta, das 13h30 às 17h
Programação especial: Dia das Crianças
Realização: Centro de Referência em Assistência Social do Santa Maria/Prefeitura Municipal de Aracaju
Parcerias: Cia. "O minimO" e Centro Teatro do Oprimido
Dia 11, sábado, das 20 às 24h
Baile de danças circulares sagradas
Parceria: Ong Ação Cultural e Centro Teatro do Oprimido
Dias 11 e 25, sábados
Atividades e reuniões do Grupo Peneirou Xerém
Dia 29, quarta, das 14 às 18 horas
Vivência de Jogos Cooperativos - Educação para a Paz
Parceria: Cia. "O MinimO"
Dia 30,quinta, das 14 às 18 horas
Vivência de Dança-yoga
Parceria: Cia. "O minimO"
Dia 31, sexta, 21h -
Seresta com Nando Cabral - Homenageando Nelson Gonçalves
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
RODA DE DIÁLOGO NO GONZAGÃO
Tema: “A IMPORTANCIA DAS DANÇAS CIRCULARES PARA A QUALIDADE DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO”.
26/09 - Sexta-Feira – 19 horas – Entrada Franca
Intencionalidades:
- resgatar a importância das danças de roda, através da vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições;
- desenvolver capacidades para utilização das danças como canal de crescimento humano pessoal e como ferramenta pedagógica no trabalho social-educativo.
Perfil do Formador/Focalizador:
Alvaro Pantoja Leite é graduado em Filosofia (USP-S.Paulo, Brasil) e doutorando em Ciências da Educação (UP-Porto, Portugal). Educador e formador nas áreas de metodologia do trabalho social e educativo, aprendizagem criativa, gestão de programas e projetos sócio-educativos. Há mais de 20 anos participa de coletivos multi-disciplinares atuando em programas de formação de educadores(as) sociais e animadores(as) sócio-culturais no Nordeste brasileiro. Desde 2000 atua como focalizador em rodas, encontros e oficinas de Danças Circulares realizadas em diversas cidades brasileiras dos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraiba, Piauí e Ceará. Atualmente reside em Olinda – PE.
Realização:
Ong Ação Cultural
Apoio:
Secretaria de Estado da Cultura/Gonzagão
26/09 - Sexta-Feira – 19 horas – Entrada Franca
Intencionalidades:
- resgatar a importância das danças de roda, através da vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições;
- desenvolver capacidades para utilização das danças como canal de crescimento humano pessoal e como ferramenta pedagógica no trabalho social-educativo.
Perfil do Formador/Focalizador:
Alvaro Pantoja Leite é graduado em Filosofia (USP-S.Paulo, Brasil) e doutorando em Ciências da Educação (UP-Porto, Portugal). Educador e formador nas áreas de metodologia do trabalho social e educativo, aprendizagem criativa, gestão de programas e projetos sócio-educativos. Há mais de 20 anos participa de coletivos multi-disciplinares atuando em programas de formação de educadores(as) sociais e animadores(as) sócio-culturais no Nordeste brasileiro. Desde 2000 atua como focalizador em rodas, encontros e oficinas de Danças Circulares realizadas em diversas cidades brasileiras dos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraiba, Piauí e Ceará. Atualmente reside em Olinda – PE.
Realização:
Ong Ação Cultural
Apoio:
Secretaria de Estado da Cultura/Gonzagão
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
FOMENTO AO ARTESANATO
Até 24 de outubro
Estão abertas as inscrições para seleção pública da Caixa Economica Federal que apoiará projetos de fomento ao artesanato nacional. O Programa Caixa de Apoio ao Artesanato Brasileiro contemplará as várias etapas do processo produtivo, visando o desenvolvimento de comunidades artesãs e a valorização do artesanato tradicional e da cultura brasileira. As inscrições seguem até o dia 24 de outubro. Regulamento, inscrições e outras informações: www.caixa.gov.br/caixacultural/.
Estão abertas as inscrições para seleção pública da Caixa Economica Federal que apoiará projetos de fomento ao artesanato nacional. O Programa Caixa de Apoio ao Artesanato Brasileiro contemplará as várias etapas do processo produtivo, visando o desenvolvimento de comunidades artesãs e a valorização do artesanato tradicional e da cultura brasileira. As inscrições seguem até o dia 24 de outubro. Regulamento, inscrições e outras informações: www.caixa.gov.br/caixacultural/.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Quando o delito é ser jovem de periferia
Quando o delito é ser jovem de periferia
fonte:
Os dias passam e jovens carentes, continuam morrendo todos os dias. Além
dos três adolescentes mortos no fim de semana (28), mais dois foram
baleados. Um rapaz foi atingido com dois tiros no jardim Interlagos,
zona leste da cidade. E, no jardim Ideal, mesma região da cidade, outro
adolescente de 16 anos foi baleado. Os grandes meios de comunicação nem
reparam no fato, e os que reparam, convertem o caso em um numero a
mais.”Aí me vem na cabeça aquela velha pergunta –Porque quando é pobre
ninguém quer?”
Agora quando morre um jovem de classe média alta, toda população se
mobiliza e faz passeatas pela paz. “Será que a vida de um adolescente de
periferia num vale nada?”
Mas sei que o grande problema que vemos vem do próprio sistema, e os
mais afetados acabam sendo os jovens carentes, a grande falta de
empregos, infra-estrutura e até mesmo cultura acaba levando-os a
marginalização na sociedade de consumo.
Esquecidos pelos poderes públicos, tendo como única presença efetiva dos
mesmos nessas áreas apenas a polícia, com toda sua carga negativa.O
poder público parece isentar-se de seu dever como agente cooptador, e
acaba deixando brechas sociais, que são aproveitadas pelos criminosos
para se apresentarem como benfeitores, suprindo uma necessidade do
ESTADO, ajudando os jovens a encontrar dinheiro “fácil” e voltar ser
aceito na sociedade de consumo.
Portanto seduzir um jovem que necessita de um emprego, possui o sonho de
ter um tênis “maneiro”, possuir roupas de grife e outras utilidades,
fica muito fácil, embora o dinheiro do crime não seja limpo ajuda
inseri-lo novamente na sociedade de consumo, mesmo que por pouco tempo.
Estamos vivendo em um mundo onde dinheiro é tudo, e o resto inclusive a
vida perde sua importância.
/Kessy Cristini /
fonte:
Os dias passam e jovens carentes, continuam morrendo todos os dias. Além
dos três adolescentes mortos no fim de semana (28), mais dois foram
baleados. Um rapaz foi atingido com dois tiros no jardim Interlagos,
zona leste da cidade. E, no jardim Ideal, mesma região da cidade, outro
adolescente de 16 anos foi baleado. Os grandes meios de comunicação nem
reparam no fato, e os que reparam, convertem o caso em um numero a
mais.”Aí me vem na cabeça aquela velha pergunta –Porque quando é pobre
ninguém quer?”
Agora quando morre um jovem de classe média alta, toda população se
mobiliza e faz passeatas pela paz. “Será que a vida de um adolescente de
periferia num vale nada?”
Mas sei que o grande problema que vemos vem do próprio sistema, e os
mais afetados acabam sendo os jovens carentes, a grande falta de
empregos, infra-estrutura e até mesmo cultura acaba levando-os a
marginalização na sociedade de consumo.
Esquecidos pelos poderes públicos, tendo como única presença efetiva dos
mesmos nessas áreas apenas a polícia, com toda sua carga negativa.O
poder público parece isentar-se de seu dever como agente cooptador, e
acaba deixando brechas sociais, que são aproveitadas pelos criminosos
para se apresentarem como benfeitores, suprindo uma necessidade do
ESTADO, ajudando os jovens a encontrar dinheiro “fácil” e voltar ser
aceito na sociedade de consumo.
Portanto seduzir um jovem que necessita de um emprego, possui o sonho de
ter um tênis “maneiro”, possuir roupas de grife e outras utilidades,
fica muito fácil, embora o dinheiro do crime não seja limpo ajuda
inseri-lo novamente na sociedade de consumo, mesmo que por pouco tempo.
Estamos vivendo em um mundo onde dinheiro é tudo, e o resto inclusive a
vida perde sua importância.
/Kessy Cristini /
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Terra, território e diversidade cultural
Ministério da Cultura - Juca Ferreira e Sérgio Mamberti
Fonte:www.cultura.gov.br
Não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais avançado do que o primeiro
O voto do ministro Carlos Ayres Britto sobre a reserva Raposa/Serra do Sol evidencia a oportunidade de deixarmos para trás os resquícios de uma mentalidade colonial e termos um avanço histórico, rumo a uma política contemporânea que contemple o diálogo produtivo entre as diversas etnias e culturas que compõem um país de dimensões continentais como o Brasil. O voto deixa claro, ainda, que o respeito ao espírito e à letra da Constituição de 1988 é o caminho.
O relator trouxe à luz o direito inalienável e imprescritível dos índios de viver nas terras que tradicionalmente ocupam e de acordo com suas próprias culturas. Trouxe, também, o valor de sua contribuição na formação da nacionalidade brasileira.
O ministro mostrou que a afirmação das culturas dos primeiros enriquece a vida de todos nós. Basta lembrar o quanto sua relação positiva com a natureza tem ajudado na existência da floresta e da megadiversidade brasileira como um todo. Quem convive com eles sabe que os indígenas cooperam com as Forças Armadas para proteger a floresta de usos ilegais e ajudam no monitoramento das fronteiras.
Dois pontos, entre vários outros relevantes abordados pelo voto do ministro, merecem destaque por suas implicações para a cultura brasileira. Em primeiro lugar, a distinção entre terra e território, que expressa a maneira sofisticada e inovadora por meio da qual a Constituição de 1988 solucionou juridicamente a relação entre as sociedades indígenas e o ambiente em que vivem.
É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de propriedade, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a apropriação da terra pelos homens.
O segundo ponto refere-se à relação entre terra e cultura, que concerne à continuidade do território ou sua fragmentação em ilhas. Quem conhece a questão indígena no Brasil sabe que o rompimento da integridade territorial implica a morte do modo de vida e, portanto, da cultura e do modo de ser do índio.
Se, em séculos passados, acreditou-se que os índios eram um arcaísmo, não é mais possível nem tolerável sustentar tal ponto de vista no século 21. Não só porque no mundo todo cresce a convicção da importância dos povos tradicionais para o futuro da humanidade, precisamente em virtude de sua relação específica com a terra e a natureza, mas também porque a sociedade do conhecimento, acelerada construção, não pode prescindir da diversidade cultural para seu próprio desenvolvimento.
Na era da globalização, da cibernetização dos conhecimentos, das informações e dos saberes, não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais avançado que o primeiro. Com efeito, proliferam na cultura contemporânea, de modo cada vez mais intenso, os exemplos de processos, procedimentos e produtos que recombinam o moderno e o tradicional em novas configurações.
Se a China e a Índia hoje surgem no cenário internacional de modo surpreendente, é porque sabem articular inovadoramente a cultura ocidental moderna com seus antiqüíssimos modos de pensar e agir, demonstrando que o desenvolvimento não se dá mais em termos lineares e que o futuro não se desenha desprezando e recalcando o passado.
Por isso, o Brasil -cuja singularidade se caracteriza tanto por sua megadiversidade biológica quanto por sua grande sociodiversidade e rica diversidade cultural-, precisa urgentemente reavaliar esse patrimônio. Temos trabalhado com os povos indígenas no Ministério da Cultura e promovido a diversidade cultural como valor e expressão de uma democracia mais plena, em que cenas como a defesa da advogada indígena Joênia Batista de Carvalho Wapichna se tornem mais que exceções históricas.
A soberania não se constrói com fantasmas nem paranóias, mas com a atualização de nossas forças e nossos potenciais. O ministro Ayres Britto tem razão ao sublinhar que não precisamos de outro instrumento jurídico além da Constituição de 1988.
Fonte:www.cultura.gov.br
Não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais avançado do que o primeiro
O voto do ministro Carlos Ayres Britto sobre a reserva Raposa/Serra do Sol evidencia a oportunidade de deixarmos para trás os resquícios de uma mentalidade colonial e termos um avanço histórico, rumo a uma política contemporânea que contemple o diálogo produtivo entre as diversas etnias e culturas que compõem um país de dimensões continentais como o Brasil. O voto deixa claro, ainda, que o respeito ao espírito e à letra da Constituição de 1988 é o caminho.
O relator trouxe à luz o direito inalienável e imprescritível dos índios de viver nas terras que tradicionalmente ocupam e de acordo com suas próprias culturas. Trouxe, também, o valor de sua contribuição na formação da nacionalidade brasileira.
O ministro mostrou que a afirmação das culturas dos primeiros enriquece a vida de todos nós. Basta lembrar o quanto sua relação positiva com a natureza tem ajudado na existência da floresta e da megadiversidade brasileira como um todo. Quem convive com eles sabe que os indígenas cooperam com as Forças Armadas para proteger a floresta de usos ilegais e ajudam no monitoramento das fronteiras.
Dois pontos, entre vários outros relevantes abordados pelo voto do ministro, merecem destaque por suas implicações para a cultura brasileira. Em primeiro lugar, a distinção entre terra e território, que expressa a maneira sofisticada e inovadora por meio da qual a Constituição de 1988 solucionou juridicamente a relação entre as sociedades indígenas e o ambiente em que vivem.
É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de propriedade, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a apropriação da terra pelos homens.
O segundo ponto refere-se à relação entre terra e cultura, que concerne à continuidade do território ou sua fragmentação em ilhas. Quem conhece a questão indígena no Brasil sabe que o rompimento da integridade territorial implica a morte do modo de vida e, portanto, da cultura e do modo de ser do índio.
Se, em séculos passados, acreditou-se que os índios eram um arcaísmo, não é mais possível nem tolerável sustentar tal ponto de vista no século 21. Não só porque no mundo todo cresce a convicção da importância dos povos tradicionais para o futuro da humanidade, precisamente em virtude de sua relação específica com a terra e a natureza, mas também porque a sociedade do conhecimento, acelerada construção, não pode prescindir da diversidade cultural para seu próprio desenvolvimento.
Na era da globalização, da cibernetização dos conhecimentos, das informações e dos saberes, não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais avançado que o primeiro. Com efeito, proliferam na cultura contemporânea, de modo cada vez mais intenso, os exemplos de processos, procedimentos e produtos que recombinam o moderno e o tradicional em novas configurações.
Se a China e a Índia hoje surgem no cenário internacional de modo surpreendente, é porque sabem articular inovadoramente a cultura ocidental moderna com seus antiqüíssimos modos de pensar e agir, demonstrando que o desenvolvimento não se dá mais em termos lineares e que o futuro não se desenha desprezando e recalcando o passado.
Por isso, o Brasil -cuja singularidade se caracteriza tanto por sua megadiversidade biológica quanto por sua grande sociodiversidade e rica diversidade cultural-, precisa urgentemente reavaliar esse patrimônio. Temos trabalhado com os povos indígenas no Ministério da Cultura e promovido a diversidade cultural como valor e expressão de uma democracia mais plena, em que cenas como a defesa da advogada indígena Joênia Batista de Carvalho Wapichna se tornem mais que exceções históricas.
A soberania não se constrói com fantasmas nem paranóias, mas com a atualização de nossas forças e nossos potenciais. O ministro Ayres Britto tem razão ao sublinhar que não precisamos de outro instrumento jurídico além da Constituição de 1988.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES
Danças dos Povos - no ritmo da vida!
Amigos (as), ao tempo em que tecemos uma homenagem comemorando o
centenário de nascimento de Bernhard Wosien, o iniciador do Movimento
mais conhecido como Danças Circulares Sagradas, nós, da Ong Ação
Cultural(http://acaoculturalse.blogspot.com )promoveremos mais uma
Oficina este ano!
Contamos com a sua presença!
Vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e
tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura
de ciclos vitais.
"As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os
participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que
se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR,
melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e
da MEDITAÇÃO."
Focalizador : Álvaro Pantoja Leite
Licenciado em Filosofia, doutorando em Ciências da Educação, educador,
formador, focalizador, desde 2000, de rodas, encontros e cursos de
Danças Circulares em diversas cidades brasileiras (Recife, João
Pessoa, Aracaju, Maceió, Teresina, Fortaleza e Sobral).
QUANDO? – Dias 27 e 28 de SETEMBRO de 2008, das 09h às 17h
ONDE? – No GEAP, Rua José de Faro Rollemberg, nº199, bairro Salgado
Filho (Entre o Colégio São Luiz e a Babylândia)
QUANTO? – O valor da inscrição é de R$ 70,00
ATENÇÃO: 1- Antecipe o pagamento de sua inscrição e ganhe descontos! Até 08 de setembro.
R$ 60,00.
OBS.: Devido às despesas próprias do evento, o valor da inscrição não
incluirá almoço.
2- Convide mais 2(duas) pessoas e ganhe um CD com
músicas do Encontro!
OBS.: Para validar esse bônus, é necessário que a inscrição dos três
participantes(aquele que convidou + os dois convidados) seja realizada
em conjunto, bem como o envio dos dados de depósito, para efeito de
identificação!
Agradecemos o repasse desse e-mail para outras pessoas interessadas!
Amigos (as), ao tempo em que tecemos uma homenagem comemorando o
centenário de nascimento de Bernhard Wosien, o iniciador do Movimento
mais conhecido como Danças Circulares Sagradas, nós, da Ong Ação
Cultural(http://acaoculturalse.blogspot.com )promoveremos mais uma
Oficina este ano!
Contamos com a sua presença!
Vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e
tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura
de ciclos vitais.
"As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os
participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que
se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR,
melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e
da MEDITAÇÃO."
Focalizador : Álvaro Pantoja Leite
Licenciado em Filosofia, doutorando em Ciências da Educação, educador,
formador, focalizador, desde 2000, de rodas, encontros e cursos de
Danças Circulares em diversas cidades brasileiras (Recife, João
Pessoa, Aracaju, Maceió, Teresina, Fortaleza e Sobral).
QUANDO? – Dias 27 e 28 de SETEMBRO de 2008, das 09h às 17h
ONDE? – No GEAP, Rua José de Faro Rollemberg, nº199, bairro Salgado
Filho (Entre o Colégio São Luiz e a Babylândia)
QUANTO? – O valor da inscrição é de R$ 70,00
ATENÇÃO: 1- Antecipe o pagamento de sua inscrição e ganhe descontos! Até 08 de setembro.
R$ 60,00.
OBS.: Devido às despesas próprias do evento, o valor da inscrição não
incluirá almoço.
2- Convide mais 2(duas) pessoas e ganhe um CD com
músicas do Encontro!
OBS.: Para validar esse bônus, é necessário que a inscrição dos três
participantes(aquele que convidou + os dois convidados) seja realizada
em conjunto, bem como o envio dos dados de depósito, para efeito de
identificação!
Agradecemos o repasse desse e-mail para outras pessoas interessadas!
Para Vitor Ortiz, Cultura precisa ser consenso na sociedade
7 de Setembro de 2008 by Cissa Florence
Fonte: www.culturaemercado.com.br
No último dia 4 de setembro, na entrevista mensal realizada pela parceria entre o projeto Wikiducação, da Educartis, e Cultura e Mercado, Leonardo Brant conversou, virtualmente, com o consultor e ativista cultural gaúcho Vitor Ortiz sobre o tema “Cultura e Orçamento”. Na conversa, que durou cerca de uma hora, estiveram presentes internautas de todo o Brasil, que participaram do bate papo enviando por escrito suas perguntas e comentários.
Vitor Ortiz, que já foi secretário da cultura de Porto Alegre e coordenador das Câmaras Setoriais da Funarte, fez questão de contemporaneizar o assunto, destacando a necessidade de se pensar em investimento público cultural levando em conta as situações vividas pelo país na área desde que as primeiras discussões democráticas sobre políticas públicas de cultura ganharam força, nos anos 1980.
Fazendo uma análise da recente troca de ministros, Ortiz destacou como fato mais marcante da gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura a busca pelo percentual de 1% no orçamento da União, objetivo frustrado apesar da boa imagem de que goza o ex-ministro em todo o mundo – o que, para o entrevistado, é um sinal do quão complexo é o tema.
