Prezados e Prezadas, bom dia.
Amanhã (quinta-feira, 05 de março de 2009), após a mesa JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA (Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH/UFPE, às 16:00 h) durante a Semana Manoel Mattos de Direitos Humanos e Movimentos Sociais, haverá o , que organizei com os Professores Michel Zaidan Filho e Luís Antônio Groppo. Também estará à venda outros dois livros do nosso Projeto: JUVENTUDE E MOVIMENTO ESTUDANTIL: ONTEM E HOJE e MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO E A EDUCAÇÃO SUPERIOR.
Por fim, divulgo as imagens das coletas de depoimentos dos dois últimos depoimentos que realizamos:
- Com Abelardo da Hora
http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2009/03/otavio-em-entrevista-com-abelardo-da.html
- Com Marcelo Santa Cruz
http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2009/03/entrevista-de-otavio-luiz-machado-com.html
Se puderem divulgar ficaria grato.
Um abraço, Otávio.
Otávio Luiz Machado
Coordenador de Atividades do PROENGE/UFPE
PROENGE – ESTUDOS SOBRE JUVENTUDES E MOVIMENTOS JUVENIS
Campus Universitário da UFPE, CFCH/PPGCP – Núcleo de Estudos de Democracia, 14º andar, Recife-PE
Correspondência:
Caixa Postal 7828
50.740-000
Recife-PE
E-Mail: otaviomachado3@yahoo.com.br
Tel:(81)9715-7846
P.S. seguem, abaixo, as matérias que saíram no último mês sobre o nosso Projeto nos seguintes veículos: Folha de Pernambuco, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio. Além do SUMÁRIO DA OBRA.
MOVIMENTOS JUVENIS NA CONTEMPORANEIDADE
ORGANIZADORES: Luís Antônio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado
Editora Universitária UFPE.
SUMÁRIO
Autores
Agradecimentos
Apresentação (p. 17)
Pedro Mendes
Introdução (p. 19-26)
Sob o impacto de novos movimentos estudantis
Luís Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado
Lutar é preciso e é o mais importante: a grande herança de 1968 40 anos depois (p. 27-38)
Franklin Martins
As passeatas pelo impeachment em 1992 e os jovens “carapintadas” (p. 39-52)
Luís Antonio Groppo
O Movimento Estudantil Brasileiro: do início da década de 1990 a 2001 (p. 53-65)
Andreza Barbosa
Movimento Estudantil contemporâneo: temas mobilizadores e formas de atuação (p. 66-83)
Carla de Sant’Ana Brandão
Movimento estudantil e as questões de gênero e de diversidade sexual: o desafio de recriar a militância (p. 84-107)
Marcos Ribeiro Mesquita
O Movimento Estudantil e as Cotas na Universidade de Pernambuco: Uma breve reflexão (p. 108-116)
Francisco Jatobá de Andrade
A política contra o instituído dos jovens contemporâneos (p. 117-156)
Janice Tirelli Ponte de Sousa
Movimento Passe Livre, revoltas e simulações (p. 157-171)
Leo Vinicius Liberato
Ações coletivas juvenis na atualidade moderna brasileira: uma análise do Movimento Contra o Aumento da Tarifa do Ônibus em Florianópolis/SC (p. 172-186)
Valéria Silva
Movimentos juvenis e a diversidade das pautas de lutas: por uma nova reconstituição histórica para a cidadania e com a participação dos jovens (p. 187-200)
Otávio Luiz Machado
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Apresentação
Com muita alegria que tenho a oportunidade de apresentar este livro MOVIMENTOS JUVENIS NA CONTEMPORANEIDADE, publicação que é coordenada pelos professores Luis Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otavio Luiz Machado. Uma publicação que pode ser reconhecida como histórica, pois nos aproxima de análises e narrativas de relevante teor acadêmico e prático, e por outro lado, de grande atualidade, pois reflete a diversidade recente de atuações e das lutas dos movimentos juvenis na contemporaneidade.
Os capítulos do livro percorrem um longo trajeto que aborda a herança de 1968, a luta pela afirmação dos jovens; trazem ainda os caras-pintadas, a organização estudantil na década de 1990 e suas diversas formas de atuação, a questão de gênero e da diversidade sexual no movimento estudantil, reflexões sobre o movimento estudantil e as cotas na Universidade de Pernambuco, e finalmente recentes análises sobre o movimento Passe Livre e de ações coletivas juvenis na atualidade.
Além dos ricos relatos e reflexões, muito bem expressados nos capítulos, a publicação explicita o reconhecimento da luta de gerações e como estas lutas vêm mudando e se diversificando na contemporaneidade em uma multiplicidade de atuações e, conseqüentemente, de distintos atores juvenis.
