sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A mídia não sabe o que fazer com "A privataria tucana"

Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e outros.
Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de “vaca" amarela” entre senhores e senhoras respeitáveis. Como ficarão as listas dos mais vendidos, escancaradas por jornais e revistas?
Ignorarão o fato de o livro ter esgotado 15 mil exemplares em 48 horas?


Gilberto Maringoni

Há uma batata quente na agenda nacional. A mídia e o PSDB ainda não sabem o que fazer com A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr. A cúpula do PT também ignora solenemente o assunto, assim como suas principais lideranças. O presidente da legenda, Rui Falcão, vai mais longe: abriu processo contra o autor da obra, por se sentir atingido em uma história na qual teria passado informações à revista Veja. O objetivo seria alimentar intrigas internas, durante a campanha presidencial de 2010. A frente mídia-PSDB-PT pareceria surreal meses atrás.

Três parlamentares petistas, no entanto, usaram a tribuna da Câmara, nesta segunda, para falar do livro. São eles Paulo Pimenta (RS), Claudio Puty (PA) e Amaury Teixeira (BA). O delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) começa uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os temas denunciados no livro. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) indagou: "Nenhum jornalão comentou o procuradíssimo livro A privataria tucana. Reportagens sobre corrupção têm critérios seletivos?”


O silêncio dos coniventes

O silêncio maior, evidentemente, fica com os meios de comunicação. Desde o início da semana passada, quando a obra foi para as livrarias, um manto de silêncio se abateu sobre jornais, revistas e TVs, com a honrosa exceção de CartaCapital.

As grandes empresas de mídia adoram posar de campeãs da liberdade de expressão. Acusam seus adversários – aqueles que se batem por uma regulamentação da atividade de comunicação no Brasil – de desejarem a volta da censura ao Brasil.

O mutismo sobre o lançamento mais importante do ano deve ser chamado de que? De liberdade de decidir o que ocultar? De excesso de cuidado na edição?

Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e outros.
Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de “vaca amarela” entre senhores e senhoras respeitáveis. Que acordo foi selado entre os grandes meios para que uma das grandes pautas do ano fosse um não tema, um não-fato, algo inexistente para grande parte do público?

Comissão da verdade
Privatização é um tema sensível em toda a América Latina. No Brasil, uma pesquisa de 2007, realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Instituto Ipsos detectou que 62% da população era contra a venda de patrimônio público. Nas eleições de 2006, o assunto foi decisivo para a vitória de Lula (PT) sobre Geraldo Alckmin (PSDB).

Que a imprensa discorde do conteúdo do livro, apesar da farta documentação, tudo bem. Mas a obra é, em si, um fato jornalístico.
Revela as vísceras de um processo que está a merecer também uma comissão da verdade, para que o país tome ciência das reais motivações de um dos maiores processos de transferência patrimonial da História.

Como ficarão as listas dos mais vendidos, escancaradas por jornais e revistas? Ignorarão o fato de o livro ter esgotado 15 mil exemplares em 48 horas?

O expediente não é inédito. Há 12 anos, outra investigação sobre o mesmo tema – o clássico O Brasil privatizado, de Aloysio Biondi – alcançou a formidável marca de 170 mil exemplares vendidos. Nenhuma
lista publicou o feito. O pretexto: foram vendas diretas, feitas por sindicatos e entidades populares, através de livreiros autônomos. O que valeria na contagem seriam livrarias comerciais.

E agora? A privataria tucana faz ótima carreira nas grandes livrarias e magazines virtuais.


Deu no New York Times
O cartunista Henfil (1944-1988) costumava dizer, nos anos 1970, que só se poderia ter certeza de algo que saísse no New York Times. Notícias
sobre prisões, torturas, crise econômica no Brasil não eram estampadas pela mídia local, submetida a rígida censura. Mas dava no NYT. Aliás, esse era o título de seu único longa metragem, Tanga: deu no New York Times, de 1987. Era a história de um ditador caribenho que tomava conhecimento dos fatos do mundo através do único exemplar do jornal enviado ao seu país. As informações eram sonegadas ao restante da população.

Hoje quem sonega informação no Brasil é a própria grande mídia, numa espécie de censura privada. O título do filme do Henfil poderia ser atualizado para “Deu na internet”. As redes virtuais furaram um bloqueio que parecia inexpugnável. E deixam a mídia bem mal na foto...

Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela
Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa
– poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação
Perseu Abramo).



www.fococidadao. blogspot. com

Venício Lima: Ao ignorar o livro, grande mídia mostra moralidade seletiva Terra MagazineAna Cláudia BarrosDesde que foi lançado na última sexta-feira (9), o livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., vem provocando rebuliço na blogosfera e movimentando o debate nas redes sociais. O reflexo da repercussão virtual pode ser medido nas livrarias, onde a procura pela obra fez com que as 15 mil cópias da primeira edição se esgotassem logo nos primeiros dias. O assunto, entretanto, não ganhou espaço na chamada grande mídia, que, por ora, silencia e se mantém longe do tema.Na análise do professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da UnB (Universidade de Brasília), Venício Artur de Lima, há, de fato, omissão dos veículos de comunicação, que, segundo ele, podem sofrer "graves danos" por essa postura.- A grande mídia que, nos últimos meses, tem se especializado em denúncias em torno de figuras públicas envolvidas em supostas atividades de corrupção, ao ignorar um livro que documenta uma ação que envolve homens públicos e montantes inacreditáveis de dinheiro, coloca em risco sua credibilidade. O livro é um sucesso de vendas. Não é um jornalismo baseado em suposições, em condicionais. É um livro que faz acusações e as documenta.Para Venício Lima, é a comprovação definitiva de que "a imprensa no Brasil é partidária e ocupa o papel dos partidos de oposição".- Não só comprova isso, como comprova que ela só ocupa esse papel quando é oposição ao governo. Quando diz respeito a um fenômeno que envolve uma figura como a do (José) Serra, ex-governador de São Paulo, ex-candidato a presidente da República, a mídia, simplesmente, omite. Então, acho que essa omissão escancara uma questão de partidarização, de moralidade seletiva que só será ignorada por aqueles que consomem determinado tipo de mídia porque pensam da mesma forma - critica.Ele emenda:- A moralidade da mídia é seletiva. Revela quando interessa e omite quando não interessa à posição político-partidá ria que assume. Isso é claro como a luz do dia.BlogosferaVení cio Lima destaca a emergência dos blogs e a quebra do monopólio da formação de opinião.- Não é um fenômeno novo. Uma das características da emergência da internet, da blogosfera é exatamente a quebra do monopólio da formação de opinião que a grande mídia e alguns dos principais colunistas, os chamados formadores de opinião, exerciam. A blogosfera quebra isso. Com todos os problemas de acesso e de repetição, na própria blogosfera, de personagens ligados à mídia tradicional, ela oferece uma pluralidade e uma diversidade que a grande mídia não oferece. E ela horizontaliza a formação de opinião, porque vai diretamente nas lideranças de opinião. A internet, na verdade, fez com que houvesse um deslocamento da formação de opinião desses grupos mais tradicionais para essa liderança de opinião mais horizontalizada




12.
 
Olha, não consigo compreender por qual razão, as forças progressistas chegaram ao poder, em 2003, sofreram na carne todo este tempo, sabemos que a história, já estava escrita, mas faltou coragem, e deu a eles o direito de ficar mentindo com seu partido da imprensa golpista (PIG), infernizando a vida da nação inteira, se não fossemos coro de giboia, ja teriamos mudado de opinião, achado que o que o PIG, publica é verdade absoluta, mas não é bem assim, tudo que o amauri publica neste livro, o movimento sindical da época denunciou, mas não teve jeito, o PIG, não publicou nem uma virgula, eu vi os ataques contra as forças politicas com denuncias sem pé nem cabeça, ser divulgada todo dia, semana a semana, mes a mes, mas o povo realmente desconfiou, desta trama, se não fosse isto ja teria ido as ruas, e mudado o governo, ainda bem que isto não foi possivel, mas eles não desistiram, agora o que fazer com este material todo, com certeza não dará em nada, pois o PIG, nada divulgará, e vamos continuar sendo atacados, por todos os lados, devemos ir para as ruas exigir o ressacimento da nação, pois roubo tem que ser devolvido. vamos a luta.


O Jornal da Record News falou sobre o livro e entrevistou o autor: http://youtu.be/T-eukqC0iOg
Debate sobre o livro com o autor: http://youtu.be/ufUjcYOY_iE
Protógenes também falou: http://youtu.be/IIVs-7Jt0Q4
E o Serra disse que é lixo: http://youtu.be/rr4MMSJVaMg


No dia contra corrupção, ministro aponta culpado: poder econômico

Para Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), corrupção tem 'causas profundas' no financiamento de campanhas com doação empresarial e na impunidade de crime do colarinho branco. Segundo ele, impunidade diferencia Brasil do exterior e dá sensação de que aqui as coisas são piores. 'Ninguém diz que Estados Unidos são 'estado policialesco'', diz.