Lei Rouanet
Ortiz acredita que a Lei 8.313 seja um pilar importante para aliar participação do Estado e do setor privado na constituição orçamentária da cultura, e se disse a favor de mudanças na lei, que para ele tem “obviamente distorções”. Mas essas mudanças devem ser baseadas em conceitos contemporâneos sobre economia e política, já que ele acredita que a “opinião preconceituosa” sobre como o Estado gasta o dinheiro público, presente nos anos 1990, já foi superada pelo país, assim como outras discussões daquela década – nesse aspecto, destacou a melhora econômica por que passou o país com o governo Lula e a necessidade de o Brasil discutir a lei de acordo com seus objetivos econômicos futuros. Para ele, uma visão moderna de política pública deve incluir, além da participação do Estado, o setor privado e o terceiro setor, constituindo uma formulação democrática e participativa.
Ele disse achar que “a Lei Rouanet não deve ser demonizada”, e considera positiva a disposição do atual ministro do MinC, Juca Ferreira, em consertar essas distorções, mas alega não poder avaliar se suas propostas são boas ou ruins, uma vez que ainda não foram divulgadas.
Ortiz afirmou que o Fundo Nacional de Cultura, um dos mecanismos da lei, precisa ser executado de forma mais transparente.
Cultura e Sociedade
O ex-secretário ressaltou, ao longo de toda a conversa, a necessidade de primeiro se convencer a sociedade da importância do investimento em cultura – e conscientizá-la de que ela pode ter mais acesso à área, mostrando quão benéfico isso pode ser para toda a população, não só para os artistas beneficiados – para depois buscar sucesso em iniciativas no âmbito do poder público. Afirmando que esse assunto não deve ser tratado com ingenuidade, lembrou que áreas como saúde e educação são consensuadas pela sociedade como prioritárias e por isso contam com orçamentos maiores – uma iniciativa partida de baixo para cima, e não o imposta por algum governo por meio de um simples decreto. Destacou, seguindo esse raciocínio, o paradoxo da área esportiva, que, assim como a cultural, sofre com a falta de verbas governamentais, mesmo tendo um apelo maior diante da população de todo o país.
Para ele, um crescimento do recurso orçamentário do MinC precisa estar relacionado com uma proposta de política pública do setor cultural, que explicite qual a colaboração ela trará para o desenvolvimento do país – e isso precisa estar muito claro para toda a sociedade, e não só para as instâncias políticas ligadas a decisões orçamentárias.
O internauta Zezito Oliveira, presente na conversa, apontou a importância da cultura dialogar com movimentos sociais e ONGs e ampliar pesquisas e estudos que apresentem dados referentres aos seus impactos socioeconômicos, por meio de universidades – e Ortiz afirmou considerar a academia o principal pilar da opinião pública nacional.
Projetos do MinC
Ao falar do projeto Cultura Viva, Ortiz afirma que, apesar dele ser uma “grande sacada”, o MinC “não tem pernas para prestar esse acompanhamento e assessoramento aos Pontos de Cultura”, o que prejudica o trabalho e coloca em risco o investimento feito inicialmente no projeto, que pode, por isso, não atingir seu objetivo inicial. Um aumento no orçamento precisaria necessariamente ser destinado a uma melhor estruturação do MinC.
Ele acredita que o MinC não conseguiu dar um ritmo adequado ao Plano Nacional de Cultura e às Câmaras Setoriais, que estão congeladas, o que ele considera um retrocesso. Também falta ritmo à organização do Sistema Nacional de Cultura; para ele, precisam ser definidos os papéis de cada instância de governo para que a atuação dos estados, governo federal e municípios ajam de forma menos anárquica.
PEC 150
Os internautas presentes discutiram a PEC 150. Respondendo à questão de Hananias Vieira da Silva sobre a possibilidade dela resolver o problema do orçamento da cultura, Zezito Oliveira afirmou haver um movimento de governadores contrário à PEC. Para Danielle Gruneich, os gorvenadores não querem engessar o orçamento, e uma solução seria uma articulação de movimentos sociais para pautar positivamente a iniciativa.
A próxima entrevista da parceria deve acontecer dia 1º de outubro.
Postado em ENTREVISTAS | 2 Comentários
2 Respostas para “Para Vitor Ortiz, Cultura precisa ser consenso na sociedade”on 08 Set 2008 at 15:011Carlos Henrique Machado
Ortiz afirmou considerar a academia o principal pilar da opinião pública nacional.
Sim, Ortiz tem toda razão, a academia tem que assumir este papel de laboratório, ela precisa ter este compromisso com a sociedade, pois no caso da cultura, jamais teve. Por isso, estamos nessa eterna patinação e não saimos do lugar porque a erudição nas academias viraram uma matéria pronta e embalada para ser consumida sem questionamentos e com o intuito de formar “profissionais” obedientes à ordem doutrinária.
Pensar? Nem pensar! Querem os acadêmicos ou, na maioria dos casos, somente os seus certificados. “Barriga cheia, pé na areia”. A academia, hoje, em termos de cultura, vive uma letargia pior que a do MinC, por isso os pacotões civilistas só avançam sem qualquer resistência, e estão expandindo cada vez mais seus espaços fisicos e diminuindo a sua representatividade perante à sociedade brasileira.
on 08 Set 2008 at 19:522Gustavo Vidigal
Cabe esclarecer os comentários do entrevistado sobre o Plano Nacional de Cultura (PNC), as Câmaras Setoriais e o Sistema Nacional de Cultura.
O ministério, em parceria com a Câmara dos Deputados, está realizando seminários em todos os estados para divulgar o caderno que contém as diretrizes do PNC e aperfeiçoar a proposta. Já foram 11 seminários, em que o conteúdo do projeto é discutido detalhadamente em grupos de trabalho. Os relatórios gerados estão no site do plano: http://www.cultura.gov.br/pnc.
As câmaras tiveram seu formato revisto, devido ao entendimento de que o modelo atual, transposto de outras cadeias produtivas, não dá conta da complexidade da cultura para além de sua dimensão econômica. O Decreto 5.520, de 2005 criou, para substituí-las, os Colegiados Setoriais, vinculados ao Conselho Nacional de Política Cultural. As câmaras farão sua última reunião na segunda quinzena de outubro, completando essa transição.
Quanto ao Sistema Nacional de Cultura, os seminários do PNC têm sido um espaço importante para debater sua situação e rearticulá-lo. Em cada encontro estadual há uma oficina sobre o tema. Nossa avaliação é que o plano e o sistema se consolidarão em conjunto, na medida em que se pactuarem as responsabilidades de cada instância federativa e os objetivos de longo prazo na área cultural.
Gustavo Vidigal
Gerente de Políticas Culturais do Ministério da Cultura
Coordenador do Plano Nacional de Cultura
Fonte: www.culturaemercado.com.br
No último dia 4 de setembro, na entrevista mensal realizada pela parceria entre o projeto Wikiducação, da Educartis, e Cultura e Mercado, Leonardo Brant conversou, virtualmente, com o consultor e ativista cultural gaúcho Vitor Ortiz sobre o tema “Cultura e Orçamento”. Na conversa, que durou cerca de uma hora, estiveram presentes internautas de todo o Brasil, que participaram do bate papo enviando por escrito suas perguntas e comentários.
Vitor Ortiz, que já foi secretário da cultura de Porto Alegre e coordenador das Câmaras Setoriais da Funarte, fez questão de contemporaneizar o assunto, destacando a necessidade de se pensar em investimento público cultural levando em conta as situações vividas pelo país na área desde que as primeiras discussões democráticas sobre políticas públicas de cultura ganharam força, nos anos 1980.
Fazendo uma análise da recente troca de ministros, Ortiz destacou como fato mais marcante da gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura a busca pelo percentual de 1% no orçamento da União, objetivo frustrado apesar da boa imagem de que goza o ex-ministro em todo o mundo – o que, para o entrevistado, é um sinal do quão complexo é o tema.
Lei Rouanet
Ortiz acredita que a Lei 8.313 seja um pilar importante para aliar participação do Estado e do setor privado na constituição orçamentária da cultura, e se disse a favor de mudanças na lei, que para ele tem “obviamente distorções”. Mas essas mudanças devem ser baseadas em conceitos contemporâneos sobre economia e política, já que ele acredita que a “opinião preconceituosa” sobre como o Estado gasta o dinheiro público, presente nos anos 1990, já foi superada pelo país, assim como outras discussões daquela década – nesse aspecto, destacou a melhora econômica por que passou o país com o governo Lula e a necessidade de o Brasil discutir a lei de acordo com seus objetivos econômicos futuros. Para ele, uma visão moderna de política pública deve incluir, além da participação do Estado, o setor privado e o terceiro setor, constituindo uma formulação democrática e participativa.
Ele disse achar que “a Lei Rouanet não deve ser demonizada”, e considera positiva a disposição do atual ministro do MinC, Juca Ferreira, em consertar essas distorções, mas alega não poder avaliar se suas propostas são boas ou ruins, uma vez que ainda não foram divulgadas.
Ortiz afirmou que o Fundo Nacional de Cultura, um dos mecanismos da lei, precisa ser executado de forma mais transparente.
Cultura e Sociedade
O ex-secretário ressaltou, ao longo de toda a conversa, a necessidade de primeiro se convencer a sociedade da importância do investimento em cultura – e conscientizá-la de que ela pode ter mais acesso à área, mostrando quão benéfico isso pode ser para toda a população, não só para os artistas beneficiados – para depois buscar sucesso em iniciativas no âmbito do poder público. Afirmando que esse assunto não deve ser tratado com ingenuidade, lembrou que áreas como saúde e educação são consensuadas pela sociedade como prioritárias e por isso contam com orçamentos maiores – uma iniciativa partida de baixo para cima, e não o imposta por algum governo por meio de um simples decreto. Destacou, seguindo esse raciocínio, o paradoxo da área esportiva, que, assim como a cultural, sofre com a falta de verbas governamentais, mesmo tendo um apelo maior diante da população de todo o país.
Para ele, um crescimento do recurso orçamentário do MinC precisa estar relacionado com uma proposta de política pública do setor cultural, que explicite qual a colaboração ela trará para o desenvolvimento do país – e isso precisa estar muito claro para toda a sociedade, e não só para as instâncias políticas ligadas a decisões orçamentárias.
O internauta Zezito Oliveira, presente na conversa, apontou a importância da cultura dialogar com movimentos sociais e ONGs e ampliar pesquisas e estudos que apresentem dados referentres aos seus impactos socioeconômicos, por meio de universidades – e Ortiz afirmou considerar a academia o principal pilar da opinião pública nacional.
Projetos do MinC
Ao falar do projeto Cultura Viva, Ortiz afirma que, apesar dele ser uma “grande sacada”, o MinC “não tem pernas para prestar esse acompanhamento e assessoramento aos Pontos de Cultura”, o que prejudica o trabalho e coloca em risco o investimento feito inicialmente no projeto, que pode, por isso, não atingir seu objetivo inicial. Um aumento no orçamento precisaria necessariamente ser destinado a uma melhor estruturação do MinC.
Ele acredita que o MinC não conseguiu dar um ritmo adequado ao Plano Nacional de Cultura e às Câmaras Setoriais, que estão congeladas, o que ele considera um retrocesso. Também falta ritmo à organização do Sistema Nacional de Cultura; para ele, precisam ser definidos os papéis de cada instância de governo para que a atuação dos estados, governo federal e municípios ajam de forma menos anárquica.
PEC 150
Os internautas presentes discutiram a PEC 150. Respondendo à questão de Hananias Vieira da Silva sobre a possibilidade dela resolver o problema do orçamento da cultura, Zezito Oliveira afirmou haver um movimento de governadores contrário à PEC. Para Danielle Gruneich, os gorvenadores não querem engessar o orçamento, e uma solução seria uma articulação de movimentos sociais para pautar positivamente a iniciativa.
A próxima entrevista da parceria deve acontecer dia 1º de outubro.
Postado em ENTREVISTAS | 2 Comentários
2 Respostas para “Para Vitor Ortiz, Cultura precisa ser consenso na sociedade”on 08 Set 2008 at 15:011Carlos Henrique Machado
Ortiz afirmou considerar a academia o principal pilar da opinião pública nacional.
Sim, Ortiz tem toda razão, a academia tem que assumir este papel de laboratório, ela precisa ter este compromisso com a sociedade, pois no caso da cultura, jamais teve. Por isso, estamos nessa eterna patinação e não saimos do lugar porque a erudição nas academias viraram uma matéria pronta e embalada para ser consumida sem questionamentos e com o intuito de formar “profissionais” obedientes à ordem doutrinária.
Pensar? Nem pensar! Querem os acadêmicos ou, na maioria dos casos, somente os seus certificados. “Barriga cheia, pé na areia”. A academia, hoje, em termos de cultura, vive uma letargia pior que a do MinC, por isso os pacotões civilistas só avançam sem qualquer resistência, e estão expandindo cada vez mais seus espaços fisicos e diminuindo a sua representatividade perante à sociedade brasileira.
on 08 Set 2008 at 19:522Gustavo Vidigal
Cabe esclarecer os comentários do entrevistado sobre o Plano Nacional de Cultura (PNC), as Câmaras Setoriais e o Sistema Nacional de Cultura.
O ministério, em parceria com a Câmara dos Deputados, está realizando seminários em todos os estados para divulgar o caderno que contém as diretrizes do PNC e aperfeiçoar a proposta. Já foram 11 seminários, em que o conteúdo do projeto é discutido detalhadamente em grupos de trabalho. Os relatórios gerados estão no site do plano: http://www.cultura.gov.br/pnc.
As câmaras tiveram seu formato revisto, devido ao entendimento de que o modelo atual, transposto de outras cadeias produtivas, não dá conta da complexidade da cultura para além de sua dimensão econômica. O Decreto 5.520, de 2005 criou, para substituí-las, os Colegiados Setoriais, vinculados ao Conselho Nacional de Política Cultural. As câmaras farão sua última reunião na segunda quinzena de outubro, completando essa transição.
Quanto ao Sistema Nacional de Cultura, os seminários do PNC têm sido um espaço importante para debater sua situação e rearticulá-lo. Em cada encontro estadual há uma oficina sobre o tema. Nossa avaliação é que o plano e o sistema se consolidarão em conjunto, na medida em que se pactuarem as responsabilidades de cada instância federativa e os objetivos de longo prazo na área cultural.
Gustavo Vidigal
Gerente de Políticas Culturais do Ministério da Cultura
Coordenador do Plano Nacional de Cultura
domingo, 7 de setembro de 2008
Juca, 2 anos e 3 batalhas: orçamento, Lei Rouanet e Funarte
click em cima da foto para ampliar
fonte: www.vermelho.org.br
Em entrevista exclusiva ao Vermelho, o novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que pretende encarar três grandes batalhas nos próximos dois anos e meio que completam seu mandato no governo Lula: elevar de 0,5% para 2% o orçamento da cultura, aprovar mudanças na Lei Rouanet e renovar a Funarte (Fundação Nacional de Artes). O ministro também disse que mudará a Lei Autoral Brasileira e que não pretende reascender a polêmica da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual).
Por Carla Santos
Empossado no último dia 28 pelo presidente Lula, o ex-secretário executivo do ministério foi construtor ativo do “patrimônio político” deixado pelo músico Gilberto Gil na pasta. Juca atuava como ministro interino quando o músico tirava férias ou viajava para suas turnês.
Segundo Juca, o avanço conceitual ocorrido no Ministério da Cultura (MinC), a distribuição dos recursos do ministério para todas as regiões do Brasil e a visão abrangente da cultura brasileira são os principais fatores que estão levando a democratização da cultura no país.
Natural de Salvador, Juca atuou no movimento estudantil na década de 60. Ele passou nove anos exilado no Chile, na Suécia e na França, onde se formou sociólogo, durante o regime militar. Ao voltar ao Brasil após a anistia, desenvolveu diversos projetos na área da cultura, como o Projeto Axé, de arte-educação para adolescentes em situação de risco social. Filiado ao Partido Verde, foi secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Salvador e também assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Na entrevista, Juca deu uma bombástica declaração – que o Vermelho publica em uma matéria à parte – sobre o controverso congresso da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) de 1968 que, segundo ele, o elegeu presidente da entidade.
Confira abaixo a entrevista.
Vermelho: Gil sai do ministério com o mérito de ter posto o debate cultural na agenda pública do país e buscar a democratização da cultura, com os diversos programas do ministério. Passados cinco anos, que resultados o país colhe dessa democratização?
Juca Ferreira: Nós avançamos muito. Em primeiro lugar, houve um avanço conceitual. A cultura não era vista pelo governo federal como política pública. O ministério era mais voltado às demandas da área artística e sem critérios, sem indicadores de formulação de políticas muito claras. Esse avanço de compreender que o MinC, assim como outros ministérios, tem que desenvolver políticas públicas também para as necessidades e demandas da população foi uma mudança significativa na direção da democratização da cultura. Segundo, antigamente, 90% do orçamento do ministério era todo capturado pelo Rio de Janeiro e por São Paulo e sempre pelos mesmos grupos culturais. A gente reduziu para 80%, o que é uma redução significativa, mas não satisfatória. Para garantir a democratização plena precisamos de orçamento, sem mediações para os investimentos na área cultural. Outra dimensão é que hoje todas as regiões do Brasil estão recebendo recursos do ministério e estamos abrindo para as diversas áreas da cultura: manifestações tradicionais, cultura dos povos indígenas, dos afros-descendentes, projetos da periferia, grupos de teatro, de dança, de capoeira. A gente assumiu a abrangência e a amplitude da cultura brasileira, o que também é um ganho na direção da democratização. São mudanças significativas. Agora precisamos entrar em um novo estágio, com um orçamento mais substancioso. Mas, de qualquer maneira, a gente caminha na direção da democratização.
Vermelho: Você fala em orçamento, um ponto que sempre gerou descontentamento na pasta. O MinC iniciou com orçamento de 0,2%, depois passou para 0,6% em 2007, caindo para 0,5% este ano. Você defende um orçamento de 2%. Na sua visão, o que impede este investimento na cultura?
Juca Ferreira: Primeiro, falta compreensão da importância da cultura no projeto de desenvolvimento do Brasil. Depois, falta compreensão de que cultura é uma necessidade humana e um direito de todos os brasileiros. Em terceiro lugar, um certo conservadorismo que mantém as proporcionalidades dentro do governo na divisão do bolo orçamentário. Evoluímos, multiplicamos em três vezes o orçamento, mas é muito pouco ainda diante da tarefa grandiosa que temos agregar ao projeto de desenvolvimento do país o seu desenvolvimento cultural.
Vermelho: Além da questão do orçamento, o que mais gera motivo de descontentamentos na pasta?
Juca Ferreira: O ministério cresceu muito, as demandas culturais são enormes, as atividades são enormes, a quantidade de processos que tramitam dentro do ministério é maior do que a que encontramos, mas estamos basicamente com o mesmo número de funcionários e estrutura. Isso não é possível, precisa ter um fortalecimento. Um dia após a minha posse, o presidente mandou um projeto de lei de fortalecimento e de pequena reestruturação do ministério para dar conta destas tarefas. Eu espero que tramite em regime de urgência para que a gente tenha a possibilidade de prestar um serviço de qualidade.
Vermelho: Você tem dito que uma das prioridades da sua gestão será realizar mudanças na Lei Rouanet. Muitos artistas consagrados, como Fernanda Montenegro, Ney Latorraca e Marília Pêra criticaram a possibilidade de mudá-la. Que mudanças você pretende fazer?
Juca Ferreira: Nós vamos simplificar a Lei, torná-la mais ágil, substituir um mecanismo por um conjunto de mecanismos e vamos manter a renúncia fiscal, mudar as regras de acesso à renúncia. Eu acho que depois de conhecer a proposta muitos serão a favor, é a minha expectativa. Nós estamos discutindo a proposta com os ministérios do Planejamento, Fazenda e Casa Civil, mas mesmo antes de concluir essa discussão, nós vamos colocar o debate na rua. Eu estou pretendendo abrir agora, nos próximos dias, o que chamo de “diálogos culturais”, que é o diálogo em várias capitais do país com os produtores culturais para debater o nosso projeto de Lei Rouanet.
Vermelho: O ministério está realizando inúmeros seminários sobre a Lei Autoral Brasileira. Da maneira como está, quem ganha e quem perde com a Lei?
Juca Ferreira: A maior queixa que a gente recebe aqui dos artistas é a desconfiança da falta de transparência em relação ao processo de arrecadação da distribuição dos direitos autorais no Brasil. A Lei é imperfeita, ela tem distorções grandes, uma delas é a falta de controle social. Em todos os lugares do mundo o processo de arrecadação é acompanhado de mecanismo de controle do processo, aqui não tem e isso é um limitante. Segundo aspecto, a Lei não tem condições de garantir o direito autoral no ambiente contemporâneo que o desenvolvimento tecnológico criou, seja pela facilidade de cópia, seja pela Internet. Todos os países do mundo que têm uma indústria cultural forte, que precisam arrecadar o direito autoral e industrial dos conteúdos para devolver aos devidos proprietários desses direitos, estão modernizando a sua legislação. O Brasil ainda tem uma posição conservadora mantendo uma legislação que não dá conta nem de garantir plenamente o direito à transparência da arrecadação, nem mesmo adaptar a arrecadação do direito autoral a esse ambiente criado com a modernização. É preciso rever isso, porque todo mundo perde com isso.
