sábado, 23 de julho de 2011

MURDOCH; A PONTA DO ICEBERG





Nos últimos dias, a Inglaterra vem sendo palco de um escândalo político midiático que atingiu o coração do poder político do país. O escândalo do jornal News of the World, acusado de realizar escutas telefônicas ilegais, expôs as relações incestusosas do grupo jornalístico comandado por Ruppert Murdoch, o todo poderoso dono da Fox News e de inúmeros outros veículos espalhados pelo mundo, com integrantes do governo britânico.


O escândalo acabou por transbordar as fronteiras da Inglaterra, ao expor práticas que vêm se disseminando pela imprensa de vários países, inclusive o Brasil.


"Isto demonstra a permeabilidade do poder político e partidário à mobilização opinativa de grandes conglomerados de comunicação. Não creio que este seja um fenômeno apenas britânico”, observa o filósofo Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo, em entrevista à Carta Maior.


Alberto Dines, experiente jornalista brasileiro, afirma: "O espetáculo midiático-político a que assistimos galvanizados há mais de dez dias não tem nada de absurdo ou fantasioso. O impensável está aí, ao vivo, em cores, banda larga, 3D, alta velocidade, altíssima definição, continuamente repetido, reeditado. Vem sendo montado, a céu aberto, sem segredos ou disfarces, há pelo menos duas décadas com a participação de um elenco planetário".


O novo especial da Carta Maior "Murdoch: a ponta do iceberg" traz uma série de reportagens, artigos e entrevistas tratando não só do escândalo na Inglaterra, mas do tema que ele recoloca na ordem do dia, especialmente no brasil: a necessidade de instrumentos e espaços de regulação da mídia, que permitam à sociedade evitar práticas como estas que foram expostas agora naquele país.



LEIA NO ESPECIAL "MURDOCH: A PONTA DO ICEBERG":



"Dinheiro não pode comandar a formação da opinião pública"
O escândalo do News of the World - e os desdobramentos regulatórios que ele possa ensejar - ultrapassa os ares do interesse inglês. “Todos os primeiros-ministros britânicos tinham relações, no mínimo, incestuosas com Murdoch. Isto demonstra a permeabilidade do poder político e partidário à mobilização opinativa de grandes conglomerados de comunicação. Não creio que este seja um fenômeno apenas britânico”, observa o filósofo Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo, em entrevista à Carta Maior.
> LEIA MAIS | Política | 22/07/2011

As desculpas britânicas de Cameron no Parlamento
O primeiro ministro David Cameron pediu desculpas à Câmara dos Comuns por ter contratado como chefe de imprensa a Andy Coulson, personagem chave do escândalo das escutas telefônicas feitas pelo jornal News of the World, do grupo Murdoch. Seguindo o velho ditado de que não há melhor defesa do que um bom ataque, o primeiro ministro lembrou à Câmara que todos os partidos políticos cortejaram o grupo Murdcoh. O escândalo segue de vento em popa. O artigo é de Marcelo Justo, do Página/12.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/07/2011

Jornalismo de resultados: Murdoch, o fraudador de espelhos
Murdoch não é uma excrescência, não é falácia ou farsa, não é ficção científica nem um evento casual, singular. O espetáculo midiático-político a que assistimos galvanizados há mais de dez dias não tem nada de absurdo ou fantasioso. O impensável está aí, ao vivo, em cores, banda larga, 3D, alta velocidade, altíssima definição, continuamente repetido, reeditado. Vem sendo montado, a céu aberto, sem segredos ou disfarces, há pelo menos duas décadas com a participação de um elenco planetário. O artigo é de Alberto Dines.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/07/2011

Murdoch nega e crise se aproxima de Cameron
Rupert Murdoch respondeu a perguntas dos deputados ingleses no que disse ser o "dia mais humilde" da sua vida. Mas acabou como alvo de um prato com espuma de barbear lançado por um comediante ativista, Jonathan May-Bowles, do UK Uncut. Os chefes da polícia demitidos esta semana também foram ouvidos no parlamento e os holofotes voltam-se agora para o chefe de gabinete do primeiro-ministro.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/07/2011
• No parlamento, Murdoch se esquiva das escutas ilegais

Hoare sabia o quão destrutivo o News of the World podia ser
O corajoso jornalista que acusou Andy Coulson sobre as escutas telefônicas tinha um motivo poderoso para falar. Ele sabia o quão destrutivo o News of the World poderia ser, não apenas para os alvos de suas denúncias, mas também para os jornalistas comuns que trabalhavam lá e que eram usados sem remorsos para criar determinadas manchetes. As escutas telefônicas faziam parte de um grande jogo.
> LEIA MAIS | Internacional | 19/07/2011
• Escândalo Murdoch: outra renúncia e uma morte suspeita

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