terça-feira, 4 de agosto de 2009

Projeto educacional com laptops faz escola de Piraí dobrar nota de índice

Projeto educacional com laptops faz escola de Piraí dobrar nota de índice
Publicada em 31/07/2009 às 00h36m
Dimmi Amora
fonte http://www.lucimarbueno.blogspot.com/

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será entrevistado nesta sexta-feira em Piraí, cidade do Vale do Paraíba, por Ingrid Reis, de 15 anos. Ela ganhou a honra de falar com o presidente que estará na cidade para doar 5,2 mil laptops que - com os 1,2 mil já entregues a alunos - farão da cidade a primeira do estado com todos os estudantes com computador. Mas, até três anos atrás, segundo ela mesma, Ingrid era uma péssima aluna.

Não era só ela. A escola onde estudava era, pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - indicador que mede a qualidade das escolas do país -, uma das 100 piores do país. Ingrid, hoje no oitavo ano, estuda desde o primeiro ano do fundamental no Ciep Professora Rosa da Conceição Guedes e diz que as aulas eram chatas e ninguém aprendia nada. O índice de faltas era de 25%.

Mas a situação de Ingrid - que garante que hoje só tira nota 10 - começou a mudar em 2007. A escola dela foi escolhida para ser a primeira a receber computadores doados pelo governo federal dentro do projeto "Um Computador por Aluno". Foram 400 máquinas, depois reforçadas por outras 800 da prefeitura em outras escolas.

O acesso é garantido a todos desde o início da década quando o prefeito da cidade era o hoje vice-governador Luiz Fernando Pezão. Na época, ele implantou o projeto Piraí Digital que tornou a cidade a primeira do país com internet pública para todos. Pezão conta que a experiência levou o governo federal a incluir Piraí no projeto e, agora, ao governo estadual a doar 5,2 mil computadores que faltavam para o restante dos alunos.

O programa de Piraí, contudo, é diferente da simples doação de máquinas. A coordenadora do projeto, Maria Helena Cautiero, conta que os alunos não podem sair com os laptops da escola. As máquinas têm programas educacionais específicos e há aulas em que alunos e professores trabalham em rede. O sistema fez com que a escola dobrasse sua nota no Ideb em três anos - passando de 2,2 para 4,4 - e reduzisse para 0,06% o índice de faltas.

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