Vermelho: Um dos temas que gerou muita polêmica na gestão de Gil foi a criação da Ancinav. Você pretende reacender essa idéia? Por quê?
Juca Ferreira: Não pretendo reascender essa idéia, mas foi um erro a reação que tivemos. Naquela época, diziam que a gente queria regular a opinião, mesmo sabendo que isso era uma falácia. Foi uma estratégia de evitar que o ministério levasse a diante uma discussão pública sobre a necessidade de uma nova regulação da economia do audiovisual no país. Veja, uma parte da nossa legislação sobre esse tema é do tempo que nem existia vídeoteipe, outra é do período autoritário, e o que a Constituição prevê até hoje não foi regulamentado por interesses econômicos muito precisos. Hoje, alguns desses que mistificaram, que acusaram o ministério de dirigismo, estão pedindo para a gente intervir em função da novidade do desenvolvimento tecnológico. A digitalização de conteúdos audiovisuais vem integrando a telefonia móvel, o computador, a Internet, a televisão e a radiodifusão, criando um sistema integrado com essas possibilidades de vinculação. Isso atraiu capitais que não são os rádios difusores; por exemplo, as operadoras de telefonia. Isso cria um ambiente econômico que exige uma regulamentação por parte do Estado. É o que dizíamos lá na época, mas a expectativa de quem tinha um certo monopólio no mercado era manter essa posição através da inércia da regulação. Hoje, diante da aproximação de capitais bem mais poderosos, a sensação de ameaça e urgência dessa regulação é enorme, mas ainda não existe um ambiente favorável a uma regulação que beneficie o país, que crie um mercado saudável, disponível para todos, inclusive para a produção independente, e que integre de fato esses diversos investimentos que têm bases em procedimentos e suportes diferentes. Acho que a gente vai penar um pouco porque o ambiente ficou muito poluído com a mistificação que foi feita na época. Eu não diria que estamos assistindo de camarote, porque nos interessa que o Brasil tenha condição de no século 21 ser um grande produtor de conteúdos audiovisuais. Acreditamos que o Brasil precisa proteger o seu mercado, não só da ação predatória externa, mas mesmo dos monopólios internos. Hoje desenvolvemos uma paciência maior porque sabemos que todos esses protagonistas, em algum momento, perceberão que o Estado é fundamental para garantir a saúde desse mercado.
Vermelho: O ministério teve uma ativa participação no debate sobre a TV pública. Como o MinC interfere no desenvolvimento, seja na escolha de conteúdos, seja na construção da programação da TV Brasil?
Juca Ferreira: A TV Brasil é de responsabilidade administrativa da Secom (Secretaria de Comunicação Social). Nós tivemos um papel importante na fase de convencimento do governo de que o Brasil precisava de uma televisão pública forte, que televisão pública não se confundia com uma televisão governamental, e nem com a TV privada, que ela tinha uma missão específica. Neste sentido, o ministério foi muito importante, não só arregimentando todos os que produzem TV pública no país sem diferenciação nenhuma, mas também servindo de instrumento para a materialização de um projeto. Nossa possibilidade de interferência hoje é muito indireta no momento que tem um outro ministério responsável pelo desenvolvimento do projeto.
Vermelho: Alguns artistas criticam o ministério por ter investido prioritariamente nas áreas de música, cinema e literatura em detrimento de outras áreas. Você concorda com essas críticas?
Juca Ferreira: Por exemplo? Teatro?
Vermelho: Sim...
Juca: Os números não indicam isso, o teatro é o terceiro maior investimento na Lei Rouanet, que é uma soma substancial, muitas vezes maior do que a que encontramos aqui.
Vermelho: E artes plásticas...
Juca Ferreira: Artes visuais? Não. Eu diria de outra maneira. O ministério avançou em todas as áreas. Nossos indicadores são muito melhores do que os que encontramos em todas as áreas, mas algumas cresceram mais do que as outras, às vezes, por uma ação mais eficiente dos gestores e, outras, porque o setor estava mais amadurecido para produzir esse desenvolvimento. Nós não fazemos cultura, nós criamos as condições para o desenvolvimento cultural. Às vezes colocam aqui na porta do ministério a conta das dificuldades de setores esquecendo que nós não subimos no palco, não temos a capacidade de gerar o diálogo entre o artista e o público. Tudo isso são construções dos próprios setores, dos artistas, produtores, escritores. Mas eu assumo que nós temos uma certa responsabilidade. Eu tenho dito também que reconheço, e isso é sincero, que o ministério precisa avançar mais nas políticas para as linguagens artísticas e, por conseqüência, avançar na renovação da Funarte, que precisa se tornar uma instituição forte, de atuação nacional, que tenha capacidade de dialogar com os diversos setores que estão sob sua responsabilidade e produzir políticas que contribuam para o desenvolvimento das suas linguagens. Nós estamos muito aquém dessa responsabilidade. A Funarte foi a instituição mais afetada pela reforma feita pelo governo de Fernando Collor na área cultural e nós tivemos um certa dificuldade de compreender que, ao ser a mais afetada, exigia um investimento maior. A Funarte precisa de mais orçamento, mais estrutura, precisa atuar em todo território nacional e com uma metodologia que dialogue permanentemente com os setores do teatro, dança, artes visuais, fotografia, e com isso criar uma dinâmica que seja capaz do Estado dar a sua contribuição para o desenvolvimento destas linguagens. Isso eu vou assumir como uma das prioridades dessa gestão.
fonte: www.vermelho.org.br
Em entrevista exclusiva ao Vermelho, o novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que pretende encarar três grandes batalhas nos próximos dois anos e meio que completam seu mandato no governo Lula: elevar de 0,5% para 2% o orçamento da cultura, aprovar mudanças na Lei Rouanet e renovar a Funarte (Fundação Nacional de Artes). O ministro também disse que mudará a Lei Autoral Brasileira e que não pretende reascender a polêmica da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual).
Por Carla Santos
Empossado no último dia 28 pelo presidente Lula, o ex-secretário executivo do ministério foi construtor ativo do “patrimônio político” deixado pelo músico Gilberto Gil na pasta. Juca atuava como ministro interino quando o músico tirava férias ou viajava para suas turnês.
Segundo Juca, o avanço conceitual ocorrido no Ministério da Cultura (MinC), a distribuição dos recursos do ministério para todas as regiões do Brasil e a visão abrangente da cultura brasileira são os principais fatores que estão levando a democratização da cultura no país.
Natural de Salvador, Juca atuou no movimento estudantil na década de 60. Ele passou nove anos exilado no Chile, na Suécia e na França, onde se formou sociólogo, durante o regime militar. Ao voltar ao Brasil após a anistia, desenvolveu diversos projetos na área da cultura, como o Projeto Axé, de arte-educação para adolescentes em situação de risco social. Filiado ao Partido Verde, foi secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Salvador e também assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Na entrevista, Juca deu uma bombástica declaração – que o Vermelho publica em uma matéria à parte – sobre o controverso congresso da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) de 1968 que, segundo ele, o elegeu presidente da entidade.
Confira abaixo a entrevista.
Vermelho: Gil sai do ministério com o mérito de ter posto o debate cultural na agenda pública do país e buscar a democratização da cultura, com os diversos programas do ministério. Passados cinco anos, que resultados o país colhe dessa democratização?
Juca Ferreira: Nós avançamos muito. Em primeiro lugar, houve um avanço conceitual. A cultura não era vista pelo governo federal como política pública. O ministério era mais voltado às demandas da área artística e sem critérios, sem indicadores de formulação de políticas muito claras. Esse avanço de compreender que o MinC, assim como outros ministérios, tem que desenvolver políticas públicas também para as necessidades e demandas da população foi uma mudança significativa na direção da democratização da cultura. Segundo, antigamente, 90% do orçamento do ministério era todo capturado pelo Rio de Janeiro e por São Paulo e sempre pelos mesmos grupos culturais. A gente reduziu para 80%, o que é uma redução significativa, mas não satisfatória. Para garantir a democratização plena precisamos de orçamento, sem mediações para os investimentos na área cultural. Outra dimensão é que hoje todas as regiões do Brasil estão recebendo recursos do ministério e estamos abrindo para as diversas áreas da cultura: manifestações tradicionais, cultura dos povos indígenas, dos afros-descendentes, projetos da periferia, grupos de teatro, de dança, de capoeira. A gente assumiu a abrangência e a amplitude da cultura brasileira, o que também é um ganho na direção da democratização. São mudanças significativas. Agora precisamos entrar em um novo estágio, com um orçamento mais substancioso. Mas, de qualquer maneira, a gente caminha na direção da democratização.
Vermelho: Você fala em orçamento, um ponto que sempre gerou descontentamento na pasta. O MinC iniciou com orçamento de 0,2%, depois passou para 0,6% em 2007, caindo para 0,5% este ano. Você defende um orçamento de 2%. Na sua visão, o que impede este investimento na cultura?
Juca Ferreira: Primeiro, falta compreensão da importância da cultura no projeto de desenvolvimento do Brasil. Depois, falta compreensão de que cultura é uma necessidade humana e um direito de todos os brasileiros. Em terceiro lugar, um certo conservadorismo que mantém as proporcionalidades dentro do governo na divisão do bolo orçamentário. Evoluímos, multiplicamos em três vezes o orçamento, mas é muito pouco ainda diante da tarefa grandiosa que temos agregar ao projeto de desenvolvimento do país o seu desenvolvimento cultural.
Vermelho: Além da questão do orçamento, o que mais gera motivo de descontentamentos na pasta?
Juca Ferreira: O ministério cresceu muito, as demandas culturais são enormes, as atividades são enormes, a quantidade de processos que tramitam dentro do ministério é maior do que a que encontramos, mas estamos basicamente com o mesmo número de funcionários e estrutura. Isso não é possível, precisa ter um fortalecimento. Um dia após a minha posse, o presidente mandou um projeto de lei de fortalecimento e de pequena reestruturação do ministério para dar conta destas tarefas. Eu espero que tramite em regime de urgência para que a gente tenha a possibilidade de prestar um serviço de qualidade.
Vermelho: Você tem dito que uma das prioridades da sua gestão será realizar mudanças na Lei Rouanet. Muitos artistas consagrados, como Fernanda Montenegro, Ney Latorraca e Marília Pêra criticaram a possibilidade de mudá-la. Que mudanças você pretende fazer?
Juca Ferreira: Nós vamos simplificar a Lei, torná-la mais ágil, substituir um mecanismo por um conjunto de mecanismos e vamos manter a renúncia fiscal, mudar as regras de acesso à renúncia. Eu acho que depois de conhecer a proposta muitos serão a favor, é a minha expectativa. Nós estamos discutindo a proposta com os ministérios do Planejamento, Fazenda e Casa Civil, mas mesmo antes de concluir essa discussão, nós vamos colocar o debate na rua. Eu estou pretendendo abrir agora, nos próximos dias, o que chamo de “diálogos culturais”, que é o diálogo em várias capitais do país com os produtores culturais para debater o nosso projeto de Lei Rouanet.
Vermelho: O ministério está realizando inúmeros seminários sobre a Lei Autoral Brasileira. Da maneira como está, quem ganha e quem perde com a Lei?
Juca Ferreira: A maior queixa que a gente recebe aqui dos artistas é a desconfiança da falta de transparência em relação ao processo de arrecadação da distribuição dos direitos autorais no Brasil. A Lei é imperfeita, ela tem distorções grandes, uma delas é a falta de controle social. Em todos os lugares do mundo o processo de arrecadação é acompanhado de mecanismo de controle do processo, aqui não tem e isso é um limitante. Segundo aspecto, a Lei não tem condições de garantir o direito autoral no ambiente contemporâneo que o desenvolvimento tecnológico criou, seja pela facilidade de cópia, seja pela Internet. Todos os países do mundo que têm uma indústria cultural forte, que precisam arrecadar o direito autoral e industrial dos conteúdos para devolver aos devidos proprietários desses direitos, estão modernizando a sua legislação. O Brasil ainda tem uma posição conservadora mantendo uma legislação que não dá conta nem de garantir plenamente o direito à transparência da arrecadação, nem mesmo adaptar a arrecadação do direito autoral a esse ambiente criado com a modernização. É preciso rever isso, porque todo mundo perde com isso.
Vermelho: Um dos temas que gerou muita polêmica na gestão de Gil foi a criação da Ancinav. Você pretende reacender essa idéia? Por quê?
Juca Ferreira: Não pretendo reascender essa idéia, mas foi um erro a reação que tivemos. Naquela época, diziam que a gente queria regular a opinião, mesmo sabendo que isso era uma falácia. Foi uma estratégia de evitar que o ministério levasse a diante uma discussão pública sobre a necessidade de uma nova regulação da economia do audiovisual no país. Veja, uma parte da nossa legislação sobre esse tema é do tempo que nem existia vídeoteipe, outra é do período autoritário, e o que a Constituição prevê até hoje não foi regulamentado por interesses econômicos muito precisos. Hoje, alguns desses que mistificaram, que acusaram o ministério de dirigismo, estão pedindo para a gente intervir em função da novidade do desenvolvimento tecnológico. A digitalização de conteúdos audiovisuais vem integrando a telefonia móvel, o computador, a Internet, a televisão e a radiodifusão, criando um sistema integrado com essas possibilidades de vinculação. Isso atraiu capitais que não são os rádios difusores; por exemplo, as operadoras de telefonia. Isso cria um ambiente econômico que exige uma regulamentação por parte do Estado. É o que dizíamos lá na época, mas a expectativa de quem tinha um certo monopólio no mercado era manter essa posição através da inércia da regulação. Hoje, diante da aproximação de capitais bem mais poderosos, a sensação de ameaça e urgência dessa regulação é enorme, mas ainda não existe um ambiente favorável a uma regulação que beneficie o país, que crie um mercado saudável, disponível para todos, inclusive para a produção independente, e que integre de fato esses diversos investimentos que têm bases em procedimentos e suportes diferentes. Acho que a gente vai penar um pouco porque o ambiente ficou muito poluído com a mistificação que foi feita na época. Eu não diria que estamos assistindo de camarote, porque nos interessa que o Brasil tenha condição de no século 21 ser um grande produtor de conteúdos audiovisuais. Acreditamos que o Brasil precisa proteger o seu mercado, não só da ação predatória externa, mas mesmo dos monopólios internos. Hoje desenvolvemos uma paciência maior porque sabemos que todos esses protagonistas, em algum momento, perceberão que o Estado é fundamental para garantir a saúde desse mercado.
Vermelho: O ministério teve uma ativa participação no debate sobre a TV pública. Como o MinC interfere no desenvolvimento, seja na escolha de conteúdos, seja na construção da programação da TV Brasil?
Juca Ferreira: A TV Brasil é de responsabilidade administrativa da Secom (Secretaria de Comunicação Social). Nós tivemos um papel importante na fase de convencimento do governo de que o Brasil precisava de uma televisão pública forte, que televisão pública não se confundia com uma televisão governamental, e nem com a TV privada, que ela tinha uma missão específica. Neste sentido, o ministério foi muito importante, não só arregimentando todos os que produzem TV pública no país sem diferenciação nenhuma, mas também servindo de instrumento para a materialização de um projeto. Nossa possibilidade de interferência hoje é muito indireta no momento que tem um outro ministério responsável pelo desenvolvimento do projeto.
Vermelho: Alguns artistas criticam o ministério por ter investido prioritariamente nas áreas de música, cinema e literatura em detrimento de outras áreas. Você concorda com essas críticas?
Juca Ferreira: Por exemplo? Teatro?
Vermelho: Sim...
Juca: Os números não indicam isso, o teatro é o terceiro maior investimento na Lei Rouanet, que é uma soma substancial, muitas vezes maior do que a que encontramos aqui.
Vermelho: E artes plásticas...
Juca Ferreira: Artes visuais? Não. Eu diria de outra maneira. O ministério avançou em todas as áreas. Nossos indicadores são muito melhores do que os que encontramos em todas as áreas, mas algumas cresceram mais do que as outras, às vezes, por uma ação mais eficiente dos gestores e, outras, porque o setor estava mais amadurecido para produzir esse desenvolvimento. Nós não fazemos cultura, nós criamos as condições para o desenvolvimento cultural. Às vezes colocam aqui na porta do ministério a conta das dificuldades de setores esquecendo que nós não subimos no palco, não temos a capacidade de gerar o diálogo entre o artista e o público. Tudo isso são construções dos próprios setores, dos artistas, produtores, escritores. Mas eu assumo que nós temos uma certa responsabilidade. Eu tenho dito também que reconheço, e isso é sincero, que o ministério precisa avançar mais nas políticas para as linguagens artísticas e, por conseqüência, avançar na renovação da Funarte, que precisa se tornar uma instituição forte, de atuação nacional, que tenha capacidade de dialogar com os diversos setores que estão sob sua responsabilidade e produzir políticas que contribuam para o desenvolvimento das suas linguagens. Nós estamos muito aquém dessa responsabilidade. A Funarte foi a instituição mais afetada pela reforma feita pelo governo de Fernando Collor na área cultural e nós tivemos um certa dificuldade de compreender que, ao ser a mais afetada, exigia um investimento maior. A Funarte precisa de mais orçamento, mais estrutura, precisa atuar em todo território nacional e com uma metodologia que dialogue permanentemente com os setores do teatro, dança, artes visuais, fotografia, e com isso criar uma dinâmica que seja capaz do Estado dar a sua contribuição para o desenvolvimento destas linguagens. Isso eu vou assumir como uma das prioridades dessa gestão.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Abertas as inscrições para a 6ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE
Evento receberá trabalhos de artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais
Já pensou em participar do maior festival de arte estudantil da América Latina? Ter seu trabalho publicado, apresentá-lo para estudantes de todo o Brasil e ainda debater a formação e sentido do povo brasileiro com intelectuais, artistas e estudiosos, tudo isso regado a apresentações artísticas de todos os tipos? Pois então se prepare, porque a partir de hoje (25.08) estão abertas as inscrições para a 6ª Bienal de Cultura da UNE.
O maior festival de arte estudantil da América Latina receberá trabalhos nas seguintes áreas: artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais. Esta edição do evento terá a participação não apenas de universitários, mas também de secundaristas e pós-graduandos.
Para participar basta ler o regulamento e enviar o trabalho que será apresentado juntamente com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$10,00, para o seguinte endereço: Centro Universitário de Cultura e Arte da Bahia, Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela - PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) - CEP 40110-100 - Salvador, Bahia. Para as inscrições feitas por Correio será válida a data de postagem. O prazo termina dia 15 de novembro.
A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet, no sitio da UNE, a partir do dia 20 de dezembro de 2008, e os materiais enviados para julgamento não serão devolvidos.
O estudante que tiver seu trabalho selecionado para apresentação no evento estará isento do pagamento da taxa de inscrição. No caso de trabalhos coletivos, que forem selecionados, cada integrante deverá pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 10,00.
Para participar das atividades, o valor é de R$ 50,00. Os soteropolitanos pagarão uma taxa de R$ 30,00. Vale lembrar que o custo de alojamento não está incluído neste valor e que todos os inscritos na 6ª Bienal terão acesso às instalações, shows e demais atividades do evento.
Ao enviar seu trabalho para a 6ª Bienal da UNE, escreva no envelope a área escolhida. As inscrições que não contiverem todo o material solicitado no regulamento serão automaticamente eliminadas, portanto leia com atenção!
Não se esqueça de enviar a cópia do depósito bancário do valor da inscrição e o documento disponibilizando o trabalho sob a licença Creative Commons (modelo no site http://creativecommons.org/license/?lang=pt )
Garanta sua participação no maior festival de arte estudantil da América Latina. Inscreva-se e organize desde já sua Caravana rumo a Salvador! Outras informações: (71) 3283.7688.
Voltando à Bahia de todos os santos
A 6ª edição da Bienal vai comemorar o 10º aniversário do Festival e também marcará a volta do evento a Salvador, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira edição da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, vinte anos após a UNE ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar.
Outro fator marcante desta Bienal será a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil – formação e sentido do povo brasileiro", que pretende discutir a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.