BRASÍLIA – O avanço do combate à corrupção exige enfrentar o poder econômico, com o fim de doações privadas a campanhas eleitorais e a efetiva punição judicial de crimes do colarinho branco. As primeiras produzem laços não-republicanos entre agentes públicos e empresários que, não raro, terminam em fraudes. Já a impunidade dos ricos, em si mesma uma injustiça, cria um ambiente que fertiliza condutas corruptas.

A avaliação é do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, uma espécie de vigia ético da República. Em discurso nesta sexta-feira (9) em evento pelo Dia Internacional contra a Corrupção, Hage fez um balanço das ações federais nesta área desde o governo Lula e aproveitou para apontar o que considera causas da corrupção e como neutralizá-las.

“Ninguém desconhece que as causas mais profundas da corrupção têm raízes em questões mais amplas, como o financiamento privado de campanhas e de partidos, o sistema eleitoral, os meandros da elaboração do orçamento público”, disse Hage. Para o ministro, há uma “urgente necessidade de reforma das leis processuais penais, que são, hoje, a principal garantia de impunidade”.

A eliminação das doações privadas para campanhas, que seriam substituídas pelo financiamento com dinheiro do orçamento público, numa espécie de investimento do Estado na democracia, foi uma decisão recentemente empurrada para o ano que vem, por uma comissão especial de deputados que debartia o tema há nove meses. Motivo: a maioria dos partidos não assimila bem a ideia, numa demonstração da força do poder econômico que a proposta busca combater.

Sabendo que é difícil que o próprio sistema enfrente a si mesma, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou neste ano com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja excluída da lei dos partidos o trecho que permite as doações privadas. A entidade tem a mesma avaliação de que este procedimento pavimenta a corrupção.

Para Hage, também seria importante acabar com o que ele considera excesso de recursos contra decisões judiciais, que na prática servem para adiar quase infinitamente a aplicação de penas, sobretudo quanto o réu em questão é rico, com dinheiro para gastar também eternamente com bons advogados.

O ministro defendeu proposta em discussão no Senado, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que extingue a possibilidades de se apresentarem recursos extraordinário e especial contra decisões de tribunal colegiado de segunda instância – a corte julga depois de uma sentença individual de um juiz.

O relator do projeto, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), deu parecer favorável, embora com uma mudança: ele preserva os recursos, mas diz que o andamento deles não impede mais a execução da pena.

Para Jorge Hage, essa é uma das principais diferenças entre o Brasil e o mundo e que, às vezes, dá a ideia de que aqui tem mais bandalheira. “A corrupção não é um problema brasileiro, afeta todos os países do mundo, incluindo o setor público e as instituições privadas”, disse o ministro. “Mas há uma diferença extremamente importante entre os países: a sua capacidade de punir os crimes do chamado 'colarinho branco', ou seja, o crime de quem tem poder ou tem dinheiro.”

No discurso, o ministro citou como exemplo a prisão do milionário George Madoff nos Estados Unidos apenas poucos meses depois da descoberta das fraudes que praticava à frente de fundos de investimentos). “E ninguém disse que aquele país não é um estado democrático de direito, onde não são respeitadas as garantias individuais; ninguém disse que temos ali um 'estado policialesco'”, afirmou Hage, em clara alusão à condenação do banqueiro Daniel Dantas e sua posterior soltura pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
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Hage também voltou a defender a aprovação do projeto de lei, preparado pela CGU, que cria punições civis e administrativas contras empresas corruptoras. A propostas está tramitando numa comissão especial da Câmara e já passou por diversas audiências públicas, mas ainda não há um parecer final.


Há almoço grátis? Há financiamento privado de campanha política com base no interesse público?


O que acontece quando um grupo de amigos, acostumados a saírem juntos para almoçar, jantar ou bebericar, permitem que um deles sempre pague a conta ?
Certamente as preferências desse amigo terminam prevalecendo: o local, dia e horário do encontro, escolha dos pratos, os tipos de bebida, os temas das conversas, dentre outras.

Situação diferente ocorre quando todos pagam a conta. Neste caso, a decisão das questões acima é tomada com base em outros elementos, a exemplo da capacidade de argumentação, da confiança na experiência de quem faz uma proposta, da empatia do membro do grupo com os demais, dentre outros critérios.

Esse exemplo me veio à mente quando refletia sobre uma questão pouco discutida nos meios de comunicação, inclusive na WEB. È um tema dos mais urgentes e necessários e que, se não for enfrentado, pode nos levar à situação que provocou as recentes manifestações de milhares de jovens europeus.

Como deve ser do conhecimento de muitos brasileiros, considerável número de jovens do velho continente, notadamente os espanhóis que formaram o acampamento porta do sol, apontaram o fim do financiamento privado das campanhas políticas como uma das questões fundamentais para o efetivo controle democrático dos governos pela maioria que os elegeu.



