Raimundo Venâncio
O TEATRO SERGIPANO E SEUS INTRUJÕES
22 de janeiro de 2016
22 de janeiro de 2016
Está chegando o
espetacular Festival de Artes Cênicas de Sergipe! Pode até não parecer
mas ele provoca grandes inquietações em alguns teatreiros, sim! Nesse
momento o representativo Sindicato dos Artistas - que tem como grande
ação política postar no facebook as carteirinhas dos novos associados -,
já se arvorou em publicar que já está pronto para arrecadar as míseras
taxas de autorização para quem não tem DRT, mas não quer ficar fora da
festa, ops, do festival, e os espetáculos tipo “miojo” que só aparecem
nessa época, pipocarão até o último dia de inscrição, com o único
intuito de assegurar as migalhas que o Estado reservou a eles! Pobre
Teatro Sergipano sem política cultural! Vai ver que é por isso que a
gente não passa do rio Real.
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Zezito de Oliveira - É
lamentável, mas é uma situação crônica. Não há espirito de
coletividade e a combatividade de muitos artistas se limita a um
contentamento com o pouco que lhes é oferecido, não trata-se de negar ou
jogar fora, até porque este pouco é
fruto de muitas lutas, mas ficamos resignados e por causa disso, até o
pouco pode passar a ser menos. Eleições se aproximando e não temos
reuniões para discutir a politica cultural que queremos. Vereadores que
foram eleitos levantando bandeiras pró cultura e com atuações pifias
neste campo. Falta de nomes oriundos do meio cultural ou que dialoguem
com o segmento para investirmos alguma coisa para as eleições 2016,
alguma coisa, pode ser o nosso voto, o pedido para outras pessoas
fazerem o mesmo e colaboração em idéias, material ou financeira na
campanha. Precisamos de uma nova consciência e novas atitudes. A
comemorar, a realização do ZONS
, lamentavelmente não pude ir, mas com repercussões positivas. Porém,
percebi a falta de um debate sobre o atual e futuro estado das politicas
culturais em nosso municipio e em nosso estado. Ha que comemorar outros
empreendimentos como o de vocês, Bill Holliday a canção. Ha que
comemorar as iniciativas que realizamos através da AÇÃO Cultural,
há muitas outras iniciativas a serem comemoradas, mas tem horas que é
preciso acumularmos e unirmos forças para investirmos coletivamente
no espaço da macro politica e da macro economia e aí não temos fôlego.
Somos como corredores que só chegam aos 100 metros, dos mil,e olhe lá ou
como você diz nem passa do Rio Real. Não é hora de pararmos para
refletir, o quanto deixamos de fazer para merecermos algo melhor?
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E
quando vamos ver, nos deparamos com empresários do ramo da comunicação
e do entretenimento de braços dados com poderes do estado, legislativo e
judiciário, obtendo um boa bolada de recursos, diretos ou indiretos,
para favorecer seus negócios. Vá lá que
os recursos públicos também podem ser investidos nos diversos modelos da
produção cultural, considerando os resultados em termos de geração de
empregos e de impostos, porém não da maneira como vemos, com uma
quantidade exorbitante de recursos para uns e algumas migalhas para
outros. E nem venham com a desculpa de que somente gera empregos e
retorno em tributos e impostos, apenas determinados tipos de padrões de
eventos. É incrivel como não compreendemos ou não queremos, falo no
caso dos gestores públicos, como determinados nichos culturais são
capazes de gerar renda para as pessoas em geral e os artistas, além
das empresas e o setor público. Um exemplo: Festivais de música
instrumental, eventos culturais direcionados ao público LGBT, eventos
direcionados ao adeptos do modo de vida alternativo, festivais de
cinema, festival de arte, como São Cristóvão. O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG)
encontra-se de vento em popa e o FASC, uma de suas fontes de
inspiração,ficou na lembrança, na saudade. Na maioria dos exemplos que
citei acima, cabe o teatro e as outras linguagens. Porém se nos
contentamos com pouco, como os poderes públicos se sentirão provocados
ou convocados a fazerem mais e melhor
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Nino Karvan -
Pelo amor de Deus!!!!! Essa coisa de competição é
ridícula!!!!!!! O Banese deveria incentivar toda uma cena cultural rica e
diversificada que, a cada dia cresce mais. Mas, ao contrário, prefere o
pão e circo. Vão escolher o mais "votado" e bancar uma única produção
para depois sair de bom e tentar calar o clamor antigo pelo apoio do
Banco aos nossos projetos? Vergonhoso!!!!!! NÃO MARQUEM NINGUÉM!!!!!!!!!