Já pensou em participar do maior festival de arte estudantil da América Latina? Ter seu trabalho publicado, apresentá-lo para estudantes de todo o Brasil e ainda debater a formação e sentido do povo brasileiro com intelectuais, artistas e estudiosos, tudo isso regado a apresentações artísticas de todos os tipos? Pois então se prepare, porque a partir de hoje (25.08) estão abertas as inscrições para a 6ª Bienal de Cultura da UNE.
O maior festival de arte estudantil da América Latina receberá trabalhos nas seguintes áreas: artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais. Esta edição do evento terá a participação não apenas de universitários, mas também de secundaristas e pós-graduandos.
Para participar basta ler o regulamento e enviar o trabalho que será apresentado juntamente com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$10,00, para o seguinte endereço: Centro Universitário de Cultura e Arte da Bahia, Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela - PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) - CEP 40110-100 - Salvador, Bahia. Para as inscrições feitas por Correio será válida a data de postagem. O prazo termina dia 15 de novembro.
A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet, no sitio da UNE, a partir do dia 20 de dezembro de 2008, e os materiais enviados para julgamento não serão devolvidos.
O estudante que tiver seu trabalho selecionado para apresentação no evento estará isento do pagamento da taxa de inscrição. No caso de trabalhos coletivos, que forem selecionados, cada integrante deverá pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 10,00.
Para participar das atividades, o valor é de R$ 50,00. Os soteropolitanos pagarão uma taxa de R$ 30,00. Vale lembrar que o custo de alojamento não está incluído neste valor e que todos os inscritos na 6ª Bienal terão acesso às instalações, shows e demais atividades do evento.
Ao enviar seu trabalho para a 6ª Bienal da UNE, escreva no envelope a área escolhida. As inscrições que não contiverem todo o material solicitado no regulamento serão automaticamente eliminadas, portanto leia com atenção!
Não se esqueça de enviar a cópia do depósito bancário do valor da inscrição e o documento disponibilizando o trabalho sob a licença Creative Commons (modelo no site http://creativecommons.org/license/?lang=pt )
Garanta sua participação no maior festival de arte estudantil da América Latina. Inscreva-se e organize desde já sua Caravana rumo a Salvador! Outras informações: (71) 3283.7688.
Voltando à Bahia de todos os santos
A 6ª edição da Bienal vai comemorar o 10º aniversário do Festival e também marcará a volta do evento a Salvador, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira edição da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, vinte anos após a UNE ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar.
Outro fator marcante desta Bienal será a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil – formação e sentido do povo brasileiro", que pretende discutir a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.
Atitude que provocou reflexões
Carta aberta da Revista Viração faz refletir a relação entre projetos de juventude e fundações empresariais
A atitude dos Virajovens (comunicadores jovens articulados pela Revista/Projeto Viração) em recusar parceria com o Instituto Votorantim provocou reflexões em todo o movimento social. Uma carta aberta provocou questionamentos sobre as chamadas práticas de responsabilidade social e o que ela tem a ver com sustentabilidade ambiental.
Os movimentos sociais vivem uma espécie de paradoxo: fazem críticas severas a modelos e posturas neo-liberais do mercado, contudo para realizar as suas ações, dependem de cooperações econômicas, muitas vezes com fundações privadas ou empresas. Essa contradição representa um desafio: como manter a coerência política, ideológica ética com parceiros financiadores, sem que isso implique em concessões polítics ou impeça o estabelecimento de parcerias ou desenvolvimento dos projetos. Para a questão não existem fórmulas, mas posturas de questionamento e enfrentamento adotados por muitas entidades. Foi o que a turma dos Virajovens (rede de jovens comunicadores integrados à Revista Viração) optou por não firmar contrato com a Votorantim por questionar a sustentabilidade ambiental das práticas da empresa.
A rede juvenil produziu conjuntamente uma carta, fruto de reflexões internas, na qual expôs as motivações da recusa da parceria. Segundo Paulo Lima, diretor e fundador do Projeto/Revista Viração, os jovens discutiram amplamente em sua lista virtual e a posição coletiva de recusar a parceria foi levada ao Conselho Editorial e Pedagógico da revista, formados por pedagogos, educomunicadores e jornalistas, como Eugênio Bucci, Ismar de Oliveira, Bel Santos. Nesse momento, houve certa diferença de opinião entre os conselheiros jovens, pois eram favoráveis ao patrocínio, desde que se deixasse claro os posicionamentos da rede com relação à responsabilidade social da empresa. "Fizemos uma reunião de equipe para tomar a decisão final, que foi negar o patrocínio e escrever uma carta pontuando nossa decisão" explica Lima.
A carta inicialmente foi divulgada apenas parra os Conselhos Jovens da Viração e para a Rede de Empreendedores Sociais da Ashoka, da qual Paulo Lima integra. Contudo, o texto se espalhou de forma ampla na internet, desencadeando novas discussões, chegando à mídia alternativa. Segundo o diretor da Viração, muita gente se manifestou a favor do posicionamento, elogiando a atitude. "A coragem com que resolvemos dialogar com um patrocinador, não no sentido de pedir algo, mas de oferecer a ele a possibilidade de participar de um projeto que está contribuindo para transformações sociais. Algumas pessoas telefonaram pra gente dizendo que levaram o assunto para dentro de suas organizações, pois tinha chegado a hora de discutir a tal responsabilidade dos financiadores" revela o jornalista.
Lima explica que desde sua criação, há mais de cinco anos, a Viração não tem patrocínio, nem de empresas nem de órgãos governamentais ou internacionais. "Nossas receitas vêm de venda de assinaturas, prestação de serviços e convênios para execução de projetos" confessa. Para a entidade, os valores éticos que compõem os princípios da rede nortearam a escolha e trouxeram tranqüilidade, por representar uma escolha que espelhou os desejos e objetivos da publicação.
Fundações - A carta trouxe a discussão para o centro do movimento social, mas também reverberou entre as fundações que têm atuação junto à juventude. A Gerência de Comunicação do Instituto Votorantim respondeu que a entidade recebeu com naturalidade o comunicado, compreendendo que "qualquer organização tem o direito de escolher com quem deseja estabelecer parceria, e que divergências de postura e opinião são naturais e saudáveis para a o diálogo democrático entre os diversos atores da sociedade".
O instituto atua há seis anos, investindo em práticas voltadas para a juventude, participando do GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, bem como tem parceria com a Ashoka. Uma das principais ações da Votorantim com os jovens é o projeto Onda Jovem, que é um projeto composto por uma revista e um portal na internet voltado a profissionais que trabalham com juventude. Essa publicação impressa e virtual traz conceitos e discussões sobre o tema que servem de subsídios para todos aqueles que trabalham com jovens. Segundo a Assessoria de Imprensa da Fundação, a entidade recebeu as observações dos jovens como uma contribuição para uma reflexão interna. "Acreditamos que empresas também têm seu papel na sociedade. A juventude, com toda sua energia, está aí para cobrar mudanças e as empresas não podem deixar de gerar lucro, com coerência em suas ações e um relacionamento correto com todos os seus públicos. O importante de tudo isso é promover o diálogo e somar esforços para que as ações sejam feitas em conjunto, alcançando resultados mais efetivos" declaram.
O Instituto Votorantim compreende que as reflexões feitas pelos jovens representam desafios a serem superados pela fundação, especialmente diante do conceito da sustentabilidade dos negócios em toda a sua cadeia produtiva e entre todos os seus funcionários e colaboradores, parceiros e fornecedores. Segundo a entidade, "esse é um processo de aprendizado contínuo, que deve ser baseado, necessariamente, na transparência das relações e na postura ética".
Muitas vezes as práticas das fundações estão em consonância com o pensamento do movimento social e trazem consigo a bandeira da responsabilidade social, contudo, no âmbito dos negócios nem sempre esse pensamento consegue estar afinado. Esse é um dos maiores questionamentos dos jovens e ativistas sociais. Segundo o Instituto Votorantim, "a juventude, com toda sua energia, está aí para cobrar mudanças e as empresas não podem deixar de gerar lucro, com coerência em suas ações e um relacionamento correto com todos os seus públicos. O importante de tudo isso é promover o diálogo e somar esforços para que as ações sejam feitas em conjunto, alcançando resultados mais efetivos".
Outra fundação de atuação voltada para a juventude, a W.K. Kellogg já foi criada em 1930 por Will Keith Kellogg, funcionando de forma independente da empresa (fundada em 1906). Os recursos também são distintos, impedindo que haja uma interferência mútua. De acordo com Ruy Mesquita, associado da Programação da Fundação W. K. Kellog para América Latina e Caribe, "claro que as juventudes têm sempre nos provocado! Se isso não acorresse, acharíamos muito estranho, pois poderia ser um mau sinal da falta de uma capacidade de questionamento e raciocínio crítico dos movimentos juvenis. São essas críticas e provocações que nos fazem avançar e mudar a nossa forma de atuar. Os fundos de apoio a juventude no nordeste foram fruto dessas interações com diferentes setores das juventudes no Nordeste".
Ele revela que a fundação vem dialogando periodicamente com os movimentos juvenis, tanto através de reuniões, como via parcerias, além de encontros periódicos envolvendo todos os parceiros. Esses diálogos foram norteando a criação de novos projetos e formatos da atuação da entidade, que apóia projetos juvenis no Brasil, com foco no Nordeste e na América Latina, em especial as atuações em rede.
Notícias retirada do site Juventudes e Ação Política (JAP) http://www.jap. org.br/site/ 1823/nota/ 109073
A atitude dos Virajovens (comunicadores jovens articulados pela Revista/Projeto Viração) em recusar parceria com o Instituto Votorantim provocou reflexões em todo o movimento social. Uma carta aberta provocou questionamentos sobre as chamadas práticas de responsabilidade social e o que ela tem a ver com sustentabilidade ambiental.
Os movimentos sociais vivem uma espécie de paradoxo: fazem críticas severas a modelos e posturas neo-liberais do mercado, contudo para realizar as suas ações, dependem de cooperações econômicas, muitas vezes com fundações privadas ou empresas. Essa contradição representa um desafio: como manter a coerência política, ideológica ética com parceiros financiadores, sem que isso implique em concessões polítics ou impeça o estabelecimento de parcerias ou desenvolvimento dos projetos. Para a questão não existem fórmulas, mas posturas de questionamento e enfrentamento adotados por muitas entidades. Foi o que a turma dos Virajovens (rede de jovens comunicadores integrados à Revista Viração) optou por não firmar contrato com a Votorantim por questionar a sustentabilidade ambiental das práticas da empresa.
A rede juvenil produziu conjuntamente uma carta, fruto de reflexões internas, na qual expôs as motivações da recusa da parceria. Segundo Paulo Lima, diretor e fundador do Projeto/Revista Viração, os jovens discutiram amplamente em sua lista virtual e a posição coletiva de recusar a parceria foi levada ao Conselho Editorial e Pedagógico da revista, formados por pedagogos, educomunicadores e jornalistas, como Eugênio Bucci, Ismar de Oliveira, Bel Santos. Nesse momento, houve certa diferença de opinião entre os conselheiros jovens, pois eram favoráveis ao patrocínio, desde que se deixasse claro os posicionamentos da rede com relação à responsabilidade social da empresa. "Fizemos uma reunião de equipe para tomar a decisão final, que foi negar o patrocínio e escrever uma carta pontuando nossa decisão" explica Lima.
A carta inicialmente foi divulgada apenas parra os Conselhos Jovens da Viração e para a Rede de Empreendedores Sociais da Ashoka, da qual Paulo Lima integra. Contudo, o texto se espalhou de forma ampla na internet, desencadeando novas discussões, chegando à mídia alternativa. Segundo o diretor da Viração, muita gente se manifestou a favor do posicionamento, elogiando a atitude. "A coragem com que resolvemos dialogar com um patrocinador, não no sentido de pedir algo, mas de oferecer a ele a possibilidade de participar de um projeto que está contribuindo para transformações sociais. Algumas pessoas telefonaram pra gente dizendo que levaram o assunto para dentro de suas organizações, pois tinha chegado a hora de discutir a tal responsabilidade dos financiadores" revela o jornalista.
Lima explica que desde sua criação, há mais de cinco anos, a Viração não tem patrocínio, nem de empresas nem de órgãos governamentais ou internacionais. "Nossas receitas vêm de venda de assinaturas, prestação de serviços e convênios para execução de projetos" confessa. Para a entidade, os valores éticos que compõem os princípios da rede nortearam a escolha e trouxeram tranqüilidade, por representar uma escolha que espelhou os desejos e objetivos da publicação.
Fundações - A carta trouxe a discussão para o centro do movimento social, mas também reverberou entre as fundações que têm atuação junto à juventude. A Gerência de Comunicação do Instituto Votorantim respondeu que a entidade recebeu com naturalidade o comunicado, compreendendo que "qualquer organização tem o direito de escolher com quem deseja estabelecer parceria, e que divergências de postura e opinião são naturais e saudáveis para a o diálogo democrático entre os diversos atores da sociedade".
O instituto atua há seis anos, investindo em práticas voltadas para a juventude, participando do GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, bem como tem parceria com a Ashoka. Uma das principais ações da Votorantim com os jovens é o projeto Onda Jovem, que é um projeto composto por uma revista e um portal na internet voltado a profissionais que trabalham com juventude. Essa publicação impressa e virtual traz conceitos e discussões sobre o tema que servem de subsídios para todos aqueles que trabalham com jovens. Segundo a Assessoria de Imprensa da Fundação, a entidade recebeu as observações dos jovens como uma contribuição para uma reflexão interna. "Acreditamos que empresas também têm seu papel na sociedade. A juventude, com toda sua energia, está aí para cobrar mudanças e as empresas não podem deixar de gerar lucro, com coerência em suas ações e um relacionamento correto com todos os seus públicos. O importante de tudo isso é promover o diálogo e somar esforços para que as ações sejam feitas em conjunto, alcançando resultados mais efetivos" declaram.
O Instituto Votorantim compreende que as reflexões feitas pelos jovens representam desafios a serem superados pela fundação, especialmente diante do conceito da sustentabilidade dos negócios em toda a sua cadeia produtiva e entre todos os seus funcionários e colaboradores, parceiros e fornecedores. Segundo a entidade, "esse é um processo de aprendizado contínuo, que deve ser baseado, necessariamente, na transparência das relações e na postura ética".
Muitas vezes as práticas das fundações estão em consonância com o pensamento do movimento social e trazem consigo a bandeira da responsabilidade social, contudo, no âmbito dos negócios nem sempre esse pensamento consegue estar afinado. Esse é um dos maiores questionamentos dos jovens e ativistas sociais. Segundo o Instituto Votorantim, "a juventude, com toda sua energia, está aí para cobrar mudanças e as empresas não podem deixar de gerar lucro, com coerência em suas ações e um relacionamento correto com todos os seus públicos. O importante de tudo isso é promover o diálogo e somar esforços para que as ações sejam feitas em conjunto, alcançando resultados mais efetivos".
Outra fundação de atuação voltada para a juventude, a W.K. Kellogg já foi criada em 1930 por Will Keith Kellogg, funcionando de forma independente da empresa (fundada em 1906). Os recursos também são distintos, impedindo que haja uma interferência mútua. De acordo com Ruy Mesquita, associado da Programação da Fundação W. K. Kellog para América Latina e Caribe, "claro que as juventudes têm sempre nos provocado! Se isso não acorresse, acharíamos muito estranho, pois poderia ser um mau sinal da falta de uma capacidade de questionamento e raciocínio crítico dos movimentos juvenis. São essas críticas e provocações que nos fazem avançar e mudar a nossa forma de atuar. Os fundos de apoio a juventude no nordeste foram fruto dessas interações com diferentes setores das juventudes no Nordeste".
Ele revela que a fundação vem dialogando periodicamente com os movimentos juvenis, tanto através de reuniões, como via parcerias, além de encontros periódicos envolvendo todos os parceiros. Esses diálogos foram norteando a criação de novos projetos e formatos da atuação da entidade, que apóia projetos juvenis no Brasil, com foco no Nordeste e na América Latina, em especial as atuações em rede.
Notícias retirada do site Juventudes e Ação Política (JAP) http://www.jap. org.br/site/ 1823/nota/ 109073
CAIXA ABRE SELEÇÃO PARA PATROCÍNIO A FESTIVAIS DE DANÇA E TEATRO
A Caixa Economica Federal disponibiliza a partir desta segunda-feira,
dia 25 de agosto, no endereço eletrônico w.caixa.gov. br/caixacultural ,
regulamento para seleção para patrocínio de festivais de teatro e
dança. Os interessados devem enviar as propostas via Correios até 26
de setembro.
Os festivais serão selecionados para ocorrer de janeiro a dezembro de
2009, em todo território nacional. A CAIXA vai destinar R$ 2 milhões
para os projetos de teatro e R$ 900 mil para os de dança. As dúvidas
sobre a seleção devem ser encaminhadas eletronicamente, por meio do site.
A seleção pública é uma prática amplamente utilizada pela CAIXA na
aplicação transparente e democrática de recursos voltados para
cultura. Esta ação está inserida no Sistema de Cultura da CAIXA,
focado no fomento ao desenvolvimento da cultura brasileira.
O resultado será publicado no site da CAIXA até o final de outubro.
Assessoria de Imprensa
Caixa Econômica Federal
CAIXA Cultural - Brasília/ DF
Fones: (61) 3206-8030/ 9895
(61) 9202-2144/ 8101-9902
imprensa.cultura@ cai.gov.br
www.caixa.gov. br/caixacultural
dia 25 de agosto, no endereço eletrônico w.caixa.gov. br/caixacultural ,
regulamento para seleção para patrocínio de festivais de teatro e
dança. Os interessados devem enviar as propostas via Correios até 26
de setembro.
Os festivais serão selecionados para ocorrer de janeiro a dezembro de
2009, em todo território nacional. A CAIXA vai destinar R$ 2 milhões
para os projetos de teatro e R$ 900 mil para os de dança. As dúvidas
sobre a seleção devem ser encaminhadas eletronicamente, por meio do site.
A seleção pública é uma prática amplamente utilizada pela CAIXA na
aplicação transparente e democrática de recursos voltados para
cultura. Esta ação está inserida no Sistema de Cultura da CAIXA,
focado no fomento ao desenvolvimento da cultura brasileira.
O resultado será publicado no site da CAIXA até o final de outubro.
Assessoria de Imprensa
Caixa Econômica Federal
CAIXA Cultural - Brasília/ DF
Fones: (61) 3206-8030/ 9895
(61) 9202-2144/ 8101-9902
imprensa.cultura@ cai.gov.br
www.caixa.gov. br/caixacultural
ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O PROGRAMA CAIXA DE APOIO AO ARTESANATO BRASILEIRO
O artesanato nacional ganha novo fomento na Caixa Economica Federal
com o Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro. A partir desta
segunda-feira, dia 25 de agosto, está disponível no site
www.caixa.gov. br/caixacultural o regulamento da seleção pública de
projetos. As inscrições podem ser enviadas via Correios até 24 de
outubro.
O patrocínio concedido pelo Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato
Brasileiro contemplará as várias etapas do processo produtivo, visando
o desenvolvimento de comunidades artesãs e a valorização do artesanato
tradicional e da cultura brasileira.
A seleção pública é uma prática amplamente utilizada pela CAIXA na
aplicação transparente e democrática de recursos voltados para a
cultura. Esta ação está inserida no Sistema de Cultura da CAIXA,
focado no fomento ao desenvolvimento da cultura brasileira.
O resultado será publicado no site da CAIXA até o final de novembro.
Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal
CAIXA Cultural - Brasília/ DF
Fones: (61) 3206-8030/ 9895
(61) 9202-2144/ 8101-9902
imprensa.cultura@ caixa.gov. br
www.caixa.gov. br/caixacultural
com o Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro. A partir desta
segunda-feira, dia 25 de agosto, está disponível no site
www.caixa.gov. br/caixacultural o regulamento da seleção pública de
projetos. As inscrições podem ser enviadas via Correios até 24 de
outubro.
O patrocínio concedido pelo Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato
Brasileiro contemplará as várias etapas do processo produtivo, visando
o desenvolvimento de comunidades artesãs e a valorização do artesanato
tradicional e da cultura brasileira.
A seleção pública é uma prática amplamente utilizada pela CAIXA na
aplicação transparente e democrática de recursos voltados para a
cultura. Esta ação está inserida no Sistema de Cultura da CAIXA,
focado no fomento ao desenvolvimento da cultura brasileira.
O resultado será publicado no site da CAIXA até o final de novembro.
Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal
CAIXA Cultural - Brasília/ DF
Fones: (61) 3206-8030/ 9895
(61) 9202-2144/ 8101-9902
imprensa.cultura@ caixa.gov. br
www.caixa.gov. br/caixacultural
A cultura ainda vive!(?)
fonte: Cultura e Mercado - Da Redação
Cultura Viva é o mais interessante, provocativo e instigante programa de governo que já tivemos na área cultural nos últimos tempos. Sobretudo por trazer consigo todas as contradições do nosso tempo. E, infelizmente, por amargar todas as fragilidades do Poder Público e de sua relação com as outras esferas da sociedade.
A entrevista realizada com Célio Turino por Carlos Minuano para Cultura e Mercado expõe bem essa realidade. Seu discurso, sensato e realista, talvez soe dissonante diante das propostas mirabolantes do Ministério da Cultura, sobretudo das recentes declarações do novo ministro, Juca Ferreira, que toma posse na próxima quinta-feira, na sede do MinC, prometendo realizar oito anos em dois.
Difícil a tarefa de encontrar coerência no discurso do novo ministro, que em vez de assumir as próprias fragilidades diante da Lei, ataca empresas e artistas pelo seu uso inadequado. Mas, por outro lado, atua de braços dados com ela para executar suas ações governamentais.
Em recente apresentação realizada pelo secretário Roberto Nascimento ao Conselho Nacional de Políticas Culturais, as mudanças da Lei trazem o já marcante ímpeto governamental de chamar para si o poder de decidir onde e como devem ser investidos os parcos recursos da nossa cultura.
O fato em si preocupa, mas justifica-se levando em conta algumas (não todas) atitudes do mercado, a começar pela própria Petrobras, que age em seus contratos com produtores e artistas de forma abusiva, obrigando-os a sobrepor as demandas empresariais sobre os empreendimentos e projetos socioculturais, tirando-lhes a autonomia em nome de uma lógica de mercado própria, sequer praticada pela grande maioria das empresas privadas.
Mas a situação se alarma quando o assunto é o programa Cultura Viva. Devemos discutir cada vez mais a relação do Estado com esse programa e lutar para que os Pontos de Cultura consigam efetivar a tão alardeada autonomia em relação ao próprio programa.
A TEIA é o lugar e o espaço adequado para trazer essa discussão à sociedade. De fazer os 200 mil pontos de cultura, mencionados por Chico Simões nessa importante entrevista concedida a Cultura e Mercado, apropriarem-se de vez deste programa que não é do governo, mas de todos nós: críticos, artistas, produtores, ativistas, governistas, direitistas, esquerdistas, cidadãos…
E o momento de propor ao Fórum Nacional dos Pontos de Cultura um espaço para discutir e empreender um programa não para os beneficiários deste programa, mas sim para toda a população brasileira. Pois a responsabilidade de decidir e dirigir o foco do programa para um grupo de privilegiados que apóia as ações deste governo, ou para um universo mais amplo, está nas mãos deste Fórum.
Nesse sentido, a proposta de discussão trazida pelo Laboratório de Políticas Culturais é rica. Badah exercita uma interessante parábola, trazendo a discussão para a diversidade cultural e aplicabilidade das políticas internacionais para a cultura.
http://www.culturaemercado.com.br/post/a-cultura-ainda-vive/#more-4505
26/08/2008
Célio Turino: “o Estado não está preparado”
Cultura e Mercado - Carlos Minuano
Com o tema “Iguais na diferença”, em comemoração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a TEIA, encontro nacional dos pontos de cultura, será este ano em Brasília, entre 12 e 16 de novembro – atualmente são 850 pontos de cultura espalhados em todo Brasil. Quatro anos à frente do projeto, o secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Célio Turino, se diz com freqüência diante a uma dúvida dialética sobre seu próprio papel: militância ou estado? Eis a questão. “Sou um servidor público”, responde a si próprio. A indagação, segundo ele, é conseqüência das limitações de seu cargo no governo. “Ser governo não significa ser Estado, e por ser apenas uma parte dele, sofremos uma série de amarras”. O caráter do Estado é de servir para a defesa de setores e segmentos sociais. “É um instrumento de dominação de classes”, acrescenta.
Para o secretário, a partir do governo Lula, ocorre um processo peculiar de disputa e de novas experimentações, um cenário novo em que o povo vai se amalgamando com o Estado e ocupando novos espaços. No horizonte do programa Cultura Viva, Turino aponta mudanças e números otimistas. Com a descentralização do programa, R$ 9,5 milhões deverão sair de cofres estaduais; enquanto o Governo Federal destinará R$ 141 milhões para os editais de 2008. Confira à seguir, trechos de uma entrevista concedida a este repórter, durante encontro da Rede Mocambos, realizada em agosto, na Casa de Cultura Tainã, em Campinas, SP.
Carlos Minuano - Como superar os obstáculos impostos por entraves do estado?
Célio Turino - Acredito que a saída não seja pelo governo, mas por fora dele. As iniciativas populares precisam ser mais incentivadas e fortalecidas, acho que neste momento uma solução seria a criação de duas leis, uma que reconheça o protagonismo sociocultural do povo brasileiro, uma ação que vá por esse caminho dos pontos de cultura, mas que não se limite só aos pontos de cultura, porque o protagonismo a que me refiro está presente em políticas de saúde, de meio ambiente, e em outras. Neste sentido poderia ser a Lei Cultura Viva. Outra lei deveria contemplar as particularidades dos saberes dos mestres do conhecimento tradicional, e de como fazer esse reconhecimento sincero, dentro de um processo educativo. Poderia ser a Lei Griô, ou outro nome, desde que reconheça essa sabedoria que está sendo expropriada, de botânica dos pajés e das rezadeiras.
CM - Qual o volume de investimentos para novos editais de pontos de cultura em 2008?
CT - Estamos concretizando algumas mudanças, por exemplo, a descentralização do chamamento dos pontos. Conseguimos firmar 21 editais estaduais. Há mudanças também na proporção dos investimentos, de dois por um, ou seja, o MinC entra com R$ 2 e estados com R$ 1. Bahia já lançou edital, inclusive até já encerrou a inscrição. Estão abertos editais para 120 pontos em Pernambuco e 24 em Tocantins. Governo Federal destinará R$ 141 milhões, contrapartida de investimento dos estados é de R$ 60 milhões, R$ 9,5 milhões sairão dos cofres estaduais, no total são aproximadamente R$ 200 milhões, sendo que R$ 49 milhões já depositados na conta dos estados para garantir os editais. É um investimento absurdo, ignorado pela imprensa. Isso abre mais 3.000 pontos de cultura em um período de três anos.
CM - Pode falar um pouco mais sobre essa “descentralização”?
CT - Nossa intenção é que, dentro de um prazo de dois anos, pontos de cultura tenham convênios via redes municipais, estaduais ou consórcios intermunicipais, com isso o MinC sai do convênio direto. Isso é necessário porque a rede de pontos já está muito grande, são 850 pontos e a capacidade de gestão é limitada. Não faz sentido, por exemplo, fazermos a gestão de um ponto de cultura em Marechal Taumaturgo na fronteira com o Peru. É melhor que o governo do estado do Acre faça isso. O MinC fica com os pontões de articulação nacional e as redes e, eventualmente, com algum ponto de cultura em estado de incubação, como algumas idéias que estão sendo estudadas de pontos de cultura de catadores de materiais recicláveis, em presídios, entre outros. Mas ainda são apenas idéias.
CM - Outras mudanças ou novidades a caminho?
CT - Temos outras ações confirmadas, uma é o prêmio de interação estética, que conta com R$ 2 milhões aportados com a Funarte para lançamento de edital junto ao MinC voltado ao desenvolvimento de produtos culturais. Neste caso, buscamos o resultado artístico, não há realização de oficinas, pode ser um espetáculo, uma intervenção de arte contemporânea. Durante seis meses o artista desenvolverá o trabalho junto ao ponto de cultura. Quem recebe o recurso é o artista, mas já conectado a um ponto. Serão vários prêmios. Cinco deles no valor de R$ 100 mil, dez de R$ 50 mil, 20 de R$ 25 mil, além de trinta prêmios de R$ 15 mil pra jovens artistas. Isso é importante, porque os pontos começaram na periferia, não só do ponto de vista geográfico, mas também artístico. No início ficou a idéia de que o programa Cultura Viva era uma ação cultural socioeducativa, mas não é só isso, é uma proposta de construção de uma autonomia sociocultural do povo. Pra TEIA, por exemplo, vamos levar ópera feita por pontos de cultura, uma delas de Campinas, em São Paulo, sobre o seringueiro e ativista ambiental Chico Mendes. Esse prêmio inaugura uma fase de aproximação com os artistas. E o outro edital é o de cultura em rede, “Cultura – Ponto a Ponto”, pra intercâmbio entre os pontos de estados diferentes, que farão residências para troca de experiências entre si. Serão selecionados 200 pontos para 100 trocas. Por exemplo, a Casa Tainã, de Campinas propõe fazer uma residência em um ponto no Ceará, e este ponto vem pra Tainã. Queremos alinhavar mais este sentido de rede, caracterizar os processos de gestão dos pontos de cultura como processo de gestão em rede.
CM - E a sustentabilidade dos pontos de cultura, após o final do governo?
CT - Esse é um programa que começou de forma muita tímida, não era um nem um eixo do programa do governo Lula, inicialmente a idéia era construir centros culturais. Quando o ministro Gil me convidou é que começamos a construir esse outro caminho. Mas não é fácil, porque o Estado não está preparado pra esse tipo de diálogo que o programa Cultura Viva propõe, muito menos pra assumir de forma radical essa idéia de que a autonomia e o protagonismo das entidades têm que ser preservado respeitado, que o convênio tem que ser feito sem intermediários. Seria mais fácil chamar dez, vinte ONGs muito bem estruturadas, mas isso iria contra o objetivo, que é fomentar o protagonismo do hip-hop, dos quilombolas, dos índios. O convênio com o ponto do Xingu, quem assina é o cacique Aritana, do Instituto dos Povos do Alto do Xingu. Claro que não e fácil, tem as dificuldades de infa-estrura, algumas aldeias não tem telefone, e pesa ainda a questão da comunicação, o estado também não sabe conversar com esses povos. As dificuldades são grandes, e a solução que temos encontrado é estimular a gestão em rede. O Sistema Nacional de Cultura está nascendo via ponto de cultura, e a primeira ação prática deste sistema são os editais estaduais. Assim, os pontos de cultura deixam de ser política de governo pra ser política de estado, podendo atravessar a atual gestão, independente de próximos governos decidirem continuar ou não com o programa.
Relação de pontos de cultura por regiões a partir de novos editais
Rondônia – 30
Acre – 15
Amazonas – 30
Pará – 60
Amapá – 15
Maranhão – 60
Piauí – 80
Ceará – 100
Rio Grande do Norte – 53
Paraíba – 30
Pernambuco – 120
Alagoas – 20
Sergipe – 30 (em processo de publicação)
Bahia – 150
Espirito Santo – 30 (Em processo de publicação)
Rio de Janeiro – 150
Minas Gerais – 100
Santa Catarina – 60
Mato Grosso do Sul – 30
Mato Grosso – 30
Tocantins – 24
Distrito Federal – 20
Goiás – 40
Paraná – (não entrou)
Curitiba – 30
Rio Grande do Sul – (não entrou por problemas de inadimplência, alternativas estão sendo estudadas)
São Paulo – foi oferecido R$ 12 milhões anuais ao governo do estado, segundo o secretário Célio Turino, mas proposta foi recusada, recursos foram redistribuídos para outros estados. Após eleições municipais, prefeituras de cidades maiores e consórcios municipais serão procurados para garantir que São Paulo não fique fora da rede.
Fonte: Célio Turino, secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (MinC).
http://www.culturaemercado.com.br/post/celio-turino-o-estado-nao-esta-preparado/#more-4502
Cultura Viva é o mais interessante, provocativo e instigante programa de governo que já tivemos na área cultural nos últimos tempos. Sobretudo por trazer consigo todas as contradições do nosso tempo. E, infelizmente, por amargar todas as fragilidades do Poder Público e de sua relação com as outras esferas da sociedade.
A entrevista realizada com Célio Turino por Carlos Minuano para Cultura e Mercado expõe bem essa realidade. Seu discurso, sensato e realista, talvez soe dissonante diante das propostas mirabolantes do Ministério da Cultura, sobretudo das recentes declarações do novo ministro, Juca Ferreira, que toma posse na próxima quinta-feira, na sede do MinC, prometendo realizar oito anos em dois.
Difícil a tarefa de encontrar coerência no discurso do novo ministro, que em vez de assumir as próprias fragilidades diante da Lei, ataca empresas e artistas pelo seu uso inadequado. Mas, por outro lado, atua de braços dados com ela para executar suas ações governamentais.
Em recente apresentação realizada pelo secretário Roberto Nascimento ao Conselho Nacional de Políticas Culturais, as mudanças da Lei trazem o já marcante ímpeto governamental de chamar para si o poder de decidir onde e como devem ser investidos os parcos recursos da nossa cultura.
O fato em si preocupa, mas justifica-se levando em conta algumas (não todas) atitudes do mercado, a começar pela própria Petrobras, que age em seus contratos com produtores e artistas de forma abusiva, obrigando-os a sobrepor as demandas empresariais sobre os empreendimentos e projetos socioculturais, tirando-lhes a autonomia em nome de uma lógica de mercado própria, sequer praticada pela grande maioria das empresas privadas.
Mas a situação se alarma quando o assunto é o programa Cultura Viva. Devemos discutir cada vez mais a relação do Estado com esse programa e lutar para que os Pontos de Cultura consigam efetivar a tão alardeada autonomia em relação ao próprio programa.
A TEIA é o lugar e o espaço adequado para trazer essa discussão à sociedade. De fazer os 200 mil pontos de cultura, mencionados por Chico Simões nessa importante entrevista concedida a Cultura e Mercado, apropriarem-se de vez deste programa que não é do governo, mas de todos nós: críticos, artistas, produtores, ativistas, governistas, direitistas, esquerdistas, cidadãos…
E o momento de propor ao Fórum Nacional dos Pontos de Cultura um espaço para discutir e empreender um programa não para os beneficiários deste programa, mas sim para toda a população brasileira. Pois a responsabilidade de decidir e dirigir o foco do programa para um grupo de privilegiados que apóia as ações deste governo, ou para um universo mais amplo, está nas mãos deste Fórum.
Nesse sentido, a proposta de discussão trazida pelo Laboratório de Políticas Culturais é rica. Badah exercita uma interessante parábola, trazendo a discussão para a diversidade cultural e aplicabilidade das políticas internacionais para a cultura.
http://www.culturaemercado.com.br/post/a-cultura-ainda-vive/#more-4505
26/08/2008
Célio Turino: “o Estado não está preparado”
Cultura e Mercado - Carlos Minuano
Com o tema “Iguais na diferença”, em comemoração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a TEIA, encontro nacional dos pontos de cultura, será este ano em Brasília, entre 12 e 16 de novembro – atualmente são 850 pontos de cultura espalhados em todo Brasil. Quatro anos à frente do projeto, o secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Célio Turino, se diz com freqüência diante a uma dúvida dialética sobre seu próprio papel: militância ou estado? Eis a questão. “Sou um servidor público”, responde a si próprio. A indagação, segundo ele, é conseqüência das limitações de seu cargo no governo. “Ser governo não significa ser Estado, e por ser apenas uma parte dele, sofremos uma série de amarras”. O caráter do Estado é de servir para a defesa de setores e segmentos sociais. “É um instrumento de dominação de classes”, acrescenta.
Para o secretário, a partir do governo Lula, ocorre um processo peculiar de disputa e de novas experimentações, um cenário novo em que o povo vai se amalgamando com o Estado e ocupando novos espaços. No horizonte do programa Cultura Viva, Turino aponta mudanças e números otimistas. Com a descentralização do programa, R$ 9,5 milhões deverão sair de cofres estaduais; enquanto o Governo Federal destinará R$ 141 milhões para os editais de 2008. Confira à seguir, trechos de uma entrevista concedida a este repórter, durante encontro da Rede Mocambos, realizada em agosto, na Casa de Cultura Tainã, em Campinas, SP.
Carlos Minuano - Como superar os obstáculos impostos por entraves do estado?
Célio Turino - Acredito que a saída não seja pelo governo, mas por fora dele. As iniciativas populares precisam ser mais incentivadas e fortalecidas, acho que neste momento uma solução seria a criação de duas leis, uma que reconheça o protagonismo sociocultural do povo brasileiro, uma ação que vá por esse caminho dos pontos de cultura, mas que não se limite só aos pontos de cultura, porque o protagonismo a que me refiro está presente em políticas de saúde, de meio ambiente, e em outras. Neste sentido poderia ser a Lei Cultura Viva. Outra lei deveria contemplar as particularidades dos saberes dos mestres do conhecimento tradicional, e de como fazer esse reconhecimento sincero, dentro de um processo educativo. Poderia ser a Lei Griô, ou outro nome, desde que reconheça essa sabedoria que está sendo expropriada, de botânica dos pajés e das rezadeiras.
CM - Qual o volume de investimentos para novos editais de pontos de cultura em 2008?
CT - Estamos concretizando algumas mudanças, por exemplo, a descentralização do chamamento dos pontos. Conseguimos firmar 21 editais estaduais. Há mudanças também na proporção dos investimentos, de dois por um, ou seja, o MinC entra com R$ 2 e estados com R$ 1. Bahia já lançou edital, inclusive até já encerrou a inscrição. Estão abertos editais para 120 pontos em Pernambuco e 24 em Tocantins. Governo Federal destinará R$ 141 milhões, contrapartida de investimento dos estados é de R$ 60 milhões, R$ 9,5 milhões sairão dos cofres estaduais, no total são aproximadamente R$ 200 milhões, sendo que R$ 49 milhões já depositados na conta dos estados para garantir os editais. É um investimento absurdo, ignorado pela imprensa. Isso abre mais 3.000 pontos de cultura em um período de três anos.
CM - Pode falar um pouco mais sobre essa “descentralização”?
CT - Nossa intenção é que, dentro de um prazo de dois anos, pontos de cultura tenham convênios via redes municipais, estaduais ou consórcios intermunicipais, com isso o MinC sai do convênio direto. Isso é necessário porque a rede de pontos já está muito grande, são 850 pontos e a capacidade de gestão é limitada. Não faz sentido, por exemplo, fazermos a gestão de um ponto de cultura em Marechal Taumaturgo na fronteira com o Peru. É melhor que o governo do estado do Acre faça isso. O MinC fica com os pontões de articulação nacional e as redes e, eventualmente, com algum ponto de cultura em estado de incubação, como algumas idéias que estão sendo estudadas de pontos de cultura de catadores de materiais recicláveis, em presídios, entre outros. Mas ainda são apenas idéias.
CM - Outras mudanças ou novidades a caminho?
CT - Temos outras ações confirmadas, uma é o prêmio de interação estética, que conta com R$ 2 milhões aportados com a Funarte para lançamento de edital junto ao MinC voltado ao desenvolvimento de produtos culturais. Neste caso, buscamos o resultado artístico, não há realização de oficinas, pode ser um espetáculo, uma intervenção de arte contemporânea. Durante seis meses o artista desenvolverá o trabalho junto ao ponto de cultura. Quem recebe o recurso é o artista, mas já conectado a um ponto. Serão vários prêmios. Cinco deles no valor de R$ 100 mil, dez de R$ 50 mil, 20 de R$ 25 mil, além de trinta prêmios de R$ 15 mil pra jovens artistas. Isso é importante, porque os pontos começaram na periferia, não só do ponto de vista geográfico, mas também artístico. No início ficou a idéia de que o programa Cultura Viva era uma ação cultural socioeducativa, mas não é só isso, é uma proposta de construção de uma autonomia sociocultural do povo. Pra TEIA, por exemplo, vamos levar ópera feita por pontos de cultura, uma delas de Campinas, em São Paulo, sobre o seringueiro e ativista ambiental Chico Mendes. Esse prêmio inaugura uma fase de aproximação com os artistas. E o outro edital é o de cultura em rede, “Cultura – Ponto a Ponto”, pra intercâmbio entre os pontos de estados diferentes, que farão residências para troca de experiências entre si. Serão selecionados 200 pontos para 100 trocas. Por exemplo, a Casa Tainã, de Campinas propõe fazer uma residência em um ponto no Ceará, e este ponto vem pra Tainã. Queremos alinhavar mais este sentido de rede, caracterizar os processos de gestão dos pontos de cultura como processo de gestão em rede.