Manifestantes da Praça do Sol - Foto Jornal El País

Esses jovens há muito perceberam que no sistema eleitoral financiado pela iniciativa privada, a população é apenas um detalhe, lembrando o velho bordão de um certo humorista brasileiro. Em outras palavras, a população vota, mas quem realmente dá as cartas, após os eleitos assumirem, são aqueles que financiaram suas campanhas políticas.

Isto provoca, entre outras situações absurdas, o consenso ideológico dos grandes partidos, tanto de esquerda quanto de direita, em torno de alguns temas que passam a ser de interesse comum, algo impensável nos primórdios da democracia moderna.

Exemplo dessa assertiva é a atual crise financeira global, cujas bases doutrinárias estão no famoso Consenso de Washington, gerando, entre outras ações no plano político e econômico, uma excessiva desregulamentação do sistema econômico, fonte de um sem número de maracutaias e esquemas fraudulentos arquitetados por empresários e financistas.

E para piorar a situação, o que fizeram os governantes americanos, europeus e mesmo, com menor intensidade, o governo brasileiro, após a crise de 2008 e 2009 ? Injetaram dinheiro público para cobrir os prejuízos causados à economia por aqueles que sempre foram contra uma maior utilização de recursos estatais no combate à fome e à miséria.

Com isso, o Estado, tratado como a Geni da magistral composição de Chico Buarque, o salvador da pátria para bancos e empresas, após assumir suas dividas, fica impossibilitado de investir nas áreas sociais por influência daqueles que utilizaram os cofres públicos para cobrir o rombo em suas contas privadas e, então, voltemos a jogar pedra na Geni-Estado, conforme os padrões ideológicos do consenso de Washington.

Concluindo, é impossível aprofundarmos a construção da democracia com o modelo de financiamento privado das campanhas políticas, que tende a aumentar a abstenção eleitoral e a agravar a crise social, decorrentes das restrições impostas cada vez mais ao investimento estatal em políticas públicas.

Como argumento contrário, aqueles que defendem a continuidade do atual modelo de financiamento privado afirmam que o financiamento público das campanhas políticas diminuirá os recursos destinados aos orçamentos da saúde, da educação, da segurança e de outros serviços prestados pelo Estado.

Considerando que a tese defendida neste artigo não é de fácil entendimento para expressiva parcela da população que não dispõe de acesso à informação qualificada, sugerimos aos que concordam com esse ponto de vista, e que disponham de recursos adequados, que produzam textos simples, cartilhas, vídeos, cartazes e outros meios de informação, explicando como atuam os lobbies de financiamento de campanha e de que maneira eles dificultam ou impedem a ampliação dos investimentos públicos na área social, bem como a aprovação de leis de proteção ou de ampliação de direitos.

Faz-se necessário mostrar também que a corrupção é inerente ao financiamento privado das campanhas políticas e que a cadeia da corrupção tem início no período eleitoral, quando o eleitor solicita uma “ajudazinha” daquele cidadão que pretende se candidatar ou que já investido em cargo público.

Essas “ajudazinhas” podem ser a compra de bancos ou de som para a igreja, a concessão de emissores de rádios e televisão, o pagamento do ônibus para o passeio da associação de moradores ou do grupo de jovens, do fardamento novo para o time de futebol, dentre outras de maior ou menor custo.

Consideremos o caso do ônibus “grátis”, oferecido pelo cidadão que pretende se candidatar ou que já é detentor de mandato eletivo. O que acontecerá com o preço da passagem e com a quantidade e qualidade da frota em circulação após a vitória desses candidatos “generosos” ? Que força o candidato eleito ou reeleito com o apoio das empresas de ônibus terá para pleitear melhorias no sistema de transporte público?

P.S.: Em geral, somos mais motivados a escrever sobre arte e cultura, porém não podemos desconsiderar determinadas questões politicas que influenciam os assuntos de minha preferência.

Mesmo porque, quando utilizamos uma acepção mais ampla do termo cultura, como construção de valores, comportamentos, saberes, símbolos e etc.., a "Politica" é também uma construção cultural.

Por outro lado, os lobbies privados também atuam politicamente, não apenas contra os interesses da maioria no campo da educação, saúde, meio ambiente, relações de trabalho, entre outros; mas também atuam para dificultar a democratização cultural. Será que o ativista ou militante cultural tem dúvida sobre a razão da demora e da dificuldade para avançarmos na legislação que tramita no congresso nacional e que tem como objetivo avançar na construção de um marco legal de cultura mais moderno e inclusivo ?

Zezito de Oliveira


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