Não podemos pensar no desenvolvimento de uma justiça social plena ou em inserção internacional autônoma sem a nitidez de que o investimento com qualidade na juventude deverá ser condição mínima para a construção de nosso projeto de País. Não se pode pensar em coesão social, sem construir o capital social do século XXI por meio do envolvimento efetivo e do empoderamento dos setores juvenis organizados no combate às desigualdades. Sendo mais afirmativo: pensar em soluções para o Estado de Pernambuco e para o Brasil sem priorizar a juventude como elemento chave das novas estratégias de desenvolvimento econômico e social representa claramente um equívoco de análise de nossa conjuntura.
MOVIMENTOS JUVENIS NA CONTEMPORANEIDADE consegue apresentar esta relevância e a importância da condição e da atuação juvenil para a sociedade, em toda sua diversidade, e nos faz refletir sobre as novas necessidades para fortalecer a atuação e a organização destes movimentos cidadãos, suas mudanças de pautas e suas diferentes formas de atuação. Uma leitura indispensável para quem trabalha com a difícil missão de promover e garantir os direitos da juventude em nosso País.
Pedro José Mendes Filho
Secretário de Juventude e Emprego do Estado de Pernambuco
FONTE: Jornal do Commercio
TÍTULO: Resgatando o Movimento Estudantil
JORNALISTA/REPÓRTER: Manoel Medeiros Neto
DIA: 25 de janeiro de 2009
CADERNO/PÁGINA: Política, p. 12
LINK DO VEÍCULO:
Matéria: Resgatando o Movimento Estudantil
Veículo: Jornal do Commercio, Recife, Domingo, 25 de janeiro de 2009,
Caderno Política, p. 12
Repórter: Manoel Medeiros Neto – mmedeeiros@jc.com.br
As pesquisas a respeito do movimento estudantil no País encontram em Pernambuco um pioneiro campo de estudos. Há quase quatro anos, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com o apoio de professores de mais de 20 universidades Brasil afora, iniciaram o Proenge, um projeto focado inicialmente na memória dos movimentos nas escolas de Engenharia – campo formado por alunos com tradição nos embates políticos juvenis.
Hoje, os estudos tornaram-se referência nacional e já alcançam um espectro bem mais amplo: as análises perpassam desde a segunda metade do século passado até a ação dos movimentos hoje. O núcleo do grupo é formado por Luis Antônio Groppo, da Universidade de Campinas (SP), Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado, ambos da UFPE. Entre o acervo já pesquisado, destacam-se mais de 15 mil cópias de documentos, duas mil fotos e trezentas entrevistas. “Nosso objetivo é destacar a multiplicidade das juventudes inseridas no processo político”, afirma Otávio.
Parte da extensa documentação, antes limitada à academia, já está disponível ao público por meio da publicação de três livros: Movimento estudantil brasileiro e a educação superior (2007); Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje; e Movimentos Juvenis na Contemporaneidade (2008). “Esses livros são importantes já que dão voz a diversos atores do processo”, destaca Otávio. Apesar de possuírem enfoques diferentes, as obras são similares no fato de buscarem uma saída para clichês relacionados aos movimentos. “Nossa pesquisa vai além do eixo Rio-São Paulo”, explica o pesquisador. Ele também ressalta os movimentos ocorridos no Estado como uma das “vítimas” da historiografia oficial. Como exemplo, cita o atentado ao estudante Cândido Pinto, na Ponte da Torre, há mais de 40 anos.
Para 2009, o grupo pretende reduzir o ritmo de produção de novos estudos para, enfim, centrar-se na divulgação das pesquisas concluídas. Entre os projetos já encaminhados, estão o lançamento de dois livros. Com os títulos provisórios de Pensamento das juventudes no século XX e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisas, as obras seguirão o padrão das anteriores, elaboradas a partir de entrevistas e textos de personalidades ligadas às manifestações. Entre as novidades, destacam-se os depoimentos do ex-prefeito João Paulo, do senador Cristovam Buarque (PDT), do ex-ministro José Dirceu e do ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence.
Outro avanço para este ano é a possibilidade de publicação da íntegra dos documentos na internet. Hoje, os pesquisadores já disponibilizam através de um blog (www.sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com) uma série de textos. O processo de liberação das imagens, no entanto, ainda passa por dificuldades devido aos direitos autorais. “Será mais uma injeção de animo para que a juventude se mobilize”, prevê Machado.
Atualmente situação é de apatia
A atuação dos movimentos estudantis é hoje uma das principais preocupações do projeto da UFPE que estuda os movimentos. “Nós estamos preocupados em fazer a ligação entre o passado e o presente”, ressalta o pesquisador Otávio Luiz Machado. A diferença dos cenários - entre 1968 e 2009, por exemplo – é representativa. Para o pesquisador, na década de 60, os estudantes combatiam os governos militantes e seus atos repressivos.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPE, Rafael Sena, concorda na apatia quase total dos estudantes de hoje. Ele garante, no entanto, que os “ideais revolucionários” ainda sobrevivem em alguns. Estudante de História, 26 anos, Rafael ocupa a liderança do DCE desde novembro. “Muitos militantes são filiados a partidos que estão no poder e isso é um dos motivos das poucas ações”.