NÃO ENTREM NESSA JOGADA RIDÍCULA DE QUEM ENTRA COM GRANA PESADA NOS
EVENTOS PRIVADOS COMO O TAL "FEST VERÃO" E DEPOIS VEM COM MIGALHAS PARA
QUEM FAZ REALMENTE A NOSSA CULTURA FLORESCER!!!!!
E ser artista no nosso convívio...
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
riansantos@jornaldodiase.com.br
A boca fala aquilo do que o coração está cheio. Artistas sergipanos e
personalidades diversas foram induzidos a testemunhar contra qualquer
espécie de crítica ao governo de plantão. E vão ter de responder perante
o próprio público, ou coisa que o valha, por tão evidente mancada.
A campanha publicitária ‘Eu Sergipe – Gente que faz a diferença’ não assume o propósito político de maneira explícita. Investe no subliminar, travestida de esforço colaborativo. Sem querer, no entanto, acabou levantando questões urgentes a respeito da linguagem audiovisual enquanto estratégia de afirmação de um discurso e, ainda mais delicado, o papel de figuras públicas na legitimação de verdades fabricadas.
A campanha faz bonito com o chapéu dos outros. Tratamos de uma série de vídeos inspirados em experiências locais bem sucedidas de militância, ativismo, exercício artístico e empreendedorismo, difundida via redes sociais. Pegou mal para quem botou a cara no sol. Ficou mais feio ainda para os responsáveis pela campanha, ainda no escuro, que não informaram os personagens convidados para fazer papel de besta sobre as fontes de financiamento da empreitada.
“Jamais haverá crise para quem acredita que dá para fazer algo”. Eis a síntese da matéria. Isenta o poder público de construir alternativas para o arrocho econômico que nega direitos líquidos e certos aos trabalhadores, ao passo em que transfere a responsabilidade para as costas dos outros. Como nossos artistas se prestaram a discurso tão infeliz? Ingenuidade ou casuísmo? Cada um responda por si mesmo.
O link da palhaçada: https://www.facebook.com/eusergipe/?fref=ts
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A campanha publicitária ‘Eu Sergipe – Gente que faz a diferença’ não assume o propósito político de maneira explícita. Investe no subliminar, travestida de esforço colaborativo. Sem querer, no entanto, acabou levantando questões urgentes a respeito da linguagem audiovisual enquanto estratégia de afirmação de um discurso e, ainda mais delicado, o papel de figuras públicas na legitimação de verdades fabricadas.
A campanha faz bonito com o chapéu dos outros. Tratamos de uma série de vídeos inspirados em experiências locais bem sucedidas de militância, ativismo, exercício artístico e empreendedorismo, difundida via redes sociais. Pegou mal para quem botou a cara no sol. Ficou mais feio ainda para os responsáveis pela campanha, ainda no escuro, que não informaram os personagens convidados para fazer papel de besta sobre as fontes de financiamento da empreitada.
“Jamais haverá crise para quem acredita que dá para fazer algo”. Eis a síntese da matéria. Isenta o poder público de construir alternativas para o arrocho econômico que nega direitos líquidos e certos aos trabalhadores, ao passo em que transfere a responsabilidade para as costas dos outros. Como nossos artistas se prestaram a discurso tão infeliz? Ingenuidade ou casuísmo? Cada um responda por si mesmo.
O link da palhaçada: https://www.facebook.com/eusergipe/?fref=ts
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Zezito de Oliveira - Por coincidência, hoje estive comentando em um post do espetáculo “Billy
Holiday, a canção” a quem dei a minha primeira contribuição de
financiamento colaborativo, e o que disse pode ser reafirmado por aqui.
Acredito nas várias possibilidades de financiamento. Via fundos públicos
de cultura, isenção fiscal, e não apenas de pessoa jurídica como
afirmei no primeiro comentário abaixo, no patrocínio sem retorno em
isenção fiscal, o que é raro no Brasil e no financiamento colaborativo.
Agora, não é correto, os governos se eximirem da responsabilidade. Como
afirmo abaixo, ao menos, os governantes de plantão do estado e do
município poderiam elaborar estratégias para incentivar a doação de
pessoas física e jurídica via Lei Rouanet, fora a secular obrigação não
cumprida em destinar verbas para um fundo de cultura na legislação
estadual e municipal e criar ou retomar leis de incentivo a cultura com
isenção fiscal. Quanto ao modelo de financiamento colaborativo pode
deixar por nossa conta.