CM - E a sustentabilidade dos pontos de cultura, após o final do governo?
CT - Esse é um programa que começou de forma muita tímida, não era um nem um eixo do programa do governo Lula, inicialmente a idéia era construir centros culturais. Quando o ministro Gil me convidou é que começamos a construir esse outro caminho. Mas não é fácil, porque o Estado não está preparado pra esse tipo de diálogo que o programa Cultura Viva propõe, muito menos pra assumir de forma radical essa idéia de que a autonomia e o protagonismo das entidades têm que ser preservado respeitado, que o convênio tem que ser feito sem intermediários. Seria mais fácil chamar dez, vinte ONGs muito bem estruturadas, mas isso iria contra o objetivo, que é fomentar o protagonismo do hip-hop, dos quilombolas, dos índios. O convênio com o ponto do Xingu, quem assina é o cacique Aritana, do Instituto dos Povos do Alto do Xingu. Claro que não e fácil, tem as dificuldades de infa-estrura, algumas aldeias não tem telefone, e pesa ainda a questão da comunicação, o estado também não sabe conversar com esses povos. As dificuldades são grandes, e a solução que temos encontrado é estimular a gestão em rede. O Sistema Nacional de Cultura está nascendo via ponto de cultura, e a primeira ação prática deste sistema são os editais estaduais. Assim, os pontos de cultura deixam de ser política de governo pra ser política de estado, podendo atravessar a atual gestão, independente de próximos governos decidirem continuar ou não com o programa.
Relação de pontos de cultura por regiões a partir de novos editais
Rondônia – 30
Acre – 15
Amazonas – 30
Pará – 60
Amapá – 15
Maranhão – 60
Piauí – 80
Ceará – 100
Rio Grande do Norte – 53
Paraíba – 30
Pernambuco – 120
Alagoas – 20
Sergipe – 30 (em processo de publicação)
Bahia – 150
Espirito Santo – 30 (Em processo de publicação)
Rio de Janeiro – 150
Minas Gerais – 100
Santa Catarina – 60
Mato Grosso do Sul – 30
Mato Grosso – 30
Tocantins – 24
Distrito Federal – 20
Goiás – 40
Paraná – (não entrou)
Curitiba – 30
Rio Grande do Sul – (não entrou por problemas de inadimplência, alternativas estão sendo estudadas)
São Paulo – foi oferecido R$ 12 milhões anuais ao governo do estado, segundo o secretário Célio Turino, mas proposta foi recusada, recursos foram redistribuídos para outros estados. Após eleições municipais, prefeituras de cidades maiores e consórcios municipais serão procurados para garantir que São Paulo não fique fora da rede.
Fonte: Célio Turino, secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (MinC).
http://www.culturaemercado.com.br/post/celio-turino-o-estado-nao-esta-preparado/#more-4502
Lei que regulamenta a realização de bailes funks
DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE MÚSICA
ELETRÔNICA (FESTAS RAVES), BAILES DO TIPO FUNK E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, em exercício.
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – A realização de eventos de música eletrônica, conhecidos
como festas raves e de bailes do tipo funk, obedecerá ao disposto
nesta Lei.
Art. 2° – Poderão realizar os eventos de que trata esta Lei pessoas
jurídicas ou físicas que explorem estabelecimentos comercial ou
particular.
Parágrafo Único – Na hipótese de pessoa jurídica será considerado
responsável pelo evento seu presidente, diretor ou gerente.
Art. 3° – Os interessados em realizar os eventos de que trata esta Lei
deverão solicitar a respectiva autorização à Secretaria de Estado de
Segurança (SESEG) com antecedência mínima de 30 (trinta) dias úteis,
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I Em se tratando de pessoa jurídica:
a) contrato social e suas alterações;
b) CNPJ emitido pela Receita Federal;
c) comprovante de tratamento acústico na hipótese de o evento ser
realizado em ambiente fechado;
d) anotação de responsabilidade técnica (ART) das instalações de
infra-estrutura do evento, expedida pela autoridade municipal local;
e) contrato da empresa de segurança autorizada a funcionar pela
Polícia Federal, encarregada pela segurança interna do evento;
f) comprovante de instalação de detectores de metal, câmeras e
dispositivos de gravação de imagens;
g) comprovante de previsão de atendimento médico de emergência
com, no mínimo, um médico socorrista, um enfermeiro e um técnico de
enfermagem;
h) nada a opor da Delegacia Policial, do Batalhão de Polícia
Militar, do Corpo de Bombeiros, todos da área do evento, e do Juizado
de Menores da respectiva Comarca.
II Em se tratando de pessoa física:
a) cópia de carteira de identidade;
b) cópia do CPF;
c) os documentos elencados no inciso anterior entre as alíneas "c" e "h".
Parágrafo Único – O pedido de autorização para a realização do evento
deverá informar:
I – expectativa de público;
II – em caso de venda de ingressos o número colocado à disposição;
III – nome do responsável pelo evento;
IV – área para estacionamento, de maneira a não atrapalhar o trânsito
das vias públicas, bem como a sua capacidade;
V – previsão de horário de início e término;
Art. 4° – A autoridade responsável pela concessão da autorização
poderá limitar o horário de duração do evento, que não excederá a 12
(doze) horas, de forma a não turbar o sossego público, podendo ser
revisto a pedido do interessado ou para a preservação da ordem
pública.
Parágrafo Único – Na autorização deverá constar, obrigatoriamente, o
horário de início e término do evento.
Art. 5° – O local de realização do evento deverá dispor de banheiros
para o público presente, na proporção de um banheiro masculino e um
feminino para cada grupo de cinqüenta participantes, podendo ser
utilizados banheiros químicos.
Art. 6° – Será obrigatória a instalação de câmeras de filmagem e a
gravação das imagens do evento, devendo o vídeo permanecer à
disposição da autoridade policial por seis meses após o evento.
Parágrafo Único – O local de entrada onde serão realizadas as revistas
dos freqüentadores deverá ter cobertura das câmeras de filmagens,
devendo ser devidamente iluminado.
Art. 7° – A regulamentação da presente Lei disporá sobre o órgão da
Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) responsável pela
fiscalização e autuação nos casos de descumprimento dos preceitos
desta Lei.
Parágrafo Único – O órgão de fiscalização velará pelo cumprimento do
disposto nesta Lei e adotará as providências necessárias para inibir a
prática de qualquer infração penal durante a realização do evento.
Art. 8° – O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator
às seguintes penalidades, sem prejuízo das sanções cíveis e penais
cabíveis:
I – suspensão do evento;
II – interdição do local do evento;
III – multa no valor de 5.000 (cinco mil) UFIRs.
Parágrafo Único – As penalidades previstas neste artigo
poderão ser aplicadas cumulativamente, de acordo com a natureza e
gravidade da infração.
Art. 9° – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei nº 3.410, de
29 de maio de 2000.
Rio de Janeiro, 18 de junho de 2008.
LUIZ FERNANDO DE SOUZA
Governador em exercício
ELETRÔNICA (FESTAS RAVES), BAILES DO TIPO FUNK E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, em exercício.
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – A realização de eventos de música eletrônica, conhecidos
como festas raves e de bailes do tipo funk, obedecerá ao disposto
nesta Lei.
Art. 2° – Poderão realizar os eventos de que trata esta Lei pessoas
jurídicas ou físicas que explorem estabelecimentos comercial ou
particular.
Parágrafo Único – Na hipótese de pessoa jurídica será considerado
responsável pelo evento seu presidente, diretor ou gerente.
Art. 3° – Os interessados em realizar os eventos de que trata esta Lei
deverão solicitar a respectiva autorização à Secretaria de Estado de
Segurança (SESEG) com antecedência mínima de 30 (trinta) dias úteis,
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I Em se tratando de pessoa jurídica:
a) contrato social e suas alterações;
b) CNPJ emitido pela Receita Federal;
c) comprovante de tratamento acústico na hipótese de o evento ser
realizado em ambiente fechado;
d) anotação de responsabilidade técnica (ART) das instalações de
infra-estrutura do evento, expedida pela autoridade municipal local;
e) contrato da empresa de segurança autorizada a funcionar pela
Polícia Federal, encarregada pela segurança interna do evento;
f) comprovante de instalação de detectores de metal, câmeras e
dispositivos de gravação de imagens;
g) comprovante de previsão de atendimento médico de emergência
com, no mínimo, um médico socorrista, um enfermeiro e um técnico de
enfermagem;
h) nada a opor da Delegacia Policial, do Batalhão de Polícia
Militar, do Corpo de Bombeiros, todos da área do evento, e do Juizado
de Menores da respectiva Comarca.
II Em se tratando de pessoa física:
a) cópia de carteira de identidade;
b) cópia do CPF;
c) os documentos elencados no inciso anterior entre as alíneas "c" e "h".
Parágrafo Único – O pedido de autorização para a realização do evento
deverá informar:
I – expectativa de público;
II – em caso de venda de ingressos o número colocado à disposição;
III – nome do responsável pelo evento;
IV – área para estacionamento, de maneira a não atrapalhar o trânsito
das vias públicas, bem como a sua capacidade;
V – previsão de horário de início e término;
Art. 4° – A autoridade responsável pela concessão da autorização
poderá limitar o horário de duração do evento, que não excederá a 12
(doze) horas, de forma a não turbar o sossego público, podendo ser
revisto a pedido do interessado ou para a preservação da ordem
pública.
Parágrafo Único – Na autorização deverá constar, obrigatoriamente, o
horário de início e término do evento.
Art. 5° – O local de realização do evento deverá dispor de banheiros
para o público presente, na proporção de um banheiro masculino e um
feminino para cada grupo de cinqüenta participantes, podendo ser
utilizados banheiros químicos.
Art. 6° – Será obrigatória a instalação de câmeras de filmagem e a
gravação das imagens do evento, devendo o vídeo permanecer à
disposição da autoridade policial por seis meses após o evento.
Parágrafo Único – O local de entrada onde serão realizadas as revistas
dos freqüentadores deverá ter cobertura das câmeras de filmagens,
devendo ser devidamente iluminado.
Art. 7° – A regulamentação da presente Lei disporá sobre o órgão da
Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) responsável pela
fiscalização e autuação nos casos de descumprimento dos preceitos
desta Lei.
Parágrafo Único – O órgão de fiscalização velará pelo cumprimento do
disposto nesta Lei e adotará as providências necessárias para inibir a
prática de qualquer infração penal durante a realização do evento.
Art. 8° – O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator
às seguintes penalidades, sem prejuízo das sanções cíveis e penais
cabíveis:
I – suspensão do evento;
II – interdição do local do evento;
III – multa no valor de 5.000 (cinco mil) UFIRs.
Parágrafo Único – As penalidades previstas neste artigo
poderão ser aplicadas cumulativamente, de acordo com a natureza e
gravidade da infração.
Art. 9° – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei nº 3.410, de
29 de maio de 2000.
Rio de Janeiro, 18 de junho de 2008.
LUIZ FERNANDO DE SOUZA
Governador em exercício
O Sucesso dos Projetos Sociais
Vários projetos sociais, bem intencionados, "encrencam", "atolam", e
se desgastam, devido a questões emocionais internas não atendidas, não
digeridas. Projetos são realizados por pessoas. Tudo aquilo que é
vivido no dia a dia das relações inter-pessoais (antipatias,
simpatias, mágoas, não sentir-se ouvido, ressentimentos, pequenas
vinganças) enfim todo um universo sobre o qual se fala pouco, sobre o
qual não se dá a atenção devida, influi de forma contundente no
andamento e resultado desses projetos.
Transformações sociais são desejadas. Transformações sociais são
conduzidas por pessoas, para pessoas, e devem levar em conta as
vulnerabilidades humanas, o mundo emocional (em geral pouco
trabalhado) daqueles que estão envolvidos em sua execução. Boas
intenções e as capacidades intelectuais não são suficientes para
determinar bons resultados. Um cuidado com os aspectos emocionais deve
ser mantido.
Venha compartilhar estas questões e trazer sua contribuição e soluções
encontradas ao
METS - Movimento Emocional e Transformação Social
dia 29 de agosto, sexta feira (como todas as ultimas sextas feiras do mês)
às 8:30 (compartilhando o café da manhã, baseado no que cada um traz).
O local é o Centro de Movimento Deborah Colker - Rua Benjamim
Constant, 30. Glória - ao lado do metrô da Glória.
Um momento de encontro, de trocas, de pensar juntos, de falar de
experiências vividas (e vívidas).
Coordenação:
Luiz Fernando Sarmento
Assessoria de Projetos Comunitários SESC Rio
luizfernando@ sescrio.org. br
(21 3138 1362 * 21 9721 2981
www.sescrio. org.br
www.redescomunitari as.org.br
Michel Robin Rabinowitz
Nucleo Rio Aberto Rio
(21 2539 7909 * 21 8189 9981
michel@nucleorioabe rtorio.org. br
www.nucleorioaberto rio.org.br
se desgastam, devido a questões emocionais internas não atendidas, não
digeridas. Projetos são realizados por pessoas. Tudo aquilo que é
vivido no dia a dia das relações inter-pessoais (antipatias,
simpatias, mágoas, não sentir-se ouvido, ressentimentos, pequenas
vinganças) enfim todo um universo sobre o qual se fala pouco, sobre o
qual não se dá a atenção devida, influi de forma contundente no
andamento e resultado desses projetos.
Transformações sociais são desejadas. Transformações sociais são
conduzidas por pessoas, para pessoas, e devem levar em conta as
vulnerabilidades humanas, o mundo emocional (em geral pouco
trabalhado) daqueles que estão envolvidos em sua execução. Boas
intenções e as capacidades intelectuais não são suficientes para
determinar bons resultados. Um cuidado com os aspectos emocionais deve
ser mantido.
Venha compartilhar estas questões e trazer sua contribuição e soluções
encontradas ao
METS - Movimento Emocional e Transformação Social
dia 29 de agosto, sexta feira (como todas as ultimas sextas feiras do mês)
às 8:30 (compartilhando o café da manhã, baseado no que cada um traz).
O local é o Centro de Movimento Deborah Colker - Rua Benjamim
Constant, 30. Glória - ao lado do metrô da Glória.
Um momento de encontro, de trocas, de pensar juntos, de falar de
experiências vividas (e vívidas).
Coordenação:
Luiz Fernando Sarmento
Assessoria de Projetos Comunitários SESC Rio
luizfernando@ sescrio.org. br
(21 3138 1362 * 21 9721 2981
www.sescrio. org.br
www.redescomunitari as.org.br
Michel Robin Rabinowitz
Nucleo Rio Aberto Rio
(21 2539 7909 * 21 8189 9981
michel@nucleorioabe rtorio.org. br
www.nucleorioaberto rio.org.br
O rádio e o desenvolvimento da cultura
Observatório de Imprensa - Francisco Djacyr Silva de Souza
O rádio sempre foi e continuará sendo um instrumento pleno de desenvolvimento da cultura e do conhecimento. O número de pessoas que se educou via rádio é imenso e o processo de conhecimento do mundo é um dos elementos mais importantes deste meio de comunicação que continua fazendo a vida dos brasileiros e fazendo parte de todos os aspectos do cotidiano de homens e mulheres no contexto de sua luta incessante e na lida diária. Este meio de comunicação teve um papel importantíssimo na campanha contra o analfabetismo e na luta política contra regimes autoritários que se instalaram no país.
Nos dias de hoje temos um processo de sucateamento deste meio, seja em termos técnicos ou em termos de conteúdo, porém seu valor não acaba, pois o povo sempre o procura, seja em casa, seja no carro, na bicicleta ou no trabalho. Rádio é informação, é cidadania e, sobretudo, cultura. O rádio provoca uma emoção especial em quem o ouve. Já disserem ser este o teatro da mente, pois imaginamos o que ouvimos no rádio e sempre temos a curiosidade de conhecer quem está por trás das emissões radiofônicas.
É de grande importância que reconheçamos o valor deste meio de comunicação que faz parte da vida de grande parte das pessoas que o ouvem e que merecem todo o respeito por parte dos que o fazem. O rádio deve ser valorizado e precisa ser reconhecido como elemento de cultura, de debate e de questionamento da sociedade na luta pela resolução dos problemas que afligem as pessoas. O mundo radiofônico suscita um processo de discussão sobre o mundo e sobre as relações socioeconômicas entre as pessoas. É preciso aliar a informação que vem deste meio a um processo de educação e formação crítica de nosso povo que constrói a cultura, que cria idéias e provoca um turbilhão de conhecimentos e criatividade por parte dos que dele fazem parte.
Debate e engajamento
É de grande importância primar por um rádio produtivo e de engrandecimento cultural, pois precisamos desenvolver um processo de análise crítica das programações, verificando sua importância na construção da cultura e na irradiação do conhecimento. O rádio precisa ser mais cidadão para aprofundar o debate e fazer com que seu processo comunicativo desenvolva nos indivíduos que o ouvem o senso crítico e fenômenos de reconhecimento da cultura popular e da integração dos interesses do povo.
O processo de cultura deve ser uma meta perseguida por todos os que fazem o rádio, promovendo uma dinâmica de entendimento dos aspectos culturais e reconhecimento do conhecimento produzido pelo nosso povo, fazendo com que tenhamos um meio de comunicação interativo e gerador de conhecimento valoroso para o engrandecimento educativo da comunidade. A cultura é um elemento de grande importância para o povo, pois aqueles que valorizam sua cultura crescem em todos os sentidos e podem desenvolver medidas de estímulo ao questionamento produtivo do povo.
Precisamos com urgência desenvolver mecanismos de crítica do modelo de rádio que está sendo feito e que, muitas vezes, promove discriminação, desvaloriza a cultura popular e desenvolve um processo de invasão cultural. O rádio meramente musical que procura poluir a mente de jovens com músicas de duplo sentido deve ser rechaçado na tentativa de construir uma programação que seja a língua popular sem agressões, que seja divulgadora de conhecimentos, que preste serviços à população e que faça de suas emissões elementos de crítica, debate e engajamento popular na construção plena dos anseios do povo.
Reivindicações e questionamentos
O povo merece um rádio que se alie ao engrandecimento cultural e faça de sua programação uma batalha de enaltecimento da educação, da valorização do que é nosso e da criatividade de nosso povo. É preciso desenvolver uma prática comunicativa que faça com que os ouvintes sejam artífices de um novo conhecimento e construtores de uma prática que faça com que os ouvintes encontrem no rádio mensagens edificantes, debates construtivos e conhecimento voltado para a valorização do homem e de suas manifestações culturais. O rádio é um meio centenário de comunicação que sempre esteve ao lado dos anseios populares e jamais pode deixar de desenvolver a cidadania, a cultura e a formação de uma massa crítica que acredita em um mundo solidário, justo e, sobretudo, ético.
A cultura deve fazer parte do desfilar de informações que o rádio sempre traz para os indivíduos que merecem conhecer o que é seu e estão sempre em busca do conhecimento para descobrir as nuances que o mundo oferece e que podem se esconder nas programações radiofônicas. O rádio pode desenvolver cultura e mobilizar o povo na escolha de modelos alternativos de vida e na construção de um mundo onde a justiça seja bandeira de todos. É preciso que transformemos a programação de rádio em um elemento a mais na concretização de um processo de formação cultural que envolva a todos na construção da cidadania.
Temos casos de programações radiofônicas que dão preferência maior ao que vem de fora e esquecem as manifestações populares que fazem parte da história e da vida do povo. Precisamos identificar esta prática e questioná-la de forma veemente exigindo uma programação que envolva a música popular nossa, a informação sobre os nossos problemas, o conhecimento da nossa vida política e as reivindicações populares para questionar os modelos de governo e as políticas públicas geralmente atreladas a interesses que não são da maioria de nosso povo.
Mensagens de mau gosto
A cultura de nosso povo tem de ser enaltecida no rádio para que não tenhamos um processo de alienação cultural nem destruição da memória. Precisamos que espaços para discussão sobre cultura e educação popular sejam abertos para que haja um processo de construção plena de conhecimento aliado à voz do povo e ao processo de enaltecimento do ritmo de desenvolvimento de nossas sociedades.
O papel dos que fazem rádio e de seus usuários e importantíssimo para a valorização da cultura. É preciso exigir que as programações radiofônicas se baseiem num processo de reconhecimento dos valores culturais de nosso povo, de suas lutas e de seu caminho interminável de geração de idéias e construções de conhecimento popular. O rádio deve falar a língua do povo sem ser popularesco e de baixo calão. Precisa ser voltado para os interesses reais de nosso povo e buscar sempre o conhecimento gerado pelas novas e futuras gerações.