O disciplinamento na realização de protestos também é uma medida que, destaca Sena, deve ser observada. “Não adianta o protesto acontecer sem motivação cabível”, fundamenta, destacando que a realização de discussões através de congressos e fóruns é a maneira mais propícia para a conquista dos objetivos. O primeiro grande evento que o DCE participará este ano é o Fórum Mundial Social, na próxima semana. Duzentos estudantes da universidade embarcarão rumo a Belém (PA).
FONTE: Diario de Pernambuco
TÍTULO: Múltiplas Juventudes
JORNALISTA/REPÓRTER: Carolina Leão
DIA: 27 de Janeiro de 2009
CADERNO/PÁGINA: Viver, p. 1
LINKS DO VEÍCULO:
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/27/viver1_0.asp
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/27/viver1_1.asp
Múltiplas juventudes
Levantamento inédito no Brasil, conduzido na UFPE, aponta fragmentação dos movimentos juvenis
Carolina Leão // Diário
carolinaleao.pe@diariosassociados.com.br
Nem sempre a juventude foi uma banda numa propaganda de refrigerante. Associada hoje ao consumismo e alienação, a cultura jovem já incorporou o espírito de vanguarda, clamado por Marx como o ideal do proletariado. Para Karl Marx, apenas o proletariado, destituído dos meios de produção, poderia, pela sua inacessibilidade à máquina do poder, revolucionar a sociedade e criar uma nova ordem social. A lógica do "quem nada tem, nada teme" encontrou os meios práticos de realização nos diversos movimentos juvenis do século 20. Distante das instituições e normas de padrões sociais, mais livre, por fim, para arriscar, a cultura jovem protagonizou eventos sociais de suma importância para a mudança cultural. É só lembrar dos populares Maio de 68, o francês e brasileiro, do movimento estudantil da Praça da Paz Celestial, em Pequim, ou da geração cara pintada, em 1992.
Fenômenos sociais que estão no amplo levantamento feito por um programa inédito em nívelnacional: o Proenge. A pesquisa, que incorpora estudos de História e de Sociologia dos movimentos estudantis e juvenis, está sendo desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Eleitorais e da Democracia na UFPE. Na cooordenação, estão os professores Michel Zaidan Filho (PE), Luís Antônio Groppo (SP) e Otávio Luiz Machado (MG). Até o final de 2009, o Proenge contabilizará 52 entrevistas publicadas em livros, além da reunião de 50 pesquisadores estudiosos do tema juventude e movimento estudantil. Já foram publicadas três coletâneas temáticas contando 66 textos: Movimento estudantil brasileiro e a educação superior, Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje e Movimentos juvenis na contemporaneidade. No prelo, estão as seletas Movimentos estudantis, formação profissional e construção de um projeto de país: a experiência da engenharia na UFPE, que é o resultado da dissertação de mestrado de Otávio Luiz Machado, Juventudes latino-americanas hoje e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisadores. Um dos coordenadores do Proenge, Otávio Luiz Machado, conversou com a reportagem do Diario sobre o levantamento da memória dos movimentos juvenis brasileiros.
Entrevista // Otávio Luiz Machado
"A ocupação da reitoria da USP me fez lembrar de 1968"
Quais as características mais marcantes dos movimentos juvenis contemporâneos?
Os movimentos juvenis hoje são marcados por diferentes pautas, formas de atuação, influências de formação e concepção de lutas. São inúmeras juventudes que buscam reconhecimento, visibilidade e legitimidade. Caracterizam-se pela ausência de um movimento dominando os demais. Existem movimentos juvenis que contribuem muito mais que a histórica UNE ou o movimento universitário. O movimento estudantil universitário era o movimento juvenil por excelência décadas atrás. Hoje temos uma fragmentação enorme a começar no próprio movimento estudantil. São muitos: das executivas de cursos, do movimento GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), das feministas, de cursinhos pré-vestibulares populares, dos estudantes negros, dos estudantes indígenas, da juventude católica ou evangélica, das pastorais, do hip hop, das casas de estudantes, dos sem-universidade, das bandas, do grafite e de tantas outras expressões. São jovens que buscam participar e intervir na sociedade, também.
Qual o legado de 1968 e como os movimentos atuais se afastam - ou não - desse paradigma?