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“É a primeira vez que faço adesão a uma campanha de financiamento colaborativo, depois de uma ou duas previsões não realizadas. Uma delas, ainda acredito que poderei contribuir em termos de pós produção. Acho legal esse formato, também acho que é necessário todos os outros. Inclusive por um incentivo a adesão de pessoas fisicas a doarem pela Lei Rouanet. Uma tarefa para o Minc, Secult Sergipe e Funcaju , buscar maneiras de convencer os potenciais doadores e contadores, além de criar instrumentos, semelhante ao Klicante e outras plataformas de financiamento colaborativo, para facilitar o contato do doador com os projetos aprovados pela lei Rouanet .”
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“É a primeira vez que faço adesão a uma campanha de financiamento colaborativo, depois de uma ou duas previsões não realizadas. Uma delas, ainda acredito que poderei contribuir em termos de pós produção. Acho legal esse formato, também acho que é necessário todos os outros. Inclusive por um incentivo a adesão de pessoas fisicas a doarem pela Lei Rouanet. Uma tarefa para o Minc, Secult Sergipe e Funcaju , buscar maneiras de convencer os potenciais doadores e contadores, além de criar instrumentos, semelhante ao Klicante e outras plataformas de financiamento colaborativo, para facilitar o contato do doador com os projetos aprovados pela lei Rouanet .”
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SandyAlê
Sobre o Eu Sergipe
Fui convidada para fazer parte da campanha “Eu Sergipe”, um movimento colaborativo, que acredita na força da cultura de Sergipe e incentiva a união do seu povo para buscar sempre ações transformadoras, valorizando histórias inspiradoras de pessoas que fazem a diferença em nosso estado. Participei da campanha voluntariamente por me identificar e acreditar na importância de empoderar o cidadão como agente transformador de sua realidade. Como artista independente sempre valorizei a minha identidade sergipana, consciente de que sou parte de uma cena cultural que só se fortalece com união.
Infelizmente essa iniciativa, que me foi apresentada como autônoma, tem seu discurso desvirtuado ao se vincular a uma instituição governamental, perdendo para mim o sentido de sustentar o discurso original, pois o governo não pode se apropriar desse discurso para se eximir de seu papel enquanto Poder Público.
Por esses motivos solicitei aos responsáveis a retirada da minha imagem da campanha.
Sobre o Eu Sergipe
Fui convidada para fazer parte da campanha “Eu Sergipe”, um movimento colaborativo, que acredita na força da cultura de Sergipe e incentiva a união do seu povo para buscar sempre ações transformadoras, valorizando histórias inspiradoras de pessoas que fazem a diferença em nosso estado. Participei da campanha voluntariamente por me identificar e acreditar na importância de empoderar o cidadão como agente transformador de sua realidade. Como artista independente sempre valorizei a minha identidade sergipana, consciente de que sou parte de uma cena cultural que só se fortalece com união.
Infelizmente essa iniciativa, que me foi apresentada como autônoma, tem seu discurso desvirtuado ao se vincular a uma instituição governamental, perdendo para mim o sentido de sustentar o discurso original, pois o governo não pode se apropriar desse discurso para se eximir de seu papel enquanto Poder Público.
Por esses motivos solicitei aos responsáveis a retirada da minha imagem da campanha.
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Já
estão rolando os comerciais do tal do "Fest Verão 2016". Pra variar,
dinheiro público de Sergipe em uma festa privada. O Banese é um dos
patrocinadores do evento. Quem dera que essa verba que o banco gasta
numa festa como essas fosse investida no Instituto BANESE, e o Museu da
Gente Sergipana. Daria para fazer eventos semanais com cachês legais
para muitas bandas locais!!!! Uma vergonha esse tipo de patrimonialismo
perpetuado pela família augustos, com a conivência do governador Jackson
Barreto, o gestor de plantão!!! Não sai grana do Banco do Estado sem o
aval do governo. Uma vergonha!!!!!!!!!!!!
Zezito de Oliveira - Uma pena! Seja na capital ou no interior uma série de eventos com artistas e bandas de qualidade duvidosa, com financiamento público. Ficando as iniciativas culturais relevantes com recursos pifios ou parcos, inclusive as que podem colaborar para melhorar a qualidade da educação, agregar qualidade de vida no campo da saúde e reduzir os indices de violência, .
Triste Sergipe, Triste Bahia, Triste Brasil...
Triste Bahia - Gregório de Matos
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Zezito de Oliveira - Uma pena! Seja na capital ou no interior uma série de eventos com artistas e bandas de qualidade duvidosa, com financiamento público. Ficando as iniciativas culturais relevantes com recursos pifios ou parcos, inclusive as que podem colaborar para melhorar a qualidade da educação, agregar qualidade de vida no campo da saúde e reduzir os indices de violência, .
Triste Sergipe, Triste Bahia, Triste Brasil...
Triste Bahia - Gregório de Matos
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
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