É preciso questionar programações radiofônicas que geralmente trazem a música sem mensagens e de péssimo mau gosto, mostrando infelizmente mensagens de estímulo à bebedeira, ao sexo fácil e inseguro, à desvalorização da mulher ou a mensagens que geralmente ocultam discriminação, estímulo a atitudes anti-populares e à formação de uma cultura que não gera nenhum tipo de crescimento intelectual do povo.
Dinamismo e desenvolvimento
É importante incentivar o rádio informativo, de mensagens acolhedoras, de ideais de justiça e solidariedade e de busca constante da construção da cidadania coletiva. O rádio é importante para desenvolver uma cultura que envolva sentimentos de valorização popular e de engrandecimento cognitivo de nosso povo. O rádio não pode esquecer a arte do povo, suas manifestações e anseios, rádio é intimamente ligado a um processo de formação cultural e de movimentação de ideais de valorização de nosso caráter e nossa identidade.
O rádio deve enaltecer a música popular, a poesia de nosso povo, as mensagens de nossos escritores e as idéias geradas no processo histórico de nossa sociedade. Precisamos de um rádio que traga no seu processo comunicativo o questionamento dos modelos alienantes de comunicação da geração de mitos que em nada contribuem para a melhoria de vida das nossas populações.
Precisamos de um rádio que emita mensagens de engrandecimento cultural e de formação cidadã para que o povo encontre neste meio de comunicação um aliado a mais na construção de seus interesses e na proposta de um desenvolvimento cultural que traga ao povo o desejo de valorizar o que é seu. O rádio é um elemento a mais na melhoria da sociedade e na construção do processo de cidadania tendo responsabilidade vital na formação do povo e na busca plena por dias melhores para todos. O rádio precisa de um dinamismo que envolva o processo de valorização da cultura popular e o desenvolvimento de uma sociedade que se reconheça nas programações e que acredite sempre na construção de um mundo melhor e mais justo para todos.
Mutualismo da informação
A programação de rádio deve ser aliada aos interesses do povo e deve buscar um processo de desenvolvimento cultural que possa ser voltado para um novo mundo em que a tecnologia sirva para aproximar as pessoas e gerar ações de solidariedade e melhoria do padrão de vida do povo. O rádio deve buscar os interesses populares e deve primar pela valorização daqueles que construíram nossa história cultural nos vários setores da vida moderna.
A modernização do meio rádio deve ser pautada numa lógica de valorização das mensagens cidadãs e na geração e idéias que promovam um mundo onde tenhamos sempre iniciativas de construção de um processo de engrandecimento cultural e de valorização do que o povo constrói no dia-a-dia. O rádio deve e pode ser um elemento a mais na valorização da cultura popular, pois o povo deve valorizar o que é seu e enaltecer sempre o que foi produzido pelos indivíduos que constroem a história na luta, na produção da vida e na busca incessante da satisfação de suas necessidades materiais e espirituais.
Precisamos de um novo modelo de rádio onde a interatividade seja um instrumento de discussão da cultura e valorização do que é produzido pelo povo no cotidiano. O rádio é um instrumento por excelência de modificação da sociedade e de transformação do nível cultural do nosso povo. É preciso que todos se dêem conta da importância deste meio na valorização da cultura e engrandecimento intelectual de nosso povo, que merece e luta por uma programação de qualidade pautada na solidariedade e busca um processo educativo em que todos sejam ouvidos, valorizados e educados através do mutualismo da informação que só o rádio pode proporcionar.
http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=278651
O rádio sempre foi e continuará sendo um instrumento pleno de desenvolvimento da cultura e do conhecimento. O número de pessoas que se educou via rádio é imenso e o processo de conhecimento do mundo é um dos elementos mais importantes deste meio de comunicação que continua fazendo a vida dos brasileiros e fazendo parte de todos os aspectos do cotidiano de homens e mulheres no contexto de sua luta incessante e na lida diária. Este meio de comunicação teve um papel importantíssimo na campanha contra o analfabetismo e na luta política contra regimes autoritários que se instalaram no país.
Nos dias de hoje temos um processo de sucateamento deste meio, seja em termos técnicos ou em termos de conteúdo, porém seu valor não acaba, pois o povo sempre o procura, seja em casa, seja no carro, na bicicleta ou no trabalho. Rádio é informação, é cidadania e, sobretudo, cultura. O rádio provoca uma emoção especial em quem o ouve. Já disserem ser este o teatro da mente, pois imaginamos o que ouvimos no rádio e sempre temos a curiosidade de conhecer quem está por trás das emissões radiofônicas.
É de grande importância que reconheçamos o valor deste meio de comunicação que faz parte da vida de grande parte das pessoas que o ouvem e que merecem todo o respeito por parte dos que o fazem. O rádio deve ser valorizado e precisa ser reconhecido como elemento de cultura, de debate e de questionamento da sociedade na luta pela resolução dos problemas que afligem as pessoas. O mundo radiofônico suscita um processo de discussão sobre o mundo e sobre as relações socioeconômicas entre as pessoas. É preciso aliar a informação que vem deste meio a um processo de educação e formação crítica de nosso povo que constrói a cultura, que cria idéias e provoca um turbilhão de conhecimentos e criatividade por parte dos que dele fazem parte.
Debate e engajamento
É de grande importância primar por um rádio produtivo e de engrandecimento cultural, pois precisamos desenvolver um processo de análise crítica das programações, verificando sua importância na construção da cultura e na irradiação do conhecimento. O rádio precisa ser mais cidadão para aprofundar o debate e fazer com que seu processo comunicativo desenvolva nos indivíduos que o ouvem o senso crítico e fenômenos de reconhecimento da cultura popular e da integração dos interesses do povo.
O processo de cultura deve ser uma meta perseguida por todos os que fazem o rádio, promovendo uma dinâmica de entendimento dos aspectos culturais e reconhecimento do conhecimento produzido pelo nosso povo, fazendo com que tenhamos um meio de comunicação interativo e gerador de conhecimento valoroso para o engrandecimento educativo da comunidade. A cultura é um elemento de grande importância para o povo, pois aqueles que valorizam sua cultura crescem em todos os sentidos e podem desenvolver medidas de estímulo ao questionamento produtivo do povo.
Precisamos com urgência desenvolver mecanismos de crítica do modelo de rádio que está sendo feito e que, muitas vezes, promove discriminação, desvaloriza a cultura popular e desenvolve um processo de invasão cultural. O rádio meramente musical que procura poluir a mente de jovens com músicas de duplo sentido deve ser rechaçado na tentativa de construir uma programação que seja a língua popular sem agressões, que seja divulgadora de conhecimentos, que preste serviços à população e que faça de suas emissões elementos de crítica, debate e engajamento popular na construção plena dos anseios do povo.
Reivindicações e questionamentos
O povo merece um rádio que se alie ao engrandecimento cultural e faça de sua programação uma batalha de enaltecimento da educação, da valorização do que é nosso e da criatividade de nosso povo. É preciso desenvolver uma prática comunicativa que faça com que os ouvintes sejam artífices de um novo conhecimento e construtores de uma prática que faça com que os ouvintes encontrem no rádio mensagens edificantes, debates construtivos e conhecimento voltado para a valorização do homem e de suas manifestações culturais. O rádio é um meio centenário de comunicação que sempre esteve ao lado dos anseios populares e jamais pode deixar de desenvolver a cidadania, a cultura e a formação de uma massa crítica que acredita em um mundo solidário, justo e, sobretudo, ético.
A cultura deve fazer parte do desfilar de informações que o rádio sempre traz para os indivíduos que merecem conhecer o que é seu e estão sempre em busca do conhecimento para descobrir as nuances que o mundo oferece e que podem se esconder nas programações radiofônicas. O rádio pode desenvolver cultura e mobilizar o povo na escolha de modelos alternativos de vida e na construção de um mundo onde a justiça seja bandeira de todos. É preciso que transformemos a programação de rádio em um elemento a mais na concretização de um processo de formação cultural que envolva a todos na construção da cidadania.
Temos casos de programações radiofônicas que dão preferência maior ao que vem de fora e esquecem as manifestações populares que fazem parte da história e da vida do povo. Precisamos identificar esta prática e questioná-la de forma veemente exigindo uma programação que envolva a música popular nossa, a informação sobre os nossos problemas, o conhecimento da nossa vida política e as reivindicações populares para questionar os modelos de governo e as políticas públicas geralmente atreladas a interesses que não são da maioria de nosso povo.
Mensagens de mau gosto
A cultura de nosso povo tem de ser enaltecida no rádio para que não tenhamos um processo de alienação cultural nem destruição da memória. Precisamos que espaços para discussão sobre cultura e educação popular sejam abertos para que haja um processo de construção plena de conhecimento aliado à voz do povo e ao processo de enaltecimento do ritmo de desenvolvimento de nossas sociedades.
O papel dos que fazem rádio e de seus usuários e importantíssimo para a valorização da cultura. É preciso exigir que as programações radiofônicas se baseiem num processo de reconhecimento dos valores culturais de nosso povo, de suas lutas e de seu caminho interminável de geração de idéias e construções de conhecimento popular. O rádio deve falar a língua do povo sem ser popularesco e de baixo calão. Precisa ser voltado para os interesses reais de nosso povo e buscar sempre o conhecimento gerado pelas novas e futuras gerações.
É preciso questionar programações radiofônicas que geralmente trazem a música sem mensagens e de péssimo mau gosto, mostrando infelizmente mensagens de estímulo à bebedeira, ao sexo fácil e inseguro, à desvalorização da mulher ou a mensagens que geralmente ocultam discriminação, estímulo a atitudes anti-populares e à formação de uma cultura que não gera nenhum tipo de crescimento intelectual do povo.
Dinamismo e desenvolvimento
É importante incentivar o rádio informativo, de mensagens acolhedoras, de ideais de justiça e solidariedade e de busca constante da construção da cidadania coletiva. O rádio é importante para desenvolver uma cultura que envolva sentimentos de valorização popular e de engrandecimento cognitivo de nosso povo. O rádio não pode esquecer a arte do povo, suas manifestações e anseios, rádio é intimamente ligado a um processo de formação cultural e de movimentação de ideais de valorização de nosso caráter e nossa identidade.
O rádio deve enaltecer a música popular, a poesia de nosso povo, as mensagens de nossos escritores e as idéias geradas no processo histórico de nossa sociedade. Precisamos de um rádio que traga no seu processo comunicativo o questionamento dos modelos alienantes de comunicação da geração de mitos que em nada contribuem para a melhoria de vida das nossas populações.
Precisamos de um rádio que emita mensagens de engrandecimento cultural e de formação cidadã para que o povo encontre neste meio de comunicação um aliado a mais na construção de seus interesses e na proposta de um desenvolvimento cultural que traga ao povo o desejo de valorizar o que é seu. O rádio é um elemento a mais na melhoria da sociedade e na construção do processo de cidadania tendo responsabilidade vital na formação do povo e na busca plena por dias melhores para todos. O rádio precisa de um dinamismo que envolva o processo de valorização da cultura popular e o desenvolvimento de uma sociedade que se reconheça nas programações e que acredite sempre na construção de um mundo melhor e mais justo para todos.
Mutualismo da informação
A programação de rádio deve ser aliada aos interesses do povo e deve buscar um processo de desenvolvimento cultural que possa ser voltado para um novo mundo em que a tecnologia sirva para aproximar as pessoas e gerar ações de solidariedade e melhoria do padrão de vida do povo. O rádio deve buscar os interesses populares e deve primar pela valorização daqueles que construíram nossa história cultural nos vários setores da vida moderna.
A modernização do meio rádio deve ser pautada numa lógica de valorização das mensagens cidadãs e na geração e idéias que promovam um mundo onde tenhamos sempre iniciativas de construção de um processo de engrandecimento cultural e de valorização do que o povo constrói no dia-a-dia. O rádio deve e pode ser um elemento a mais na valorização da cultura popular, pois o povo deve valorizar o que é seu e enaltecer sempre o que foi produzido pelos indivíduos que constroem a história na luta, na produção da vida e na busca incessante da satisfação de suas necessidades materiais e espirituais.
Precisamos de um novo modelo de rádio onde a interatividade seja um instrumento de discussão da cultura e valorização do que é produzido pelo povo no cotidiano. O rádio é um instrumento por excelência de modificação da sociedade e de transformação do nível cultural do nosso povo. É preciso que todos se dêem conta da importância deste meio na valorização da cultura e engrandecimento intelectual de nosso povo, que merece e luta por uma programação de qualidade pautada na solidariedade e busca um processo educativo em que todos sejam ouvidos, valorizados e educados através do mutualismo da informação que só o rádio pode proporcionar.
http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=278651
Encontros de Cultura Popular
Secretaria de Cultura da Bahia -
Estão abertas as inscrições para diversos editais da Secretaria de Cultura via Fundo de Cultura. Confira aqui os editais: http://www.cultura.ba.gov.br/apoioaprojetos/editais/apresentacao
Com apoio do Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a Secult promove os Encontros de Cultura Popular. O evento terá ao todo dez edições, que irão acontecer entre os meses de agosto e outubro deste ano, em diferentes territórios baianos. O objetivo é ensinar a elaborar projetos e realizar inscrições no Edital Manifestações Culturais Populares Tradicionais e Contemporâneas.
“Os encontros representam uma resposta institucional da Secult à grande demanda de 73% dos territórios baianos por desenvolvimento das culturas populares”, explica Hirton Fernandes, Coordenador do Núcleo de Culturas Populares e Indígenas. Durante a II Conferência Estadual de Cultura, realizada em outubro do ano passado, em Feira de Santana, cada território elegeu três propostas como prioritárias. Dos 26 territórios que compõem o estado, 19 elegeram “desenvolvimento da cultura popular”. Destes, 12 escolheram o tópico como prioridade número um, e por isso foram escolhidos como regiões iniciais para a realização desta primeira etapa de oficinas.
Os dois primeiros encontros acontecem no final de agosto, nos municípios de Serrinha e Santa Brígida, respectivamente nos dias 30 e 31. Para Fernandes, a importância do evento está em “possibilitar aos grupos participação nas seleções através dos editais, através de informações fundamentais para que possam pleitear o acesso às verbas públicas”.
Até outubro, outras oficinas ocorrem em Bom Jesus da Lapa (12/09), Rio das Contas (14/09), Nazaré das Farinhas (20/09), Cairu (21/09), Baixa Grande (27/09), Jacobina (28/09), Itapetinga (11/10) e Jequié (12/10).
SERVIÇO
O quê: Encontros de Cultura Popular (Serrinha e Santa Brígida)
Quando: 30 e 31 de agosto
Onde: Escola Modelo Maria Áurea Pimentel Ferreira, Avenida ACM, s/ número, Cidade Nova (Serrinha); Auditório Paulo Magalhães, Praça Pedro Batista, Centro (Santa Brígida).
Informações: culturaspopulares@cultura.ba.gov.br e pelo 0800 284 4089.
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/encontros-de-cultura-popular
Estão abertas as inscrições para diversos editais da Secretaria de Cultura via Fundo de Cultura. Confira aqui os editais: http://www.cultura.ba.gov.br/apoioaprojetos/editais/apresentacao
Com apoio do Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a Secult promove os Encontros de Cultura Popular. O evento terá ao todo dez edições, que irão acontecer entre os meses de agosto e outubro deste ano, em diferentes territórios baianos. O objetivo é ensinar a elaborar projetos e realizar inscrições no Edital Manifestações Culturais Populares Tradicionais e Contemporâneas.
“Os encontros representam uma resposta institucional da Secult à grande demanda de 73% dos territórios baianos por desenvolvimento das culturas populares”, explica Hirton Fernandes, Coordenador do Núcleo de Culturas Populares e Indígenas. Durante a II Conferência Estadual de Cultura, realizada em outubro do ano passado, em Feira de Santana, cada território elegeu três propostas como prioritárias. Dos 26 territórios que compõem o estado, 19 elegeram “desenvolvimento da cultura popular”. Destes, 12 escolheram o tópico como prioridade número um, e por isso foram escolhidos como regiões iniciais para a realização desta primeira etapa de oficinas.
Os dois primeiros encontros acontecem no final de agosto, nos municípios de Serrinha e Santa Brígida, respectivamente nos dias 30 e 31. Para Fernandes, a importância do evento está em “possibilitar aos grupos participação nas seleções através dos editais, através de informações fundamentais para que possam pleitear o acesso às verbas públicas”.
Até outubro, outras oficinas ocorrem em Bom Jesus da Lapa (12/09), Rio das Contas (14/09), Nazaré das Farinhas (20/09), Cairu (21/09), Baixa Grande (27/09), Jacobina (28/09), Itapetinga (11/10) e Jequié (12/10).
SERVIÇO
O quê: Encontros de Cultura Popular (Serrinha e Santa Brígida)
Quando: 30 e 31 de agosto
Onde: Escola Modelo Maria Áurea Pimentel Ferreira, Avenida ACM, s/ número, Cidade Nova (Serrinha); Auditório Paulo Magalhães, Praça Pedro Batista, Centro (Santa Brígida).
Informações: culturaspopulares@cultura.ba.gov.br e pelo 0800 284 4089.
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/encontros-de-cultura-popular
ONG Fábrica do Futuro lança dia 28 o seu canal audiovisual na internet
DUO Informação e Cultura -
Espaço colaborativo na internet irá abrigar e dar visibilidade à produção audiovisual no interior do estado. Mesa redonda transmitida ao vivo em WEBTV, dia 28, reunirá gestores, estudiosos e autoridades da TV Brasil e da Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais. Público poderá participar por meio de chat
Por meio do projeto REDE GERAÇÃO DIGITALIGADA DE WEBVISÃO, será lançado na próxima quinta-feira, 28 de agosto, às 20h, o novo portal da FÁBRICA DO FUTURO (www.fabricadofututo.org.br). Haverá atividades simultâneas em várias cidades do interior, transmitidas ao vivo, em WEBTV. A Fábrica tem sede em Cataguases e é uma das mais ativas organizações do terceiro setor no estado, com atuação em diversas frentes voltadas para o trabalho de difusão do audiovisual e apropriação das novas tecnologias pelos jovens. Seu novo espaço virtual .que marca a transição para um novo status de atuação, integrando diversos projetos. vai além de um simples endereço na internet.
Gerenciado de forma colaborativa e integrado com outras redes digitais, o portal irá abrigar e dar visibilidade à produção dos núcleos audiovisuais da Fábrica do Futuro em cinco cidades do interior: Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Juiz de Fora e Ouro Preto. O portal irá também aglutinar os diversos projetos da Fábrica do Futuro e uma rede de colaboradores no Brasil e no exterior, além de reunir informações sobre o programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, (do qual participa desde 2005), mobilizando a rede dos Pontos de Cultura espalhados pelo país.
LANÇAMENTO - 28 de agosto - quinta-feira - 20h
Para marcar o lançamento do portal e estimular os debates que a iniciativa provoca, será realizado, em Cataguases, uma mesa redonda com participação de gestores, estudiosos e autoridades do Ministério da Cultura, da TV Brasil e da Secretária Estadual de Cultura. O tema será: "Democratização dos meios de comunicação, Internet e redes criativas: a produção audiovisual em tempos de convergência tecnológica".
Participantes - Leandro Saraiva, gerente de conteúdos da Diretoria de Programação da TV Brasil / Caetano Ruas do Circo Voador Digital / Daniel Queiroz, Diretor de Fomento à Produção Audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais / Rodrigo Minelli do Laboratório de Mídias da Escola de Comunicação da UFMG / Cesar Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro.
O debate será transmitido ao vivo, simultaneamente, pelo novo portal da Fábrica, em formato WebTV . www.fabricadofututo.org.br. Os internautas também poderão participar do evento por meio de chat, que estará disponível no site.
SOBRE O FUNCIONAMENTO DO PORTAL
De acordo com César Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro, "o portal tem o objetivo de desenvolver formas democráticas de expressão e acesso livre a conteúdos audiovisuais, com foco na diversidade cultural". O portal é desenvolvido integralmente em código aberto. Dessa forma, o sistema permite que, a partir de seu lançamento, os próprios integrantes da Fábrica do Futuro dêem continuidade e adaptem o espaço virtual, podendo ser atualizado e modificado inclusive por não-programadores.