1968 ainda está presente na memória de todos como o protótipo de participação juvenil em toda a sua grandeza e profundidade. Mas se trata de uma visão nostálgica e romanceada, que celebra o esquecimento de momentos marcantes que vieram depois, como as tentativas reprimidas do Encontro Nacional dos Estudantes (ENE), a reconstrução das entidades e as greves colossais nas universidades. As barricadas, o frio, as palavras de ordem e o envolvimento dos estudantes na ocupação da reitoria da USP em 2007 me fizeram lembrar de 1968, pois se configurou ali o retorno do movimento estudantil ao cenário e ao noticiário. A abertura maior das instituições (da universidade em especial) para a sociedade constitui-se num legado de 1968.
E a geração cara pintada? Qual a sua contribuição?
No episódio da queda de Collor tivemos toda aquela manipulação de setores da mídia mostrando que os jovens derrubaram o presidente, pois foi a imagem mais conveniente às elites, que não quiseram assumir sua responsabilidade na ascensão e na queda do presidente, para não ficarem associadas ao seu clássico comportamento golpista. Mesmo assim, acredito que a principal contribuição daqueles jovens foi demonstrar que o movimento estudantil não precisa ser partidarizado para existir. E que existe algo além da política que mobiliza e permite mudanças na sociedade.
No Brasil, os movimentos juvenis sempre estiveram historicamente ligados à esquerda. Qual a força dos movimentos de direita na atualidade?
Penso que a força maior do pensamento de direita está nos corações e nas mentes daqueles que pensam não ser mais possível mudar a sociedade. Ou o que interessa agora é se alinhar ao que aí está. Vejo como a juventude organizada em alguns partidos, algumas executivas de cursos e algumas entidades conservadoras promovem um verdadeiro arrastão contra os grupos de esquerda. Mas o pensamento único tomou conta de ambos. Não vêem saídas muito além do seu pequeno mundo.
FONTE: Folha de Pernambuco
TÍTULO: Radiografia dos movimentos juvenis
JORNALISTA/REPÓRTER: Rosália Vasconselos
DIA: 29 de dezembro de 2008
CADERNO/PÁGINA: Programa
LINK DO VEÍCULO:
http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=29/12/2008&mat=126442
29/12/2008
Radiografia dos movimentos juvenis
ROSÁLIA VASCONSELOS
Obra analisa e narra acontecimentos da atualidade
Quem deu, pelo menos, uma rápida folheada nas muitas publicações deste ano, pôde perceber que muitas delas tratavam sobre o memorável ano de 1968, marcado por diversas manifestações, no Brasil e no mundo, com participação ativa dos estudantes. Uma década que, sem dúvidas, os jovens determinaram intensas transformações políticas, culturais e comportamentais, e, acima disso, puderam mostrar o poder e a força que a juventude tem. A maioria dessas publicações, contudo, preferiram ficar na superficialidade dos fatos, e, ao invés de trazer comparações profundas e bem embasadas sobre a juventude do século XX e XXI, optaram por cair em afirmações clichês, que argumentavam a alienação da geração consumista desta nova década. Mas, ao contrário desses textos, o livro “Movimentos Estudantis na Contemporaneidade”, organizado por Luís Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado, analisa e narra acontecimentos da atualidade, mostrando que a participação juvenil, hoje, é muito maior do que se possa imaginar.
A obra é uma coletânea, composta por dez artigos, escritos por vários pesquisadores brasileiros, entre eles Valéria Silva e Marcos Ribeiro Mesquita. Os capítulos contemplam diversos períodos da história, em que as manifestações estudantis se fizeram mais presentes e atuantes. Mais do que isso. O livro não aborda apenas a atuação de movimentos específicos, traz exemplos bem mais contemporâneos. “Oferecemos reflexões historiográficas mais amplas e abertas, debatendo sobre os elementos míticos e simbólicos presentes nos movimentos estudantis, bem como sobre as possibilidades sócio-políticas transformadoras contidas nas atuais juventudes brasileiras”, explicam os organizadores do livro na Introdução, sobre a proposta da obra.
Além dos já citados, o livro ainda faz um mapeamento sobre a organização estudantil na década de 1990 e suas diversas formas de atuação, reflexões e análises, além de ações coletivas juvenis na atualidade. Tudo através de uma leitura agradável, e uma linguagem longe de ser a acadêmica.
Talvez, o que ele queira dizer é que, em termos de luta armada, não se pode comparar movimentos de épocas, porque as manifestações, hoje, têm uma outra perspectiva, se comparadas, por exemplo, com os movimentos de 1968 ou do Impeachment. Se antes os protestos tinham como finalidade maior a obtenção de direitos, nesta década eles acontecem mais pela afirmação e distribuição igualitária desses direitos. Uma leitura essencial para quem ainda acredita na força e na atuação dessa juventude.
Serviço
“Movimentos Estudantis na Contemporaneidade”, organizado por Luís Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado
Editora Universitária UFPE
204 páginas
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