REDE GERAÇÃO DIGITALIGADA DE WEBVISÃO
É um projeto desenvolvido pelo Instituto Cidades de Cataguases, gestora da Fábrica do Futuro com apoio do Fundo Estadual de Cultura e do BDMG. Sua proposta é estimular a criação de redes sociais de cooperação e criação audiovisual colaborativa, com jovens organizados em núcleos de produção em Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Juiz de Fora e Ouro Preto. Ainda de acordo com Cesar Piva, gestor da Fábrica do Futuro, "a idéia é contribuir com a pesquisa e experimentação de novos modelos de criação, produção e promoção da diversidade cultural de Minas Gerais, como um exemplo de difusão de conteúdos audiovisuais e repertórios culturais na internet".
FÓRUNS DA FÁBRICA DO FUTURO
O lançamento do portal eletrônico integra o 3º Fórum da Fábrica do Futuro, um programa de atividades desenvolvidas ao longo do segundo semestre de 2008, que marca, do ponto de vista estrutural e de gestão, a transição do "projeto Fábrica do Futuro" para um status mais abrangente de atuação, melhor definido como um empreendimento cultural, envolvendo diversos projetos para Cataguases e outras cidades. O 1º fórum, em 2003, foi o ponto de partida para o lançamento da Fábrica do Futuro. O 2º Fórum, realizado em 2005, marcou a criação do Ponto de Cultura e a parceria fundamental com o programa Cultura Viva, do MinC.
SOBRE A FÁBRICA DO FUTURO
A Fábrica do Futuro . Residência Criativa do Audiovisual, com sede em Cataguases, Minas Gerais é um ambiente de pesquisa, criação, produção e difusão de conteúdos audiovisuais, culturais e educativos. Um centro de formação e produção de conhecimentos, compartilhados por processos colaborativos, para e com jovens inseridos em redes sociais criativas e produtivas. A Fábrica busca na apropriação social das novas tecnologias, a promoção de oportunidades para novos modelos de trabalho e empreendimento, na perspectiva da economia criativa da cultura e do desenvolvimento humano.
Novos Núcleos - O lançamento do Portal marca também a implantação de quatro novos núcleos da Fábrica do Futuro nas cidades de Juiz de Fora, Muriaé, Leopoldina e Ouro Preto. Cada núcleo conta com um coordenador local, uma equipe de 10 jovens voluntários, um kit multimídia composto por ilha de edição, filmadora e celular multimídia.
O Instituto Cidade de Cataguases é o gestor da Fábrica do Futuro, inaugurada em julho de 2005, como um ponto de cultura do Programa de Cultura do Ministério da Cultura e integrante de um amplo programa de Cultura e Desenvolvimento na cidade de Cataguases. Esse programa tem como foco estrutural a economia criativa do setor audiovisual, as novas tecnologias e a juventude. Para isso, a Fábrica do Futuro criou a RECRIA - Residência Criativa do Audiovisual, como um ambiente permanente, responsável pela realização de diversos projetos. Dentre eles destacamos:
- Projetos Conexão Digital, Cidades Digitais e Identificar, em parceria com a VIVO;
- Tela Viva em parceria com o Instituto Votorantin;
- Cidades Invisíveis: um ponto de cultura digital com a REDE MINAS, a CONTATO de BH e Ministério da Cultura;
- Festival CINEPORT e Festival de Ver e Fazer Filmes, com a Fundação Ormeo Junqueira Botelho e Energisa;
- Centro Multimídia de Memória da Indústria Têxtil, em parceria com o Instituto Francisca de Souza Peixoto e a Cia Industrial Cataguases;
- Pólo de Animação, Jogos Eletrônicos e Novas Linguagens: um Termo de Cooperação com SEBRAE.
SUGESTÃO DE ENTREVISTA
Cesar Piva . gestor cultural da Fábrica do Futuro
SERVIÇO
Lançamento - Projeto Rede Geração Digitaligada de Webvisão
Dia 28/8 . quinta-feira - 20h
Local: Avevida Humberto Mauro, 340 . Cataguases/MG
* O evento será transmitido ao vivo pelo endereço: www.fabricadofuturo.org.br
PARA AGENDAMENTO DE ENTREVISTAS E OUTRAS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Fumaça Corp. . Jornalismo e Assessoria de Imprensa
Vinícius Resende, Rafael Minoro e Artênius Daniel
(31) 3309.6031 / 6071 - 9795.7171
http://www.curtaocurta.com.br/jornal/1696/
Espaço colaborativo na internet irá abrigar e dar visibilidade à produção audiovisual no interior do estado. Mesa redonda transmitida ao vivo em WEBTV, dia 28, reunirá gestores, estudiosos e autoridades da TV Brasil e da Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais. Público poderá participar por meio de chat
Por meio do projeto REDE GERAÇÃO DIGITALIGADA DE WEBVISÃO, será lançado na próxima quinta-feira, 28 de agosto, às 20h, o novo portal da FÁBRICA DO FUTURO (www.fabricadofututo.org.br). Haverá atividades simultâneas em várias cidades do interior, transmitidas ao vivo, em WEBTV. A Fábrica tem sede em Cataguases e é uma das mais ativas organizações do terceiro setor no estado, com atuação em diversas frentes voltadas para o trabalho de difusão do audiovisual e apropriação das novas tecnologias pelos jovens. Seu novo espaço virtual .que marca a transição para um novo status de atuação, integrando diversos projetos. vai além de um simples endereço na internet.
Gerenciado de forma colaborativa e integrado com outras redes digitais, o portal irá abrigar e dar visibilidade à produção dos núcleos audiovisuais da Fábrica do Futuro em cinco cidades do interior: Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Juiz de Fora e Ouro Preto. O portal irá também aglutinar os diversos projetos da Fábrica do Futuro e uma rede de colaboradores no Brasil e no exterior, além de reunir informações sobre o programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, (do qual participa desde 2005), mobilizando a rede dos Pontos de Cultura espalhados pelo país.
LANÇAMENTO - 28 de agosto - quinta-feira - 20h
Para marcar o lançamento do portal e estimular os debates que a iniciativa provoca, será realizado, em Cataguases, uma mesa redonda com participação de gestores, estudiosos e autoridades do Ministério da Cultura, da TV Brasil e da Secretária Estadual de Cultura. O tema será: "Democratização dos meios de comunicação, Internet e redes criativas: a produção audiovisual em tempos de convergência tecnológica".
Participantes - Leandro Saraiva, gerente de conteúdos da Diretoria de Programação da TV Brasil / Caetano Ruas do Circo Voador Digital / Daniel Queiroz, Diretor de Fomento à Produção Audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais / Rodrigo Minelli do Laboratório de Mídias da Escola de Comunicação da UFMG / Cesar Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro.
O debate será transmitido ao vivo, simultaneamente, pelo novo portal da Fábrica, em formato WebTV . www.fabricadofututo.org.br. Os internautas também poderão participar do evento por meio de chat, que estará disponível no site.
SOBRE O FUNCIONAMENTO DO PORTAL
De acordo com César Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro, "o portal tem o objetivo de desenvolver formas democráticas de expressão e acesso livre a conteúdos audiovisuais, com foco na diversidade cultural". O portal é desenvolvido integralmente em código aberto. Dessa forma, o sistema permite que, a partir de seu lançamento, os próprios integrantes da Fábrica do Futuro dêem continuidade e adaptem o espaço virtual, podendo ser atualizado e modificado inclusive por não-programadores.
REDE GERAÇÃO DIGITALIGADA DE WEBVISÃO
É um projeto desenvolvido pelo Instituto Cidades de Cataguases, gestora da Fábrica do Futuro com apoio do Fundo Estadual de Cultura e do BDMG. Sua proposta é estimular a criação de redes sociais de cooperação e criação audiovisual colaborativa, com jovens organizados em núcleos de produção em Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Juiz de Fora e Ouro Preto. Ainda de acordo com Cesar Piva, gestor da Fábrica do Futuro, "a idéia é contribuir com a pesquisa e experimentação de novos modelos de criação, produção e promoção da diversidade cultural de Minas Gerais, como um exemplo de difusão de conteúdos audiovisuais e repertórios culturais na internet".
FÓRUNS DA FÁBRICA DO FUTURO
O lançamento do portal eletrônico integra o 3º Fórum da Fábrica do Futuro, um programa de atividades desenvolvidas ao longo do segundo semestre de 2008, que marca, do ponto de vista estrutural e de gestão, a transição do "projeto Fábrica do Futuro" para um status mais abrangente de atuação, melhor definido como um empreendimento cultural, envolvendo diversos projetos para Cataguases e outras cidades. O 1º fórum, em 2003, foi o ponto de partida para o lançamento da Fábrica do Futuro. O 2º Fórum, realizado em 2005, marcou a criação do Ponto de Cultura e a parceria fundamental com o programa Cultura Viva, do MinC.
SOBRE A FÁBRICA DO FUTURO
A Fábrica do Futuro . Residência Criativa do Audiovisual, com sede em Cataguases, Minas Gerais é um ambiente de pesquisa, criação, produção e difusão de conteúdos audiovisuais, culturais e educativos. Um centro de formação e produção de conhecimentos, compartilhados por processos colaborativos, para e com jovens inseridos em redes sociais criativas e produtivas. A Fábrica busca na apropriação social das novas tecnologias, a promoção de oportunidades para novos modelos de trabalho e empreendimento, na perspectiva da economia criativa da cultura e do desenvolvimento humano.
Novos Núcleos - O lançamento do Portal marca também a implantação de quatro novos núcleos da Fábrica do Futuro nas cidades de Juiz de Fora, Muriaé, Leopoldina e Ouro Preto. Cada núcleo conta com um coordenador local, uma equipe de 10 jovens voluntários, um kit multimídia composto por ilha de edição, filmadora e celular multimídia.
O Instituto Cidade de Cataguases é o gestor da Fábrica do Futuro, inaugurada em julho de 2005, como um ponto de cultura do Programa de Cultura do Ministério da Cultura e integrante de um amplo programa de Cultura e Desenvolvimento na cidade de Cataguases. Esse programa tem como foco estrutural a economia criativa do setor audiovisual, as novas tecnologias e a juventude. Para isso, a Fábrica do Futuro criou a RECRIA - Residência Criativa do Audiovisual, como um ambiente permanente, responsável pela realização de diversos projetos. Dentre eles destacamos:
- Projetos Conexão Digital, Cidades Digitais e Identificar, em parceria com a VIVO;
- Tela Viva em parceria com o Instituto Votorantin;
- Cidades Invisíveis: um ponto de cultura digital com a REDE MINAS, a CONTATO de BH e Ministério da Cultura;
- Festival CINEPORT e Festival de Ver e Fazer Filmes, com a Fundação Ormeo Junqueira Botelho e Energisa;
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- Pólo de Animação, Jogos Eletrônicos e Novas Linguagens: um Termo de Cooperação com SEBRAE.
SUGESTÃO DE ENTREVISTA
Cesar Piva . gestor cultural da Fábrica do Futuro
SERVIÇO
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Dia 28/8 . quinta-feira - 20h
Local: Avevida Humberto Mauro, 340 . Cataguases/MG
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André Trigueiro e o site mundo sustentável
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• Microcrédito - Nobel da Paz diz que é hora do mundo repensar o sistema
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*<< Assista aos vídeos do programa no site! >> << 1º programa de TV neutro
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Saudações,
Daniela Kussama.
vidanny@gmail. com
"Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois" (Beto
Guedes)
Mantenha-se B-E-M informado:
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Com André Trigueiro (Áudio, Vídeo e Destaques!).
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Com André Trigueiro (Áudio, Vídeo e Destaques!).
Fundo Finlandês apóia projetos.
Prezados senhores e senhoras, O edital do Fundo Finlandês para Cooperação Local para seleção de novos projetos já está disponível no site da Embaixada: http://www.finlandi a.org.br/ Public/default. aspx?contentid= 134502&nodeid= 36427&culture= pt-BR.As organizações não-governamentais brasileiras são convidados a submeterem a sua inscrição até o dia 30 de setembro para financiamento de projetos sociais, culturais e ambientais. Toda cooperação finlandesa tem como base o programa político de desenvolvimento do governo finlandês. Os critérios específicos são detalhados no edital.A prioridade será dada para projetos inovadoras com compromissos efetivos e monitoráveis, que permitam o uso sustentável dos recursos naturais. Para se inscrever, é necessário ler cuidadosamente o edital de seleção de projetos, preencher o formulário de inscrição, elaborar um orçamento de acordo com as orientações no anexo II e enviá-los junto com o projeto (máximo 10 páginas) para a Embaixada da Finlândia.Convé m ressaltar que os recursos do Fundo Finlandês para Cooperação Local são destinados, em primeiro lugar, para organizações que não receberam apoio do Fundo ainda. Existe a possibilidade de uma pequena parcela ser destinado ao apoio de projetos de organizações já apoiados na passado. Atenciosamente, Raisa Ojala (PhD, soc. sci.) Coordenadora de projetos Embaixada da Finlândia SES Av. das Nações QD 807 lote 27 CEP 70417-900 tel. +55 61 34437151 fax. +55 61 3443 3315 VISITE NOSSO SITE: www.finlandia. org.br .
Juca Ferreira toma posse em solenidade no Palácio do Planalto
Ministério da Cultura -
O novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, foi empossado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta quinta-feira, 28 de agosto, no Palácio do Planalto, em Brasília. A solenidade contou com as presenças do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, de ministros de Estado, outras autoridades, artistas e representantes dos diversos setores da sociedade. Sociólogo de formação, Juca ocupava a Secretaria Executiva do Ministério da Cultura, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula e do início da gestão de Gilberto Gil à frente do MinC, em 2003.
O presidente Lula da Silva destacou os principais projetos realizados pelo MinC nos últimos cinco anos e meio. “Eu penso que hoje ao deixar o ministério, o Gil conseguiu uma proeza que até então não havia sido conseguido no Ministério da Cultura. Ele deu consistência na área da Cultura construindo pela primeira vez uma política cultural de Estado, coisa que não tínhamos nesse país. O caráter republicano realizou uma política cultural rompendo privilégios e democratizando o acesso aos bens culturais”.
Lula lembrou do Programa Mais Cultura e disse que de 2003 a 2007 foi triplicado os recursos do ministério e quadruplicado os investimentos por meio da Lei Rouanet. “Foram criadas diversas bibliotecas públicas, 742 pontos de Cultura, 11 de memória, os recursos para o museu cresceram mais de mil por cento, o Monumenta foi ampliado, entre outras ações.”
Também disse que nesse período não foi feito tudo o que se queria fazer, “o Juca tem dois anos e quatro meses para fazer o que nós não conseguimos. Eu queria dizer que você me ganhou ao apresentar o Programa Mais Cultura no Teatro Nacional aqui em Brasília. Eu sempre achei que quando o Gil viajava o ministério continuava com um vigor extraordinário, e na apresentação daquele programa eu tinha certeza de que você tinha uma visão completa das necessidades culturais desse país. E naquela exposição eu pensei: quando Gil sair eu vou colocar o Juca como ministro da Cultura”.
Gilberto Gil, por sua vez, disse que estar no Ministério da Cultura o fez conhecer outros lados do país que ele não conhecia, “me deu uma perspectiva nova, o crescimento humano que me foi propiciado é algo que só as memórias, se um dia eu vier registrá-las, vai dar conta. Eu espero ter a capacidade de um dia poder ter um impulso de fazer realizar essas memórias”.
Depois da solenidade, o ministro Juca Ferreira falou rapidamente com a imprensa sobre a continuidade dos projetos do MinC, antes de seguir para a cerimônia de transmissão do cargo na Sala Funarte Cássia Eller. “A Cultura é um patrimônio, é uma necessidade fundamental no novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, então todo o dinheiro público que puder ser canalizado acho que deve ser, porque a responsabilidade é imensa. A Lei Rouanet vai ser modificada. Nós estamos com a proposta pronta, mas mesmo antes de terminar eu vou a público discutir com artistas e produtores culturais qual é a nossa visão e evidentemente assimilar também o que for de argumentação positiva no sentido de aguçar a proposta do ministério.”
Juca Ferreira - O sociólogo João Luiz Silva Ferreira nasceu na Bahia e tem uma trajetória profissional voltada à vida política e às ações culturais e ambientais. Exilado do país durante o período da ditadura militar, residiu no Chile, em seguida na Suécia, para estudar na Universidade de Estocolmo, e depois na França, onde se formou em Sociologia na Universidade de Paris Sorbonne.
De volta ao Brasil, trabalhou como assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia; participou da construção do Projeto Axé, uma das primeiras iniciativas de arte-educação no Brasil; desenvolveu o Jardim das Folhas Sagradas, projeto eco-antropológico com as comunidades dos Terreiros de Candomblé na Bahia; foi vice-presidente da Fundação Movimento Onda Azul; e eleito por duas vezes vereador do município de Salvador. Em 2003, aceitou o convite do ministro Gilberto Gil para integrar sua equipe no Ministério da Cultura, onde assumiu as funções de Secretário Executivo da pasta.
O novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, foi empossado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta quinta-feira, 28 de agosto, no Palácio do Planalto, em Brasília. A solenidade contou com as presenças do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, de ministros de Estado, outras autoridades, artistas e representantes dos diversos setores da sociedade. Sociólogo de formação, Juca ocupava a Secretaria Executiva do Ministério da Cultura, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula e do início da gestão de Gilberto Gil à frente do MinC, em 2003.
O presidente Lula da Silva destacou os principais projetos realizados pelo MinC nos últimos cinco anos e meio. “Eu penso que hoje ao deixar o ministério, o Gil conseguiu uma proeza que até então não havia sido conseguido no Ministério da Cultura. Ele deu consistência na área da Cultura construindo pela primeira vez uma política cultural de Estado, coisa que não tínhamos nesse país. O caráter republicano realizou uma política cultural rompendo privilégios e democratizando o acesso aos bens culturais”.
Lula lembrou do Programa Mais Cultura e disse que de 2003 a 2007 foi triplicado os recursos do ministério e quadruplicado os investimentos por meio da Lei Rouanet. “Foram criadas diversas bibliotecas públicas, 742 pontos de Cultura, 11 de memória, os recursos para o museu cresceram mais de mil por cento, o Monumenta foi ampliado, entre outras ações.”
Também disse que nesse período não foi feito tudo o que se queria fazer, “o Juca tem dois anos e quatro meses para fazer o que nós não conseguimos. Eu queria dizer que você me ganhou ao apresentar o Programa Mais Cultura no Teatro Nacional aqui em Brasília. Eu sempre achei que quando o Gil viajava o ministério continuava com um vigor extraordinário, e na apresentação daquele programa eu tinha certeza de que você tinha uma visão completa das necessidades culturais desse país. E naquela exposição eu pensei: quando Gil sair eu vou colocar o Juca como ministro da Cultura”.
Gilberto Gil, por sua vez, disse que estar no Ministério da Cultura o fez conhecer outros lados do país que ele não conhecia, “me deu uma perspectiva nova, o crescimento humano que me foi propiciado é algo que só as memórias, se um dia eu vier registrá-las, vai dar conta. Eu espero ter a capacidade de um dia poder ter um impulso de fazer realizar essas memórias”.
Depois da solenidade, o ministro Juca Ferreira falou rapidamente com a imprensa sobre a continuidade dos projetos do MinC, antes de seguir para a cerimônia de transmissão do cargo na Sala Funarte Cássia Eller. “A Cultura é um patrimônio, é uma necessidade fundamental no novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, então todo o dinheiro público que puder ser canalizado acho que deve ser, porque a responsabilidade é imensa. A Lei Rouanet vai ser modificada. Nós estamos com a proposta pronta, mas mesmo antes de terminar eu vou a público discutir com artistas e produtores culturais qual é a nossa visão e evidentemente assimilar também o que for de argumentação positiva no sentido de aguçar a proposta do ministério.”
Juca Ferreira - O sociólogo João Luiz Silva Ferreira nasceu na Bahia e tem uma trajetória profissional voltada à vida política e às ações culturais e ambientais. Exilado do país durante o período da ditadura militar, residiu no Chile, em seguida na Suécia, para estudar na Universidade de Estocolmo, e depois na França, onde se formou em Sociologia na Universidade de Paris Sorbonne.
De volta ao Brasil, trabalhou como assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia; participou da construção do Projeto Axé, uma das primeiras iniciativas de arte-educação no Brasil; desenvolveu o Jardim das Folhas Sagradas, projeto eco-antropológico com as comunidades dos Terreiros de Candomblé na Bahia; foi vice-presidente da Fundação Movimento Onda Azul; e eleito por duas vezes vereador do município de Salvador. Em 2003, aceitou o convite do ministro Gilberto Gil para integrar sua equipe no Ministério da Cultura, onde assumiu as funções de Secretário Executivo da pasta.
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